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Harry Potter - J. K. Rowling
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Summary
A história de como Tom Riddle, o Ministro da Magia, e Harry Potter, o Auror Chefe, entraram em um noivado falso após Harry se separar do ex-namorado.OuComédia romântica barata, cheia de frases ridículas e cenas clichês, pra você ler com a sua bebida favorita.--------------------------The story of how Tom Riddle, the Minister of Magic, and Harry Potter, the Head Auror, entered into a fake engagement after Harry broke up with his ex-boyfriend.OrA cheesy romantic comedy, full of ridiculous lines and clichéd scenes, for you to read with your favorite drink.
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Capítulo 3

— Para onde você está indo?

Harry congelou na porta da mansão do Ministro da Magia. A roupa ainda meio amassada, a camisa desabotoada e o cabelo um caos. A única coisa que ele conseguia pensar era na sua cama confortável e na banheira quentinha.

— Para… minha casa? — Harry inclinou a cabeça, confuso.

— Harry! — Tom suspirou dramaticamente, como se estivesse explicando a coisa mais óbvia do mundo para uma criança de cinco anos. — O combinado é que você ficaria aqui até depois do natal. O dia inteiro. Todos os dias.

— Eu não tenho roupas, senhor.

— Tom! — ele exigiu.

— Sim, Tom. Eu não tenho roupas, Tom.

— Você pode usar as minhas. — ele falou calmamente, como um professor do jardim de infância.

— Eu tenho certeza de que elas não vão caber em mim.

Tom ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços.

— Harry, eu odeio ter que dar essa notícia para você, mas parece ser necessário: você é um bruxo. Você tem magia. Já ouviu falar disso?

Harry fez uma careta, claramente não impressionado.

— Sim, já ouvi falar. A questão é que a magia não vai resolver isso. As suas roupas… não vão servir em mim. — Ele olhou para Tom de cima a baixo, examinando o traje impecavelmente ajustado. — Eu pareceria uma criança brincando de se vestir de adulto.

— Que visão adorável. — Tom soltou uma risada, claramente se divertindo com a ideia. — Mas você sabe que não pode fugir assim, certo? Meus pais já estão convencidos que o nosso noivado é real. Se você desaparecer, eles vão desconfiar. E nós temos um jantar marcado para hoje à noite.

— Mais um motivo para ir em casa. — Harry suspirou, passando a mão pelo cabelo bagunçado. — Eu não posso jantar com a sua família com essa cara de ressaca e usando as suas roupas, posso?

— Eu acho que ficaria encantador, na verdade. — Tom sorriu maliciosamente.

Harry sentiu o rosto esquentar anormalmente.

— Você tem uma resposta para tudo, não é?

— Parte do meu charme irresistível.

— Eu realmente preciso passar na minha casa, Tom.

— Tudo bem. — Tom suspirou resignado, como se estivesse fazendo um grande sacrifício. — Eu só preciso avisar aos meus pais e—

— Avisar o quê? — Harry perguntou, franzindo a testa.

— Bem, eu não devo deixar o meu noivo sozinho, devo?

Harry riu incrédulo.

— Você vem comigo?

— É claro que eu vou.

— Para a minha casa?

— Sim, Harry.

Harry piscou novamente, ainda mais confuso.

— Por quê?

— Não se preocupe, querido. — Tom sorriu como se estivesse revelando um segredo maravilhoso. — Eu preciso acompanhar você para garantir que você não fuja e para que nós possamos fazer compras de natal juntos.

Harry olhou para Tom, boquiaberto.

— Compras de natal?

— Claro, Harry. É a sua obrigação, como meu noivo, me fazer ofegar na manhã de natal.

──────────────

Minutos depois, Harry se viu no hall de entrada da Casa Potter com o Ministro da Magia à tiracolo. Um lugar que ele não visitava há 15 dias, desde que Draco o traiu com Zabini. Harry olhou ao redor, sentindo uma estranha mistura de nostalgia e amargura na boca do estômago. Ele suspirou profundamente, se esforçando para afastar as lembranças desagradáveis.

— Bem, aqui estamos. — Harry anunciou, tentando soar casual.

— Muito bem, vamos ao trabalho. — Tom disse, batendo palmas com entusiasmo. — Escolha algumas roupas apropriadas e depois... compras de Natal! Xô, xô!

Harry revirou os olhos.

— Você é uma pessoa insistente, não é?

— Como você acha que eu me tornei Ministro? — e então Tom começou a andar pela casa, abrindo portas e espiando em cada cômodo como se estivesse em uma excursão turística.

