Quando os padrões são quebrados

Harry Potter - J. K. Rowling
Gen
M/M
Multi
G
Quando os padrões são quebrados
Summary
Depois de dois anos de tentativas de assassinato e verões terríveis, cartas sinistras do Ministério e de adultos que agem como se se importassem, mas nunca fazem nada, Harry decide agarrar o basilisco pelos chifres. Nas poucas semanas que tem antes do início das aulas, Harry aprende mais sobre si mesmo, sua família e seu papel no mundo mágico. Quando o terceiro ano começar, ele só espera estar pronto.[Uma recontagem do cânone começando em PoA até DH, com um Harry que é um pouco mais perspicaz, um Sirius com prioridades alteradas e um Theo carinhoso]Essa é uma tradução, os direitos autorais vão para Lonibal.
Note
Em que Gringotes é um banco real
All Chapters Forward

Um senso de propósito na destruição

A porta se abriu com força.

"Um bilhete!" Sirius gritou. "Você me diz que está invadindo a Mansão Malfoy com um bilhete ?"

Harry se escondeu sob seus cobertores. "Nós mandamos Dobby. Não levou nem um minuto."

"Ultrajante," Sirius disse. "Eu até peguei dois javalis esse ano. Eu deveria soltar os dois!"

"Javalis?"

"É Yule, Harry", disse Theo, a voz abafada enquanto ele era sufocado.

"Luna e o pai dela estão em Nott Manor," Harry disse a Sirius. "Ela foi sequestrada, eu não podia simplesmente deixá-la lá!"

Mas Sirius saiu furioso de novo. Harry espiou por entre os cobertores e viu Monstro olhando para ele da porta, antes de também sair irritado.

Harry pressionou o rosto contra o peito de Theo. "Não quero levantar. Quero entrar em hibernação."

Theo deu-lhe um tapinha consolador. "Nós roubamos algo dele. Lovegood. Ollivander. Riddle não ficará feliz com isso. E eles estão procurando por você há meses. Indesejável Número Um."

A foto de Harry estava no Profeta Diário todos os dias agora. Hermione e Ron também eram os dois que o Ministério mais queria. Harry não sabia onde eles estavam, não tinha notícias de nenhum deles há meses.

Harry sabia que tinha que acabar com isso. Matar Voldemort. Encontrar a Taça, destruí-la, então de alguma forma encontrar o homem, de alguma forma vencê-lo em um duelo. Parecia tão impossível aos dezessete quanto aos quinze.

Harry segurou Theo com mais força.

"O que há de errado?" Theo perguntou.

"Não quero pensar nisso hoje", disse Harry. "Vamos sacrificar alguns animais e nos deleitar com o sangue deles."

Ele podia sentir o estrondo da diversão de Theo. Harry se sentiu mais leve, grato por poder pelo menos ter isso.

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Harry observou a neve cair, deixando um leve cobertor sobre a camada já pesada no chão. Estava frio e silencioso, exceto pelo caos que irrompia da casa atrás dele.

O chifre erumpente havia sido transferido com segurança para um anexo. Xenophilius insistiu que era o chifre de um bufador de chifres enrugados, uma surpresa de Natal para Luna. A surpresa, Harry imaginou, seria se Luna acidentalmente o tocasse e explodisse.

Por sugestão de Harry, eles celebraram o Yule em Nott Manor, não querendo deixar Luna e Xenophilius sozinhos em um lugar desconhecido depois da noite que tiveram. Os javalis foram realocados para um cercado improvisado no terreno. Sirius surpreendentemente colocou fitas em volta dos dois, dois presentes furiosos e eriçados. Harry viu Monstro afiando suas lâminas com um sorriso feroz no rosto. Dobby conseguiu pegar o malão de Luna no Expresso de Hogwarts, tendo sido abandonado no compartimento de onde ela foi tirada.

Um braço envolveu seus ombros. "Você está pronto?" Theo perguntou. "Os Lovegoods querem se juntar a nós."

Harry se virou para ver Luna e Xenophiliius vestidos todos de amarelo. "Eu pensei que amarelo fosse uma cor de casamento?"

"Yule marca o retorno do sol", declarou Xenophilius. "O Rei Carvalho derrotando o Rei Azevinho!"

"Acho que é o Teixo Rei no meu caso," Harry murmurou. Mais alto, ele disse, "Então amarelo para o sol?"

"Eu disse ao papai que você não comemora o Natal", Luna disse alegremente. "Ele gosta de todos os tipos de feriados!"

"Eu nunca tive permissão para celebrar o Natal quando criança", disse Harry. "Quando descobri que o solstício de inverno tinha algum significado mágico, pensei que poderia tentar uma nova tradição."

"Uma antiga", disse Theo. "Não precisa significar nada."

"É uma boa desculpa para dar presentes um ao outro", disse Harry.

Theo beijou sua testa. "Para te fazer feliz."

Harry olhou para os dois javalis fungando, para os laços ridículos que Sirius havia amarrado neles e sorriu.

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Depois que os javalis foram arrastados para serem domados, houve a apresentação do chifre erumpente para Luna. Harry sabia que ela devia ter reconhecido o que era, mas ela concordou que era o chifre do tímido e altamente mágico bufador de chifres enrugados e aceitou o presente com entusiasmo. Eles, no entanto, o deixaram em segurança no anexo.

