
Uma ótima Noite
— Me leve para seu quarto e me faça seu, senhor Hatake — sussurrou no ouvido de Kakashi e em seguida mordendo de leve a orelha do prateado.
— Farei isso, essa noite será tratado da maneira que merece, senhor Umino.
Kakashi se levantou do sofá sem tirar Iruka do seu colo, assustando-o um pouco que apenas firmou as pernas ao redor da cintura do Hatake enquanto era levado até o quarto do mais velho. Assim que entraram, Kakashi fechou a porta com o pé e levou Iruka até a cama e o deitou delicadamente sob o colchão macio e voltou a porta para trancá-la.
Enquanto isso, o Umino se ajeitou na cama e ficou aguardando o Hatake. Iruka não era inocente e muito menos inexperiente naquele assunto, mas não precisava sair gritando aos quatro ventos. Se ajeitou na cama sedutoramente sob o olhar predatório de Kakashi, que não esperava aquela nova face, mas que estava gostando e muito. Viu o mais novo soltar seus cabelos e lhe dar um dos seus sorrisos, mas esse era diferente continha malícia, desejo e transbordava luxúria.
— Vai ficar apenas olhando, Hatake? — provocou.
— Estou apenas admirando a maravilha à minha frente, a qual pretendo explorar cada pedaço, cada detalhe. Umino eu vou te levar ao paraíso.
Não deu brechas para respostas nem para provocações, se aproximou novamente da cama e puxou o outro pelo pé, fazendo deitar novamente. Subiu devagar as mãos apertando as pernas sobre a calça, apertou as coxas e afastou as pernas para se encaixar entre elas e tomou os lábios do outro em um beijo sedento, as línguas se encontravam e faziam uma deliciosa batalha e os sons que faziam eram quase obscenos. Sentaram-se na cama novamente e o prateado retirou a camisa do mais novo que repetiu o ato com ele. Iruka deslizou os dedos sobre o peitoral definido e em seguida pelo abdômen marcado. Kakashi era realmente um pedaço de mal caminho e ele queria se perder ali. Kakashi empurrou Iruka de leve o fazendo se deitar novamente, mas dessa vez os beijos não foram aos lábios e sim ao pescoço, onde começou a beijar e deixar alguns chupões e mordidas leves. Fez uma trilha pela clavícula chegando até os mamilos, onde dedicou um bom tempo em beijar, chupar e morder até que ficassem rijos. Percebeu que aquela região deixava o homem abaixo de si excitado devido a maneira que arqueava suas costas e levava o corpo de encontro ao de Kakashi e de como os gemidos contidos levavam o prateado a continuar com o seu trabalho apenas para ouvir mais daqueles sons, que desejava não ser tão contidos, mas não poderia se exaltar e acabar com a diversão que estava apenas começando.
Enquanto beijava e chupava o mamilo direito, acariciava o esquerdo com a mão, logo mudando os lados. Ficou um tempo naquele local dando prazer a Iruka, até que os mesmos estivessem inchados e vermelhos. Levantou os olhos para observar Iruka, que tinha a boca entreaberta a respiração descompassada, um linda visão. Sem demora começou uma nova trilha de beijos, descendo pelo tronco até a barriga, contornando o umbigo com a língua até chegar ao cós da calça, sob um olhar atento de Iruka. Sem demora, sem enrolação retirou a calça junto com a boxer, o deixando completamente nu. O Umino até sentiria vergonha se não estivesse sendo olhado com tanto desejo e admiração, como se fosse a coisa mais linda do mundo e para Kakashi ele era. Lindo, perfeito, uma verdadeira obra de arte. A sua salvação e sua perdição. O Hatake pegou um dos pés de Iruka e os acariciou, admirando a curva acentuada do arco, as dobrinhas nas solas, o movimento vivaz dos dedos. Parecia que quanto mais vivos os dedinhos, maior tesão do prateado e Umino notou isso.
— Gosta dos meus pés? — perguntou com falsa inocência, mas com a voz carregada de malícia.
— Amo… ver o movimento dos dedos dos pés pra mim me fazem largar qualquer coisa. Só mãos e cabelo tem tanto movimento quanto os pés, e você tem um conjunto perfeito. Movimento é vida, movimento é sexo — respondeu Kakashi e em seguida esfregando a sola contra a barba que começa a crescer, se delitando com os risos contidos de Iruka com o ato.
