
Livre e em casa/ free and at home
O que resta pra ele é sair andando em direção oposta.
Ele anda por um tempo no sol quente, no deserto, muita areia e um pano na cabeça.
Até os helicópteros do exército o encontrarem. Se reencontrando com seu amigo Rhodey e voltando pra casa.
Depois dos primeiros socorros e da viagem de avião, ele volta pra casa com um braço em uma tipoia e no aeroporto sua assistente Pepper e seu motorista Happy o estavam esperando.
Ele não pode deixar de provoca-la.
A verdade era que, por mais que estivesse feliz por ve-los e por eles estarem la, tinha uma pessoa faltando. Ele tinha um pouco de esperança de que ela apareceria por conta da situação. Ele deveria saber melhor.
Talvez ela ligasse.
De qualquer maneira ele tinha coisas mais importantes pra fazer agora.
Assim que eles entram no carro, ele dispensa o hospital, apesar da insistência de Pepper, e diz que depois de ficar em um cativeiro, ele gostaria de comer um hambúrguer e depois uma coletiva de imprensa.
Ele não explica seus motivos, só pede o hambúrguer primeiro.
Chegando lá ele é aplaudido por várias pessoas e é recebido pelo Stane.
Ele é aplaudido pelas pessoas lá dentro também.
O Tony pede pra todos se sentarem no chão enquanto terminava seu hambúrguer e deixava todos curiosos e confusos.
"Eu nunca disse adeus ao meu pai. Tem perguntas que eu queria ter feito a ele, o que ele achava do que a empresa dele fazia. Se tinha dúvidas. Ou talvez ele tivesse sido o homem firme que aparece nos documentários."
Ele não treinou no espelho, mas pensou muito bem no que iria falar e como.
"Vi jovens americanos mortos pelas mesmas armas que criei para defende-los e protege-los. Eu vi que eu havia me tornado parte de um sistema que se sente a vontade em ser irresponsável."
"Senho Stark?" Um homem levanta a mão e o Tony o deixa perguntar. "O que aconteceu lá?"
"Eu acordei pra realidade." Ele volta a falar se levantando e indo até o microfone, pra deixara notícia clara. "percebi que tenho mais a oferecer a este mundo do que só explodir coisas. É por isso que estou fechando imediatamente a divisão de produção de armamentos da Stark internacional".
A notícia deixa todo mundo louco, fazendo milhares de perguntas ao mesmo tempo e o Obadiah tentando tira-lo de lá antes que ele falasse mais.
O Tony sai e o Obadiah tenta acalmar os nervos de todos.
Ele vai até o seu reator Ark gigante, tendo certeza de que fez a decisão certa e pensando em como prosseguiria.
Lá ele se encontra com sua irmã, ainda loira como da última vez que se viram três meses antes.
"A missão ainda não acabou?"
Ele pergunta e ela revira os olhos, ainda sorrindo e então ela se aproxima e eles se abraçam.
"É bom te ver também, Stark".
Eles se afastam e sorriem um pro outro.
Natasha não era muito sentimental, ele não esperava que ela chorasse desesperada, só ela aparecer em algum momento era o suficiente pra ela.
Ele olha pro grande maquinario que chamam de reator ark. Ela olha pra mesma direção que ele sabendo que tinha alguma coisa que ela ainda não sabia.
"O que você ta escondendo?"
"Não tô escondendo, não de você, só da mídia."
"Tony"
"Tá bem, não precisa agir como se eu fosse uma criança e você a mais responsável."
Ele então desabotoa os primeiros botões pra mostrar o reator ark menor.
"Eu sou a mais responsável..."
Elz vê o círculo brilhante e dá umas batidinhas com um dedo.
"O que é isso? O que aconteceu com você?"
"Pequenos fragmentos no organismo. Isso é um reator ark melhorado, mantém os estilhaços longe do meu coração. E produz energia."
Ela arqueia uma sobrancelha pra última coisa que ele diz. Ela conhecia seu irmão e sabia que ele ia aprontar alguma.
Se ela não tivesse que voltar pra sua missão ficaria de olho nele pra impedir que ele não explodisse a mansão ou a si mesmo.