Edwiges voou sobre o terreno. Ela era uma coruja da neve, estava nevando, e o terreno de Nott Manor tinha muitos pequenos roedores para ela pegar. Ranog, o gerifalte, juntou-se a ela, chorando de alegria. Bicuço também estava lá fora, correndo pelos campos nevados. Alguém colocou um cachecol em volta dele. Depois de alguns pedaços de carne de javali fumegante, Bicuço foi convencido a dar passeios de hipogrifo pela neve. Até Xenophilius deu uma volta, regalando-os com feitos de hipogrifos heróicos.

No jantar, Monstro e Dobby brigaram sobre quem serviria Harry, o que foi resolvido quando eles carregaram os pratos juntos. Harry suportou essa bajulação exagerada. Afinal, era um feriado.

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O Natal e o Boxing Day trouxeram notícias de ataques a trouxas. Mortes atribuídas a canos de gás defeituosos, mais ataques gigantescos encobertos como desastres naturais. Desaparecimentos misteriosos de trouxas no exterior, na Alemanha, Áustria, Bélgica, famílias inteiras mortas em suas casas. Um rastro de mortes aparentemente desconexas, mas Harry sabia que Riddle estava procurando pelo ladrão loiro.

Xenophilius era um especialista em vasculhar jornais trouxas e identificar casos de encobrimentos do Ministério. Era o que ele vinha fazendo há meses, planejando parar somente depois que Luna fosse levada.

"Minha mãe tinha uma casa de campo que ela ganhou dos meus avós", Luna disse quando perguntaram aonde eles queriam ir. "Papai pode tirar o Pasquim dela. Fica no País de Gales."

Lupin foi com eles para ajudar a adicionar feitiços de proteção ao redor de sua casa, parecendo tão taciturno como sempre. Eles descobriram que Fenrir Greyback estava caçando nascidos trouxas, agora que muitos tinham fugido ou tinham sido pegos bem debaixo do nariz do Ministério. Na maioria das vezes, suas caçadas se voltavam para trouxas aleatórios, uma série de assassinatos brutais. Mortes mágicas eram poucas, mas os trouxas estavam se acumulando.

Depois do Ano Novo, outra praga atingiu o Ministério. Em uma de suas ligações no espelho, Luna Teorizou que eram humdingers balbuciantes. Eles eram conhecidos por causar histeria naqueles cujos ouvidos balbuciavam. Harry sabia que tinham que ser Fred e George, esperando causar tanto caos que o Ministério não pudesse fazer nada. Ninguém monitorando crianças acionando o Rastreamento. Ninguém enviando Snatchers para alguém que quebrasse o Tabu.

Dobby disse a eles que houve consequências para a fuga de Luna e Olivaras. Bellatrix culpou o fato de a masmorra ter sido deixada destrancada e puniu Wormtail por seu fracasso. Ninguém chamou Riddle de volta, com muito medo do que ele poderia fazer com eles. Quem se importava com uma garotinha estranha e um fabricante de varinhas meio morto? Era Potter que ele queria.

Andrômeda fez o melhor que pôde com Olivaras. As pessoas ainda vinham à sua casa para procurá-la por seu marido trouxa Ted, embora Ted já tivesse deixado o país há muito tempo. Se encontrassem Olivaras durante uma de suas buscas, isso não seria um bom presságio para Andrômeda e Tonks. Tonks tinha que ser mantida segura acima de tudo. Então Olivaras foi enviado para um dos Weasleys, Bill e Fleur, em Shell Cottage.

Harry tinha uma pergunta para o fabricante de varinhas, mas foi informado de que Olivaras não estava em condições de ser questionado. Então ele esperou.

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"É chamado Potterwatch," Sirius explicou, mexendo no rádio. "Eles dão a senha no final de cada episódio, mas não é difícil de adivinhar. Geralmente tem algo a ver com a Ordem."

"Isso é estúpido", disse Harry.

Ele estava se sentindo pior do que o normal desde Yule. Eles precisavam capturar Bellatrix, e possivelmente os dois irmãos Lestrange. Eles não poderiam encobrir algo assim facilmente. Riddle notaria. Ele poderia suspeitar porque eles tinham sido alvos, e notar seus Comensais da Morte caindo um por um. Harry não estava pronto para enfrentá-lo.

"Eu concordo," Sirius disse. "Não é difícil adivinhar quem é quem, e a senha não tem sentido se você não sabe a que horas eles vão ao ar."

"Em vez de uma senha, eles deveriam ter um código que, quando resolvido, informasse o próximo horário de transmissão. Ou um meio de sinalizar quando eles estão prestes a ir ao ar", disse Theo.

Harry balançou a cabeça. "Odeio esse nome. Ninguém está me observando. Ninguém nem me viu desde o incidente da chave de portal."

"Ninguém pensou em olhar no mundo trouxa", disse Theo. "É fácil se perder na multidão. Você se mistura perfeitamente."

"Está começando", disse Sirius, encontrando um assento.

"Devemos ouvir?" Theo perguntou, aproximando-se de Harry, que estava ficando cada vez mais desconfortável.

Ele reconheceu a voz de Lee Jordan como River, que apresentou Kingsley como Royal. Kingsley falou sobre as grandes perdas que os trouxas estavam sofrendo, o que pareceu um pouco estranho para Harry. Houve assassinatos, é claro, mas a população trouxa...

Ele balançou a cabeça. Não importava quantos trouxas a mais houvesse. Uma morte era uma morte.

