Cúpidos Mirins

Naruto
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Cúpidos Mirins
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Summary
Ser pai solteiro de três filhos não era lá um trabalho fácil, principalmente quando se tem uma empresa para comandar. Com isso em mente, Kakashi Hatake resolveu contratar uma babá para ajudá-lo a cuidar de seus filhos, Naruto, Sasuke e Sakura; um grupo de pestinhas que adoram uma bagunça.Tudo que ele menos esperava era que os três iriam se juntar em uma operação: juntar Iruka Umino a sua babá, com o amargo e solitário papai Kakashi.Bom, nada é impossível para três corações cheios de amor.
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Mudanças de planos

Depois do almoço com Yamato, Kakashi conseguiu focar um pouco mais no trabalho, mesmo que sua mente às vezes voltasse para Iruka, ele ignorava aquele pensamento, afinal o outro havia deixado claro que não teria nenhum envolvimento entre eles. No final do dia até que foi produtivo, tanto que conseguiu sair um pouco mais cedo.

— Saindo mais cedo Kakashi. Que milagre — brincou Kurenai.

Kakashi poderia ser chefe da mulher, mas tinham intimidade e amizade suficientes para aquele tipo de brincadeira.

— Tenho um…. encontro — respondeu Kakashi para surpresa da mulher.

— Uau… E com quem seria? — questionou com uma leve esperança de ser o amigo, pois havia notado, nas vezes que conversou com Iruka notou que ele sentia algo pelo Hatake.

— Agora está sendo curiosa demais. Deixa eu ir embora porque tenho que avisar um trio que não jantarei com eles e aguentar reclamações dos mesmos. Até amanhã Kurenai — o prateado se despediu saindo do escritório.

A caminho de casa pensou se não estaria usando Yamato para esquecer Iruka, mas de uma coisa tinha certeza, precisava ser sincero com o acastanhado se quisesse começar um relacionamento. Mal havia o reencontrado, iria para um primeiro encontro e já estava pensando num possível relacionamento.

— Está apressando os fatos, Kakashi, tenha calma — se repreendeu.

Quando chegou em casa, estranhou a mesma estar em silêncio, pelo menos no andar de baixo, pois ao adentrar a casa ouviu vozes, pareciam que estavam cantando. Ao se aproximar do quarto dos filhos, Kakashi teve certeza que estavam cantando no banho, fazendo um coral. Os três estavam na banheira, cheios de espuma, usando os frascos de shampoos como microfone e quando Kakashi entrou no local era a vez do Iruka, que estava entretido na brincadeira e cantava junta com os filhos e para certo desespero do mais velho, ele cantava muito bem, que fez o Hatake arrepiar. Nenhum dos quatro notou a aproximação, só notaram quando Kakashi falou com eles.

— Não sabia que tinha um coral tão afinado em casa.

Ao ouvir a voz do Kakashi, Iruka se assustou, se desequilibrou, pois estava apoiado na banheira, e acabou caindo dentro da água, resultando em gargalhadas das crianças que contagiaram até mesmo o pai. Já Iruka ficou envergonhado, não tinha coragem de encarar o patrão naquele estado. Se fosse só as crianças, era outra história, era capaz de entrar na banheira com eles.

— Acho melhor você ir tomar um banho Iruka, tirar essa roupa molhada. Eu termino aqui e aproveito para conversar com eles — Kakashi falou entregando ao Umino uma toalha.

Iruka saiu do banheiro sem olhar para trás, estava morrendo de vergonha. Não apenas por ter se molhado, mas por Kakashi tê-lo ouvido cantar. Ele cantava apenas com sua filha e agora com os três pequenos, que já haviam se tornado a luz dos seus dias antes tão nublados.

