
A câmara secreta
Para Colin, a semana estava passando de um jeito chato, pois ele não conseguiu ter tempo ainda para passear pela escola com seu ídolo, pois ele sempre estava ocupado com alguma coisa. Ele tentou seguir por onde Harry andava, mas ficou desaminado quando viu que ele estava rodeado o tempo todo por aqueles dois guarda-costas da Granger e do Weasley, ou com o time de quadribol da grifinória.
Olhando de fora, Colin que passava quase todo o seu tempo livre observando Harry, percebeu que ele quase se isolava naquela pequena bolha de amigos que ele sempre mantinha ao seu redor. Colin só podia suspirar sem ter a chance. Outro problema foi a quem reclamar, pois antes de enviar a matéria a sua mãe, ele precisava enviar uma carta a quem poderia agir em relação aos professores. Do que ele tinha estudado em casa, quem decidia as coisas de Hogwarts, era um conselho de 12 governadores de várias famílias sangue puro, que eram eleitas para governar os cargos.
De todos os alunos atuais na escola, o que ele sabia com certeza que tinham alguém como governador, era Draco Malfoy, mas pela atitude do garoto irritante, ia ser um pé no saco o envolver nisso, mas de acordo com as informações que seu padrinho enviava sobre a situação fora da escola por cartas, Lucius Malfoy era muito influente no ministério e em qualquer área política que ele pudesse colocar as mãos.
Colin suspirou no que ele tinha que acabar fazendo para ter um ano escolar decente e aprender verdadeiramente. No dia seguinte, enquanto estavam sentados no grande salão comendo em cada mesa, logo as corujas entraram para distribuir o correio daquela manhã.
Colin recebeu cartas da sua mãe e irmão, e uma do seu padrinho Fenrir, respondendo a sua última carta perguntando como estavam todos os seus amigos lobos, e os tios e tias da alcateia que ele passou a gostar desde que cresceu entre lobos.
Na mesa da Sonserina, Draco Malfoy, com seu cabelo loiro platinado, e seus olhos cinzentos quase prateados, estava comendo de forma elegante no auge da etiqueta, e recebia os doces que sua mãe sempre mandava de casa, quando viu uma outra coruja negra de olhos dourados pousar na sua frente e estender a perna para uma carta.
Draco não conhecia o dono da coruja, mas pegou a carta e observou a coruja negra ir embora. Olhou o envelope, e não viu o remetente. Passou a varinha murmurando feitiços de detecção sobre a carta, e só quando viu que não era amaldiçoada que resolveu abrir e começou a ler.
Caro herdeiro Malfoy.
Venho por meio dessa carta pedir ajuda que irá beneficiar a ambos, que é em relação a escola. Soube que seu pai, o Lorde Malfoy é um dos governadores de Hogwarts, que tem o poder de causar mudanças na escola, com base em provas, portanto, gostaria de pedir ajuda em relação ao farsante que ocupa o cargo de defesa contra as artes das trevas, Gilderoy Lockhart.
Em anexo no envelope, uma foto do primeiro teste que ele fez na sua primeira aula, onde nada da matéria foi ensinada. Acompanhando isso, várias fotos das turmas do quinto ano e do sétimo ano, que causará uma catástrofe para os alunos dos NOMS e NIEM. Então gostaria de pedir a você que mandasse isso ao seu pai, se for do seu agrado. Assim também para resolver o caso do professor Bins, que tem causado um sério desfalque na matéria da história da magia, onde sabemos mais sobre os Goblins do que deveria ser saudável.
Com respeito e esperança, Herdeiro Crouch.
Draco terminou de ler a carta alarmado, principalmente com o conteúdo da carta, como com o dono sendo um novo herdeiro da família Crouch, que ele desconhecia completamente. De forma discreta, procurou pelo salão alguém que poderia ser o herdeiro escondido, mas não conseguiu descobrir, e depois de pensar um pouco, também sentindo que a carta estava certa, depois do café da manhã e antes da primeira aula, foi até o corujal e enviou a carta ao seu pai.