Harry se encolheu no segmento Amigos de Potter, apresentando Lupin como Rômulo, possivelmente o codinome mais óbvio que existe.

"Em que realidade Lupin já foi meu amigo ?" Harry perguntou. "E por que eles estão transmitindo sobre os esconderijos? Qualquer um pode estar ouvindo!"

"Boa sorte para encontrá-los, no entanto," Sirius disse. "O Ministério sabe que os nascidos trouxas estão indo para algum lugar , e que eles perderam o rastro de quase todos eles. Você já disse isso antes, Harry, não somos muitos. Esconder alguns milhares de pessoas em uma cidade de milhões é fácil. Escondê-los em várias cidades é mais fácil."

"Eles não têm pessoas suficientes para procurar", disse Theo. "Eles nem sabem por onde começar.

"Somos todos humanos, não somos?" Kingsley estava dizendo pelo rádio. "Toda vida humana vale o mesmo, e vale a pena salvar."

"Isso é mentira," Harry disse acaloradamente. "Eles não acham que Comensais da Morte valem a pena ser salvos. Eles definitivamente não acham que Riddle vale."

"Você sabe que não é a mesma coisa", Sirius disse. "Eles estão fazendo uma escolha de seguir Riddle, de sair por aí torturando, matando trouxas, nascidos trouxas e traidores do sangue."

"Você acha que Malfoy tem escolha então?" Harry perguntou. "Não pareceu quando o encontrei chorando no banheiro, ou quando vi Riddle ameaçar matá-lo se ele não torturasse uma mulher trouxa aleatória que eles tinham capturado! E o que dizer de—"

Harry se conteve antes de trazer à tona Regulus. Dezesseis anos e um Comensal da Morte marcado. Ele sabia que Sirius se sentia culpado por deixá-lo sozinho nesta casa. Ele uma vez ouviu Sirius perguntando a Monstro por que Regulus nunca lhe pedira ajuda. Ele não usaria isso contra Sirius.

"As pessoas simplesmente têm Comensais da Morte como pais, parentes ou amigos", disse Harry. "Eu sei que não é a mesma coisa. Eu sei! Eu sei o que eu fiz..."

Theo o observou por um momento, então se virou para Sirius. "Vamos mudar de estação."

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Harry estava em um litoral invernal, nos arredores de uma vila no sul da Cornualha. Shell Cottage era uma construção solitária em um penhasco, com vista para as águas cinzentas e agitadas abaixo. A cal havia sido levada pelos ventos salgados do mar, e conchas da praia em que Harry havia chegado estavam afixadas em suas paredes, amarradas em sinos que cantavam tristemente na brisa fria.

Harry começou a subir o penhasco, deixando pegadas na areia molhada. A maré estava recuando, deixando fios de algas e moluscos desenterrados lutando para se enterrar mais uma vez. Ele caminhou por um jardim cercado por brilhantes borrifos de lavanda do mar, suas folhas carnudas cobertas de sal fino.

Harry olhou para o sul, em direção à cidade de Tinsworth, obscurecida pela névoa. Era uma das pequenas aldeias meio mágicas onde os dementadores vagavam à noite. Ele se virou quando ouviu uma porta se abrir. Houve um grito de surpresa, e Hermione estava atirando nele.

"Harry! Não ouvimos nada de você há meses!"

Harry estremeceu quando ela colidiu com ele, mas conseguiu retribuir o abraço.

"Como você tem passado?", ele perguntou. "Eu não sabia que você estava hospedado aqui."

"Ron e eu temos nos mudado muito", disse Hermione. "O Ministério também está nos procurando. Somos procurados para interrogatório sobre seu paradeiro."

"Ainda bem que ninguém sabe onde estou", disse Harry, seguindo-a para dentro da cabana. "E que bom que você se manteve segura. Essa é a coisa mais importante que você pode fazer."

Harry sorriu para Gui e Fleur, que estava ocupada fazendo chá.

"Harry", disse Bill, "é bom ver você".

Ele estava prestes a perguntar onde Olivaras estava quando notou Ron sentado à mesa, olhando feio para ele.

"É lá que você esteve?" Ron disse. "Ficando seguro? Foi assim que minha irmã foi punida por você aparecer do nada em Hogwarts?"

"Foi um acidente," Harry disse. Hermione andou ao redor dele para sentar-se ao lado de Ron, enquanto Fleur começou a servir chá. Ela parou para dar um tapinha no ombro de Harry.

"Ela foi enviada para a Floresta Proibida!" Ron exclamou.

"Foi uma coincidência total que eles tentaram roubar algo do escritório de Snape no mesmo dia em que toquei em uma chave de portal que me deixou no meio do campo", disse Harry. "Eu não queria ir para Hogwarts. E ela foi enviada com Neville e Luna com Hagrid. Nós tivemos a mesma punição quando tínhamos onze anos! Não há nada que os machucaria na floresta, não com Hagrid lá."

Bill suspirou e sentou-se. "Eu tentei explicar isso a ele..."

"Que chave de portal?" Hermione perguntou.

Harry olhou pela janela, de onde podia ver um pedaço de céu nublado, pensando em uma mentira plausível para contar.

"A Taça Tribruxo", disse Harry. "Deve ter sido encantada para levar o vencedor ao início do labirinto. Antes de Crouch chegar lá, claro."