— Ei, espera aí! — Harry correu atrás dele. — Você não pode sair abrindo todas as portas! Algumas coisas aqui são... pessoais.

Tom parou e olhou para Harry com um sorriso divertido.

— Ah, Harry, você está escondendo algum segredinho sujo? — ele piscou, inclinando-se levemente.

Harry bufou, tentando manter a compostura e disfarçar o rubor em suas bochechas. Por que ele tinha que ruborizar tanto? E por que Tom estava flertando tão descaradamente com ele? E por que esse homem era tão bonito?

— Algumas coisas são privadas, mesmo para você, Tom.

— Tudo bem, tudo bem. — Tom levantou as mãos em rendição, mas os seus olhos brilhavam com malícia. — Só estou curioso para conhecer mais o meu querido noivo.

— Não sou tão interessante.

— Discordo veementemente. — Tom retrucou, enquanto seguia Harry até o seu quarto. — Cada pedaço de você é fascinante, Potter.

Harry sentiu as orelhas esquentarem. De novo. Que ridículo. Coloque Harry em uma situação de vida ou morte e ele cai de cabeça como um pato na água. Coloque um homem bonito e carismático na sua frente, e Harry não saberá nem dizer o próprio nome.

— Certo, claro, vamos pegar algumas… er… roupas… e sair daqui. — ele invadiu o quarto e mal conseguiu evitar um estremecimento ao ver a bagunça e a cama ainda desarrumada. Lembranças de Draco gemendo sob o amante fez a bile subir até a garganta de Harry. — Não quero mais lembranças de… coisas. — ele sussurrou.

— O que-

Antes que Tom pudesse questionar, a porta da frente se abriu com um estrondo, revelando Ron e Hermione.

— Harry? Você está em casa? — Hermione exclamou, enquanto subia as escadas em direção ao quarto de Harry.

— Merda! Eu esqueci de falar com Ron e Hermione. — resmungou Harry.

— Harry! — Hermione invadiu o quarto de Harry. — Você está bem? Você não voltou para a nossa casa ontem, ficamos preocupados com você.

— Cara, você sumiu ontem da festa do Ministério e estava completamente embriagado. — Ron abriu um sorriso largo e divertido.

— Eu não estava tão bêbado.

— Ah! Você estava sim. — É claro que Tom decidiu se envolver na conversa.

— Ministro Riddle! — Hermione guinchou ao ser surpreendida pela presença do Ministro da Magia no quarto do seu melhor amigo.

Tom sorriu amplamente.

— Boa tarde, Sr. e Sra. Weasley. Um prazer vê-los hoje.

Hermione piscou, confusa. Os seus olhos inteligentes piscavam entre um e outro. Harry quase podia ver as engrenagens girando na cabeça da amiga.

— O prazer é nosso, Ministro, mas... o que está acontecendo aqui?

Harry deu um passo à frente, tentando parecer casual.

— Bom, Tom… er… o Ministro da Magia solicitou a minha ajuda para... um projeto especial do Ministério… durante o feriado.

Tom encarou Harry com uma diversão mal reprimida, ele quase podia sentir a voz dele dizendo: “ninguém está acreditando nisso, querido”.

Ron, é claro, ergueu uma sobrancelha, claramente cético, enquanto Hermione franzia a testa em uma clara contemplação.

— Projeto especial? E envolve você não aparecer em casa e ficar com o Ministro da Magia no seu quarto?

Harry corou furiosamente.

— É um trabalho confidencial. — Ele improvisou. — Coisas que só o Auror Chefe pode resolver. Urgente, na verdade.

Tom sorriu ainda mais.

— Exatamente. E Harry é essencial para isso. Eu diria que, na verdade, ele é a parte principal desse projeto. Logo bem abaixo de mim, é claro.

A insinuação não passou percebida para Harry, que se segurou para não revirar os olhos ou ruborizar novamente como uma virgem excitada.

Hermione olhou de Harry para Tom, desconfiada.

— Você parece um pouco vermelho, Harry. Está tudo bem?

Harry abriu e fechou a boca, tentando encontrar uma resposta.

— Sim, tudo bem, Hermione. Só... só um pouco quente aqui, sabe?

Ron cruzou os braços, olhando de Harry para Tom e de volta para Harry.

— É dezembro, Harry.

— Ah, é, claro... a... calefação está muito alta. — Harry forçou um sorriso.

Tom, sempre pronto para aproveitar a situação, interveio com um sorriso malicioso.

