
Calúnia
Depois de observar Harry se afastando naquele dia, Colin entrou numa rotina ocupada com seu chefe de casa, pois com o seu currículo do primeiro ano ele já sabia perfeitamente dominado, com seu talento de aprender tudo rapidamente, ele já tinha dominado até o quarto ano de Hogwarts em todas as matérias, e estava começando o quinto, mas que agora ele teve que pausar um pouco pois as aulas extras de feitiços e duelos eram revigorantemente desafiadores, o que ele gostava.
Aprender coisas difíceis o excitava a vencer. Como uma boa águia sabe tudo, mas a diferença com Granger do segundo ano, é que Colin preferia manter para si mesmo, do que espalhar para toda a escola o quanto ele sabia das coisas quando não o perguntavam sobre isso.
Sua primeira aula de feitiços avançados e duelo foi cansativo, mas revigorante, principalmente seu primeiro duelo de treino com o professor chefe. Pela primeira vez, Colin aprendeu quão perigoso e mortal o professor mais carismático daquela escola podia ser.
Todo domingo Colin passava a maior parte da manhã descansando dormindo, e quando saia da sala comunal, ia passear pelos terrenos da escola. Logo o dia que praticamente toda a escola esperava. O primeiro jogo do ano de quadribol entre a grifinória e a Sonserina.
Para variar, Colin foi assistir, porque apesar de não ser um fanático como parecia ser a maior parte da escola, ele gostava do jogo, e pretendia se candidatar ao time da corvinal no segundo ano, apenas para dar alguma competição a Harry.
Chegando cedo nas arquibancadas, parecia que todos os leões e cobras tinham chegado, trocando farpas por olhares dos dois lados. Colin tinha transfigurado um pano velho num chapéu de bruxo vermelho e dourado e se infiltrou na torcida da grifinória, e esperou o jogo começar. Sonserina começou na frente por 90 a 30 contra a grifinória, e Colin entendeu o porquê. As novas vassouras do time das cobras, eram as mais avançadas no momento, as Nimbus 2001. Ele já tinha certeza de quem tinha comprado todas elas.
Colin ignorou o resto dos jogadores, montando seu olhar somente em Harry. E ficou um pouco fascinado, e não tinha nada a ver com seu título estúpido. Ele abriu um pouco os olhos com os conselhos de sua mãe, e ao conhecer o garoto Harry, não o Harry Potter, o herói da salvação.
Aos seus olhos Harry era um garoto meigo, meio nervoso, e as vezes imprudente, e as vezes tímido, apesar que Colin tinha percebido um certo ar de mistério nele que não conseguia identificar. Ele sabia que Harry tinha um segredo, mas decidiu não se aprofundar.
E claro, ele era lindo. Aquele cabelo bagunçado que parecia um ninho de pássaro o deixava descolado, seu rosto bonito e aquele par de olhos verdes que pareciam examinar sua alma quando você tinha atenção dele completamente em você.
Talvez seja por isso que Colin queria conversar mais com ele, e ficar mais próximo o tornando seu verdadeiro amigo. Colin gostava de quando aqueles olhos verdes olhavam para ele. Colin não sabia o que sentia, mas deu de ombros e nomeou como admiração.
Em algum momento do jogo, ele percebeu que Harry estava sendo perseguido por um balaço berrante alterado, e suspirou que as conspirações sempre chegam nele de algum modo, se as fofocas que ele ouviu do ano passado fossem verdadeiras, no caso envolvendo a pedra filosofal.
Colin fechou seus punhos em angústia quando viu o braço de Harry quebrar ao ser atingido em pleno voo pelo balaço, mas ficou orgulhoso quando o viu pegar o pomo de ouro e cair na areia.
Quase que instintivamente, Colin pulou a murada da arquibancada, e com alguns saltos caiu na areia, e correu rapidamente reforçando seus pés com magia para chegar mais rápido até ele.
Quando viu que o balaço estava vindo diretamente pra ele, Colin levantou o rosto com seus olhos violetas frios de raiva e levantou a varinha para acabar com isso.
- Diffindo! – Colin balançou a varinha e logo o balaço foi cortado em mil pedaços se desfazendo com seu feitiço que logo ele ignorou e correu até Harry, lançando um diagnóstico com o pouco de magia de cura que ele tinha aprendido.