Assim que Iruka saiu, Kakashi tirou seu terno e se aproximou da banheira para terminar de dar banho nos filhos. Na verdade apenas ajudou os pequenos a lavar seus cabelos, pois já sabiam se lavar direitinho. E sempre diziam que o ‘Ruka que havia os ensinado. Os três haviam realmente se apegado ao Umino.

Após o banho, devidamente secos e vestidos com seus pijamas, os quatro Hatake se encontravam na sala de jantar, que não era muito utilizada, com Kakashi sentado de um lado da mesa de frente para os filhos que estavam um pouco tensos.

— A gente não fez nada — reclamou Naruto antes do pai dizer qualquer coisa.

— Eu sei que não — respondeu Kakashi

— Então porque nos colocou aqui? Você só faz isso quando quer nos dar bronca — argumentou Sakura com os braços cruzados.

— Ou quando quer nos dizer algo sério, como no dia que ela foi embora — disse Sasuke que tinha a cabeça apoiada na mesa.

— É algo sério, papai? A gente vai se mudar? Alguém vai embora? Não vamos mais comer ramen? — Naruto perguntava rapidamente sem deixar o mais velho responder.

— O Ruka vai embora? — perguntaram os três juntos com preocupação, fazendo Kakashi rir.

— Não, meus amores. Se me deixarem falar, saberão o que é — disse com seriedade e esperou o trio se acalmar um pouco antes de continuar — Só queria dizer que não poderei jantar com vocês hoje. Tenho.... um compromisso — ele não iria dizer que iria a um encontro.

Sakura, Naruto e Sasuke ficaram tristes com aquela notícia, já estavam se acostumando a ter o pai todas as noites para jantar e os colocar para dormir, não queriam perder aquilo, tinham medo das coisas voltarem a ser antes da chegada de Iruka.

— Que tipo de compromisso papai? — perguntou Sakura.

— É sobre o trabalho? Você prometeu que não ia mais trabalhar tanto — argumentou Sasuke.

— Não é sobre trabalho. Eu vou sair com um amigo — Kakashi optou pela verdade, ou quase.

— Que amigo? A gente conhece ele? — pediu Naruto com curiosidade.

— Não conhecem ele. Ele estava fora, morando em outro país e voltou para cá recentemente. Vamos sair para conversar, colocar os assuntos em dia — respondeu Kakashi.

— Qual o nome dele? — Sakura pediu com curiosidade.

— Yamato. Um dia apresento ele para vocês. Se comportem e não deem trabalho ao Iruka — disse Kakashi saindo do local deixando o trio sozinho.

— Já não gostei desse tal de Yamato — falou Sasuke aos irmãos.

— Você nem conhece ele, porque não gosta dele? — perguntou Naruto não entendendo a atitude do irmão.

— Concordo com o Naru, Sasu. Papai não pode mais ter amigos agora? Não é como se ele fosse nos deixar por causa disso — rebateu Sakura.

— Vocês não percebem que esse tal de Yamato pode atrapalhar nossos planos de juntar o papai e o Ruka? Se o papai gostar mais dele do que do Ruka? E se ele não gostar do Ruka e pedir para o papai o mandar embora? — Sasuke tinha várias questões na cabeça que estavam deixando o pequeno preocupado.

— Isso não vai acontecer, o papai não mandaria o Ruka embora — afirmou Sakura

— A gente não deixaria — completou Naruto.

— Tudo bem — suspirou Sasuke — Mas se esse amigo do papai começar a atrapalhar nosso plano, nós vamos ter que fazer alguma coisa.

Antes que Naruto e Sakura pudessem dizer algo, Iruka entrou no local chamando os três para o ajudarem com o jantar. Enquanto preparavam a refeição, Kakashi passou pela cozinha e estava muito bem arrumado, não estava usando o costumeiro terno que o Umino já havia se acostumado a ver. O Hatake usava uma calça branca, junto com uma camisa cinza com alguns detalhes e por cima um casaco casual verde exército e para completar, um sapatênis. 