"Você está por aí colecionando troféus?" Ron disse amargamente. "Todo mundo acha que você está lutando contra Comensais da Morte! Tentando matar Você-Sabe-Quem!"

"Por que você iria querer a Taça?" Fleur perguntou. "Depois de todos esses anos?"

Harry se mexeu desconfortavelmente. "Riddle me usou em um ritual de ressurreição em um cemitério. Achamos que poderia haver alguma maneira de reverter isso. Eu estava examinando o local do ritual quando encontrei a Taça Tribruxo caída na grama. Eu a peguei, e a próxima coisa que sei é que estou no meio de um jogo de quadribol e Snape está apontando sua varinha para mim."

"Era esse o plano de Dumbledore?" Hermione disse ansiosamente. Ela olhou para Ron. "Nós podemos ajudar com isso! Eu posso pesquisar rituais..."

Harry balançou a cabeça, embora estivesse começando a pensar que sua explicação inventada poderia valer a pena ser investigada. "Theo é um especialista em magia ritual. Nós fazemos rituais juntos desde o terceiro ano. E o que Riddle usou não é, bem, do tipo legal. Osso, carne, sangue, esse tipo de coisa."

"Não de novo?" Ron disse.

"Sim, Ron, meu namorado . Já lhe ocorreu que eu poderia ter que usar magia negra para derrotar Riddle? Que não são só borboletas e unicórnios? Eu o vi bebendo o sangue de um unicórnio! Isso deve lhe dar uma pista sobre com que tipo de magia estamos lidando!"

Harry notou o chá que lhe foi passado e tomou um gole. "Obrigado, Fleur. Embora seja divertido falar sobre atos ilícitos de necromancia, preciso falar com Ollivander. Ele está acordado?"

"Ele está em um quarto lá em cima", disse Bill. "Seja gentil, ele passou por muita coisa."

"É, não o torture", Ron disse incisivamente.

"Vou garantir que usemos uma palavra segura", Harry retrucou.

"Por que você quer falar com o Sr. Olivaras?" Hermione perguntou.

"Quero falar sobre varinhas, obviamente," Harry disse. "Luna teve as dela roubadas. Assim como os nascidos trouxas, não recuperamos todas."

Harry deixou a mesa e subiu as escadas que Bill havia indicado. Ele esperava que Bill e Fleur impedissem os outros dois de tentarem bisbilhotar.

"Entre," disse uma voz cansada depois que Harry bateu. "Ah, Sr. Potter. Disseram-me que foi você quem nos resgatou. Não posso agradecer o suficiente."

"Eu tive ajuda," Harry disse, sentando-se ao lado dele. Ollivander estava apoiado na cama, parecendo muito melhor, mais do que pele e ossos pelo menos. "Você pode responder algumas perguntas para mim?"

"Qualquer coisa, meu caro rapaz."

Harry pegou sua varinha e lançou alguns feitiços silenciadores antes de passá-la para Olivaras.

"Azevinho e pena de fênix", ele disse com voz trêmula. "Onze polegadas. Bonitas e flexíveis."

"Ele compartilha um núcleo," Harry disse. "Varinhas gêmeas. O que isso significa?"

"Varinhas de irmãos não podem funcionar corretamente umas contra as outras," Ollivander disse em um tom abafado. "Elas podem ferir, sim, machucar, mas não matar. Nunca matar."

"Mas outra varinha poderia?"

Ollivander virou-se para ele com olhos fundos e aterrorizados. "O Lorde das Trevas sempre ficou feliz com a varinha que eu fiz para ele — teixo e pena de fênix, treze polegadas e meia — até que ele descobriu a conexão dos núcleos gêmeos. Agora ele busca outra varinha, mais poderosa, como a única maneira de conquistar a sua."

"Não vou perguntar como ele descobriu os núcleos gêmeos", disse Harry. "Você me contou logo sobre isso. Você contou a Dumbledore quando eu peguei minha varinha?"

"Eu fiz," Ollivander sussurrou. "Você tem que entender. O Lorde das Trevas, ele me torturou! A maldição Cruciatus—"

"Sr. Olivaras!", disse Harry. "Não o culpo por nada disso. Eu já suspeitava. Só queria saber o que aconteceria se lutássemos usando nossas varinhas originais. Agora eu sei, e posso planejar isso."

"Ele busca outra varinha," Ollivander disse. "Não apenas para derrotar você, mas porque ele acredita que isso o tornará verdadeiramente invulnerável."

"A Varinha das Varinhas", disse Harry.

Ollivander virou-se para ele, surpreso. "Como você sabe disso?"

"Você foi sequestrado. Gregorovitch foi assassinado" — Olivaras arfou, parecendo aflito — "não foi difícil adivinhar o porquê. Aprendemos sobre varinhas lendárias em História da Magia. Se serve de consolo, ele não vai encontrá-la."

Se alguma coisa, Ollivander pareceu mais surpreso. "Como—"

"Não se incomode em perguntar," Harry disse. "Algumas coisas são melhores deixadas de lado. Você acha que seria capaz de fazer uma nova varinha para Luna?"

Depois de mais alguma conversa fiada, Harry pegou sua varinha de volta e agradeceu Ollivander. Ele desceu as escadas para ter outra conversa difícil.

Eles ainda estavam todos na mesa, falando em voz baixa, mas pararam quando Harry entrou. Ignorando isso, Harry sentou-se.

