Duas estrelas, céu errado. (DCU x Marvel x SU crossover)

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Duas estrelas, céu errado. (DCU x Marvel x SU crossover)
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Summary
Estar preso em outro mundo sem nada seria um pesadelo para qualquer um, qualquer um que não se chame Tony Stark, do jeito que estava, tudo era uma leve provação. Desta vez ele ainda tinha seu reator, seu traje, Sexta-Feira e, o mais importante, Nora. ouO crossover que ninguém pediu onde Tony, após fazer o sacrifício final, e sua filha Nora Universe-Diamond-Stark são teletransportados para o DCU(uma cronologia estranha onde é canônico só o que eu sei).
Note
Mais um crossover aleatório. Na verdade eu conheço o universo Dc, acho que consumi todas as midias possiveis de audio-visual e alguns quadrinhos, mas com toda a questão do universo ser reiniciado a cada 4-5 anos muito provavelmente muitos dos meus personagens vão estar desatualizados/OOC.No universo marvel é basicamente a mesma coisa, mas provavelmente a caracterização não vai estar totalmente desatualizados. Porém, existe o fato "Nora" no meio. O Tony do 616 é bem diferente do meu Tony(que vou chamar de 2452) pois, novamente, ele passou pelo tratamento Nora e, antes disso, o furação Rose. Dito isso, a cronologia é vagamente baseada no MCU, pois é a midia "universal", mas tem muitos eventos dos quadrinhos que eu não queria ignorar.Quanto a Nora...ela é sua propria pessoa, no sentido que vamos pegar ela com a bagagem completa de SU-SU Future-Marvel universe...muita coisa.
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Nora I

Nora estava preocupada. As últimas 24 horas estavam notavelmente nebulosas de sua memória, a deixando totalmente despreparada para o que estava acontecendo. O beco escuro, a luz azul na penumbra e o corpo de seu pai. Havia algo muito errado em tudo isso e não era Tony não-tão-morto-assim Stark.

Era como ter um barulho surdo no ouvido que de repente sumiu, algo faltava no ar, como se a melodia do universo tivesse mudado do nada. Não deveria ser tão estranho, Nora já havia viajado para muitos lugares no espaço, cada planeta tocava a sua própria música com as suas respectivas atmosferas vibrando no ritmo mas, mesmo assim, mantendo uma constância. Notas parecidas em todos os lugares que a lembraram que, mesmo distantes, todos faziam parte de um todo maior.

Porém não naquele lugar.

Quando Nora acordou tudo veio de uma vez. Sua cabeça estava zunindo, quase como as gravações feitas pelo Dr. Maheswaran em sua pedra, todo o seu corpo doía, como uma corrente elétrica atravessando o seu ser.

Quando ela finalmente se estabilizou a primeira coisa que ela conseguiu ver foi o brilho azul no final do beco, quase como um tapa na sua cara.

A segunda coisa foi a música.

Parecia outro instrumento tocando, a acústica mudada.

Estava doendo bem no centro do seu ser, como se sua pedra entendesse que ela estava fora do tom em comparação com a orquestra desse universo. 

Era bastante complicado explicar a conexão de gems com o cosmo. Por um lado, gems são criadas sugando os nutrientes dos outros, basicamente parasitas em planetas, mas por outro ponto, são seres completamente feitos de luz, energia luminosa condensada em um único lugar. 

Ela lembra de perguntar a Pérola o que exatamente ela era em comparação com as outras, afinal, diferente delas ela era os dois. Nora era luz condensada e era carne e ossos, ela era poeira estelar e ela era barro da terra, as diferenças iam além de ser orgânica ou não, a diferença estava em como ela se encaixava. No final nem Perola sabia falar com exatidão.

Anos depois e muitas revelações à parte, saber que era uma Diamante só abriu outro tipo de caixa de Pandora. Gems são artificiais, criadas e moldadas para um único propósito, nascem prontas e são o que são. Diamantes não. Elas emergiram sozinhas. Do fundo do planeta elas saíram, todas se completando perfeitamente.

Como o Celestial no oceano da Terra.

Pensar nisso a lembra que ela sempre se sentiu parte do todo maior. Era calmante de certa forma.

Tudo é um e um é tudo.

Mas agora sumiu. A conexão, o pertencimento, sua pedra sabia que estava errado e ela não conseguia consertar.

Levou tudo o que ela tinha para não ficar rosa de novo.

Levou tudo dela para focar em outra coisa.

Levou tudo dela para se aproximar da luz azul familiar.