Iruka ficou encarando Kakashi, sentiu seu coração até mesmo errar algumas batidas, pensando em como aquele homem podia ser tão bonito e por um instante desejou que ele não fosse seu patrão ou que ambos não tivessem tantas questões pendentes em suas vidas. Maldita hora que aceitou aquele emprego. 

Já Kakashi tentava ignorar o olhar de Iruka sobre si, mas não negaria que gostou de saber que afetava o Umino de alguma maneira, mesmo que soubesse que nunca teriam nada. O mais velho se despediu dos filhos com um beijo na testa de cada um e saiu acenando para os quatro e pedindo novamente que o trio se comportasse.

Iruka ainda estava estático no meio da cozinha quando sentiu sua roupa ser puxada por Sasuke.

— Ruka, o papai tá namorando? — perguntou o pequeno.

Iruka ficou surpreso com aquela pergunta e ao mesmo tempo sentiu o coração apertar ao pensar naquilo.

— Não sei te dizer pequeno. Porque acha isso?

— Ele falou que ia encontrar um amigo, não é namorado, Sasuke, a gente já falou disso — Naruto repreendeu o irmão.

— Até porque o Ruka que vai ser namorado do papai, você não viu como ele olhava pro papai? Parecia o Naruto olhando para o ramen — Sakura dizia aquilo sem perceber que o Iruka estava mais vermelho que um tomate.

— Ruka, você tá bem? Tá doente? — pediu Sasuke ao notar o estado da babá.

— Eu… sim.. eu estou bem, não se preocupe, vamos nos concentrar no jantar — Iruka tentou mudar de assunto.

— Ruka, você não vai deixar papai ter outro namorado que não seja você, não é? — Sasuke perguntou com uma leve irritação.

— Meu amor — Iruka se abaixou para ficar da altura do pequeno — Eu não tenho que deixar, seu pai que decide o que quer fazer, com quem ele quer estar.

— Mas você gosta dele, não é? E a gente fica com quem a gente gosta — disse o pequeno fazendo Iruka pensar antes de responder algo, afinal Sasuke e os outros eram novos e inocentes demais para entender a complexidade de um relacionamento.

— É verdade, mas nem sempre as coisas são como queremos. Mas vamos deixar isso para depois, vocês são muito pequenos para isso. Vamos nos concentrar no nosso jantar.

 

[...]

 

Kakashi estava nervoso, fazia muito tempo que não ia para um encontro, não sabia muito bem como agir, como se portar, se sentia como um adolescente e não um homem adulto, pai de três filhos. Havia combinado com Yamato de se encontrarem em um restaurante tradicional da cidade.

Ao chegar no local, Yamato já o aguardava. O acastanhado usava uma camisa de mangas compridas de linho na cor vinho, uma calça preta e tênis branco. Ele era um pouco mais novo que o Hatake, mas eles se davam bem na adolescência, tinham gostos parecidos e o prateado sabia dos sentimentos que o outro tinha por si, pelo menos naquela época e pelo que percebeu no pouco tempo que conversaram antes, os sentimentos ainda estavam presentes. Só precisava ser honesto com Yamato, não seria justo, nem correto, usar esses sentimentos para esquecer Iruka.

Como esperado, a conversa entre os dois flui bem, sempre tinham assuntos, que até o momento eram mais lembranças do passado.

— Kakashi, quero te fazer uma pergunta. Ela é bem pessoal e espero não estar sendo invasivo demais — começou Yamato com receio de ser mal interpretado ou tachado como intrometido.

— Pode fazer, tenho certeza que não será invasivo — respondeu Kakashi já imaginando qual seria a pergunta do outro.

— Você está gostando de alguém, não é? Mas acho que não foi correspondido — disse Yamato ainda receoso.

Kakashi suspirou e encarou Yamato, era hora da verdade.

