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Naruto (Anime & Manga)
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Summary
Sakura, recém formada na academia, percebe que está sendo abandonada pelo time 7 e não tem valor como membro da equipe. Não quando seus companheiros são privilegiados em comparação a uma simples civil. Para compensar seu infortúnio, seu sensei, Kakashi Hatake, um dos mais poderosos ninjas da Vila, era um péssimo sensei. Sakura não é mais do que um preenchimento para a equipe. Mas tudo começa quando ela ainda é uma criança e nota o problema que é ser civil na academia.
Note
Estou postando nessa plataforma além de outras, espero que gostem da história. Vou tentar postar sempre que possível!
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Capítulo IV

 

- Deixarei esse tempo livre para comerem e estudar para a prova em seguida - Iruka anunciou alto para todas as crianças ouvirem, mas suspirou quando percebeu que elas não estavam prestando atenção, muito ocupadas conversando sobre o treinamento físico que tiveram faz pouco tempo no pátio.

 

Ninguém deu atenção para o professor que saiu com um revirar de olhos.

 

A sala estava cheia de barulho e algumas brigas de garotos no canto.

 

Umas risadinhas de garotas na fileira da frente chamou atenção de Shikamaru que estava tentando tirar um cochilo, mas não conseguia com os gritos de Naruto perto dele brigando com alguns garotos.

 

O jovem Nara observou qual era o motivo dos sorrisos maliciosos e risadas estridentes.

 

Seu olhar afiado seguiu a linha de visão delas e não precisou de muita análise para descobrir o quê.

 

Uma garota de cabelos rosados e olhos verdes brilhantes parecia tá procurando algo, mas depois desistiu e caminhou tranquilamente para fora da sala, indiferente a qualquer um.

 

Shikamaru avistou uma lancheira rosa no chão ao lado das meninas que agora pareciam com raiva por não terem conseguido o que queriam.

 

Estava na cara que roubaram outra vez a comida de Haruno para sua própria diversão distorcida.

 

O jovem Nara colocou seus olhos afiados na pessoa que sabia que foi a que manipulava todas as outras para ficar roubando a comida de Haruno e fazer essas brincadeiras sem graça. Tornando algo rotineiro a meses desde a chegada da criança civil à turma.

 

Olhos azuis frios e teimosos o olharam de volta.

 

Shikamaru se levantou e ignorou a herdeira Yamanaka, sabendo que ela ficaria com mais raiva ainda. A única maneira de lidar com Ino era ignorar sua presença. Isso a afetava mais do que deixava transparecer.

 

Ino estava passando dos limites por conta de seu ciúme e inveja. Essa não era a única brincadeira que faziam para atormentar a vida de Haruno. Chegavam até destruir todos os seus materiais ou fazer que nos treinamentos físicos, Haruno pegasse a maior número de parceiros para a machucar com a desculpa que estavam treinando. O que geralmente não adiantava nada, porque Shikamaru podia perceber como Haruno decorou todos os movimentos e estava usando elas a seu favor para melhorar seu taijutsu. Mas não era apenas as garotas, como também alguns garotos como Kiba e o resto da turma, tirando poucos.

 

Shikamaru se dirigiu para fora da sala, as únicas pessoas que perceberam sua retirada sendo uma loira de olhos azuis irritada por ser ignorada, o herdeiro Akimichi, assim como um Uchiha e Uzumaki curiosos.

 

 


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Seus passos o levaram até o telhado da academia onde sabia que estava a pessoa que procurava. 

 

Shikamaru hesitou na porta, mesmo sabendo tudo que seus colegas faziam contra Haruno, ele nunca interviu ou tentou ajudar. Não era seu problema. Ele ficava repetindo diversas vezes desde que ela entrou na turma deles.

 

Uma garota pobre e civil que conseguiu entrar em uma turma que só tinha herdeiros de Clãs.

 

Uma garota de cabelo rosa e olhos verdes que surpreendeu a todos com a capacidade de permanecer entre os melhores  da sala.

 

Uma garota pobre e sem Clã que não tinha um instrutor shinobi ou professor particular para ensinar sobre o mundo ninja, mas que ultrapassa todos em pouco tempo.

 

O que deixava muitos inquietos.