"Bill, Fleur, vocês dois ainda estão trabalhando em Gringotes?"

Eles se entreolharam.

"Nós somos," Fleur disse. "Por que você pergunta isso?"

"Eu não posso ir a Gringotes sozinho," Harry disse, "por razões óbvias. Preciso falar com meu gerente de contas, Griphook."

Bill tinha uma expressão preocupada. "Griphook está foragido. Ele é um dos goblins que partiram depois que o Ministério assumiu."

Harry se recostou. "Merda. Tem alguma maneira de contatá-lo?"

"Por que você precisa de um goblin?" Ron perguntou.

"Ele não é apenas um goblin aleatório", disse Harry. "Ele gerencia minhas contas."

"Contas?"

"Sim, Ron, como em múltiplo. Como você acha que estamos pagando por tudo?"

As sobrancelhas de Hermione se ergueram. "Claro! Pessoas perderam suas casas e empregos. Se o Ministério tomou Gringotes, os nascidos trouxas não podem acessar seu dinheiro. Eu deveria ter pensado nisso..."

"Comida, moradia, roupas, penas, tinta, pergaminho, poções, curandeiros," Harry disse, a expressão de Ron ficando mais sombria a cada despesa que Harry listava. "Mandar pessoas para o exterior. Tudo isso custa dinheiro."

"E é você quem está pagando por isso?" Ron perguntou.

"E Sirius," Harry disse. "Você realmente achou que eu estava sentado sem fazer nada? Eu passo metade do meu tempo preparando poções para as pessoas. Não é como se um nascido trouxa pudesse fazer uma viagem ao boticário. Guerras custam dinheiro, Ron. Muito dinheiro. Dinheiro que eu tenho, e continuarei gastando para manter as pessoas seguras."

Ron levantou-se abruptamente e saiu furioso. Harry podia ouvi-lo pisando forte no andar de cima. Harry massageou as têmporas. "Ele pensou que eu estava correndo por aí lutando contra Comensais da Morte em becos escuros? Não importa." Ele se virou para Bill e Fleur. "Tem alguma maneira de contatar Griphook? É importante."

Bill olhou para Fleur novamente. "Vou perguntar no banco. Eles podem ter designado outro gerente para você."

"Para Harry Potter?" Harry bufou. "Duvido. Não, tem que ser Griphook. Se você pudesse descobrir alguma coisa, eu realmente agradeceria."

Harry sentiu alguém tocar seu braço. "O que foi, Hermione?"

"Acho que deveríamos tentar conversar de novo", ela disse, parecendo preocupada. "Eu li aquele livro que Dumbledore me deu várias e várias vezes, e acho que sei o que ele estava tentando dizer." Ela olhou para Bill e Fleur.

"Vamos dar um pouco de privacidade a vocês dois", disse Fleur, puxando Bill para longe.

Depois que eles saíram da sala, Harry disse: "Não há realmente nada para conversar."

"Por favor, apenas escute," Hermione disse. "Você não sabe como é, ouvir sobre tudo o que está acontecendo e não poder ajudar. Rony ficou... muito chateado quando soube sobre Ginny."

"Ele poderia ter voltado para a escola", disse Harry. "Ele ainda poderia. Nev me contou sobre eles reunindo o DA novamente, lutando contra Snape e os Carrows. Se ele está preocupado com Ginny, ele deve ter uma recuperação milagrosa da sarna e voltar."

"Não é tão fácil assim," Hermione disse. "E nós realmente achamos que Dumbledore queria que trabalhássemos com você."

"Eu te disse da última vez, não me importa o que Dumbledore queria. Você não leu o livro de Skeeter? Ele não era um modelo de luz, ou Merlin reencarnado. Ele era apenas um velho e poderoso bruxo, nada disso o torna infalível."

"Tudo bem," Hermione disse. "Eu aceito que essa é sua opinião. Mas o livro que ele me deu tem uma história, uma sobre três irmãos. Um deles tinha uma capa de invisibilidade, como a sua."

"Ele fez?"

"E tem um símbolo nele", ela disse, puxando livros para mostrar a ele. "Um triângulo, com um círculo e uma linha." Ela pegou o livro que Skeeter havia escrito. "Está aqui de novo, em uma carta que Dumbledore enviou a Grindelwald. E eu o vi no casamento! O Sr. Lovegood estava usando!"

Harry assentiu, olhando para o símbolo das Relíquias da Morte. "Skeeter não começou a escrever aquele livro até depois de morrer", disse Harry. "É uma coincidência total que eles tenham publicado aquela carta. E que o pai de Luna estivesse usando a mesma coisa."

"Ainda assim, está conectado! Bem, não podemos perguntar a Dumbledore ou Grindelwald o que isso significa — nem sei se Grindelwald ainda está vivo — mas podemos perguntar ao Sr. Lovegood."

"Grindelwald ainda está vivo", disse Harry. "Eu já sei o que é esse símbolo. Ele apenas representa os itens daquele conto de fadas. Algumas pessoas realmente acreditam que eles são reais."

Hermione estreitou os olhos para ele. "Você queria falar com o Sr. Ollivander sobre varinhas."

"Minha varinha, e comprar uma nova para Luna," Harry disse suavemente. "Você acha que estou procurando um Deathstick ? Como se eu fosse querer algo com um nome desses."

"Como você sabe que Grindelwald ainda está vivo?" Ron perguntou, voltando furtivamente para dentro. "Nott também é fã dele?"

