LETÁLIS

天官赐福 - 墨香铜臭 | Tiān Guān Cì Fú - Mòxiāng Tóngxiù 天官赐福 | Heaven Official's Blessing (Webcomic)
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LETÁLIS
Summary
Após o assassinato trágico de seu pai, Xie Lian vê sua vida e tudo o que possui sendo ameaçados. Com a ajuda de uma mulher misteriosa, ela tenta descobrir quem são aqueles que tentam extinguir o nome de sua família a todo custo."I wonder when did I get so desperate for love?When she first appeared in front of me like the sun every morning or the bright white moon?For all those times my eyes found her and I felt the flame in my chest, growing and growing until I burned in fire?"
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LATÍBULO

De alguma forma aquela mulher incrivelmente bonita que insistia em ser chamada de San Niang a convenceu de não chamar qualquer autoridade para lidar com o corpo em frente a sua casa. Pelo contrário, dizendo que todos eles eram lixos inúteis, apenas o deixou lá entre o sangue, passando por Xie Lian e seguindo porta a dentro como se fosse apenas uma convidada.

A criada que gritou por Xie Lian mais cedo, ainda estava parada na porta, contudo, estranhamente seus olhos pareceram estar cobertos por uma névoa vermelha, seus braços caíram e seu corpo pareceu relaxar, assim, se virando e partindo para seu quarto sonambulando.

Xie Lian apenas seguiu Hua Cheng à uma distância que era considerada segura em sua cabeça. Não havia tanta coragem em si para mandá-la embora.

— Então, sua situação não está tão ruim quanto eu pensava. — disse ao finalmente entrar e seu guarda chuva desaparecer magicamente assim que o abaixou, ela parou por um momento em frente a lareira — Mandaram apenas um e pela primeira vez. Que sorte a sua, não?

— Pode me dizer quem exatamente é você? — perguntou — Aquele homem realmente ia me me matar. Certo, não é surpresa que algo assim iria acontecer. Mas porque me ajudou?

— Oh! Então também é bem esperta. Tudo será bem mais simples — ela caminhou até sua frente e como um reflexo Xie Lian se afastou. De algum lugar, repentino como quando o guarda chuva se foi, surgiu um tecido vermelho e macio como um cobertor, sendo colocado sobre seus ombros, a lembrando de que estava molhada e com frio — Vou ser direta. Eu, a senhora da Mansão Vermelha,  prestarei um favor a você.

Xie Lian a olhou por um momento realmente sem saber se ria ou chorava, mas sua expressão caiu imediatamente com o que ouviu a seguir:

— Seu pai me deixou uma carta.

— Meu pai? —  um envelope surgiu de uma fumaça entre seus dedos, ele possuía a cera branca e a marca de uma flor de cerejeira. Era o símbolo da família Xie.

— Obviamente não sabe sobre algumas coisas, mas seu querido Xie Huang estava sendo seguido. Isto não é algo para ver agora — comentou, fazendo com que o envelope desaparecesse quando Xie Lian fez menção de o pegar — Mas saiba que lhe darei dois dias senhorita Xie. Eu posso ajudá-la a descobrir quem o matou, mas terá que vir até minha casa e pedir minha ajuda, não costumo ser tão generosa.

— Ainda é uma estranha que matou um homem na frente da minha casa. — ela deu um sorrisinho ao ouvir isso. — Não é porque me salvou que vou confiar cegamente.

— Não há tantas opções. Pode ficar e correr riscos desnecessários ou acreditar em mim e ter pelo menos uma chance. — Xie Lian sabia que ela estava certa. — Pense bem. Espero uma resposta o mais rápido possível.

Com um tilintar ela passou por si, restando apenas um perfume estranhamente familiar e quando tentou olhar novamente, Hua Cheng já havia desaparecido. Deixando apenas a dúvida que parecia pesar, um cartão com seu endereço e o manto vermelho que a aquecia.