Não poderia ser uma arma, ele literalmente acabou de fechar a produção de armas, não faria sentido.
"Sobre fechar a produção de armas, você é dona de metade da empresa..."
"Eu apoio"
"Sério?"
"Nunca gostei disso de qualquer maneira."
"Bom, por que eu já anunciei e já estou fechando."
Ela suspira e sorri pro jeito de seu irmão. Ele muda, mas não muda.
"Desde que você continue melhorando minhas armas e fazendo coisas pra mim, tá tudo bem."
Em seguida o Obadiah entra, fumando um charuto, claramente irritado, pra falar com o Tony. Ele acaba com o clima já que a Natasha nunca gostou muito dele.
"Foi bem, foi muito bem."
"Eu pintei um alvo atrás da minha cabeça?"
"Na sua cabeça? E na minha cabeça? Quanto acham que nossas ações vão cair amanhã?"
"Sendo otimista uns 40".
"Sendo realista uns 70." Natasha comenta.
"Você não pode estar concordando com isso." Obadiah fala pra Natasha.
"Infelizmente estou apoiando. Até fico enjoada de pensar que concordei com ele."
"Hey!"
"Tony, Natasha, nos somos fabricantes de armas"
"Não mais"
"Não quero que uma contagem de corpos-"
"É isso que fazemos, somos negociantes, fazemos armas."
"É meu nome que está na compania"
"É o que fazemos que impede que o mundo vire um caos."
"Não com base no que eu vi."
Natasha observa a discussão dos dois revirando os olhos e perdendo a paciência com o Stane.
"Não estamos fazendo um bom trabalho, podemos fazer melhor. Faremos outra coisa."
"O que por exemplo? Mamadeiras?"
"Vamos rever a tecnologia do reator ark."
"Qual é! O reator ark é um golpe publicitário. Tony por favor, nos construímos essa coisa pra calar a boca dos hippies."
"Funciona."
"É como projeto de ciências. O ark nuncateve uma boa relação custo-benefício,. Sabíamosdissoantes de construi-lo. Tecnologia do reator ark isso não vai dar em nada."
"Talvez"
"Não tivemos avanço nisso em o que, trinta anos?"
"É o que dizem."
"Se você já sabia, por que toda essa discussão?" A Natasha volta a falar.
Ele realmente não ia com a cara dele. Ele conseguia ser mais chato que o Tony.
"Até eu percebi que você já sabia. Não sabe esconder um segredo, quem te contou?"
Ela revira os olhos pro jeito de seu irmão perguntando quem contou e insistindo, ele parecia uma criança.
Ele mostra o reator ark no seu peito e depois de abotoar a camiseta, Obadiah passa seus braços em volta dos ombros dos dois.
"Me escutem, somos uma equipe. Vocês entendem? Não há nada que não possamos fazer se ficarmos juntos. Como o pai de vocês é eu."
A amizade é mágica. Natasha pensa, não caindo no papinho do homem e ficando levemente desconfortável com a mansão a ser filha do mesmo pai que o Tony. Ela só não dava um sumiço no Stane por que o Tony, infelizmente, confiava nele assim como seu pai.
Os dois então começam com uma conversa de velhos amigos, mentor e pupilo, e nostalgia pelo seu falecido pai.
Ele estava ansiosa pra sair dali e voltar pra sua missão, estranhamente ela estava muito mais confortável com seu alvo que só conhecia a quase três meses.
Mesmo assim ela continuou fingindo que estava tudo bem.
"Eu adoraria ir tomar um café com vocês, mas eu tenho trabalho a fazer e já adiei por tempo o suficiente."
"Tudo bem, te vejo por aí Natasha."
Ela dá um abraço de despedida em seu irmão e um tapinha nas costas do Obi.
Era o Tony quem chamava ele assim, mas ela não gostava. Era estranho e era uma ofença ao Obi-Wan Kenobi.
"Vê se não faz nenhuma besteira" Ela fala já indo em direção a saída.
"Volta inteira!" O Tony grita pra ela enquanto ela vai embora.