"Theo não é um Comensal da Morte só porque o pai dele é," Harry disse, reprimindo sua irritação. "Por que você tem tanto ciúmes do Theo? Não é porque você quer namorar comigo, é?"

"O quê?" Ron gaguejou. "Não, claro que não!"

"Então qual é exatamente o problema? O pai dele? Ele não mora com ele há anos. Você não tem ideia, nenhuma mesmo..."

"Está tudo bem, Harry, sabemos que você confia nele," Hermione disse. "Ele parece... legal."

"Como você sabe que Grindelwald está vivo?" Ron exigiu. "Hermione não sabe."

"Duvido que Hermione tenha ido a Nurmengard," Harry disse, revirando os olhos. "Eu simplesmente sei, ok?"

"O quê, mais visões suas ?" Ron disse desconfiado. "Como aquela que você teve onde você era a cobra de Voldemort? Isso mesmo, Moody nos contou sobre—"

Harry pulou, sacando sua varinha. O som da aparição estalou como balas lá fora.

"O que você fez?" Harry disse. "Seu idiota completo!"

Harry puxou sua capa de invisibilidade, procurando outra saída.

"Harry, o que você está fazendo?" Hermione disse estridentemente.

"Alguém disse Harry ?" uma voz áspera chamou do lado de fora. "Não pode ser Harry Potter aí dentro, pode?"

Ele avistou a janela da cozinha aberta e passou por ela, abaixando-se cuidadosamente até o chão.

"Sabemos que você está aí!", gritou outro. "Não nos importamos com quem xingamos! Saia com as mãos para cima, devagar e com calma!"

Harry sentiu uma pontada de medo enquanto se arrastava pela casa. Bill e Fleur devem tê-los ouvido. Olivaras provavelmente estava morrendo de medo.

Hermione e Ron não estavam em perigo, não realmente, protegidos pela família puro-sangue de Ron. Harry aprendeu sobre o Tabu antes que ele pudesse causar muito dano. Se não foi Ron, poderia ter sido Hermione quem o quebrou. Ela nunca aprendeu discrição.

Harry olhou lentamente ao redor do canto da casa e silenciosamente xingou. Era Fenrir Greyback, com o que parecia ser meia dúzia de lobisomens. Eles sentiriam o cheiro dele, ou o ouviriam, em questão de tempo. Ele poderia correr, mas estaria deixando os outros se defenderem sozinhos.

Harry apontou sua varinha. Havia um feitiço que ele poderia usar para lidar com todos eles.

Sua mão apertou o azevinho.

"Este é seu aviso final", disse um deles. "Saia, ou começaremos a xingar!"

Disseram-lhe que os núcleos de penas de fênix eram ideais para magia negra.

Saindo ao ar livre, ainda escondido por sua capa, Harry sussurrou: " Pestis incendium ".

Chamas cruéis rugiram de sua varinha, ameaçando jogar Harry para trás com sua ferocidade. Ele se manteve firme. Ele sabia que podia controlar as chamas. Oclumência ajudou a manter sua mente calma, mesmo quando um gigantesco basilisco incandescente forçou sua saída de sua varinha, incinerando o jardim e cercando os Snatchers. Fênix cresceram do corpo do basilisco, deixando um rastro de chamas enquanto Harry as direcionava para consumir as pessoas que ele havia escolhido matar.

As pessoas estavam gritando, não apenas os Snatchers que tentaram conjurar água com suas varinhas, antes que o Fiendfyre os pegasse e os queimasse até virarem nada. Água também estava saindo da casa. As pessoas gritavam seu nome. Seus olhos lacrimejaram enquanto ele olhava para o coração do fogo, estalando sua varinha para conjurar mais feras. Ele tinha que ter certeza.

Alguém agarrou seu ombro e gritou em seu ouvido.

"Não toque nele! Se ele perder o controle—"

O Fiendfyre estava causando estragos em suas emoções. Era alimentado pela raiva e queria que ele perdesse o controle. Ele não podia. Bill estava certo sobre isso.

" Incendium finite totalum ", Harry sibilou, dando um passo para trás enquanto as chamas recuavam para dentro de sua varinha. A madeira estava escaldando sua mão, mas fênix eram criaturas de fogo. A varinha podia contê-la. Ele sabia que podia.

No final, não sobrou nada. Nem do jardim, nem dos Snatchers. Eram apenas cinco manchas de fuligem no chão.

Cinco...

"Merda," Harry disse asperamente. "Um escapou."

"Harry! O que você fez!" Hermione gritou, ainda o agarrando.

"Sai de cima de mim", ele disse, tossindo. "Todos nós precisamos ir embora. Um escapou."

Bill e Fleur também estavam lá. Deve ter havido uma porta dos fundos.

"Ele fez o que tinha que fazer", Fleur disse friamente, a raiva brilhando em seus olhos. Harry se lembrou de que ela era parte veela, pessoas que atiravam bolas de fogo de suas mãos. "Eles teriam matado todos nós."

"Você não sabe disso!"

"Harry está certo, precisamos ir embora", disse Bill. "Antes que enviem mais."

Harry sacudiu Hermione. "Não temos tempo para você surtar comigo matando pessoas."

"Você os matou?" Ron perguntou, saindo da casa. Harry ficou enojado ao ver que ele nem tinha sacado sua varinha. De novo.