— Harry está suando a camisa por causa do trabalho intenso que temos feito juntos.

Harry quase engasgou.

— Trabalho intenso? — Hermione arqueou uma sobrancelha.

— Exatamente. — Tom disse, com um brilho de diversão nos olhos. — Com certeza teremos algumas noites sem dormir, focando nos detalhes mais... minuciosos.

— Tudo bem, chega disso. — Harry revirou os olhos. — Olha, Tom está tentando ser engraçadinho, mas é realmente apenas um projeto que eu estou o ajudando. E ele está agora me ajudando a encontrar uma roupa adequada para que nós possamos sair em uma reunião.

— Claro, Harry. Se você diz. — Hermione não acreditou em nenhuma palavra dele, é claro. Às vezes Harry se perguntava como aquela garota não foi selecionada para a Corvinal. — Nós vamos esperar você lá embaixo, tudo bem?

Ron lançou um último olhar desconfiado para Tom antes de sair, seguido de Hermione. Assim que a porta se fechou, Harry virou-se para Tom, os olhos estreitos.

— Você precisa fazer isso?

— Fazer o que, Harry? — Tom olhou timidamente para Harry com um ar de inocência excessivamente fingida. Harry achou aquilo extremamente irritante e encantador ao mesmo tempo.

— Provocação. Insinuações. Duplo sentido. — Harry cruzou os braços, tentando manter a compostura. — Eles são meus amigos, e já é complicado o suficiente esconder o nosso… acordo. Não precisamos lançar mais lenha na fogueira e incentivar que Hermione sinta a necessidade de fazer uma pesquisa.

— Ah, Harry, mas é tão divertido. Você fica adoravelmente desconcertado. — Tom soltou uma risada baixa, aproximando-se de Harry. — E, além disso, ninguém vai suspeitar de um noivado falso se acharem que somos apenas bons colegas de trabalho, trocando piadas, nos divertindo juntos.

— O problema é que você se diverte demais. — ele resmungou. — Só tente pegar leve, ok? A última coisa que queremos é de mais perguntas e que essa situação fique ainda mais complexa.

— Claro, Harry. Eu prometo me comportar.

Alguns minutos depois, Harry estava com uma mochila com roupas (que, de acordo com Tom, realçavam a beleza de Harry) para alguns dias e pronto para ir embora. Enquanto Tom ainda se preocupava com os seus sapatos, seja lá o porquê isso é relevante, Harry decidiu conversar com os amigos na sala de estar.

— Você tem certeza de que está bem, Harry? — foi a primeira coisa que saiu da boca de Hermione quando ele pisou no chão da sala de estar. — Eu estou preocupada que isso tudo seja uma resposta a um trauma depois que o Draco-

— Hermione! — Harry interrompeu. — Eu estou bem. Não há trauma nenhum, tá tudo bem.

— Então, sobre esse projeto… realmente é só trabalho? Você parecia desconfortável.

— É só trabalho, pessoal. — Harry engoliu em seco. — Tom apenas gosta de fazer piadas.

— Não é estranho que você chame o Ministro da Magia pelo primeiro nome, cara? — Ron perguntou.

— Tom acha que isso vai tonar tudo mais fácil e amigável. — Harry revirou os olhos.

— E esse projeto, Harry? Você pode nos contar alguma coisa sobre ele? Queremos ter certeza de que você está seguro. — Hermione parecia desconfiada.

— Eu gostaria de poder contar mais, mas é realmente confidencial. E Tom... er, o Ministro, confia em mim para ajudar com isso.

— É só que... parece que vocês dois estão muito próximos. E você sabe como são os jornalistas e os rumores. Tenha cuidado, amigo.

— Eu sei, Ron. Mas é tudo profissional, eu garanto.

— Pronto, Harry? — Tom, finalmente satisfeito com os sapatos, se aproximou da sala com um sorriso despreocupado.

— Sim, estou pronto. — Harry assentiu, aliviado por poder encerrar a conversa. — Não se preocupem, pessoal. Eu vou ficar ocupado por alguns dias, mas eu prometo mandar notícias.

Hermione suspirou, mas finalmente cedeu.

— Tudo bem. Cuide-se, Harry. E se precisar de qualquer coisa, nos avise.

Harry sorriu, sentindo-se um pouco mais calmo. Finalmente, após as despedidas, Harry soltou um suspiro de alívio.

— Isso foi mais difícil do que eu esperava.

Tom deu um tapinha amigável nas costas de Harry, completamente despreocupado, enquanto eles saiam juntos para as terríveis compras de natal.