- Você vai ficar bem Harry, seu braço quebrou, mas madame Pomfrey vai curar rapidinho. Está doendo muito? – Colin ajoelhou ao lado de Harry e sem pensar começou a alisar seu cabelo como forma de conforto, enquanto pegava uma pedra do chão e transfigurava rapidamente numa tala para manter o braço quebrado imóvel.
Harry ainda tinha que digerir o fato que tinha vencido quando a dor do seu braço foi aliviada e sentiu uma mão alisando seu cabelo. Normalmente Harry não gostava de contato íntimo com seu corpo, ainda resquícios do trauma de quando seus tios e primo lhe batiam, mas a mão e o cheiro do sangue familiar disse ao seu instinto vampiro que ele estava seguro. Olhando pra cima, Harry estreitou os olhos em conforto ao encarar Colin o olhando cheio de preocupação por ele, e carinho. Algo que faltou muito em sua vida. Nem mesmo seus dois amigos se preocupavam nesse nível com ele, mesmo que fosse inevitável algumas dores durante o jogo.
- Dói um pouco, mas com a sua ajuda, a dor enfraqueceu. Obrigado. E como você fez tudo isso? Você é um primeiro ano não é? – Harry perguntou mais curioso e interessado na vida do seu maior fã, que pode se preocupar mais do que um fã teria feito com ele, e decidiu que não achava ruim.
- Todos temos mistérios não é Harry? Mas se quiser, eu posso te ensinar. – Colin abriu um pequeno sorriso satisfeito e sussurrou no ouvido de Harry que teve um arrepio ao sentir mais de perto o cheiro de chocolate do sangue dele, que Harry teve que se conter em não provar o sabor do sangue dele que deveria ser doce.
Colin sorriu e o ajudou a levantar, com uma mão em suas costas e o levando para longe do campo, ignorando a multidão que parecia correr atrás de Harry, junto de um pavão loiro.
- Ah, eu posso cuidar disso Harry. – Gilderoy Lockhart chegou com um sorriso confiante e puxou a varinha, e ignorando os protestos de Harry ia começar a falar. – Braquiam... – O professor de defesa não conseguiu terminar quando parou, e tampou a boca e logo em seguida começou a vomitar lesmas sem parar, chocando a multidão de horror e nojo, com Rony ficando verde ao se lembrar.
Ninguém viu quem azarou o professor, mas Harry notou de lado que Colin mexeu a mão num certo ritmo, e abriu um pequeno sorriso ao ouvir o garoto alto resmungar sobre farsantes inúteis o tempo todo, fazendo o garoto de olhos verdes olhar mais suave o seu maior fã, que se tornou uma águia feroz e protetora para um leão abandonado.
Logo Colin chegou na enfermaria trazendo Harry, que fez a curandeira suspirar por reconhecer o visitante frequente dali, que fez Colin franzir a testa. Ninguém deveria tratar a enfermaria como sua segunda casa.
Colin ajudou Harry a deitar o carregando nos braços pra surpresa de Harry e foi colocado na cama com cuidado, Colin sentou na cadeira ao lado e quando a curandeira lançou o diagnóstico, começou a usar o feitiço de cura no braço quebrado remendando os ossos, com Colin observando Harry ranger os dentes de dor ao sentir os ossos se fundindo de novo. Colin segurou a mão boa de Harry, e sua outra mão começou a afagar seu cabelo rebelde preto, atraindo aqueles olhos verdes intensos pra ele de novo.
Colin se viu um pouco em transe olhando diretamente pro garoto que por muitos anos desde que nasceu, o adorou como Ídolo, mas agora tocando nele em pessoa, Colin percebeu que era apenas um garoto normal, ferido e machucado, mas forçado a receber uma fama que ele parecia odiar, expectativas de pessoas que não conhecia, e um sofrimento que parecia ser sem fim.
Harry por outro lado, se viu perdido dentro do lindo violeta dos olhos de Colin. Pela primeira vez, ele viu que o olhar do garoto por ele mudou de fanboy, para realmente ver como ele era. Era a primeira vez que alguém o via só pelo que ele era. Harry, apenas Harry.
- Sr. Potter, já está curado e já pode ir. – Madame Pomfrey anunciou depois que lançou o último feitiço de cura, e logo expulsou os dois garotos, pois ela tinha muito trabalho pra fazer.
Colin e Harry andaram em silêncio pelos corredores, até que foram para a torre de astronomia, onde estavam sozinhos em paz.
