E é.../ and it is...
Presente...
Natasha tinha a impressão de que os outros estavam gostando mais do que ela.
Enquanto seu irmão enchia sua paciência, ansioso pra fazer alguma coisa relacionada ao sobrinho, a Pepper querendo leva-la pras compras que precisavam fazer, o Clint querendo saber se ela estava bem, a Laura dando dicas antes mesmo dela sentir (fazendo com que ela sentisse logo em seguida) e o Fury mandando mensagens pra ela praticamente todo dia pra mandá-la não se meter em problemas, ela ficava louca com seus amigos e com os malditos sintomas.
Ela sentia enjoos matinais praticamente o dia inteiro, colocou todos na casa em uma dieta vegetariana por que não aguenta o cheiro de carne, o humor muda a cada hora e seus amigos, tentando ajudar, mais atrapalhavam.
A barriga dela já estava ficando obvia, teve que ir com a Pepper comprar roupas de gravides antes de sua barriga crescer o suficiente pra que nem suas roupas mais largas não conseguissem cobrir.
E como o dia de descobrir o sexo do bebe estava chegando, o Tony estava mais ansioso do que tudo.
Já tinham reservado um quarto pro seu filho ainda não nascido ao lado do dela, a ideia era abrir uma porta que conectasse os dois pra que ela tivesse mais fácil acesso. De qualquer forma o plano dela era manter o berço no quarto dela, pelo menos no começo, nos primeiros dias ou meses.
Ele já tinha mandado pintar de azul, não por que ele achava que fosse um menino, na verdade secretamente torcia pra que fosse uma menina, era simplesmente por que sabia que ela gostava de azul.
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Assim que ela viu o quarto teve uma ideia, passar todos aqueles meses a deixaria em um tedio muito maior do que já estava, então ela poderia pintar alguns desenhos nas paredes. Ela começou fazendo as partes mais altas, assim quando fosse no final da gravides não teria tantas dificuldades pra continuar, até seu bebe nascer o quarto já deverá estar pronto.
Como o Tony não aguentava esperar já tinha comprado uma pelúcia gigante de urso, era meio desnecessário e um bebe não ia conseguir brincar com aquela coisa que passava de sua cintura.
De qualquer forma, já que ela tinha resolvido pintar o quarto, o boneco ficava embalado em plástico em um canto do quarto dela. Provavelmente ficaria só passaria do canto do quarto dela pra uma decoração no canto do quarto do bebe.
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"Será que a gente já não pode ir agora?"
Os três, Natasha, Tony e Pepper, estavam na cozinha comendo, aquele era o dia em que descobriria se teria uma filha ou filho.
Ela estava animada, mas seu irmão superava sua ansiedade e testava sua paciência. Viver com aquela criatura era um treinamento pra ser mãe.
"Ainda faltam três horas, Tony. Relaxa." A Pepper tenta acalma-lo antes que ele pegue o carro e vá sem elas pro consultório.
"Por que tem que demorar tanto? Eu estou esperando por esse dia a meses!"
"Tony, a gravida sou eu."
"Eu sei, mas eu estou curioso."
"Se você continuar me deixando louca, vou deixar você aqui e só vou deixar você descobrir quando nascer."
"Como você é cruel. Não ta mais aqui quem falou."
"Você vai ser uma ótima mãe, Natasha." A Pepper fala claramente brincando com o Tony.
"Eu tive muita pratica." Ela fala batendo nas costas do Tony, mandando uma indireta direta e fazendo ele revirar os olhos e encher a boca de comida.
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O Tony ficou esparramado no sofá se revirando enquanto esperava ansioso e ouvia suas músicas pra ver se se distraia. A Pepper não aguentou ver o Tony nisso e foi trabalhar no quarto deles mesmo.
Enquanto isso a Natasha, por mais que apreciasse as músicas, não aguentava seu irmão girando em todas as posições possíveis, parecia uma criança querendo atenção e sendo extremamente obvio sobre isso.
Como ele não era realmente uma criança, e já estava acostumada com os dramas dele, ela o ignorou completamente e foi até o quarto que seria do seu bebe continuar a pintura que estava fazendo.
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Quando chegou a hora de irem, seu irmão entrou praticamente correndo e gritando com Pepper vindo calmamente e rindo atrás dele. Natasha nem precisava ter suas habilidades de espiã pra perceber e não se assustar, o Tony vinha praticamente com alarme de proximidade.
Os dois insistiram em ajudar ela a descer da escada onde estava pra pintar as partes mais altas do quarto, mesmo que ela não precisasse e dissesse que estava gravida não gripada e de cama.