──────────────

— Ah! Aí estão eles. — Mérope foi a primeira a perceber a presença de Tom e Harry no restaurante e imediatamente abriu um sorriso de orelha a orelha. Eles haviam passado o restante da tarde em um estado de compras frenéticas e no início da noite foram para o dito jantar em família em um restaurante trouxa.

— Demoraram, hein? — Melanie piscou com malícia e Tom revirou os olhos.

— Comporte-se, Mel! — Mérope repreendeu a filha gentilmente.

Quando Tom e Harry se sentaram à mesa e se ocuparam com o cardápio, Melanie saltou para frente e puxou a mão de Harry para a sua.

— Olha o tamanho desse diamante!

— Uau, querido. É incrível! — Mérope concordou avidamente.

— É realmente um belo anel. — Tom, o pai, também acrescentou. — Como foi o pedido de casamento?

É claro que eles tinham mais perguntas. Harry acreditava fortemente que não ganhava o suficiente no Ministério da Magia para suportar isso.

— Sim, por favor, conte-nos. — Tobias, o irmão, pediu. O olhar fixo no seu irmão mais velho.

Todos os outros na mesa encaram Harry, que olhou para Tom sem saber o que dizer. Eles não deveriam ter planejado isso antes? Tom, percebendo o olhar de desespero de Harry, rapidamente interveio com um sorriso confiante que só o deixou mais nervoso.

— Bem, — Tom pigarreou. — Eu queria que o pedido fosse especial, então reservei um restaurante à beira-mar, em um lugar tranquilo e íntimo que nós sempre quisemos visitar. O jantar foi incrível, à luz de velas e com vista para o oceano, e a comida era absolutamente deliciosa. Passamos a noite conversando, rindo e aproveitando a companhia um do outro.

Harry respirou fundo, a cena se formando em sua mente. Ele quase podia ouvir o som suave das ondas batendo na areia e o característico cheiro de sal e mar ao redor deles.

— Depois do jantar, eu levei Harry para caminhar pela praia. Era uma noite de lua cheia e a luz da lua estava iluminando a areia e o mar de uma maneira deslumbrante. Nós caminhamos descalços, deixando as ondas tocarem os nossos pés por um tempo. Enquanto caminhávamos, paramos em um lugar mais isolado. Foi então que eu me ajoelhei na areia e tirei o anel do bolso.

Harry sorriu, visualizando a cena com clareza surpreendente. Os seus olhos estavam fixos em Tom, mal notando o suspiro emocionando de Mérope ou silêncio chocante de Melanie, Tobias e Tom Sr.

— Eu olhei nos olhos de Harry e disse o quanto ele significava para mim, o quanto nossa jornada juntos havia sido incrível, o quanto ele tornou a minha vida mais brilhante. E então, perguntei se ele queria passar o resto da vida ao meu lado. — Tom continuou, os olhos fixos nos de Harry.

— Eu... eu disse sim. — Harry murmurou, a voz baixa e cheia de emoção.

— Foi perfeito. — Tom sussurrou.

Harry, ainda com o olhar distante e sonhador, sentiu o coração acelerar com a intensidade da descrição.

— Que lindo, Tom! Você realmente pensou em tudo. — Mérope disse, com os olhos brilhando de emoção.

Harry quase pulou para fora da própria pele, esquecendo-se momentaneamente que tinha uma plateia assistindo. Ele sentiu as suas mãos tremerem brevemente e respirou fundo quando sentiu a mão de Tom apertar a sua sob a mesa, em um gesto que deveria ser reconfortante, mas se tornou ainda mais opressor depois da detalhada descrição do pedido de casamento falso.

Todos na mesa estavam com sorrisos nos rostos, encantados pela narrativa e pela aparente felicidade do casal, enquanto Harry apenas sentia que o seu coração poderia pular para fora do peito se continuasse a bater tão rápido.

— Bem, agora que o mistério do pedido foi resolvido, que tal pedirmos algo para comer? — Tom sugeriu, tentando mudar de assunto para algo menos emocional.

Todos concordaram entusiasticamente e começaram a olhar os cardápios, discutindo suas opções e fazendo perguntas sobre os pratos. Harry aproveitou o momento para soltar um suspiro de alívio, sentindo-se grato por ter conseguido navegar um pouco mais por essa complicada teia de mentiras.

Depois do jantar, enquanto a sobremesa estava sendo servida, Mérope animadamente sugeriu:

— Já que estamos todos juntos, o que acham de irmos patinar na pista de patinação na praça ao lado do restaurante? É uma tradição natalina maravilhosa!