 

Não demoraria muito para ela ser a número um, o lugar ocupado por um certo herdeiro Uchiha, que parecia mais atento à novata da turma do que a muitas outras garotas que se jogavam aos seus pés. Um dos motivos para Haruno ser odiada entre tantos.

 

Seus olhos castanhos fitaram a lancheira que sua mãe fez para ele hoje. Sua outra mão abriu a porta de mental e o céu azul o contemplou, parecendo esperar seu maior admirador.

 

Não tinha ninguém no telhado à primeira vista, mas Shikamaru caminhou direto para um lugar mais escondido e que não tinha grade.

 

Ela estava lá. Sentada na beira com os pés balançando.

 

Era um de seus esconderijos mais usados que Shikamaru descobriu.

 

- O que você quer, Nara-san ? 

 

Shikamaru não respondeu, mas ela o surpreendeu ao iniciar a conversa. Ele já tinha decidido o que fazer e planejou todas as formas que poderia se aproximar de Haruno. Só restou uma alternativa. Haruno não é o tipo que se preocupa com o status de alguém ou sua riqueza, apenas o suficiente para não ultrapassar a linha segura mesmo tendo tantos motivos. Ela também não gosta de ficar perto de ninguém.

 

Um gato solitário que esconde a verdadeira extensão de suas garras afiadas.

 

Olhos esmeraldas frios e vazios o olharam com cautela quando Shikamaru se sentou ao lado da garota. Ele fez questão de não olhar para baixo e só para suas amadas nuvens.

 

Ainda queria viver até a velhice se possível.

 

Os dois ficaram em silêncio desconfortável para o que parecia uma eternidade, mas que na realidade só passaram três minutos.

 

A voz preguiçosa do herdeiro Nara quebrou o silêncio.

 

- Por que você não revida elas ou os garotos ? - Shikamaru não precisou dizer exatamente sobre o que estava falando, ela era inteligente.

 

O silêncio continuou.

 

- Eles poderiam parar depois de um tempo - O silêncio seguiu, mas houve apenas uma sobrancelha levantada em sua direção com um olhar que dizia "Você está tentando fazer uma piada?"

 

Certo. O que Shikamaru disse foi idiotice até para ele. As brincadeiras nunca iriam parar, na verdade, elas iriam piorar porque Ino veria isso como um desafio e ameaça para seu domínio sobre as outras garotas que a seguem como fantoches.

 

O mesmo poderia dizer sobre os meninos, eles veriam isso como um sinal para ir além. Sem contar que qualquer um deles pode usar o poder de seus Clãs para dificultar a vida de Haruno. Algo que Shikamaru prevê que vão fazer depois de mais um tempo.

 

Às vezes, o orgulho ferido é o maior ferimento.

 

Problemático.

 

Ele já estava quase desistindo por conta de sua boca idiota e pensando apenas em deixar a lancheira e ir embora. Porém, a voz calma de Haruno o impediu.

 

- Pensei que você fosse o mais inteligente da sala.

 

Seus olhos se arregalaram antes de voltarem ao normal, olhando a garota de relance com um olhar mais afiado do que antes.

 

A frase não foi dita com sarcasmo ou ironia, mas sim, como se fosse um fato e realidade.

 

Todas da turma, tirando Ino e Choji, pensam que Shikamaru é um preguiçoso burro ou mediano. Nenhum deles cogita a ideia que ele é o herdeiro de um Clã que é conhecido por seu grande intelecto e famoso por criar estrategistas gênios. Naras eram inteligentes e preguiçosos, mas não deixava de lado que eram os mais requisitados para missões diplomáticas ou em altos escalões. Nenhum deles o vê como perigoso ou alguém para se ter cuidado agora ou no futuro, mesmo ele sendo o herdeiro e filho do Comandante Jounin.

 

Shikamaru é apenas o maior preguiçoso e um dos últimos na classificação da classe, passando com nota o suficiente para não reprovar.

 

Um dorminhoco que nunca responde quando o professor pergunta algo ou dura muito em uma partida.

 

Um sorriso sorrateiro começou a aparecer em seu rosto. Shikamaru olhou para as belas nuvens no céu antes de dizer algo.

 

- Você não sabia, eu sou um preguiçoso burro e mediano da turma.