A Pepper era a que mais se preocupava quando ela estava pintando, afinal ela estava gravida e subindo e descendo escada em volta do quarto várias vezes e vários dias. Natasha não pode fazer muito além de tentar acalma-la dizendo que era por isso que começou por cima agora, assim quando estivesse com mais meses só faria as partes mais baixas e não daria um ataque cardíaco pra outra mulher.
O Tony se preocupava, mas não tanto quanto Pepper, ele sempre foi inconsequente, até dava várias ideias pra irmã, mesmo que ela tenha descartado a maioria.
O máximo que ele fez pra ajudar, além da ajuda desnecessária pra descer (pelo menos naquele momento), foi segurar a escada, mesmo assim ele não parava de falar e as vezes ela tinha vontade de fazê-lo desaparecer. Ela não confiava em suas habilidades artísticas, a Pepper já tinha se assumido uma péssima desenhista, mas por mais que seu irmão até desenhasse uma coisa ou outra, era sempre relacionado a ciência e as coisas que ele construía.
E mesmo assim ele raramente desenhava, normalmente ele usava o Jarvis pra fazer seus projetos.
Ou seja, o desenho mais artístico que ele fez foi das armaduras.
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O Happy foi encarregado de levar os três, o carro era o mais simples que o Tony tinha, mas Natasha não duvidava que ele pudesse ter comprado um mais simples recentemente só pra isso. O medico era bom e estava sendo pago duas vezes pra manter essa situação fora da mídia até segunda ordem, eles esperavam que essa segunda ordem nunca precisasse acontecer, de qualquer forma ele não revelaria dados pessoais e detalhes da consulta. Eles só queriam esconder o 'Natasha Stark esta gravida'.
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Ela não tinha conseguido evitar, passou o caminho todo olhando pela janela, ignorando as divagações de seu irmão e as eventuais respostas e comentários que Happy e Pepper davam, pra pensar no Bruce.
Queria saber como seria se ele estivesse aqui, e se os dois ainda estivessem juntos, ou como seria se eles tivessem continuado juntos lá, talvez ela nem tivesse contado pro Tony. Vendo a animação de seu irmão, ele provavelmente ficaria muito chateado e com raiva dela, se tivessem escondido.
Normalmente ela tentava evitar pensar nos 'e se?', e principalmente no Bruce e na situação em que estavam, mas as vezes ela não conseguia evitar.
Talvez ela devesse pintar mais, desenhar ou talvez tocar, quando ela pintava não pensava tanto nessas coisas, nem se preocupava muito. É uma pena que dançar já estava fora de questão.
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Ela já tinha visto aquilo, o ultrassom de seu bebe, a diferença é que na última vez ela estava muito chocada pra chorar, além disso era mais difícil de entender a imagem, até o Tony teve dificuldade pra entender o que era o bebe naquela primeira foto. Dessa vez ela derramou algumas lagrimas, já dava pra ver que realmente tinha um pequeno ser se formando dentro dela.
Não que ela tivesse alguma dúvida, já era meio tarde pra isso, mas cada confirmação era emocionante e ate inacreditável, ela nunca achou que passaria por isso. Mesmo que tivesse conseguido sair da sala vermelha antes da cerimonia de formatura, nunca achou que pudesse ser mãe, ou pelo menos uma boa mãe. Nem mesmo que alguém fosse querer ter isso com ela, ou quisesse ficar com ela de verdade. Essa pessoa era o Bruce, até ela estragar tudo.
Os discursos da sala vermelha fizeram efeito na cabeça dela, discursos sobre como ela era só uma arma, nunca poderia ser amada, nem mesmo poderiam confiar nela, viúvas negras foram feitas pra serem sozinhas e cumprir as missões que lhe eram designadas. Qualquer atração por ela, e pelas outras viúvas, seriam simplesmente desejos carnais e isso deveria ser usado a seu favor. Tudo que ela conseguisse de alguém deveria ser usado pra cumprir a missão. E ela não deveria se importar com nenhum ser que respire, pois não vão se importar de volta, e provavelmente teria que mata-lo, mais cedo ou mais tarde.
Filhos nunca seriam uma opção, e se alguma viúva negra conseguisse, o que já era impossível, o filho seria morto, a filha só morreria pra mãe, que morreria em seguida, mas na realidade seria treinada como uma viúva de uma forma ainda pior do que já era, pra garantir que não cometeria o mesmo erro.
A ultima vez que isso aconteceu foi a muito tempo, quando ainda estavam aperfeiçoando a cerimônia de formatura. Pras ultimas gerações que tiveram, já era de arrancar todo o sistema reprodutor.