
Hogwarts
1 de setembro de 1992.
Ainda em casa, era seis da manhã quando Colin foi acordado por sua mãe que o apressou para ter tudo pronto para chegar em King’s Cross para pegar o trem para finalmente ir para Hogwarts. Acordando com preguiça, Colin abriu seu belo par de olhos violetas, passou a mão pelo seu cabelo castanho claro cacheado, e mesmo querendo nada mais que voltar a sua confortável cama, levantou resmungando e foi até o banheiro se limpar da forma habitual.
Ao ficar pronto e mais desperto, Colin desceu até a cozinha com um sorriso no rosto quando ouviu os passos apressados vindo a sua frente, e suspirou com um sorriso já preparado pro míssil humano que vinha direto pra ele.
- Irmão! – O pequeno Dênis Creevey Crouch de sete anos veio correndo da cozinha em alta velocidade e pulou nos braços do irmão mais velho que o agarrou, girou no ar, e o segurou acima da cabeça e começou a correr com uma risada pela cozinha, com Dênis rindo feliz.
Marta que estava acenando a varinha para terminar de cozinhar enquanto lia o Profeta Diário, abriu um sorriso cansado, mas amoroso ao ver seus dois filhos lindos brincarem de forma amorosa, notando seu filho mais velho, normalmente o mais empolgado em brincar, tomando cuidado para proteger o irmão mais novo de cair dos seus braços.
- Cuidado para não caírem e se machucarem meninos. – Marta falou em voz alta aos filhos que ela podia sentir revirarem os olhos, e sorrirem.
- Sim, mãe. – Colin e Dênis falaram ao mesmo tempo, e riram, com Colin pegando o irmão nos braços como um bebê, que Dênis não reclamou, pois adorava ser mimado pelo irmão mais velho, que a maior parte do tempo estava sempre ocupado estudando tudo que a mãe jogasse nele. Graças a ser inspirado por seu irmão, Dênis também deu tudo de si para aprender, mas não conseguia aprender tão fácil quanto seu irmão.
Marta sorriu, e logo depois sentiu as enfermarias de defesa da casa apitarem, notando a magia familiar que a fez sorrir e acena com a varinha abrindo a porta da frente.
- Olá, meus amores. Não cheguei atrasado, não é? – Da porta, um homem jovem e alto, com cabelo cor de palha, olhos castanhos claros, com um sobretudo preto, e um rosto afiado familiar surgiu com um sorriso. Era o pai dos garotos, Bartô Crouch Jr.
- Papai! – Colin e Dênis gritaram e correram ao mesmo tempo em alta velocidade que fez Bartô começar a suar e realizar um feitiço para se impedir cair com o impacto dos seus dois diabinhos correndo como um Hipogrifo sem rédeas.
Bartô conseguiu abraçar e segurar os dois ao mesmo tempo, agradecendo silenciosamente o feitiço de reforço que lançou no último segundo, e riu depois de ser abraçado e beijado por seus filhos, trazendo ao seu coração frio um calor de amor e família, que ele nunca conseguiu ter na juventude graças ao seu pai sempre preferir a carreira no ministério do que ser um verdadeiro pai.
Foi por isso que Bartô fez questão de estar presente a maior parte do tempo na vida dos filhos, apesar de ainda servir ao lorde das trevas que estava desaparecido em algum lugar em forma de espectro depois de ser derrotado por Harry Potter no ano passado em Hogwarts.
- Que bom que chegou a tempo Barty. – Marta falou com um sorriso carinhoso e o beijou antes de abraça-lo.
Bartô apenas sorriu com a felicidade de estar sendo abraçado por sua própria família.
- Bem meninos, eu tenho presentes pra vocês. – Bartô falou com uma risada feliz ao entrar em casa, algo que ele nunca pensou que teria de novo, com os filhos nos braços, e sua mulher ao seu lado o olhando de forma amorosa, e sentou na cadeira ao lado da mesa da cozinha, com um filho sentado em cada perna os abraçando para não caírem.
- O que é o presente pai? – Colin perguntou curioso, fazendo Dênis assentir apoiando o irmão mais velho.
- Bem, pro meu campeão travesso aqui, isso. – Bartô pegou do bolso um pequeno baú que ele tocou com a varinha em cima da mesa, que se expandiu para um baú grande, abriu e puxou uma vassoura de brinquedo, e uma vassoura real. Uma Nimbus 2001.
