Barulho de martelo contra metal
Ele iria terminar sua última semana de vida trabalhando. Ele não tinha nada melhor pra fazer. Era isso ou ficar se lamentando, esperando seu fim e então morrer.
Então ele começou a trabalhar, começou a pedir o que precisava e se preparar pra trabalhar, ele nem se preocupou em falar devagar para facilitar pro seu tradutor.
Os dois então começaram a trabalhar, na verdade o Tony começou sozinho, deixando Pro seu companheiro de prisão apenas responder suas perguntas.
"Quantos idiomas você fala?" Tony pergunta enquanto desmonta um míssil.
"Muitos. Mas aqui nunca é suficiente, eles falam árabe, urdu, dari, pashto, farsi, mongol, russo."
"Minha irmã também fala muitas línguas, até latim. Quem fala latim? E eu ainda consegue aprender mais só assistindo umas coisas esquisitas." Ele divaga sem parar de mecher na bomba. "Quem são esses caras?"
"Clientes fiéis, senhor. São chamados de 'os dez aneis'. Podemos ser mais produtivos se me incluir no processo de planejamento".
Tony desmonta e pega o que precisa, paladium, ele então pede para o homem desmontar os outros onze.
Os dois então fazem um círculo de paladium e o homem se apresenta como Yinsen.
Assim que seu projeto começa a ficar pronto, Yinsen percebe que não se parece com um missel jericho. Então Tony explica que é uma versão menor de um reator ark, para manter os estilhaços longe do coração dele e com a energia produzida, talvez algo maior por 15 minutos.
Ele então mostra seu projeto imprecionante de armadura pra eles fugirem dali.
Eles colocam no peito do Tony e então pausam pra jogar um jogo de dados.
Isso o lembrou dos jogos que fazia com Natasha. Ele tá começando a achar que a experiência esteja amolecendo ele.
"Você ainda não me disse de onde veio."
O Tony pergunta, aproveitando a pausa pra conhecer o Yinsen melhor.
"Sou de uma pequena cidade chamada Gulmira. É um lugar muito bonito".
"E tem família?"
"Tenho. E eu vou ve-la quando sair daqui".
"E você Stark?"
"Só minha irmã adotiva. Que aparece de vez enquando. E algumas ligações."
Os dois então continuam seu trabalho. Ele progride muito bem, até chama atenção dos criminosos por não parecer muito com a foto.
Eles então entram para checar. Os dois colocam as mãos na cabeça. O homem que antes ficava de longe só observando entra.
"Relaxa"
O homem fala inglês (no original, mas aqui português) e os dois abaixam os braços.
Ele se aproxima, para ver o círculo brilhante no peito do Stark. E então começa seu discurso.
"O arco é flecha, já foi o auge da tecnologia do armamento. Permitiu que o grande Genghis Khan, dominace o pacífico até a Ucrânia. O império que era o dobro do de Alexandre o Grande, e quatro vezes o império romano."
Ele deve ter ensaiado isso no espelho.
"Mas hoje quem possuir as mais modernas armas Stark, domina esses territórios."
O homem olha pros projetos da armadura, que por mais que estivessem separados em folhas diferentes ainda poderia ser descoberto.
Por sorte não é.
"E em breve, será a minha vez."
O homem então se vira para o Yinsen e os dois começam a conversar em outra língua.
Tony não entende nada, mas sabe que não é bom.
Ele deveria ter aprendido alguma coisa com a Natasha.
O homem pega uma bola de ferro quente e os homens dele colocam o Yinsen de joelhos e apoiam a cabeça dele em uma bigorna.
Ele vê o desespero do Yinsen e tenta se aproximar perguntando se eles queriam uma data de entrega. Os homens gritam e apontam as armas pra ele, então ele pede o Yinsen, ele era um bom assistente.
O homem então da até o dia seguinte para eles terminarem o missel e então todos vão embora. Deixando os dois pra continuar trabalhando.
Os dois começam a montar a armadura, deixaram uma bomba na porta, pra quando viesse atras deles, colocaram a armadura em um ponto cego da câmera e depois de colocar umas roupas pra proteção, o Tony entra na armadura.