Depois de um dia atarefado de aulas, Colin resolveu ir até seu chefe de casa para conversar sobre sua carreira, mesmo que fosse cedo, mas ele já tinha decidido o que queria fazer pelo resto da sua vida. Influenciado por seu padrinho e todo o sofrimento que eles passaram, Colin há muito tempo tinha decidido ser um Wardmaster, um criador de barreiras protetoras eficaz que protegeria qualquer um que o contratasse, criando vários novos encantamentos e pedras guardiãs mais poderosas e eficientes do que as que tinha no mercado atualmente, que careciam de novidades e sempre seguiam as ideias antigas de proteção.
- Entre. – Professor Flitwick estava corrigindo alguns pergaminhos dos seus alunos quando ouviu a batida na porta, e deixou entrar, vendo que era uma das suas águias do primeiro ano, e ficou intrigado.
- Desculpe incomodar professor, mas eu queria discutir algo com o senhor. – Colin entrou na sala fechando a porta atrás dele, com um ar hesitante ao pequeno professor sentado atrás da mesa.
- Senhor Creevey, não se preocupe. Se você tem algum problema, pode vir falar comigo a hora que precisar. Sente-se. Aceita uma xícara de chá? – Flitwick ficou intrigado, mas logo acalmou seu pequeno pássaro nervoso e entregou a ele o chá que o pequeno bebeu um pouco.
- Agora, senhor Creevey, no que posso ajudá-lo? – Flitwick perguntou curioso ao garoto.
- Eu quero perguntar ao senhor sobre minha futura carreira quando me formar, professor. – Colin perdeu a hesitação e falou diretamente.
- Sua profissão? Mas o senhor mal começou seu primeiro ano, senhor Creevey. Porque está com tanta pressa? – Flitwick perguntou surpreso.
- Professor, para ser sincero, quando eu ouvia as histórias de Hogwarts da minha mãe, eu pensava que era a melhor escola de magia do mundo, do tanto que ela embelezava. Mas agora? Não estou tão certo se vou conseguir alcançar meus objetivos se for devagar agora. – Colin falou com um suspiro cansado, alarmando o professor que agora ficou sério.
- E o que fez você pensar assim? – Flitwick suspirou internamente sobre o problema que ele tinha dor de cabeça, e que seu pequeno filhote já tinha descoberto.
- O Professor Lockhart, professor. Aquele homem não é um professor. Ele é uma farsa que não ensina nada como nos defender de uma criatura das trevas se precisarmos disso algum dia. Acho que isso vai lhe mostrar que estou dizendo a verdade. – Colin suspirou, e abriu sua bolsa tirando as fotos do teste, além das outras fotos de quando Lockhart deu aula e soltou os duendes da cornualha, e depois fugiu, exatamente como ele ouviu os alunos do segundo ano reclamarem e entregou ao professor.
Flitwick pegou as fotos e suspirou quando viu o tipo de teste que seu colega de profissão fez aos alunos, e ficou ainda mais decepcionado com a incompetência da aula prática e podia entender o medo da sua jovem águia, e decidiu ajuda-lo.
- Entendo seu ponto, senhor Creevey. Vou ajuda-lo no que puder para que você seja confiante na sua carreira quando chegar a hora de se formar da escola. Qual profissão você escolheu? – Flitwick perguntou agora totalmente sério ao aluno.
- Eu decidi que para ganhar dinheiro no futuro, quero ser um mestre de feitiços focado nas Ward, um Wardmaster. E para aprender a lutar, baseado nos perigos no mundo real, gostaria de pedir ao senhor para me ensinar a duelar nesses sete anos que virão, já que pesquisei que o senhor é um ex-campeão de duelos internacionalmente. O senhor pode me ajudar? – Colin desabafou suas preocupações desde que viu o estado desmantelado da escola e se preocupou com seu futuro. Ele não tinha esquecido o quanto sua mãe sofria por falta de dinheiro quando ela contava a ele e seu irmão como era difícil a vida dela como nascida trouxa e jornalista antes de engravidar do pai dele que era um sangue puro rico.
