Em Boa Companhia - Kawasumi

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Em Boa Companhia - Kawasumi
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Um dia Kawaki viu Sumire voltando do trabalho num horário diferente que o de costume, ele resolveu conversar com ela.Essa estória se passa na versão alternativa que eu criei dentro do Universo Original do Anime/Mangá, nessa versão Naruto e Hinata não foram selados, a vontade do Kawaki em matar o Boruto foi contornada, a Ada não ativou a Onipotência e Kawaki e Boruto já estão morando de volta na casa da família Uzumaki. Kawaki tem 16 anos e Sumire tem 14 anos. É uma prequela da minha outra fic "Peripécias de Kawasumi e Borusara".Obs: Essa fic eu já postei no Twitter.
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Foi real?

Kawaki manteve sua bola de fogo por sei minutos sem conseguir romper a parede de água de Sumire, ele havia esgotado todo o seu fôlego, a intensidade dos Suiton de Sumire à curta distância era maior em resistência, pois a prioridade era proteção.

Kawaki respirou ofegante depois de recuar alguns passos, Sumire baixou a parede de água, eles se olharam no olho por três segundos até Kawaki lançar múltiplas esferas flamejantes na direção de Sumire, nessa técnica de Katon ele podia respirar enquanto usava o jutsu, Sumire precisou se esquivar de algumas enquanto outras ela anulava erguendo colunas de água se aproveitando do lago, ela também precisava respirar melhor depois de manter por tantos minutos uma parede de água que também exigia de seu fôlego. O objetivo de Kawaki era chegar ao ponto central do lago onde Sumire estava, num círculo imaginário de um metro e meio de diâmetro, posição da qual Sumire não poderia sair. Ele nunca tinha chegado tão perto dessa meta e estava empolgando por ter ganhado posição:

_Dessa vez eu provo que meu fogo é mais forte!_comentou provocante lançando mais e mais esferas.

Sumire ergueu um bloco de água o lançando com tudo na direção de Kawaki, o garoto teve que saltar alto, porque não conseguiria produzir fogo a tempo de atravessar o volume de água. Ainda no ar Kawaki usou uma rajada quente para tomar impulso e se deslocar se livrando de uma rojão de água que Sumire lançava em sua direção, ele teve que usar essa artimanha por três vezes para se livrar de ataques seguidos de Sumire. Mas Kawaki não poderia vencer a gravidade, vindo a pousar na superfície do lago que passou a ficar turbulenta, pois Sumire causara várias vagas para desestabilizar o equilíbrio de Kawaki o qual optou por passar menos tempo sobre a água se deslocando através de saltos, ao mesmo tempo em que lançava rajadas de fogo sobre Sumire e tentava se aproximar do centro do lago novamente.

Sumire conseguiu manter Kawaki afastado por uns 7 minutos nesses repetidos ataques de água contra as rajadas e esferas de fogo, então Kawaki decidiu lançar uma bola de fogo gigantesca que forçou Sumire a cessar os ataques e se concentrar totalmente na defesa, ela ergueu duas paredes de água de uns oito metros de altura, uma entre ela e Kawaki e a outra atrás do rapaz, o qual lançou uma segunda bola de fogo para baixo e com certa angulação que o permitiu passar por cima da parede de água aterrissando a alguns metros de Sumire. Ele correu na direção dela com facilidade, a superfície do lago estava mais estável, Sumire só teve tempo de erguer uma pequena coluna de água a frente de si mesma, mas esta foi vaporizada por Kawaki que era realmente muito rápido, o rapaz parou abrupto a sessenta centímetros de Sumire a olhando imponente:

_Eu ganhei, roxinha! E nem saí molhado._sorriu vitorioso.

Sumire arqueou uma sobrancelha vendo Kawaki se aproximar mais um pouco dela, ficando a trinta centímetros de distância, fazendo-a erguer o rosto para olhá-lo melhor:

_Ganhou mesmo, será?_ela questionou como se escondesse algo na manga.

Kawaki colocou a mão direita no lado esquerdo do rosto de Sumire ao mesmo tempo em que a puxava para junto de si com a mão esquerda em sua fina cintura e falava sedutor:

_Ganhei, mas agora eu vou ganhar outra coisa.