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Xie Lian procurou informações sobre o lugar que muito provavelmente iria passar um tempo, e sua busca não foi nada menos do que infrutífera. Ninguém realmente sabia sobre os negócios da tal Hua Cheng, alguns tentavam disfarçar o constrangimento ao serem perguntados sobre e apenas comentavam que era a ilustre proprietária da Mansão Vermelha, a mesma estranhamente tinha uma influência em muitas outras áreas.

As coisas ainda pareciam estranhas, sentir-se temerosa em relação não era algo para se envergonhar. Dos poucos amigos que restaram, havia Feng Xin e Mu Qing, ambas moravam juntas e tinham uma relação incomum, mesmo que brigassem constantemente, se recusavam a viver separadas e como conheciam Xie Lian desde a infância, facilmente iriam descobrir sobre suas ideias duvidosas e tentariam impedi-la. Por isso ela também deixou uma carta para que entregassem a elas apenas quando já estivesse fora de vista, elas saberiam onde a achar, mas não poderiam tirá-la de lá.

Como não estava nadando em opções, Xie Lian discou para aquele número e sequer precisou se apresentar:

— Em dois dias um carro irá buscá-la, a Senhora Hua já nos informou sobre tudo. — disse, ela realmente estava certa de que Xie Lian iria concordar. — Traga apenas o necessário o resto será fornecido aqui. Tenha uma boa tarde.

 

Dois dias depois, Xie Lian esperou nos portões de sua casa, em pé por quase uma tarde inteira. Não houve uma única saudação do motorista que chegou em um carro luxuoso a levando em silêncio até aquela avenida indecente mesmo a luz do dia.

A mansão era uma casa de prazeres aparentemente, a estranheza a tomou e por alguns instantes seus pés a impediram de seguir em frente. Não demorou no entanto para uma das moças saísse em sua direção, o vestido verde claro a lembrava das folhas jovens em sua roseira e ela ate mesmo era bonita como uma flor, o cabelo castanho balançava preso no topo da cabeça e o rosto harmonioso não exibia tantos vestígios de maquiagem.

— Finalmente chegou! Xie Lian, seja muito bem vinda a sua nova casa temporária. — incentivando-a a seguir em frente, as portas finalmente foram cruzadas — Não precisa se preocupar muito estando aqui. Ninguém ousaria atacar tão livremente e estamos de olho na sua casa também, Hua Cheng já cuidou de tudo.

— Agradeço muito pela ajuda, farei o que for possível para retribuir.

— Ayh! Não tem que retribuir nada, nós é que estamos devolvendo um favor a seu pai — Xie Lian a olhou confusa, muitas pessoas pareciam dever favores a sua família, mas ninguém realmente dizia nada sobre isso. — No futuro tudo será esclarecido, não tenha dúvidas. Venha, vou acomodar você.

Shi Qingxuan era uma espécie de mestra sacerdotisa, pelo que disse, todas as moças ali apenas serviam fielmente a senhora que as ajudou. Ela mostrou onde seria seu quarto e lhe instruiu sobre algumas coisas. Mais tarde, após ajudá-la a arrumar tudo, leu sua sorte através da palma, uma coisa que descobriu ser como um rito de entrada comum para aquelas que chegavam ali pela primeira vez, ela contou sobre a boa fortuna que tinha e como suas linhas eram ótimas e promissoras. O que soou não tão verossímil para Xie Lian, com base em tudo o que estava acontecendo.

Contudo, houve um exitar quanto a linha do amor.

— Sem maridos. — falou suavemente, olhando compadecida para a mais nova — Em sua vida, não haverá sequer um marido para você Xie Lian. Tão claro assim. Isso é… atípico.

— Não tome tal coisa como ruim, não busco um casamento. — respondeu, parecendo verdadeiramente tranquila — Vim para cumprir um objetivo apenas.

Suas palavras pareciam sinceras e despreocupadas, isso conseguiu acalentar também Shi Qingxuan.