 

Um bufo foi ouvido ao seu lado. Ele sorriu com isso, era um pouco desconcertante e refrescante alguém vê além da fachada dele.

 

Ino e Chouji eram uma exceção, eles se conheciam desde que nasceram.

 

Ele abriu sua lancheira e colocou no meio deles, olhou para o Haruno e manteve o contato com aqueles esmeraldas que estavam começando a fascinar.

 

- Você deveria comer.

 

- Não estou com fome, Nara-san.

 

“Não preciso de sua ajuda ou piedade. Não confio em você”.

 

Era o quê não foi dito em palavras.

 

- Pensei que você fosse a segunda mais inteligente da sala, Haruno.

 

Castanhos escuros encararam esmeraldas curiosas.

 

Shikamaru pegou um pedaço e colocou na boca, mastigou e engoliu, levantou uma sobrancelha em direção a Haruno.

 

Não está envenenado.

 

Haruno o respondeu com uma sobrancelha arqueada.

 

Jura?

 

Shikamaru pegou outro pedaço e repetiu o processo e depois esperou, no fundo com esperança que seu esforço todo não fosse um desperdício.

 

Não foi. Haruno pegou um pedaço com cautela, os olhos esmeraldas com um aviso perigoso dentro deles caso algo acontecesse.

 

Dessa vez, foi Shikamaru que bufou divertido.

 

Os dois comeram todo o lanche, não era muito para duas crianças pequenas em crecimento. Já era hora de voltar para aula, o menino levantou e esperou a garota. A mesma que o olhou como se ele fosse estranho ou que estivesse planejando matá-la. 

 

- Já é hora de voltar, vamos - Shikamaru sabia o porquê da hesitação de ir junto com ele.

 

Haruno se levantou e passou por ele, mas parou ao seu lado e sussurrou…

 

- Volte para seus amigos, Nara-san.

 

Shikamaru não viu Haruno quando voltou para a sala, mas isso não o impediu de chegar em casa e pedir para sua mãe fazer um bento maior para amanhã.

 

Sua mãe ficou curiosa, mas não fez perguntas, porque era a primeira vez que viu seu filho preguiçoso com um olhar determinado no rosto.

 

Durante a semana inteira, Shikamaru levou um bento grande para comer com Haruno no telhado da academia, no último dia, ele levou shogi para jogar sozinho enquanto esperava o intervalo acabar.

 

Ele já estava no segundo movimento de sua terceira peça, quando Haruno que estava comendo um bolinho de arroz de sua mãe, fez uma pergunta.

 

- Que jogo é esse ? 

 

Shikamaru pensou que foi sua imaginação, mas o olhar dela em direção à ele como se esperasse uma resposta disse que não era imaginação de sua cabeça. O relacionamento deles melhorou um pouco durante suas breves conversas e comida compartilhada.

 

Então ele aproveitou essa nova mudança.

 

- Você não sabe ? - Ele perguntou sem acreditar, mas vendo o olhar dela perdendo o interesse por conta de sua resposta idiota, parou o jogo e levou até ela, colocando  entre eles - Se chama shogi, é um jogo de estratégia. Você quer que eu ensine as regras ?

 

Haruno o olhou com atenção, ele tem o pressentimento que ela está fazendo uma análise sobre se vale a pena ter mais algo com o que relacionar-se com ele fora da comida de sua mãe.

 

- Apenas diga como funciona.

 

- Sim, que seja - Sua resposta foi despreocupada, mas Shikamaru estava animado para saber se como seria um jogo depois que ela pegasse o jeito daqui a algum tempo.

 

Não precisou de muito tempo para Haruno aprender, na terceira partida deles, a garota de cabelo rosa já estava o deixando mais cauteloso com o jogo.

 

As duas crianças não voltaram para aula nesse dia, ficaram jogando a tarde inteira. 

 

Shikamaru tinha um sorriso no rosto na última partida. Eles jogaram sete partidas, Haruno conseguiu ganhar três delas.

 

As semanas seguintes constituíram em suas disputas de shoji, comer no telhado e tentar ver quem podia planejar uma melhor defesa das partidas perdidas.