Sentado ao lado de Colin, Harry sentiu pela primeira vez paz e sossego. Não que ele não amasse Ron e Hermione, mas eles sempre estavam sendo barulhentos no seu ouvido, sempre não o deixando se concentrar em si mesmo por um momento.
Ficar ao lado de Colin era relaxado e natural, e seu cheiro de chocolate o deixava em paz, como se finalmente tivesse um lar onde ele podia voltar apesar de tudo o que tivesse acontecido no mundo.
- Você falou sério quando disse que ia me ensinar Colin? – Harry perguntou depois de um silêncio agradável e num impulso, olhando o outro garoto encostado a janela, deitou com a cabeça no colo dele que ficou surpreso, mas sorriu e começou a alisar seu cabelo, que Harry não admitiria que gostou do toque carinhoso.
- Sim, Harry. Você sabe que é a pessoa que eu mais admirei desde que nasci, e ouvi suas histórias? Eu tenho todos os livros que falam sobre você. Meu fanatismo por você era enorme, até que minha mãe me deu bronca que eu nunca deveria julgar pela capa, ou acreditar em tudo que a mídia diz, pois eu deveria me aproximar de você da forma normal, e me tornar seu amigo ao te conhecer. – Colin falou com um sorriso ao baixar a cabeça e encarar aquele par de olhos verdes que estavam estreitos em conforto pelo carinho no cabelo como um gato relaxando ao sol.
- O que fez você mudar de opinião sobre mim? – Harry perguntou com uma voz lenta, observando aqueles olhos violetas que pareciam estar cheios de carinho, admiração e curiosidade infinita.
- Eu venho observando você sempre que eu vejo Harry. Hoje, eu tive a certeza que você não era aquele herói de fantasia dos livros, mas sim um garoto que desconhece o mundo mágico e está cheio de curiosidade, medo, e um pouco pressionado por todas as expectativas que todo mundo parece jogar nas suas costas. O que eu acho ridículo. Você não merece carregar esse fardo. – Colin falou com um beicinho aborrecido, mas Harry sorriu amargamente pois percebeu que as palavras do seu maior observador eram verdadeiras.
- É a primeira vez que alguém consegue descobrir o que eu realmente sinto, Colin. Eu gosto de ter meu maior admirador ser o primeiro a descobrir meu real eu. Amigos? – Harry falou sério com um pequeno sorriso e estendeu a mão que o garoto de olhos violetas abriu um largo sorriso feliz e pegou a mão dele com a sua.
- Amigos Harry. Eu queria ser desde aquele dia no beco diagonal onde eu o vi pela primeira vez. – Colin irradiava felicidade quando finalmente seu sonho se realizou.
- Então, eu devia ter feito isso mais cedo. Mas porque você não se aproximou de mim, como fez no nosso primeiro dia? – Harry perguntou segurando a mão do garoto, e brincando com seus dedos com um olhar curioso, e aproveitando o carinho em sua cabeça. Era a primeira vez que ele ficava tão relaxado.
- Não sei se você percebe Harry, mas é difícil chegar até você com aqueles dois guarda-costas ferozes espantando qualquer um que queira se aproximar. – Colin bufou ao lembrar daqueles dois que pareciam nunca desgrudar de Harry.
- Como assim? – Harry franziu um pouco a expressão ao tentar entender, e pensar em Ron e Hermione.
- Você nunca percebeu o quanto os outros tentam ser seus amigos o tempo todo Harry? Mesmo os membros da grifinória do seu próprio ano? Neville Longbottom que deveria ser seu primo afilhado, Dino Thomas, Simas Finnigan, Fred e George, Parvati, Lilá, Olivier Wood, Luna da Corvinal, Susana Bones da Lufa Lufa, Eu, Blásio Zabinni e Malfoy da Sonserina, assim como Theo Nott. Todo esse grupo de pessoas tentou em algum momento esse ano tentar se aproximar de você e estender a mão em amizade, seja por interesse ou conexões. Mas cada um deles foi impedido antes que você percebesse por seus dois leões de guarda. – Colin falou exasperado ao continuar a deixar seus dedos deslizarem naquele cabelo de ninho de passarinho rebelde.
- Eu realmente perdi tanta gente? E quando Malfoy tentou fazer amizade? Aquele furão vive me incomodando sem parar desde o ano passado. – Harry falou aborrecido, mas quando tentou lembrar, percebeu então os rostos decepcionados em sua mente.