— Sim, estou. E está certo, não sou correspondido. Antes que diga algo, não quero que pense que estou te usando para tentar esquecê-lo, apesar de estar parecendo. É só que a situação toda é complicada e…

— Tudo bem, não é como se fossemos começar um relacionamento — falou Yamato um pouco corado, mesmo que em seu interior desejasse que tivessem um.

— E se… se eu quisesse um relacionamento? Estaria disposto a ter um pouco de paciência e a me ajudar a tirá-lo da cabeça? Sei que posso estar pedindo demais, mas não posso continuar na situação que estou ou irei enlouquecer — Kakashi desabafou.

Yamato segurou a mão do Hatake sobre a mesa, ainda mantendo contato visual com o mais velho.

— Sei que pode ser difícil, mas conquistei um espaço no seu coração. O meu espaço. Não posso e nem irei cobrar nada de ti. Eu só quero saber mais uma coisa, para saber onde estou me metendo…

— Quer saber quem é a pessoa — Kakashi completou a frase e Yamato concordou com um aceno.

— Se quiser me dizer, não irei obrigá-lo — afirmou.

— Sem problemas, estou abrindo o jogo com você, nada mais certo do que colocar todas as cartas na mesa. A pessoa é Iruka, o babá dos meus filhos — Kakashi suspirou ao dizer isso, parecia ter tirado um peso de suas costas.

— Wow… isso é… clichê. Foi seduzido Kakashi? — perguntou Yamato em tom de brincadeira, que não foi percebido pelo outro.

— Não, nem um pouco. Iruka jamais faria isso — repreendeu Kakashi.

Naquele momento, Yamato percebeu que falar de Iruka seria difícil, então seria melhor evitar, pelo menos por enquanto. Mas também não pode ignorar a pergunta seguinte, que em sua mente, diminuiria ou acabaria com aquela situação.

— Porque não o dispensa?

— Porque meus filhos o adoram e ele foi a única pessoa, depois da Rin, que eles se abriram, que conversam, que riem, não posso simplesmente arrancar isso deles porque fui rejeitado. Foi muito difícil para eles e ainda está sendo. Iruka é a única coisa boa nessa confusão que se tornou a vida dos meus filhos.

— Entendo Kakashi. Acho então que vocês deveriam apenas agir como patrão e empregado, sem deixar os sentimentos atrapalharem isso — Yamato pontuou.

Aquilo seria difícil para Kakashi, já que os dois haviam criado uma rotina para as crianças e tirar isso delas seria doloroso. Mas era um adulto afinal de contas e deveria saber controlar seus sentimentos. Iria manter a rotina com os filhos sem deixar suas emoções o atrapalharem. Mas optou por deixar aquela parte para si mesmo, não disse nada daquilo para Yamato.

— Então o que me diz? Quer tentar algo, mesmo sabendo de tudo isso? — questionou Kakashi apertando de leve a mão de Yamato.

— É o que mais quero — respondeu Yamato.

O resto do jantar foi tranquilo, com trocas de olhares e algumas indiretas sutis, outras nem tanto. Algumas frases de duplo sentido de ambas as partes começaram a criar um clima mais excitante, fazendo a temperatura de ambos subir alguns graus.

— Eu até te chamaria para ir para minha casa, mas com três crianças, seria complicado explicar para elas de manhã — falou Kakashi sugestivo assim que saíram do restaurante e estavam indo em direção ao seu carro.

— Podemos ir até o meu apartamento, aproveitar o resto da noite, o que me diz? — perguntou Yamato, aproximando-se mais de Kakashi.

Hatake por sua vez fez o que queria desde que a conversa tomou um novo rumo e encerrou o espaço que os separavam, unindo as bocas em um beijo cheio de desejo. Não eram adolescentes para enrolar no que queriam, e ambos se desejavam naquele momento.

— Eu adoraria — respondeu Kakashi se afastando de Yamato e abrindo o carro para que ele entrasse, e logo partiram em direção ao apartamento do outro.