 

 


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A última aula do dia para a sala cheia de crianças herdeiras de Clã foi realizada no pátio da academia. O instrutor Iruka finalizou mandando cada um revisar em casa e pegar seus materiais para ir embora.

 

Shikamaru entrou na sala ao lado de Chouji, estranhando o silêncio de todos.

 

A manga de sua camisa foi puxada por seu amigo, Shikamaru olhou para Choji com curiosidade, uma pergunta em seus olhos. Mas não foi preciso o Herdeiro Akimichi responder.

 

No quadro preto onde o professor deixa recados e faz anotações, tinha escrito em letras grandes para todos verem, algo que deixou as crianças olhando em direção ao quadro e depois a garota de cabelo rosa que estava na frente dele, no meio de papéis rasgados e materiais destruídos.

 

A VIRA-LATA HARUNO É UMA PUTA IGUAL A MÃE E PAI DELA.

 

ESCÓRIA.

 

LIXO.

 

PROSTITUTA.

 

VAGABUNDA.

 

RATO DE ESGOTO.

 

MORRA, PUTA!

 

Shikamaru tinha seus olhos arregalados com os vários insultos que preenchiam o quadro completo além dos mais grandes. Mas, isso não foi suficiente para quem planejou tudo.

 

Alguém entre a multidão que começava a ficar maior e circulava Haruno, jogou uma bola que ao atingir sua cabeça, derramou uma substância marrom e com cheiro horrível o suficiente para perceberem que era água de esgoto.

 

Mas uma bola foi jogada em seguida e essa mostrou ter fezes. Toda a brincadeira de mau gosto, parece ter incentivado mais alguns alunos a começarem a jogar restos de comida na criança de cabelos rosa.

 

Uma raiva dentro dele começou a esquentar seus sangue e ele cavou Ino com olhos frios e afiados. Isso ultrapassa qualquer brincadeira de mal gosto, chegou a ser desumano.

 

A herdeira Yamanaka o olhou de volta com um tremor e negou com a cabeça, seus olhos azuis diziam que não era ela. Ino nunca tinha visto Shikamaru com tanta raiva e isso a deixou assustada. Ela não fez isso.

 

Shikamaru sabia ou queria acreditar que Ino não tinha nada a ver com esse acontecimento ou influência em quem planejou, mas era difícil depois dos últimos meses. A herdeira Yamanaka tinha diminuído as brincadeiras depois que ele começou a ignorar ela.

 

Alguns da sala começaram a rir e apontar para Haruno que continuou em frente ao quadro com a cabeça baixa, seus cabelos rosados cobrindo seus olhos.

 

Com o som que a sala estava fazendo, alguns curiosos foram ver o que estava acontecendo.

 

Outros alunos de turmas diferentes que estavam passando pelo corredor, colocaram suas cabeças para ver o que causou os risos na sala que era conhecida por ser a mais promissora e preferida da academia. Depois que perceberam o que era, também se juntaram a rir e jogar insultos em direção a garota de cabelo rosa.

 

Logo, começou um coral de vozes risonhas.

 

- HARUNO É UMA PUTA. HARUNO É UMA RATA. HARUNO É UM LIXO HAHAHAHAHAHA!

 

Mas vozes começaram a se juntar.

 

- HARUNO É UMA PUTA. HARUNO É UMA RATA. HARUNO É UM LIXO HAHAHAHAHAHA!

 

Entre todos reunidos, havia aqueles que ficaram calados diante da brincadeira que ultrapassou alguns limites e que olhavam para a confusão que se tornou com pena e paralisados diante da crueldade que ocorria em frente de seus olhos.

 

- HARUNO É UMA PUTA. HARUNO É UMA RATA. HARUNO É UM LIXO HAHAHAHAHAHA!

 

Muitos deles seguiram o bando, outros tinham rancor da civil que conseguiu entrar na sala mais privilegiada da academia. E havia aqueles poucos que só queriam destruir a garota porque tinha inveja dela.

 

O herdeiro Nara, que tinha ficado paralisado observando tudo com olhos raivosos e surpresos, saiu de seu estado paralisante.

 

Shikamaru não se importava com o que os outros diriam dele, o único herdeiro do Clã Nara e filho do Comandante Jounin, seus pés se moveram em direção a única outra pessoa que conseguiu vencer no shogi. 