"Totalmente inútil", ele murmurou, e então começou a tossir novamente. "Foda-se, estou indo embora."

"Harry!"

Ele deu alguns passos para longe de Hermione e se virou no local, não querendo ver a expressão em seus rostos. Ele queria ir para casa.

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O pomo de treino de Regulus pairava sobre sua cabeça. Harry o pegou, soltou e pegou novamente. Ele não conseguiu consertar o que Dumbledore lhe dera, o de sua primeira partida de quadribol. As duas metades estavam colocadas em sua cômoda, ao lado da Taça Tribruxo e da Varinha das Varinhas. Ele havia deixado a Pedra da Ressurreição lá também, com a Capa da Invisibilidade pendurada por perto. Seus despojos de guerra.

Houve uma batida na porta e Sirius entrou.

"Finalmente ouvimos de Bill", ele disse, sentando-se na cama de Harry. Harry soltou o pomo. "Arthur teve que largar o emprego. Percy também. Os gêmeos abandonaram a loja, mas tiraram todas as mercadorias. Bill me disse que eles estão fazendo pedidos por coruja agora."

"Isso é bom", disse Harry, pegando o pomo. Suas delicadas asas lutavam entre seus dedos. Ele o soltou.

"Greyback apareceu em St. Mungo's, gravemente ferido."

"Então foi ele quem escapou", Harry disse sem graça. "Faz sentido. Ele deve ter percebido o que era imediatamente."

Sirius suspirou. "Sinto muito que você tenha feito isso, Harry."

"Eu não precisava", ele respondeu, "mas eu fiz mesmo assim. Eu queria matar Greyback. Ele é um predador de crianças. Ele gosta do gosto delas."

Sirius fez uma careta. "Eu sei. Foi ele quem mordeu Remus."

"Exatamente."

Harry pegou o pomo novamente. "Eles vão me odiar agora."

"Seus amigos? Você salvou a vida deles."

"Mas eu não fiz isso de uma forma pré-aprovada. Eu usei um dos feitiços mais mortais e violentos que eu conheço. Queimar até a morte é uma das piores maneiras de morrer. Havia feitiços inventados para proteger bruxas de serem queimadas na fogueira. Isso invoca um medo antigo em nós. Você sabe como Fiendfyre soa. É o terror supremo, a destruição suprema."

"Você sabe que isso não é tudo o que o fogo é", disse Sirius. "Ele pode purificar. Limpar. Fênix renascem em cinzas."

"Foi isso que aconteceu?" Harry disse distantemente. "Uma limpeza?"

Ele soltou a bola dourada, e ela brilhou na luz do fogo. Encontre o pomo, encontre a taça, encontre o lorde das trevas. Fim de jogo.

"Não", disse Sirius. "Você os protegeu. Você tomou uma decisão rápida. Vocês estavam em menor número. Você mesmo me disse que não confia em Hermione ou Ron. Havia um homem idoso e doente lá em cima. Você estava preocupado com o que aconteceria se a notícia de que você estava com os Weasleys chegasse."

"Aconteceu de qualquer forma", disse Harry, estendendo a mão. "Não é justo o que acontece com os lobisomens. Quantos além de Lupin foram para Hogwarts? E os trouxas que são transformados? Eles são o que as leis anti-lobisomens os tornaram. Levados a se esconder pelo preconceito contra criaturas das trevas."

"Eu concordo", disse Sirius. "Mas ser um lobisomem não anula suas escolhas. O lado de Riddle não é uma opção melhor. O Ministério controlado pelos Comensais da Morte aprovou leis mais opressivas."

"Eu sei", Harry disse cansado. "Eu não teria sido capaz de pará-los com expelliarmus e stupefy . Eu vi Hagrid sacudir dezenas de atordoadores. Greyback e os outros teriam feito o mesmo."

Sirius observou-o brincar com o pomo por mais um tempo e então o pegou no ar.

"Ei", Harry disse, sentando-se. "Por que você fez isso?"

"Já faz quase uma semana e você mal saiu do seu quarto", Sirius disse, sorrindo para ele. "Você não voa há um tempo. Poderíamos jogar um jogo."

"Com duas pessoas?" Harry perguntou. "Você não era um batedor?"

"Então?" Sirius se levantou. "E nós temos três pessoas, cinco se colocarmos Monstro e Winky nisso. Tenho certeza de que há algumas vassouras de criança por aqui que eles podem usar."

"Nunca vi Theo usar uma vassoura", disse Harry, gostando da ideia.

O sorriso de Sirius cresceu. "Agora você vê minha sabedoria."

"Aposto que ele é péssimo em voar", disse Harry, pulando de pé e correndo para fora do quarto. "Vou procurá-lo, ele provavelmente está na biblioteca..."

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Theo era realmente muito bom em voar.

"Como é que você nunca me contou?" Harry perguntou. "Nós poderíamos ter voado um monte de vezes."

"É a sua praia", disse Theo com desdém.

"Não é minha praia, é só uma coisa", disse Harry.

"Prefiro ver você voar", disse Theo. "É... emocionante."

Theo liderou o caminho descendo as escadas até o porão. Depois de meses de trabalho, eles finalmente desenvolveram um feitiço que reagia à presença de uma marca escura, que criaria uma barreira para manter os Comensais da Morte marcados fora de uma área. Era hora de testá-lo em um Comensal da Morte de verdade.