— O futuro ainda é incerto para todos. Mas se é o que acha então que seja assim. — seus olhos pareceram distantes por um momento. — Amor, realmente é algo muito inoportuno às vezes.

 

Uma coisa Xie Lian não podia negar; ela nunca esteve em um lugar tão bonito quanto este, nem mesmo Tiantang poderia se comprar em beleza. O bordel, que na verdade era mais como um templo, era quase tão grande como um palácio por dentro, o vermelho e prata era predominante ali, exceto pelas flores que eram brancas em todos os lugares.

Havia lanternas penduradas que lançavam uma luz fraca e amarelada pelo caminho entre as colunas enormes, as escadarias eram decoradas com corrimões de ouro pomposos que ligavam os andares acima. No meio, era possível ver a lua pelo teto de vidro, tão grande e iluminada que projetava a sombra de seu corpo no chão.

Pela manhã do dia seguinte ela teve que se encontrar com Hua Cheng em sua sala particular. Dentro, as paredes eram cobertas por espelhos, a sala era dividida por cortinas de musselina vermelha que guardavam um divã ao fundo, de lá sim vinha uma luminosidade forte que crescia a cada passo dado e o perfume inebriante e indistinguível de San Niang preenchia o ar.

Xie Lian estava sozinha e levemente tensa, sequer sabia se precisava se ajoelhar e solicitar uma audiência ou não. Hua Cheng parecia não estar lá, o certo seria esperar mas tudo era tão bonito que ela não pôde evitar correr os dedos pelas aberturas dos véus e bisbilhotar todos os objetos ali.

— A senhorita da casa Xie sequer tem modos. — a voz de Hua Cheng surgiu atrás de si, fazendo-a se virar em um susto. — E não consegue manter suas mãos longe das coisas alheias?

Xie Lian pôde encher os olhos com a mulher vestida em seda vermelha escuro, cujo as fendas em de seu hanfu expunham suas pernas ao caminhar, mostrando também os ombros bonitos e clavículas marcadas delicadamente. Em contraste com toda essa cor, seu cabelo era tão preto quanto carvão, liso e sedoso, sendo meio preso por grampos prateados com pingentes de pequenas borboletas que pareciam valer muito.

Seus dedos, com dois ou três anéis finos em cada, seguravam um cachimbo escuro com a ponta em flor, exalando a fumaça perfumada que sentiu antes. Hua Cheng. Ou melhor, San Niang era incrivelmente exuberante, venusta aos olhos de qualquer um. E ainda que usasse um fino tecido escuro e rendado sobre os olhos, ela parecia olhar diretamente para Xie Lian, que desejava constantemente recuar para longe, mas deixar de olhá-la era quase impossível.

— Você é muito curiosa, não? — ela perguntou, uma voz imponente vindas de lábios bonitos e avermelhados. Xie Lian estranhamente sentia sua respiração pesada, em pé e com os braços atrás das costas, o único movimento que fazia era apertar o tecido de sua calça fortemente em seus dedos. — O que é isso, você também não pode mais falar?

— Eu posso. — respondeu, vindo em sua direção com um caminhar silencioso, aquele belo traje delineava seu corpo completamente, um carmesim que se arrastava em uma cauda e evidenciava cada movimento, uma segunda pele finíssima e não uma peça de roupa,  parou em sua frente, tão superior quanto parecia. — Sinto muito.

Por um momento ela apenas ficou ali, olhando-a enquanto seu cachimbo queimava e queimava. Subitamente aqueles mesmos dedos bonitos pousaram em seu queixo, o levantando e puxando para mais perto, analisando-a por um momento.

— Não parece ter dormido muito bem. Minha casa está desconfortável?

— De forma alguma, agradeço pelos favores. Hua Cheng... pode mesmo me ver? — perguntou, ela sabia que sim, mas perguntas sem sentido talvez fosse melhor do que o silêncio que ficaria já que sua garganta parecia estar com muita dificuldade em fazer sua voz decente

— É claro que sim. — respondeu, afastando-se e sentando naquele divã ali perto. — Isso não me atrapalha em nada, é algo apenas para manter todos quietos.