 

[...]

 

Iruka havia acordado mais cedo do que o normal, já que mal havia pregado o olho a noite pensando no que Sasuke havia lhe dito e no que havia conversado com Kakashi. Se sentiu desconfortável pelo fato de Kakashi não ter dormido em casa, apesar daquilo não ser da sua conta, até porque ele mesmo havia dito ao Hatake que deveriam manter a relação de ambos apenas no profissioal. 

O Umino estava na cozinha quando viu Kakashi entrar em casa. Tinha o cabelo bagunçado, mais do que o normal, o casaco jogado no ombro e um sorriso nos lábios que fez Iruka se apaixonar mais um pouco. Ele podia negar para os outros, menos para si mesmo que estava apaixonado pelo prateado. E conviver com esse sentimento seria complicado, principalmente quando o Hatake o encarava com preocupação, pois havia notado que ele parecia abatido.

— Aconteceu algo Iruka? Teve outra crise? Parece cansado — perguntou Kakashi com preocupação, se aproximando de Iruka que desviou o olhar e se afastou do toque de Kakashi.

— Não… não aconteceu nada, apenas… não precisa se preocupar — respondeu Iruka com a voz baixa.

Kakashi deixou o casaco na cadeira e se aproximou de Iruka, que estava contra a bancada, não tendo para onde sair. Seu coração batia acelerado e pensou que fosse desmaiar quando sentiu Kakashi segurar seu queixo com delicadeza fazendo o Umino olhar nos olhos.

— Sabe que me preocupo contigo e você não me parece bem. Então me diga, o que aconteceu?

Quando Kakashi olhou nos olhos castanhos de Iruka, quando tocou na pele quente do outro, todos os momentos que passou com Yamato sumiram de sua mente, só via o Umino e sentia uma vontade enorme de cuidar dele e o proteger de tudo. O mais novo não se sentia diferente, sentia que podia confiar em Kakashi.

Por um momento esqueceram de tudo, esqueceram que eram patrão e empregado, que haviam dito que deveriam manter as coisas no profissional, que negaram que se atraiam e estavam a um passo de selarem seus lábios quando Sakura, Naruto e Sasuke entraram na cozinha. Eles tinham um timing perfeito para atrapalhar os dois.

— O que vocês estavam fazendo tão pertos, hein? — perguntou Naruto com a sobrancelha arqueada ganhando um empurrão de Sasuke raivoso.

— Papai, porque o senhor tá com a mesma roupa de ontem? — perguntou Sakura sentando na banqueta ao lado de Iruka, que a ajudou a subir logo que Kakashi se afastou.

— Eu vou tomar um banho e já volto para tomar café da manhã com vocês — avisou Kakashi saindo dali rapidamente.

— Vocês iam se beijar e nós atrapalhamos… de novo? — disse Sasuke pensativo, chegando a conclusão que não era a primeira vez que faziam aquilo.

Naruto que até o momento estava quieto e parecia não estar prestando muito atenção, surpreendeu a todos quando fez uma observação.

— O papai passou a noite fora, não foi Ruka? E você está triste, igual o papai ficava quando a mamãe foi embora. A mamãe andava triste antes de ir embora. Você não vai embora como ela, né? Não vai nos deixar sozinho? — perguntou o loirinho com lágrimas nos olhos.

— Oh meu amor, claro que não. Não vou a lugar algum. Ficarei aqui até quando vocês quiserem — falou Iruka abraçando o Naruto e em seguida Sasuke e Sakura se juntaram ao abraço.

Kakashi observava a cena na porta da cozinha emocionado, não sabia que Naruto se sentia daquela forma, deveria conversar mais com os filhos e manter Iruka por perto, mesmo que isso significasse uma tortura para o coração. E não era só ele que sentia, mas precisava concordar com Iruka que se misturassem as coisas, alguém sairia machucado e preferia ele do que seus filhos.

 

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