Theo cortou um dedo, desenhando uma linha de sangue em uma porta. Ela se abriu para revelar Dolohov. Ele estava sob a Poção da Morte Viva há vários meses, acorrentado à mesma cadeira. Morto para o mundo.

Harry pegou o antídoto que ele preparou e deu um passo à frente. Theo o segurou.

" Mors obex totus ," ele disse, traçando um círculo no ar com sua varinha. O batente da porta aberta brilhou por um momento, então se acalmou. "É importante definir a área."

Harry assentiu, então entrou, sabendo que o feitiço não o machucaria. Eles o testaram com animais conjurados, depois com animais que capturaram do lado de fora, gnomos de jardim e eles mesmos. Harry estremeceu ao sentir o feitiço testando-o para a marca. Sua cicatriz formigou estranhamente, mas não deu em nada. Ele caminhou até Dolohov e derramou a poção em sua boca. Ele rapidamente se juntou a Theo do lado de fora da porta.

Eles observaram enquanto Dolohov acordava lentamente, gemendo e se mexendo dolorosamente. Ele puxou suas correntes, tentando sentar-se mais ereto. "O quê..."

"Eu pensei que ele estaria em pior forma," Harry sussurrou. "Trouxas em coma têm que passar muito tempo se exercitando para recuperar suas forças."

"Magia", Theo sussurrou de volta.

"Onde estou?" Dolohov exigiu. "Quem é você? Onde está Rowle?"

"Rowle está morto," Harry disse. " Relashio ."

As correntes recuaram. Dolohov estreitou os olhos. "O que você está—"

" Roupas de Accio Dolohov."

Dolohov voou até eles, como se agarrado por uma mão gigante invisível, então bateu na barreira. Onde tocou sua pele, ele começou a chiar, e então começou a gritar.

" Repulso ." Ele voou para trás novamente, batendo na cadeira. "Sabe, ele não precisava estar acordado para isso.

Dolohov lutou para se levantar novamente. "Você—"

Theo o atordoou, e Dolohov caiu para trás, inconsciente. "Percy Weasley foi preso", ele disse. "Podemos colocar este em seu lugar."

Ambos se viraram quando ouviram alguém descendo as escadas.

"Sirius?" Harry chamou.

"Seis meses..."

Harry levantou sua varinha. Theo foi mais rápido, mas seu feitiço foi repelido.

"Seis meses, sob Imperius. Meu próprio filho..."

Thaddeus Nott deu o passo final e ficou na frente deles, curvado e murcho. Um velho amargo.

"Por que?"

Harry olhou para Theo, que tinha ódio estampado em cada linha do rosto.

"Por essa imundície?" Thaddeus disse, apontando sua varinha para Harry.

"Você ousa..." Theo disse, empurrando Harry para trás dele. "Você ousa levantar sua varinha para ele? Imundo ? Seu vil imbecil. Sæta ."

Runas ganharam vida nas paredes, correndo em linhas de fogo que envolveram Thaddeus, sufocando-o. Ele caiu de joelhos, imóvel, lutando para respirar.

"Você achou", Theo disse, a voz pingando veneno, com anos de fúria concentrada, "que estaríamos desprotegidos aqui? Seu asinino, decrépito, repugnante pretexto para um humano."

Thaddeus olhou para ele desafiadoramente. "Você...assim como...sua puta...mãe..."

Theo sorriu selvagemente. "Sim, eu sou."

Harry observou com admiração enquanto Theo traçava runas no ar com pura magia. "Eu criei essa maldição para você, pai. Esse feitiço definirá sua realidade de agora em diante. Æ gjalda ."

Os olhos de Thaddeus se arregalaram em compreensão. Harry ficou surpreso ao ver um corte aparecer em sua bochecha, depois outro. Um hematoma se formou sobre um olho e o velho se encolheu. Ele se curvou, a respiração saindo rapidamente como se tivesse levado um chute no estômago.

"Algo para sempre," Harry disse, observando enquanto o velho continuava recebendo ferimentos. "Pagamento?"

"Expiação," Theo disse, a voz soando com poder sombrio, um fogo sinistro em seus olhos. "Danos infligidos pelo sujeito no conjurador. Ele sente o que eu senti."

Harry respirou fundo para se acalmar.

"Monstro."

O elfo doméstico apareceu ao lado deles, olhou para Thaddeus Nott e então o dispensou. "Jovem Mestre chamado?"

"Precisamos nos livrar de Dolohov. Theo e eu..." Harry olhou para Theo, que tinha um olhar selvagem, sua magia pulsando perigosamente como se não tivesse certeza do que fazer. "Ficaremos aqui por um tempo. Você poderia cuidar dele?"

"Com prazer, jovem Mestre. Monstro tem planos para aquele que atacou o jovem Mestre, oh sim, o porco que atacou a Casa dos Black..."

Thaddeus começou a grunhir de dor, ainda preso pelo feitiço de contenção que Theo havia ativado. Harry engoliu em seco, sem saber o que fazer. Ele deveria assistir? Ele deveria confortar Theo? Ele poderia?

"Você me quer aqui?" ele perguntou calmamente.

Theo de repente o agarrou, puxando-o para um abraço apertado. "Você não precisa assistir. Mas eu vou."

"Eu ficarei com você," Harry disse suavemente. "Eu prometi que te ajudaria a lidar com ele."

Então eles ficaram ali e assistiram. Depois de algum tempo, Thaddeus Nott começou a chorar.

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