Em seguida, chupou cada dedinho individualmente, sorvendo seu sabor como se fosse uma bala, a mais deliciosa de todas. Fez isso nos dois pés para depois fazer o caminho inverso, subindo pelas pernas de Iruka, com calma e devoção, passando pelos tornozelos, panturrilha, curva do joelho e o interior das coxas fartas, beijando apertando, chupando, deixando marcas por todo o caminho. Aquilo para Iruka era uma tortura ao mesmo tempo que era maravilhoso, nunca havia sido tratado daquela maneira. Ao chegar na virilha, ignorando propositalmente o membro do outro ouvindo um resmungo de reprovação. Não aguento mais aquele jogo, abocanhou de uma vez o pênis de Iruka que acabou gemendo mais alto e logo tampando a boca para evitar que mais sons saíssem por ela. Kakashi subia e descia com a boca, levando a extensão de Iruka até o fundo da garganta. Sentiu o menor levar a mão aos seus cabelos, buscando uma forma de descontar o prazer que sentia. O prateado tirava quase todo o membro da boca, deixando somente a cabeça, sugando com vontade, enquanto masturbava o restante, incluindo as bolas as apertando. Levou a outra mão até a boca do Umino, que a segurou, separando três dedos e começando a chupá-los da mesma maneira que Kakashi fazia em si, procurando os deixar bem babados. Quando julgou estar bom, os retirou de sua boca, fazendo questão de fazer um “ploc” para provocar o outro. Sem parar o oral, Kakashi levou os dedos à entrada pulsante de Iruka a rodeando, sem de fato introduzir de fato.
— K-ka-kashi… — o nome do prateado saiu como um súplica e como havia dito que daria tudo o que ele queria, o trataria como merecesse, não iria ficar nas provocações, por mais que quisesse.
Por isso, sem enrolar introduziu o primeiro dígito, intensificando as chupadas para que não sentisse desconforto ou dor. Logo introduziu o segundo fazendo movimentos vai-vem e tesoura para o alargar para o que viria a seguir. Iruka se sentia cada vez mais perto do seu ápice, principalmente quando sentiu um terceiro dígito ser introduzido e logo acertando seu ponto doce, fazendo com o que arqueasse as costas e apertasse os lençois abaixo de si com força, tentou avisar a Kakashi, mas sentiu que Iruka gozaria logo mas não parou, apenas aumentou a velocidade dos dedos e as sugadas mais intensas e sem demora o mais novo se desmanchou na boca do mais velho, mordendo a mão para não deixar nenhum som sair. Kakashi engoliu o gozo de Iruka como se fosse o mais doce mel e quando olhou para o outro e eles estava uma bagunça, cabelos esparramados e alguns fios colados em sua testa, a respiração desregulada, olhos fechados onde era possível ver algumas lágrimas e para completar o sorriso que Kakashi tanto amava.
— Pronto para continuar? — questionou depois que deixou um beijo nos lábios do outro.
Como estava viciado naquela boca, era melhor do que qualquer outra e não pretendia deixar ele escapar, estava disposto a enfrentar qualquer coisa para viver aquele amor. Kakashi se esticou até a mesinha que tinha ao lado da cama, abriu a gaveta e retirou de lá um tubo de lubrificante e preservativos e voltou a beijar Iruka com ainda mais desejo. Iruka correspondia ao beijo na mesma intensidade, tudo com Kakashi parecia se tornar melhor, mais gosto, sentia que poderia ir ao céu e voltar apenas com aqueles toques.
— Quero você ... agora — aquele pedido soou mais como uma ordem, mas Kakashi a acataria com prazer.
Se ajeitou entre as pernas de Iruka, pegou o lubrificante e espalhou uma boa quantidade na entrada pulsante de Iruka, que parecia ansiosa para o receber, em seguida colocou a camisinha e mais um pouco de lubrificante, não queria em hipótese alguma, machucar o outro. Se ajeitou melhor no meio das pernas de Iruka e com calma começou a penetrar o Umino, este por sua vez, cruzou as pernas na cintura de Hatake e sem aviso o puxou fazendo-o entrar em uma estocada só, deixando Kakashi preocupado que tivesse o machucado. Mas ao ver o sorriso do outro, mesmo que tivessem lágrimas nos olhos, teve certeza que estava bem.