- Do que eu ouvi do ano passado, você rejeitou o aperto de mão dele antes da seleção das casas não foi? – Colin perguntou com calma, e observou o garoto mais velho brincar com seus dedos enquanto Colin fazia um cafuné em sua cabeça.
- Foi, e o que tem isso? – Harry perguntou confuso, e interessado em tocar os dedos fortes e calejados de Colin, curioso em como ele tinha conseguido todas as marcas e arranhões antigos.
- Harry, você não sabe nada sobre a etiqueta sangue puro não é? – Colin perguntou agora espantado e olhou para Harry com um suspiro.
- Eu deveria? – Harry perguntou meio com mal pressentimento da cara cansada do amigo.
- Sim, deveria. Seu guardião mágico deveria ter ensinado tudo isso a você, pois como o último Potter, uma casa mais nobre e antiga sangue puro, você terá que governar todos os seus bens, ao se tornar o Lorde Potter quando fizer 17 anos. – Colin explicou e ficou atento ao olhar totalmente confuso do garoto que começava a se preocupar.
- Que guardião mágico? Lorde Potter? – Harry perguntou começando a ficar assustado e irritado por ninguém ter explicado isso pra ele.
- Vejo que você não sabe nada disso, Harry. Vai ser uma longa história. Tudo bem, vamos por partes. A casa mais nobre e antiga Potter, é uma das famílias mais antigas da história da grã Bretanha mágica, e possui uma riqueza quase infinita. Além de muitas propriedades, poder político e financeiro, assim como voto nas leis bruxas, onde você como futuro Lorde, pode opinar em aprovar ou revogar alguma lei. No momento, você deveria estar usando o anel e título de herdeiro Potter. Malfoy ficou ofendido, pois ele esperava que você soubesse a etiqueta como uma casa nobre e antiga, e apertasse a mão dele, aceitando sua amizade entre famílias. Quando você recusou, tecnicamente, você desprezou a casa Malfoy sendo inferior a você a ponto de se recusar a apertar sua mão. É por isso que ele vive pegando no seu pé o tempo todo. – Colin começou a falar e enfim os dois garotos passaram horas ali na torre conversando, com Harry abrindo os olhos para todo o poder que ele não sabia que tinha e toda a sua riqueza. Com tudo isso, ele não precisava morar com os Dursley, e viver no inferno. Ele descobriu que de acordo com Colin, ele deveria ter um padrinho que era seu guardião legal e que deveria ter sua custódia.
Harry voltou para a sala da grifinória com as palavras de Colin para visitar o Gringottes para um teste de herança completo nas férias de Natal, aceitar seu anel de herdeiro, e avaliar todas as suas propriedades. Harry também aceitou o cronograma de estudo e treinamento de Colin, quando foi severamente apontado que a educação de Hogwarts era uma droga, e era melhor ele mesmo ensinar tudo a Harry desde o começo, refazendo todo o conhecimento esburacado que ele mal tinha, por sempre que queria estudar, era atrapalhado por Rony com seu vício de xadrez ou Hermione querendo liderar o que ele deveria fazer em relação aos estudos. Nunca o deixando um momento de paz para estudar sozinho.
Alguns dias depois, com Colin sempre feliz comendo e conversando com Luna no salão principal, logo recebeu o profeta diário e sorriu quando viu a notícia na capa.
DUMBLEDORE: TOLO OU INCOMPETENTE?
Por Rita Skeeter
Veio ao nosso conhecimento, caros leitores, que o diretor da escola de magia e bruxaria de Hogwarts Albus Dumbledore contratou um farsante não profissional para lecionar a matéria de defesa contra a arte das trevas, chamado de Gilderoy Lockhart. Várias cartas de alunos reclamando que o suposto professor não ensina nada sobre magia defensiva ou as criaturas das trevas que os alunos precisam estar preparados para enfrentar alguma vez na vida, e ao invés disso, só sabe falar sobre os livros de sua autoria desse ano, contando uma história fantasiosa e fictícia que ele afirma que foram seus atos de bravura, que nós temos dúvidas. Esta repórter e minha assistente fomos investigar cada um dos casos onde as forças do mal de cada livro aconteceu, e encontramos os verdadeiros heróis obliviados e com memórias alteradas, o que é um crime grave de roubo de fama e reputação, assim como feitos heroicos que ajudaram a propagar a segurança na comunidade bruxa.