Sumire não teve reação, ou não estava programada para tanto: Kawaki tinha tomado os lábios dela num beijo abrupto e determinado, mas um tanto sem técnica.

Kawaki tinha certeza que era um beijo consentido, mas mudou de ideia quando sentiu suas mãos e seu rosto molhados quando o corpo de Sumire se desfez em água. Ele olhou as próprias mãos numa confusão de sentimentos que só pioram quando ele ouviu a voz da Sumire verdadeira a alguns metros atrás de si:

_Ka-kawa...ki... o que aconte...

Sumire não conseguiu terminar sua fala, estarrecida, ela tinha acabado de abaixar o primeiro paredão de água que era o que defendia o centro verdadeiro do lago. Kawaki não havia saltado por cima do paredão que o separava da Sumire original, mas sim, do que o separava de um clone de água dela. Kawaki xingava-se mentalmente sentindo-se um perdedor: “Eu sou muito idiota, não ganhei foi merda nenhuma! Como que não percebi que ela era um clone, bosta, eu saltei pro lado contrário! A primeira vez que faço isso na vida e eu beijo A DROGA DE UM CLONE!!”

Sumire estava com o coração acelerado e o rosto corado porque as memórias de seu clone estavam em sua mente, ela colocou a mão direita sobre os próprios lábios, revendo a cena em que Kawaki, num puro impulso, fechava os olhos anulando a distância entre seus rostos chocando primeiro seu nariz contra o nariz de Sumire para em seguida pressionar os lábios dele contra os dela girando ligeiramente o rosto conseguindo ajustar melhor o encaixe de suas bocas até tudo se apagar. Esse teria sido seu primeiro beijo, mas nem a lembrança dele era real, era como um sonho, um sonho que apareceu sem ser convidado e que deixava a arroxeada angustiada cheia de perguntas.

Kawaki cerrava os punhos e permanecia parado, sem saber o que fazer quando encarasse a Sumire verdadeira, ele não tinha nem pensado no que viria depois caso o beijo não fosse com um clone. Ele não mediu as consequências, beijou porque sentiu vontade e dessa vez não a reprimiu, mas nem explicar essa vontade ele saberia naquele momento. E dar explicações era exatamente o que ele não queria.

_Tá legal, roxinha, você ganhou._Kawaki falou abrupto, antes que Sumire começasse a interpelá-lo, ele manteve-se de costas para ela, começando a andar na direção do deck na extremidade do lago.

Sumire uniu as sobrancelhas e exclamou vendo Kawaki se afastar:

_Espera, Kawaki-kun! Você não quer conver-

_O que eu quero é uma revanche!_ Kawaki interrompendo a fala de Sumire acelerando o passo numa corrida que o fez chegar rapidamente ao deck.

Sumire ficou no mesmo lugar sem acreditar na atitude evasiva de Kawaki. Ela só teve cinco segundos para balançar a cabeça para os lados, exalando o ar pesadamente em seguida na tentativa de controlar sua frustação enquanto já refazia sua pose para um contra-ataque diante das múltiplas rajadas e espirais de fogo que Kawaki lançava recomeçando o treino de longa distância.

A segunda parte do treino foi intensa e frenética, se alguém os olhasse de fora, pensaria que os dois estavam realmente tentando se matar, tudo fruto de uma frustação confusa em ambos os corações adolescentes, que tentavam abafar os sentimentos em sequências potentes de ninjutsu. Sumire pela primeira, vez lançava mão de um dragão de água, quase no nível do de Tobirama, ela tinha potencializado sua reserva de chacra apelando para o chacra de Nue embora mantinha-se usando exclusivamente Suiton, Kawaki, da mesma forma, só usava Katon, mas depois da terceira vez que fora lançado para a margem do lago, batendo com as costas contra uma árvore, resolveu ativar o Karma no nível 1 para ter mais chacra, velocidade e habilidade, com isso Sumire respondeu com o dragão.

_Você estava se segurando esse tempo todo, hein, roxinha! Apelona de mais!_Kawaki exclamou da primeira vez que viu o dragão se levantar.

_Eu falei para você não me subestimar, garoto!_Sumire retrucou.