— Você é bem ousado, Umino, gostei disso.
— Sou muito mais coisas do que imagina…
— Eu vou adorar descobri-las.
Kakashi esperou um pouco para começar a se mexer, mas quando recebeu a permissão para se mover, começou com estocadas lentas e fortes que logo se tornaram mais fortes. Em meio aquilo voltaram a se beijar, meios desajeitados. Iruka arranhava as costas de Kakashi como maneira de extravasar o grande prazer que sentia, enquanto sentia seu pescoço ser maltratado. Eram tão intensos um com o outro, como se sempre tivessem feito aquilo, como se conhecem cada parte do corpo, cada ponto de prazer, onde tocar, como tocar e tudo isso deixava as coisas ainda melhor, se é que isso era possível.
O prateado ergueu o tronco e segurou as pernas de Iruka, podendo ir mais fundo enquanto Iruka levou sua mão ao seu membro negligenciado, se masturbando na mesma velocidade que Kakashi o estocava. O quarto do mais velho cheirava a sexo, desejo e luxuria, o som dos corpos se chocando com força junto as gemidos de ambos deixavam o ambiente quente como o sol. Ou quem sabe o próprio inferno, pois eles até poderiam ir ao paraíso, mas seu destino final não seria entre anjos. Assim que o Umino sentiu que estava chegando ao seu limite pela segunda vez, puxou Kakashi para mais um beijo e no meio do ósculo se desmanchou entre os dois, contraindo as paredes internas num aperto insuportavelmente delicioso fazendo Kakashi gozar logo em seguida. Enquanto se recuperava dos espasmos de prazer, saiu de dentro de Iruka, que se sentiu vazio, retirou o preservativo, amarrou e jogou na lixeira ao lado da cama e se jogou ao lado de Iruka, o puxando para que deitasse em seu peito.
— Preciso de um banho — falou Iruka depois de sua respiração voltar ao normal.
— Precisamos — corrigiu o mais velho e em seguida se levantou e levou Iruka no colo até o banheiro.
Colocou a banheira para encher e em seguida colocou Iruka e o deixou sozinho ali enquanto ia até o quarto trocar os lençóis da cama e sem demora retornou ao banheiro e entrou junto a ele na banheira. Com carinho o lavou, sempre deixando um beijo na pescoço, ombro, bochecha. Tratava Iruka como um príncipe.
— O que vai ser a partir de agora? — perguntou Iruka não querendo acabar com o clima bom que estava entre eles, mas aquela perguntava ficava rondando sua mente.
— Quero você ao meu lado. Não como meu funcionário, como meu companheiro. Iruka, eu amo você e espero que não fuja mais de mim — declarou Kakashi virando Iruka para deixar um leve selar nos lábios do outro.
— Então estou desempregado? Precisarei me mudar? — a fala não era séria e Iruka deixou claro pois segurava o riso.
— Se for para meu quarto, te ajudo com a mudança. Fazer o que, o homem que te contratou se apaixonou por você e não pode misturar as coisas, então não pode mais trabalhar para ele.
— Te amo Kakashi e sinto que perdemos muito tempo e eu quase te perdi sem nem mesmo o ter.
— Não pense nisso agora, já passou. Vamos pensar apenas no nosso futuro daqui para frente. Você vai continuar aqui, cuidando das crianças se quiser é claro…
— Eu amo aqueles três pestinhas — Iruka falou com a voz já sonolenta, estava a tempo demais dentro da banheira.
Kakashi saiu e tirou Iruka da água, o levou de volta para o quarto, colocou uma roupa sua nele que logo se ajeitou na cama. Kakashi nunca havia trazido outra pessoa ao seu quarto, nem mesmo Yamato, não parecia certo, mas agora com Iruka ali, parecia que ele havia sido feito para ocupar o lugar ao seu lado. Saindo dos seus devaneios, deitou-se ao lado de Iruka, que se aconchegou em seu peito.
Pela primeira vez em muito tempo, a vida de Kakashi parecia estar com tudo no lugar certo, tudo estava indo muito bem e sabia que seus filhos iriam ficar muito felizes com aquela novidade, já que sempre foram os maiores apoiadores e incentivadores para que ficassem juntos.
Eles poderiam, e iriam, voltar a ser uma família novamente.