- Aqui Dênis, eu percebi que você gosta bastante de quadribol, portanto use a de brinquedo quando nós formos até a mansão Crouch, pois lá tem um campo de quadribol. E essa Nimbus 2001 será sua vassoura pessoal quando crescer. – Bartô falou com um sorriso ao ver a alegria do filho mais novo, que o beijou no rosto, pegou a vassoura de brinquedo e a real, e montou a de brinquedo e começou a voar pela casa a 1 metro de altura do chão, mas voava como um pássaro em alta velocidade.
- Tenha cuidado pra não cair, meu filho. Que Merlin tenha piedade. – Marta falou exasperada, mas com um sorriso ao sair correndo atrás do filho mais novo para cuidar que ele não caísse e se machucasse.
- Pra você Colin, eu consegui criar o presente que você me pediu. Foi difícil, mas como um bom corvinal, eu gosto de desafios filho. Aqui. – Bartô falou com um sorriso confiante ao pegar no baú um anel prateado com a forma de um livro no topo, e um colar dourado com um pingente em forma de câmera.
- Esse anel, eu transfigurei e encantei num artefato mágico que se transforma num álbum de fotos mágico com páginas sem fim, indestrutível, indetectável, que sempre voltará a você, e que apenas você e quem você der permissão poderão ver as fotos.
- A câmera no pingente, é uma câmera fotográfica real mágica, que eu dei os mesmos atributos, com um rolo de filme que sempre se repõe sem precisar colocar outro, e todas as fotos que tirar, será enviado diretamente pro seu álbum, não precisando imprimir. Ainda aqui, coloquei dois modos na câmera. O modo trouxa e o modo mágico. Eu sei que você adora qualquer tipo de foto, seja as congeladas dos trouxas, ou as que se mexem. Portanto, só é girar esse círculo e escolher o modo que quiser. E assim como o álbum, com um pouco de magia e sangue seu, somente você pode tocar, ou tirar fotos. – Bartô explicou ao filho que praticamente tinha estrelas nos olhos ao colocar o anel e o colar na mão, cortar o dedo e pingar nos dois objetos, despejando sua magia no processo, vinculando com sucesso seus primeiros artefatos mágicos fora a varinha.
- Obrigado papai, eu amei isso. – Colin abraçou o pescoço do pai com um sorriso contagiante pelo presente que ele nunca pensou que poderia ser possível.
- Mas como você conseguiu fazer isso pai? – Colin perguntou animado olhando seu pai com admiração e adoração no olhar, que fez Bartô muito feliz por ser um pai admirado por seu filho.
- Bem, foi uma mistura de transfiguração, encanto e um pouco de alquimia para criar esses dois... – Bartô começou a explicar todo o processo como um corvinal, mostrando a Colin quanta pesquisa e trabalho duro seu pai teve para criar seu presente, e jurou cuidar bem dele.
- Vamos tirar uma foto juntos em família. Tanto do jeito mágico, quanto do trouxa. Dênis, mãe, venham aqui. – Colin contou empolgado, gritando alto chamando ambos que vieram pra cozinha curiosos.
Contando sua ideia, logo Colin estava sentado no colo de seu pai, segurando seu irmãozinho em seu colo, com a mãe parada atrás do pai com as mãos repousando no ombro dele. Colin levantou a mão, e seu pingente se transformou numa câmera, que ele fez flutuar com magia sem varinha.
Colocando no modo mágico com um toque, logo colocou o cronometro de 3 segundos pra disparar, e logo um flash veio e a primeira foto em família com os quatro juntos foi tirada.
Logo em seguida veio o novo flash com a foto do tipo trouxa congelada no tempo mostrando o amor e alegria dos quatro na foto com sorrisos alegres.
Algumas horas depois, Colin com seu baú encolhido em seu bolso, chegou na plataforma do enorme trem vermelho com sua mãe segurando a mão do seu irmão, e seu pai de pé em seu ombro na forma animaga de um beija-flor azul.
Colin fez a câmera em seu pingente aparecer, e começou a tirar fotos do trem que seria o responsável a levar até onde ele ficaria por sete anos aprendendo a ser um bruxo de verdade.
Depois de se despedir de uma mãe chorosa, um irmão triste que o abraçou forte, fazendo Colin se segurar pra não chorar ao pensar em ficar longe da sua família por tanto tempo, e sentir a bicada carinhosa do seu pai em forma de passarinho em seu ombro.