Os caras vem gritar com eles e o Tony pede pro Yinsem responder, mas aparentemente ele não falava Húngaro. Então ele soltou qualquer coisa que sabia.
Eles abrem a porta e ela explode, matando os dois e chamando a atenção dos outros.
Percebendo que não tem muito tempo, o Tony da as instruções pra ele fazer no computador e deixar a barra de progresso carregando enquanto terminam de colocar a armadura.
Os homens começam a se aproximar cada vez mais, ao ponto de dar pra ouvi-los. Mesmo que não fosse muito difícil, já que estavam gritando.
Deixaram o Yinsen nervoso, repetindo 'eles estão vindo' várias vezes.
O Tony manda ele se esconder e só sair quando o caminho estivesse livre, mas o Yinsen percebe que eles precisam de mais tempo e decide atrasar o exército de criminosos.
O Tony grita pro Yinsen continuar com o plano mas ele pega uma arama e sai atirando.
Ele corre atrás dos que estavam mais perto, mas ele só usa a arma pra assustar, atirando pra cima e não matando os caras.
Até ele chegar num grupo maior, armado e já apontando pra ele.
Depois que o carregamento termina alguns homens se aproximam. Um deles vai na frente, e na escuridão se depara com a armadura, levando um soco e voando pra traz.
Os outros veem o companheiro voar e fazem uma chuva de tiros pro nada, tentando acertar o que fez aquilo.
O Tony então sai e vão pra pancadaria no grupo.
Os tiros ricocheteavam e ele batia em todos que apareciam, seguindo seu caminho sem muita dificuldade, além da de tentar se acostumar a andar naquela coisa gigante, torcer pra conseguir fazer o percurso em menos de quinze minutos e de preferência fugir com o Yinsen vivo.
Já tinham homens fugindo dele e nem uma porta o segurava por muito tempo.
Uma hora o braço dele ficou preso na parede e um dos caras tentou atirar nele de perto e na cabeça, mas o tiro ricocheteou na testa do homem e ele morreu, só dando tempo pro Tony virar a cabeça, ver, soltar o braço e seguir em frente como se não fosse nada.
Ele iria adorar contar essa história pra Natasha.
Então ele finalmente chegou até a saída onde viu o Yinsen ferido, deitado em cima de varios sacos brancos.
Ele gritou pra avisa-lo do tiro do homem que fazia discursos no espelho e conseguiu desviar.
Ele então contra-atacou com um pequeno missel e o matou. Logo depois foi em direção a seu amigo.
O Tony tira a máscara pra falar com ele.
"Nos temos que ir."
"Por favor Stark..." Ele fala pesadamente, sua voz falhando e entre respirações difíceis.
"Anda logo, nos temos um plano, temos que sair daqui".
"Esse sempre foi o plano Stark."
"Levanta logo, você vai ver sua família." Ele tenta incentivar o Yinsen dando um motivo pra ele lutar.
"Minha família está morta. Eu vou vê-la agora, Stark."
Ele não sabia disso, não queria que isso acontecesse. O homem era bom e o ajudou desde o começo, não merecia isso.
"Tá-ta tudo bem. eu quero isso, eu quero isso."
"Obrigado por me salvar."
Essa foi uma das poucas vezes em que ele agradeceu alguem.
"Não desperdice sua vida..."
Ele vê seu amigo morrer.
Ele fica com muita raiva.
Assim que ele sai esta tudo cercado de homens apontando armas pra ele. Todos atiram, mas não tem nenhum efeito.
"Minha vez." Ele fala assim que eles cessam fogo.
E em sua raiva e luto pelo Yinsen, ele ataca com um lança-chamas em cada braço. Queimando não só seus inimigos, mas também todo o seu armamento.
Os que sobraram continuaram atirando, até fizeram ele cair, mas ele ainda conseguiu explodir tudo.
Ele finalmente foge, ligando seus propulsores, explodindo tudo e deixando pra trás.
Infelizmente seu voo não dura muito, era cai de cara na areia, longe o suficiente de seu cativeiro, mas a armadura toda despedaçada.