- Um mestre de feitiços de Ward e um mestre duelista hein? Veio a pessoa certa, senhor Creevey. Apesar do meu horário apertado, posso tirar um final de semana para ensinar ao senhor um estudo mais avançado no padrão de feitiços que eu percebi que o senhor já domina perfeitamente. Na parte da manhã posso guiar a aprender os encantamentos iniciais que serão a base para criar as Wards de defesa, além do conhecimento inicial de runas antigas que o senhor vai precisar, e vai poder escolher estudar a partir do terceiro ano. Quanto aos duelos, na parte da tarde vou guia-lo desde o início quanto à postura, os feitiços ofensivos do primeiro ano, além de treinar seus reflexos e flexibilidade e criatividade em batalha. Mas aviso que vai ser um treinamento muito difícil, e no momento que as suas notas nas outras matérias caírem, estamos interrompendo tudo. Entendeu? – Flitwick pensou antes de dar seu acordo.
- Obrigado professor, vou trabalhar duro. – Colin falou com um sorriso feliz, e logo puxou o professor para tirar uma foto desse momento, terminou o chá e logo saiu em seguida.
Vendo que ainda era tarde, passou pela entrada tomando um pouco de ar fresco quando encontrou os times de quadribol da Sonserina e Grifinória se encarando, antes de olhar por trás dos garotos mais velhos da Grifinória onde viu Harry, ouvindo a voz dos parasitas de Harry, logo com o ruivo brigando com Malfoy lançar um feitiço ao ouvir “sangue ruim” e se azarou para vomitar lesmas pois a varinha dele estava quebrada.
Quando Harry e Hermione levaram Rony para ir até Hagrid, Harry viu a figura familiar de Colin e viu nos olhos violetas do garoto um olhar de desejo pra falar com ele, mas que ficou decepcionado quando ele partiu, e por alguma razão, seu coração ficou triste ao decepcionar seu pequeno admirador, mas logo ele levou os amigos embora.
Naquela noite depois do jantar, quando Colin seguiu Luna para voltar a sala comunal da Corvinal, viu um amontoado de gente num corredor, e viu a mensagem escrita em sangue na parede:
“A câmara Secreta foi aberta. Inimigos do herdeiro, cuidado!”
Antes que alguém pudesse impedir, Colin usou sua câmera em forma de pingente em seu pescoço para tirar uma foto da mensagem sangrenta e da gata do Filch que parecia estar petrificada. Seu primeiro olhar foi diretamente para Harry que parecia estar no centro de tudo de novo.
Seu olhar encontrou aquele par de olhos verdes que parecia estar angustiado e nervoso. Colin queria nada mais que ir até ele e dar um abraço como amigo, mas logo o diretor expulsou todos exceto eles de volta as camas, e antes de entrar no corredor, Colin o olhou até o caminho ser escondido na parede, mas Harry recebeu a mensagem daqueles olhos violetas.
Colin estava preocupado com ele. Por alguma razão, perceber que o garoto se importava com ele, e apenas ele lhe deu um calor no peito que quase o fez sorrir, mas ele segurou para não alarmar os outros.
Harry estava decidido a cumprir sua promessa do passeio pela escola, já que era a primeira pessoa fora dos seus amigos mais próximos que realmente se importava com ele não pela fama, pois Harry sabia que apesar de ser seu fã, sentia o cheiro da preocupação genuína dele quando estava no alcance do seu olhar. Harry seguiu Rony e Hermione de volta a torre da grifinória, com aqueles lindos olhos violetas presos em sua mente.