O que será que o diretor estava pensando em colocar tão mentiroso e manipulador para ensinar nossas crianças? Ele não pensou no estrago que fará nos alunos do quinto e sétimos anos que vão prestar exames para os NOMS E NEWT? Um grande descaso e negligência no ensino, caros leitores. Voltaremos com mais informações nas próximas edições.
Colin escondeu o sorriso e deu uma olhada na mesa dos professores e viu o pavão loiro ficar pálido com as mãos tremendo ao segurar o jornal, e todo o salão começou a sussurrar sobre Dumbledore que parecia a imagem da calma e tranquilidade, mas se uma ruga na testa fosse alguma indicação, o velho parecia estar irritado com a notícia do jornal.
Voltando para o salão principal para jantar depois de um dia inteiro de aulas, ouviu um grito no corredor e correu para ver uma multidão ao redor de um corpo no chão que estava petrificado e ao lado dele uma taça de prata reflexiva estava pousando ao lado dele.
Era um garoto negro de olhos castanhos da grifinória no mesmo ano de Harry. Dino Thomas foi atacado pelo monstro da câmara secreta. Logo a professora Minerva chegou e acenando a varinha, recolheu o corpo do leão petrificado no ar levitando junto com a taça de prata, e levou pra enfermaria.
Logo os rumores da sujeira de Dumbledore mudaram o rumo para o primeiro ataque a um aluno nascido trouxa. Os rumores do herdeiro da Sonserina recomeçaram, deixando todos em alertas ao perigo.
No dia seguinte, Colin esperou que a equipe da escola tomasse alguma previdência, mas olhou por um dia todo e nada foi feito, apenas dando um aviso para se acalmarem, que fez Colin ficar em choque. É assim que cuidam das coisas? Com um monstro que poderia muito bem matar qualquer aluno, e eles não fazem nada?
Colin percebeu naquele dia na mesa que Harry e Gina estavam meio perturbados, e agora que Colin desviou o olhar de Harry por uma vez, viu como Gina estava pálida e assustada. Mas com o que, ele não sabia.
Durantes as semanas seguintes, além dos dias de aulas onde Colin ensinava tudo que Harry precisava saber tanto de forma politica quanto as habilidades mágicas, ele percebeu que Harry sumia por alguns dias variados com os dois amigos dele, apesar que Colin percebeu que Harry tinha feito amizade com alguns dos alunos que ele tinha apontado. Observou com uma espécie de orgulho quando ele pediu desculpas a um Malfoy em choque, e voltaram a serem conhecidos sem mais azarar um ao outro. Zabini e Nott começaram a conversar com ele, junto de Bones e Luna.
Os gêmeos Weasley pareciam ter tomado um gosto por Harry, quando descobriram que ele não desprezava as brincadeiras que eles faziam. Colin ficou feliz que o mundo estreito de Harry começasse a se abrir. Apesar de ter notado que Rony Weasley não parecia ter ficado muito feliz com os novos amigos, principalmente os Sonserinos, e isso deixou Harry irritado toda vez que ele vinha estudar com ele numa sala de aula abandonada que Colin tinha protegido com vários feitiços para não deixar nenhum intrometido entrar.
Conforme o tempo passava, Colin ficava mais experiente com os ensinamentos do seu chefe de casa e começava a criar seu próprio estilo como duelista, além de estar na metade do currículo do quinto ano, aguentando a aula insuportável da história da magia que deveria ser interessante, mas graças ao maldito fantasma, era mais uma aula com sonífero que era quase impossível ficar acordado de tão chato que era.
Colin ficava orgulhoso de Harry a cada dia que o via progredir. Seja nas tradições, etiqueta, política e mente de um administrador e economista com as finanças dele, ou as lições de mágica e treinamento de duelos que Harry tinha pedido para ter com ele, que depois de pedir permissão ao professor Flitwick, o chefe da corvinal permitiu que transmitisse a Harry, já que Harry deu o bom argumento que se ele tinha um lorde das trevas mirando em sua cabeça, o mínimo que ele podia fazer, era aprender a lutar.
Harry tinha dominado verdadeiramente todo o currículo do primeiro ano, e estava quase terminando o segundo, e sua melhoria nos estudos foi dramática ganhando vários pontos pra grifinória, com o aumento mais chamativo em poções onde parecia que Snape odiava até a respiração de Harry, e agora que ele não causava desastres ou errava alguma poção, ele não tinha mais o que criticar ou perder pontos.
O abraço que Colin recebeu de Harry fez seu coração bater mais forte, e se arrepiou quando sentiu Harry cheirar seu pescoço, mas ele tratou isso como ele estando feliz demais por finalmente se superar e aprender o que devia.