Eles já estavam no embate a curta distância e Kawaki tinha ativado o nível 2 do karma. Sumire projetou três esferas de água concêntricas ao redor de si, enquanto tinha seis clones de água ao seu redor controlando o dragão, outros seis clones levantando colunas e paredes de água para proteger o centro do lago e mais três clones de água snipers usando Suireha, Kawaki era muito rápido por isso Sumire precisou desse auxílio, ela não questionou o uso do Karma porque as regras eram simples uso de nenhum outro jutsu exceto Suito e Katon, o Karma não se enquadrava como um jutsu, mas era uma ferramenta para potencializar o katon.

Sumire resistiu por vinte minutos, mas uma a uma suas esferas foram rompidas e Sumire recebeu um tufão de fogo antecipado por uma rajada quente, sendo lançada para o alto, ela caiu com os joelhos dobrados sobre a superfície da água a cinco metros de distância do centro, Kawaki tinha cumprido seu objetivo. Ele caminhou ofegante, enquanto desativava o karma, até perto de Sumire que estava com dificuldade para erguer o tronco e mantinha as mãos pressionando lado direito de seu abdome.

Kawaki observou a arroxeada demonstrar claros sinais de dor, ele se apressou chegando ao seu lado esquerdo e, na intenção ajudá-la a se levantar, passou seu braço por trás de sua cintura apoiando a mão sobre o lado direito de Sumire a erguendo, mas ao fazer isso, Kawaki apertou justamente o lado do ferimento de Sumire que grunhiu com a dor e afastou a mão de Kawaki de cima de si dizendo:

_Cuidado!

Kawaki:

_Foi mal.

Kawaki arregalou os olhos percebendo que parte da blusa de Sumire estava queimada, na região onde ela pressionava com as mãos, ele então disse preocupado:

_Machucou muito? Desculpa, não achei que ia acabar te queimando.

Sumire ergueu o rosto fitando Kawaki, ela ainda estava com as mãos sobre o lado direito do abdome.

_Bem, eu sempre achei que um dia iria sair queimada desse treino. Não se preocupe, eu sei o que fazer.

Sumire usava uma variação de suiton que resfriava e atraía as gotículas de água do ar criando uma espécie de neblina gelada sob a área de suas mãos, Kawaki só entendeu isso ao reparar nas mãos de Sumire quando ela as afastou ligeiramente de sobre seu abdome para observar melhor o dano. Sumire concentrava-se mais para intensificar o resfriamento de seu jutsu, ficou naquela posição por alguns segundos, mas parecia frustrada com o resultado:

_Não para de queimar..._estalou com língua e falou baixo.

Kawaki perguntou preocupado:

_A queimadura foi grande?

Sumire:

_Eu sinto que a área é maior do que esse buraco na minha blusa_ Sumire explanou as mãos afastando um pouco uma da outra fazendo uma neblina maior._ Depois eu tiro a roupa pra ver o resultado na minha pele, mas agora preciso manter o resfriamento por mais cinco minutos.

Kawaki:

_Por que você não tira a roupa agora?_ Sumire torceu as sobrancelhas_ Quer dizer, seria melhor fazer o resfriamento com você enxergando toda a parte da sua pele que queimou, não é?

Sumire:

_É, verdade, mas eu já estou com uma área grande sendo coberta aqui, eu vou tirar a roupa quando for usar a espuma cicatrizante.

Kawaki:

_Tá na sua bolsa?

Sumire:

_Aham.

Kawaki virou o rosto olhando as bolsas em cima do banco de madeira ao longe:

_A gente devia sair do meio do lago e ir pra perto do banco não?

Sumire:

_Ergh, sim, eu só estava esperando pra pod- Ei! O que é isso?!

Kawaki tinha repentinamente passado o braço esquerdo atrás dos joelhos de Sumire e o braço direito por trás de suas costas a segurando no colo e saltando em seguida. Sumire foi pega de surpresa, mas mesmo assim continuava com as duas mãos sobre o abdome, passiva à ação de Kawaki que com dois saltos já havia chegado no gramado de frente ao banco com as bolsas.