Ao ver que era quase 11 horas quando o trem ia partir, Colin finalmente entrou no trem, achou um compartimento vazio, e sentou esperando que o trem saísse, que ele fez quando deu 11 da manhã.
Algumas horas depois, Colin finalmente sentiu o trem parar, e já vestindo o uniforme de Hogwarts, Colin desceu com os outros alunos, indo até um homem enorme e barbudo que gritava que os alunos novos deveriam ir com ele.
Sentando em um barco junto com uma menina loira de olhos meio sonhadores, e uma menina ruiva de olhos azuis curiosa, Colin observou o barco deslizar pelo lago, e ficou admirado quando viu o enorme castelo que praticamente zumbia com a magia forte.
- Olá, meu nome é Colin Creevey. – Colin se apresentou as duas garotas que enfim olharam para ele, e quem respondeu primeiro foi a loira que segurava uma espécie de jornal que ela lia atentamente.
- Oi, eu sou Luna Lovegood. Acredito que seremos bons amigos, Colin. – Luna falou com uma voz suave, mas num tom certo definitivo.
- Eu sou Gina Weasley. Prazer em conhece-lo, Colin. – Gina Weasley, o último membro da extensa família Weasley, finalmente falou um pouco mais relaxada depois que o garoto quebrou o gelo inicial entre os três.
- Que sejamos bons amigos independente da casa que formos. – Colin falou com um sorriso alegre e empolgado e começou a conversar com as duas até que o barco chegou no cais, e todos seguiram o homem enorme por uma longa escada até a entrada do castelo que o homem enorme bateu na porta com tanta força que Colin esperou que a porta fosse derrubada.
- Primeiros anos, professora Minerva Mcgonagal. – O homem enorme anunciou a chegada de uma professora com uma expressão severa vestida de preto, toda arrumada e disciplinada, que inspirava obediência, principalmente com seu olhar afiado.
- Eu tomo conta daqui Hagrid. – Minerva falou observando seus futuros alunos reunidos, e depois de explicar as quatro casas onde seriam selecionados, em seguida trouxe o bando de crianças pelas portas do salão principal.
Colin olhou admirado o grande salão e as quatro mesas cheias de alunos mais velhos, o teto enfeitiçado, e a mesa principal com os professores e um velho de barba branca no centro, que ele reconhecia como o diretor Albus muitos nomes mais, Dumbledore.
Observou a professora Minerva estender um banquinho enquanto segurava um chapéu esfarrapado de bruxo que começou a cantar uma música horrível, e pegou uma lista começando a chamar os nomes.
- Colin Creevey.
Ouviu seu nome ser chamado, caminhando até a frente e sentando no banquinho onde o chapéu mal tocou sua cabeça, e logo revelou sua casa.
- Corvinal!
Colin abriu um grande sorriso, e foi até a mesa que bateu palmas por ele primeiro, onde todos tinham trajes azuis. Observou seu uniforme preto se transformar num traje azul e preto, com o símbolo da corvinal bordado em seu peito. Ao chegar na sua mesa, cumprimentou os alunos mais velhos, e sentou esperando suas amigas serem classificadas.
Gina foi direto pra Grifinória, junto de um bando de garotos ruivos de olhos azuis iguais a ela, seus irmãos. E também um garoto familiar que fez Colin bater o coração mais rápido.
Cabelos negros bagunçados, olhos verdes brilhantes, uma pele pálida, um par de óculos redondo, Harry Potter em pessoa. Seu ídolo que ele admirava.
Parecendo ter sentido um olhar forte nele, Harry olhou para o garoto novo da corvinal, e seu coração pulso de forma errática ao reconhecer como o garoto do beco diagonal que ele sentiu uma conexão forte. Colin hein? Harry gostou do nome.
No final da seleção Colin deu boas-vindas quando Luna sentou ao seu lado, e dando graças aos céus quando terminou a cerimonia, e ele começou a comer. Ao terminar, seguiu o monitor até uma alta torre que era a sala comunal da corvinal, aprendeu que para entrar precisaria responder a um enigma, e finalmente entrou em sua nova casa por sete anos. O bom da corvinal, era que cada aluno tinha um quarto individual. Logo ele chegou ao seu, tomou banho e finalmente caiu na cama cansado e dormiu.