Colin notou como ele estava ficando mais confiante, e mais firme entre seus amigos, apesar que Colin não sabia bem como abordar o fato de que ele tinha que passar por um exame completo num Medibruxo para consertar todos os problemas de infância no corpo dele.
No dia seguinte, uma notícia correu o castelo, que Lockhart abriu um clube de duelos onde ele iria ensinar aos alunos como se defenderem dos ataques. Isso fez Colin quase revirar os olhos.
No grande salão, uma única mesa foi deixada como palco, e logo ouviu o pavão se gabar que com a ajuda de Snape como assistente, iria demonstrar como um duelo de verdade era.
Colin teve a satisfação de ver o pavão voar com um Expeliarmus de Snape, e logo em seguida, alunos foram escolhidos e claro que Harry tinha sido um dos alvos, e o outro sendo Malfoy. Apesar de terem feito as pazes, ainda não gostava muito da companhia do outro.
O duelo de treinamento começou a esquentar quando Malfoy conjurou uma cobra que colocou Harry numa espécie de transe, e Colin observou chocado seu amigo começar a sibilar para a cobra, e percebeu que Harry era um Ofidioglota, e isso traria mais dor de cabeça pra ele, já que os fofoqueiros do castelo agora afirmariam com suas vidas que Harry Potter era o herdeiro da Sonserina e a próxima vinda do lorde das trevas.
E não deu outra. Assim que Snape eliminou a cobra, toda a escola praticamente olhou em choque e medo o garoto que parecia confuso e assustado sendo encarado por todos. Colin foi o primeiro que chamou Harry e o puxou pela mão para fora do salão, com Hermione e Rony tentando correr atrás, mas quando viraram a esquina, Colin puxou Harry num abraço e entrou numa passagem secreta até a outro lugar da escola.
- Você fala com cobras, não é Harry? – Colin perguntou com um olhar curioso ao amigo que estava assustado. O puxando para sentar no chão em frente a ele, Colin o deitou em seu peito segurando sua mão com a esquerda e a direita começou a afagar seu cabelo o acalmando.
- Eu aticei uma cobra contra o meu primo Duda no zoológico uma vez. Um vez. E daí um monte de gente aqui sabe fazer isso. – Harry tentou se consolar, e nunca ia admitir que sentir o cheiro de Colin e sentir seu toque carinhoso o acalmava.
- Não Harry. É um dom raro, que aqui nesse país, apenas Salazar Sonserina era conhecido. Agora a escola inteira vai achar que você é o herdeiro, o que é ridículo. Todos que o conhecem, sabem muito bem que você nunca machucaria ninguém desse jeito. O preconceito desse país com tudo que seja diferente é ridículo. – Colin resmungou com raiva e angustiado pelo garoto de olhos verdes deitado no seu abraço.
- Pelo menos você acredita em mim, Colin. – Harry falou sinceramente levantando o rosto do peito de Colin e encarou seus olhos violetas apreciando o amigo ficar com raiva no lugar dele.
Nos dias seguintes, Colin percebeu como basicamente quase toda a escola isolava Harry, dava olhares feios, cochichavam e apontavam o acusando. Colin ficou furioso com isso, e se juntou aos gêmeos Weasley, assolando a escola inteira com brincadeiras em qualquer um que caluniassem Harry, não importa de qual ano ele sejam.
Mesmo Rony e Hermione apesar de falarem estar do lado de Harry, tentavam não ficar muito perto dele em público, no qual Colin bufava e pegava Harry no momento em que ele saia da aula, e o levava pra outro lugar andando abertamente ao lado dele sem medo, junto com Luna, e Neville que resolveu mostrar sua coragem de Grifinório espantando os outros.
Mas tudo piorou quando um dia depois que Harry contou a ele sobre uma voz que ouvia mexendo nas paredes que gritava por assassinato, naquela tarde, um outro aluno sofreu um ataque junto com um fantasma, e Harry foi levado para ver o diretor.
Colin já farto de ninguém não fazer nada, conversou com Susan Bones da Lufa Lufa, e mandaram uma carta para a tia dela, Amélia Bones, Chefe do departamento das leis da magia, e dos aurores, para vir investigar os ataques a escola e contra os nascidos trouxas.
Ao ver Harry surgir, um esquadrão de aurores entrou pelo salão principal, e começou a investigar.