Sumire olhava atônita para Kawaki, tentando assimilar que estava sendo carregada no “estilo noiva”. Kawaki disse despretensioso querendo justificar sua atitude:

_Te segurando assim eu não te machuco, você iria vir se arrastando se tivesse que andar até aqui.

_Ahh... tá..._ Sumire respondeu considerando que a explicação de Kawaki fazia sentido o que deixou a arroxeada mais calma.

No entanto, Kawaki simplesmente ficou imóvel encarando os olhos ametistas de Sumire sem colocá-la no chão como se estivesse hipnotizado, e ali, perdida nos braços do belo rapaz, a arroxeada começou a ficar nervosa se questionando sobre o que estava acontecendo de verdade entre eles. As perguntas que haviam surgido depois do beijo em seu clone, as quais ela tinha calado durante o treinamento intenso, vieram à tona novamente num turbilhão de pensamentos. “O que ele está fazendo? Ele não vai tentar me beijar agora, vai?! Mas será que ele gosta de mim? Ele beijou meu clone porque queria me beijar, ele não iria querer me beijar se não gostasse mim, né? Mas tem garotos que só se aproveitam e nem gostam da gente de verdade... não acho que o Kawaki seja assim, mas... mas, ele não iria se apaixonar por mim, iria? Por que ele me enfrentou com tanta fúria nesse final treino? Ele ficou com raiva por ter perdido o embate de curta distância? Ficou com vergonha porque se sentiu enganado quando meu clone desapareceu? O que será que ele está sentindo agora? Se ao menos ele me dissesse... aiaiai, calma Sumire, não fica vivendo de fantasia, você tem ocupar sua cabeça com coisa mais útil, nada de ilusões amorosas, não agora!”

Ao contrário de Sumire que estava recebendo uma inundação de pensamentos, Kawaki mantinha a mente limpa e calma, algo comum que os homens fazem quando “se desligam” e passam um tempo “pensando em nada”.

_K-kawaki-kun? _ Sumire o chamou, mas Kawaki não teve nenhuma reação, ele estava perdido nos olhos da arroxeada que brilhavam maravilhosamente naquela noite estrelada, ele parecia anestesiado sem nem sentir o peso da garota em seus braços, o máximo que se passava na mente dele era o seu subconsciente lhe dizendo “Ela é linda de mais!”.

_KAWAKI-KUN?!_ Sumire gritou.

_OI, EU, o que foi?!!_ Kawaki saiu do seu transe e respondendo afobado.

Sumire uniu as sobrancelhas numa careta fofa e disse:

_Me coloca no chão, por favor.

Kawaki piscou os olhos e olhou ao redor, dando-se conta que ainda estava com a garota em seu colo:

_Ergh, claro._respondeu já abaixando o braço esquerdo para que Sumire colocasse os pés no chão tirando em seguida o braço direito das costas dela._Prontinho.

Sumire:

_Obrigada. Achei que você tinha virado uma estátua._ deu um riso curto sem jeito, numa tentativa de deixar o momento menos constrangedor.

Kawaki coçou a nuca:

_Ergh, foi mal, eu não sei o que deu em mim.

Sumire, já não estava mais com as mãos sobre o abdome, ficou de frente para Kawaki o encarando e perguntou ousada:

_Naquela hora você também não sabia?!

Kawaki torceu as sobrancelhas:

_Que hora?

Sumire mordeu o lábio inferior e disse desviando o olhar:

_Na hora que você achou que o clone de água fosse eu de verdade.

Kawaki arregalou os olhos, “Merda, ela vai querer tirar satisfação por causa de um beijo que nem foi pra valer?! O que que eu respondo?!” ele pensava sentindo o coração acelerar.

 

 

 

 

CONTINUA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AHHH RESOLVI NÃO DEIXAR O SUSPENSE POR MUITO TEMPO

"CENA PÓS-CREDITOS" LOGO A BAIXO

 

 

 

 

Como Kawaki demorava para responder, Sumire voltou o olhar para o garoto que, assim que notou Sumire o encarando questionadora, se desviou dela dando três passos até o banco, ficando de costas pra ela, ele respondeu:

_Não importa, aquilo nem foi real e nem vai acontecer de novo.

 

 

CONTINUA

AGORA SIM, NOS VEMOS NO CAPÍTULO 13

 

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