— Entendo

— Eu vejo que está ansiosa Senhorita Xie, vamos começar então. — ela balançou sua mão e uma pasta surgiu na  mesa em sua frente, apontando com o queixo Xie Lian a abriu . — Por acaso há um homem que trabalha com vários políticos, de alguma forma os opositores daquele que mais serve sempre desaparecem magicamente. Isso não é impressionante ?

Xie Lian sentiu a ironia na voz e no sorriso de Hua Cheng, não que ela se preocupasse em disfarçar. A ficha a sua frente contava quase toda a vida de Wang Hanyi, seus cargos e como se tornou um nome conhecido em tão pouco tempo, para muitos aquilo não poderia ser nada mais que um talento nato que brilhava mesmo jovem. Mas com base em seus contatos, era óbvio que havia algo mais sujo do que simples trabalho duro.

— Coincidentemente ele é um cliente bastante frequente aqui. E coincidente há uma sacerdotisa que é muito boa em arrancar a verdade dos homens. — comentou, soprando a fumaça doce de seus lábios. — Ele só precisa estar um pouco insóbrio. E encantado por uma beleza.

Xie Lian imediatamente sentiu o tremor correr por sua espinha à medida que Hua Cheng a olhava de cima a baixo, felizmente ainda havia aquela venda sobre seus olhos.

— Sabe dançar, Xie Lian ?

 

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Havia uma linha que muitas vezes Xie Lian não conseguia ultrapassar. Sua mãe já havia lhe dado muitos vestidos antes, e não é como se não gostasse deles, apenas preferia aqueles que não colassem em sua pele e mostrasse muito nas fendas e decotes, se expor demais era algo difícil. Mas agora, enquanto era preparada para subir no palco, a confusão em suas expressões era evidente conforme via as roupas que usaria.

— Essas nem são as mais arejadas. — Shi Qingxuan disse com um sorriso amarelo evidente, mas ao longe Hua Cheng se recostava sobre a parede apenas olhando sem opinar muito. — Vai ter um véu cobrindo seu rosto, então ninguém vai reconhecê-la.

— …sim

— Vá se trocar, vou checar se Wang Hanyi já chegou. — ela se abaixou bem próxima a sua orelha, escondendo os lábios dos olhos astutos daquela ao longe. — Não deixe Hua Cheng intimidar você.

Shi Qingxuan saiu após dar uma piscadela. E sem lançar nenhum olhar para os cantos, Xie Lian foi se trocar.

 

Pela primeira vez em sua vida, Xie Lian teve seu rosto coberto por uma maquiagem tão pesada, os lábios sequer estariam à mostra mas ainda estavam tingidos por um vermelho forte, assim como nos cantos de seus olhos que se destacavam ainda mais. O cabelo foi mantido solto com finíssimas correntes douradas correndo entre as poucas tranças. O tecido da saia era branco e dourado, macio e leve, ele se movia lindamente como ondas mesmo com pequenos movimentos e era quase transparente, não chegando a atingir os tornozelos. A parte de cima ao menos possuía mangas longas e soltas que se prendiam nos pulsos, o decote era profundo, porém ao ajustar um pouco, se tornava menos ostensivo.

Ela sabia que Hua Cheng não havia saído do quarto e com a face fina que possuía, Xie Lian preferiu colocar rapidamente o véu antes de afastar as cortinas e sair. E como pensado, o olhar da outra caiu sobre si pesado e demorado, sequer se desviando quando Xie Lian seguiu para frente do espelho maior de costas para ela, a íris vermelha grudada em si a deixava constrangida e o silêncio era pior ainda.

— Não está ruim. — comentou, se aproximando minimamente. — Talvez possamos convidá-la para mais apresentações no futuro.

Xie Lian sorriu com certo desdém.

— Me faria mais feliz se dançasse em meu lugar ao invés disso.