 

A garota que não o subestimou. 

 

A garota que olhava as nuvens com ele no telhado da academia enquanto comia a comida de sua mãe.

 

A garota que tentava sempre fazer as melhores estratégias para vencer as partidas de shoji.

 

A garota que não mostrava sorrisos, mas que o fazia rir às vezes com comentários sarcásticos.

 

A garota que fez com que seu mundo não continuasse entediante.

 

A garota de cabelos rosados que … tornou-se sua … amiga

 

Contudo, antes que seus pés pudessem dar mais do que dois passos em direção a Haruno, olhos verdes brilhando com um brilho perigoso e venenoso o paralisaram.

 

Esmeraldas mais frios do que gelo e que tinham um aviso bem claro para ele.

 

Ela o olhou apenas por um mísero segundo, despercebido pela multidão que rodeava ela como lobos famintos procurando uma brecha para atacar. Diante de tudo, Haruno ergueu a cabeça lentamente, levantou o queixo, a multidão saiu de seu caminho como formigas e caminhou com a cabeça erguida depois que apanhou seus materiais sujos e destruídos no chão. 

 

Indiferente.

 

O rosto desprovido de qualquer emoção.

 

Ela saiu com o coro de vozes ainda presente.

 

- HARUNO É UMA PUTA. HARUNO É UMA RATA. HARUNO É UM LIXO HAHAHAHAHAHA!

 

Para os outros, podia parecer uma criança fazendo uma fachada de indiferença ou tentando segurar as lágrimas para parecer forte, mas Shikamaru sabia que não era isso.

 

Ele viu o que tinha naqueles esmeraldas. Fúria, raiva e pura escuridão, que logo foi engolida por um vazio assustador.

 

Mesmo que o herdeiro Nara quisesse ir atrás dela ou dizer alguma coisa para o bando de pirralhos que continuava rindo, ele não fez.

 

Chouji Akimichi olhou preocupado para seu melhor amigo, o observando pegar suas coisas tranquilamente e acenar para eles iriam embora. Sua postura poderia ser de alguém que só queria ir para casa dormir, mas Chouji conhecia o garoto que fingia dormir na aula porque sempre estava entediado.

 

Os olhos castanhos do herdeiro Nara estavam tão frios, escuros e calculistas que deram arrepios para a pequena criança gordinha.

 

Shikamaru não se importou se Chouji o estava seguindo, ele continuou andando em direção a saída da academia com passos decididos. 

 

Ele não iria atrás de Haruno. Ele entendeu o que ela quis dizer a ele quando foi o único que ela olhou no momento que tinha dado dois passos para tentar ajudá-la e a defender. A cabeça erguida e os olhos que o fitaram com um aviso.

 

Não interfira em meu caminho, Nara, sei cuidar de mim mesma. Não preciso de um herói de armadura brilhante para me salvar.

 

Se ela não queria que ele a ajudasse naquela hora, tudo bem, Shikamaru não fez. Porém, ele decidiu, enquanto abria a porta de sua casa e deixava suas coisas jogadas no chão do corredor, que Haruno não vai mais o deixar de lado ou ignorar sua existência quando bem queria.

 

Nara Shikaku olhou surpreso quando seu filho passou pela sala com raiva nos olhos e determinação neles.

 

A curiosidade preencheu seus olhos castanhos. 

 

- Para onde você vai ? - O patriarca do clã Nara perguntou quando notou seu filho voltar com uma bolsa cheia nas costas e em direção a porta. Seu filho nunca saia de casa depois que voltava da academia, apenas quando era obrigado pela mãe dele.

 

A pequena criança não deu uma segunda olhada e apenas murmurou uma resposta antes de sair irritado.

 

- Encontrar um gato problemático

 

- O que?! - Shikaku olhou para sua esposa que tinha entrado na sala com uma pergunta nos olhos.

 

- Não se envolva. Deixe ele fazer qualquer coisa - Yoshino avisou, seu filho parecia encontrar algo que não o deixasse com tédio ou apenas deitado em uma cama esperando a vida passar.

 

Shikaku acenou em obediência, mas depois iria perguntar a Shikamaru sobre o porquê ele ter pegado os livros da biblioteca Nara e saído com eles numa bolsa.

 

 

 

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