TOCADOR DO SINO
"Mas não acredito que podemos-"
TRIIIIIIINHO
"Malditos traidores de sangue, escoria-"
"Que diabos, eu já disse para não usar a merda da campainha!" Sirius Black irrompe em direção à porta, mais frustração do que raiva por ter tido a reunião da Ordem da Fênix interrompida pelo estrondo de sinos raivosos na porta e a voz de sua mãe morta gritando injurias.
"Deve ser aquele bastardo dos Mundungos, homem vagabundo, ladrão de caldeirões!" Siliba perigosamente Sra. Weasley, que estava comendo à mesa com seus filhos Bill e Charlie respectivamente à esquerda, e seu marido à direita. Além deles, Tonks, Lupin, MadEye, Kingley e os professores de Hogwarts Snape e McGonagall, contando também com o confidente, Dumbledore, estavam discutindo sobre a possível localização do senhor das trevas e seus seguidores, já que após a prisão de Lucius Malfoy, a Mansão Malfoy não poderia abrigar desconhecidos sem o chefe da referida família, ou assim como pensavam...
TRIIIIIN TRIIIIIIN
"Que diabos, espere um pouco!" Sirius reclamou para o visitante ansioso que continuava o estridente em pausa.
Assim que a porta foi aberta, Sirius tentou fechá-la, mantendo sua varinha de frio, olhos arregalados de surpresa e em posição de ataque.
A figura loira que estava na porta parecia não se importar, entrou passando dolorosamente enquanto esbarrava em um Sirius que estava a deriva de pular em cima dele e tomar sua varinha, e, com odas as suas forças, relacionadas com o que soou uma voz desesperada mas de êxtase.
"SEVERUS! SEVERUS! SEVE-"
Sua gritaria e procura frenética foram interrompidas por um Pretrificus Totalus raivoso, o menino estátua caiu no chão do Hall e ouviu uma dúzia de pés apressados se dirigirem aonde jazia, até ouvir uma voz familiar.
"Descongele a boca do rapaz. Precisamos saber como ele descobriu aqui." Ditou friamente Dumbledore, parecendo irritado e descontente, como se fosse a resposta que o loiro prometeusse-lhe dor.
Assim que foi descongelado, no mesmo instante exato, uma série de cordas ajustadas se firmou ao redor dos músculos do garoto no chão, restringindo rigidamente seus movimentos para que ele pudesse tomar a varinha, mas o possibilitando a fala.
O garoto arfava fortemente, seu rosto estava vermelho, e seus olhos arregalados e levemente avermelhados contrastavam com a leve curvatura de sua boca escancarada. Seu cabelo loiro prateado curto, que tinha uma aparência suja e oleosa, estava emaranhado e esperado em diversas possibilidades. Ele se vestia simples, um traje inusitado e incomum por seu status de sangue puro e riquezas de sua família nobre. Era uma camiseta em estilo trouxa, dois tamanhos acima, cinza com estampa desbotada, mas que revelavam manchas de rosa e amarelo forte; estava rasgada em alguns lugares, manchada em praticamente todo tecido, uma de suas mangas estava arregaçada até o cotovelo, revelando um braço branco suado com pequenos cortes e queimaduras, a outra manga, embora mais puída que a outra, se mantinha firmemente baixa.
O garoto estava usando calças folgadas laranja néon por baixo, que se encontravam na mesma condição da blusa de mangas compridas, no entanto, mostrando as pernas finas com pelos loiros compridos. E aos pés, se encontrou um calçado com chinelo pronto a rebentar, e o outro completamente descalço, como se para completar a aparência bizarra que o garoto exibia. E mesmo assim, ele foi rapidamente reconhecido pelas pessoas da sala, alguns por contato direto, outros por conta de sua família com status atual de comensais da morte.
Jazia nos pés de todos ninguém menos que Draco Malfoy.