— Eu jamais poderia. — respondeu, com o dedo indicador dando dois toques no olho esquerdo. — Sou muito carente em atrativos.

Xie Lian lutou internamente para a refutar nesse momento, o detalhe em seu olhar com certeza não deixava Hua Cheng menos atraente. Muito pelo contrário, era algo que realmente chamava a atenção. Mas permanecer em silêncio foi o melhor, era o que dizia a si mesma.

— Então. Já posso ir? Quero apenas terminar isso logo.

— Ainda falta algo. — dito isso, Hua Cheng se virou e saiu, voltando logo com uma enorme serpente escura e anormalmente brilhante que com certeza possui um tamanho maior do que o de Xie Lian, ela se enrolava nos braços de Hua Cheng e até mesmo em seu pescoço, como se fosse apenas um belo colar, não ousando agir de outra forma a não ser bela. — Deixe E-Ming conhecer você. Ela definitivamente é mais dócil do que aparenta.

Os olhos de E-Ming, ao contrário de todo o resto, eram completamente vermelhos e profundos. Aquela serpente se elevava cada vez mais em direção a Xie Lian, porém, até ela parecia levemente receosa e acanhada e ainda que por segundos o questionamento diante da cena cruzou os olhos de Hua Cheng.

No fim, Xie Lian estendeu sua mão igualmente temerosa mas firme. Naturalmente, a intenção era que E-Ming se juntasse a ela, mas agir como um gatinho ardiloso e se enrolar completamente em Xie Lian, suave e pegajosa, esfregando-se contra o rosto da mulher que voltou a respirar tranquila e até a sorrir.

— Você não tem nenhuma vergonha? — Hua cheng perguntou à serpente em completo desgosto, especialmente nesse momento a mesma pareceu mostrar sua língua a ela. — Idiota.

— Ela é muito adorável, e sequer pesa tanto quanto pensei. Não será difícil dançar com ela.

— Será mais fácil ainda. — em um momento E-Ming esmaeceu e até seu leve peso se foi, deixando a sensação fantasma em suas mãos e o estranho frio que se estendia por seu corpo. Hua Cheng se aproximou, trazendo a mão de Xie Lian e exibindo o antebraço, como uma tatuagem escura, uma serpente se estendia por toda a pele de Xie Lian. — Ela brilhará sobre você quando chegar a hora, e depois voltará para mim, apenas se apresente da melhor forma e aquele homem mal tocará em você.

— Eu entendo. — ela não entendia realmente, na verdade havia muitas coisas que ainda não faziam sentido em sua mente, como tudo mudou tão rápido e a posição que estava agora ainda apertavam-lhe o peito, e mesmo agora, ela se questionava sobre o que seus pais diriam e se o que estava fazendo era realmente o certo.

— Se deixar levar pela vingança quase sempre é um erro irremediável, que destruiria o melhor dos homens. — Hua Cheng disse tranquilamente, com o cachimbo que surgiu em suas mãos, seu olhar sempre parecia estranhamente pesar em Xie Lian, um brilho ou uma sensação de acolhimento muito repentina e duvidosa vinda de alguém que acabara de conhecer. — Mas mantenha em mente, Xie Lian, que tudo pelo que está se dispondo a fazer não é nada mais do que procurar aqueles lixos inúteis que a querem destruir mais do que já fizeram, e os tratar como merecem. Enquanto estiver sob a proteção da minha casa seu nome não será apagado, posso oferecer minha palavra a você.

Por tempos, desde que seus pais se foram. Pela primeira vez alguém realmente parecia disposta a acolhê-la. Xie Lian não tinha noção até agora, mas possivelmente por esse mesmo motivo ela não havia se sentido tão deslocada mesmo quando chegou, todos ali pareciam saber de algo que ela não sabia ou entendia, mas ainda a auxiliavam com muito e eram gentis sem obrigação.

— Obrigada. — respondeu, quase em um sussurro. — San Niang.

 

Latíbulo: Um lugar de segurança e conforto, um lugar escondido

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