No fundo, Nora não sabia o que esperar. A luz a lembrou de seu pai, Tony, e o reator que o mantinha vivo e que Nora nunca conseguiu curar. Mas ela não se atreve a ter qualquer esperança, não quando nem a fonte de sua mãe o curou. Tony Stark morreu como um herói há algumas semanas e nem todas as suas lágrimas mudaram isso.

Se levantando com dificuldade, Nora passa a observar o lugar, ignorando propositalmente o brilho no final do beco.

Era bastante comum, do tipo que ela viu quando visitava Peter, não parecia haver nada de diferente nos prédios de concreto e nas latas de lixo ao redor. Daqui ela consegue ver a fonte de luz à sua esquerda, mais ao fundo do beco sem saída, ainda meio coberto pelas sombras. Pela claridade do ambiente parecia que logo ia escurecer, a rua movimentada ainda distante à sua direita.

Ao longe ela consegue identificar o som de carros, motores e a gritaria de um centro urbano. Se ela ignorasse os sons do universo e ficasse no banal, quase parecia Nova York.

Quase.

Tendo analisado o local, Nora decide ir até a fonte de luz.

Com sorte pode ser algo útil.

“Vamos acabar logo com isso.”

Seguindo em passos lentos, Nora se deixou levar pela insegurança. Ela já poderia dizer que estava em outro universo, isso era fato, mas a questão era como? Ela não conseguia lembrar de fazer nada que a levasse para outro mundo.

Depois do segundo blip e a morte sequente de seu pai, Nora estava perdida. Entre carregar o corpo de Tony Stark para a fonte de Rose, derramar mil lágrimas no lugar e ver que não tinha dado em nada, ela teve que ligar com todo tipo de coisa.

As Diamantes e o império Gem eram uma chatice, mas pelo menos sabiam respeitar seu tempo depois de chorar 6000 anos por Pink/Rose. Infelizmente o governo não era tão amigável e logo ela tinha chefes de estado batendo em sua porta a informando de todo tipo de coisa sem sentido. Sem Tony, os olhos estavam para ela continuar o legado e controlar o dano.

Todos queriam saber da guerra, dos vingadores e dos heróis que ninguém sabia que existia, o tratado de Sokovia ainda em funcionamento e outras coisas legais que ela nunca soube que seu pai participava. 

Quando o primeiro blip aconteceu, as indústrias Stark se mobilizaram para ajudar a população como o que conseguissem, então desde abrigos, empregos, ajuda legal e apoio para conseguir novas moradias, tudo veio deles. Até mesmo Homeworld resolveu ajudar com Blue mandando algumas Bismutos e uma Morganita para ajudar nas reformas.

Apesar de tudo, nessa época, Nora ainda estava se recuperando do seu surto de Godzilla e não participou ativamente de nada, mais focada em superar que seus amigos haviam sido blipados, felizmente ainda mantendo algumas Cristal Gems.

Então quando toda a missão ao passado, a recuperação das jóias e a guerra final aconteceu, ela foi bombardeada por todos os lados. A população duplicou do nada, as pessoas estavam sem lar e sendo despejadas, a fome tinha uma crescente.

O mundo queria um herói, e eles não tinham.

Tony morreu, Natasha morreu, Steve abandonou a todos e foi viver com Peggy. Os Vingadores não existiam a anos.

Eles queriam um novo Homem de Ferro, mas eles só tinham uma Nora Stark.

Uma Nora que não sabia reinar a mídia e nem o governo. Uma Nora Stark que não era um gênio da tecnologia e que a qualquer momento pode ficar rosa e então SMASH. Ela estava mais estressada que nunca, seguindo o dia a dia da melhor forma possível entre a vida como Stark e a vida como Diamante.

O império, que já não era tão império, também sofreu com o blip com várias gems sumindo e forçando uma parada brusca nas mudanças em andamento. Felizmente nenhum povo irritado com Homeworld tentou atacar nesses 5 anos, mas ainda foi complicado para uma estrutura tão tensa.

No final tudo parecia estar correndo para uma nova normalidade, mesmo que tensa, nos planetas. A aparição do que Nora descobriu ser um Celestial no oceano da Terra foi um choque, mas administrável. No geral as coisas estavam melhorando.

Até que ela acordou no beco.

Ainda dirigindo-se à luz, Nora pensou em todas as possibilidades. Talvez alguém tenha conseguido fazer engenharia reversa no reator, talvez seja algum vilão que seu pai derrotou, poderia ser alguém novo buscando vingança…

Nenhuma dessas possibilidades a preparou para aquilo.

Encontrar o corpo dele estirado no chão, a armadura ainda no seu corpo.

Por um segundo tudo parou e ela viu rosa.

Então uma voz robótica falou.

Níveis de stress altos, pressão arterial elevada, o senhor precisa de cuidados médicos urgentes.

“Pai?”



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