Harry e Tom trocaram um olhar.

— Eu adoro patinar! — Melanie exclamou, já puxando o casaco do encosto da cadeira.

— Parece uma ótima ideia. — Tom concordou, olhando para Harry. — O que você acha?

— Parece divertido. — Harry assentiu, apesar de sentir o pavor corroer o seu estômago. Ele nunca patinou no gelo, então é claro que eles iriam sugerir exatamente o esporte que Harry nunca se interessou em tentar.

Depois de se prepararem para o frio, o grupo seguiu animadamente para a pista de patinação. A praça estava iluminada por luzes coloridas e decorada com guirlandas e enfeites de Natal. A pista de patinação brilhava com o reflexo das luzes, e o som alegre das músicas natalinas ecoava pelo ar.

Melanie foi a primeira a colocar os patins, seguida por Tobias e seus pais. Harry e Tom ajudaram-se mutuamente a calçar os patins, rindo das tentativas desajeitadas de se equilibrar no gelo.

— Eu nunca fiz isso. — Harry admitiu sem fôlego, segurando-se na borda da pista.

— Não se preocupe, eu vou segurar você. — Tom disse, pegando a mão de Harry e passando um braço forte pela sua cintura com firmeza.

Os dois deslizaram pela pista, primeiro de forma hesitante, mas logo encontrando um ritmo confortável. A família de Tom patinava com facilidade, parecendo verdadeiros profissionais.

— Você está se saindo muito bem. — Tom elogiou, enquanto eles patinavam lado a lado.

Harry sorriu, sentindo-se aquecido pelo elogio e pelo contato das mãos de Tom.

— Obrigado. Acho que você é um bom professor.

Melanie e Tobias patinavam em círculos ao redor deles, rindo e fazendo acrobacias, enquanto Mérope e Tom, o pai, assistiam com orgulho.

— Ei, Harry, tente isso! — Tobias chamou, tentando fazer uma pirueta, mas acabando por cair de forma cômica.

Harry riu, apreciando o momento de leveza. Ele e Tom continuaram a patinar, às vezes tropeçando e rindo, mas sempre mantendo-se próximos.

— Você está se saindo muito bem, Harry. — Tom disse com um sorriso, seus olhos brilhando com diversão e algo mais profundo.

Harry, começando a sentir-se mais confiante no gelo, sorriu de volta.

— Acho que estou pegando o jeito, graças a você.

Eles patinavam de mãos dadas, suas conversas fluindo naturalmente, criando uma sensação de intimidade entre eles. O frio do ar contrastava com o calor crescente em suas mãos entrelaçadas.

— Quer tentar algo um pouco mais ousado? — Tom perguntou, inclinando-se para perto de Harry.

— Depende. O que você tem em mente? — Harry respondeu, seu coração batendo mais rápido.

Tom riu suavemente e sugeriu:

— Vamos tentar patinar para trás. Não se preocupe, eu vou guiar você.

Harry concordou, confiante de que Tom não o deixaria cair. Eles se viraram, e Tom colocou as mãos na cintura de Harry para guiá-lo. A proximidade aumentou a tensão entre eles, e Harry sentiu uma onda de nervosismo misturado com excitação.

— Veja, você está indo muito bem. — Tom sussurrou, sua voz próxima ao ouvido de Harry.

Harry sentiu-se envolto pela presença de Tom, seus corpos se movendo em sincronização. Ele olhou para Tom, e naquele momento, tudo ao redor pareceu desaparecer. Era apenas eles dois, patinando sob as estrelas.

— Tom... — Harry começou, mas foi interrompido quando ele tropeçou levemente.

Tom riu, segurando-o firme e puxando-o para mais perto.

— Está tudo bem. Eu te peguei.

Eles pararam, ainda segurando-se um ao outro, a respiração entrecortada. Harry olhou para Tom, seus olhos encontrando os de Tom com uma intensidade que ele não conseguia explicar.

— Obrigado. — Harry disse suavemente.

— Sempre. — Tom respondeu sem pensar, seus olhos nunca deixando os de Harry.

E então, quase como se fosse a coisa mais natural do mundo, Tom inclinou-se lentamente. Harry sentiu seu coração acelerar ainda mais, e ele também se inclinou. Quando seus lábios se encontraram, foi como se fogos de artifício explodissem dentro dele.

E assim, sem aviso, Tom Riddle estava beijando Harry Potter.

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