
Reencontro
Após aquela noite de loucura, Marta Creevey percebeu uma semana depois quando sentiu sua magia pulsar anormalmente em seu ventre que estava grávida do estranho, e ficou feliz, e um pouco preocupada com a identidade do pai do seu filho.
Marta trabalhava no profeta diário escrevendo uma coluna sobre o mundo trouxa, atualizando tudo desde as novas descobertas tecnológicas, a política e a sociedade, além de mostrar várias coisas interessantes, e tinha a segunda coluna que ela escrevia sobre vários artefatos mágicos que os quebradores de maldições de Gringotes descobriam em suas viagens arqueológicas.
As vezes ela também era uma repórter de campo, escrevendo matérias no jornal com notícias quentes, sendo aprendiz da própria Rita Skeeter, que percebeu que ela tinha uma veia jornalística e um olfato apurado pra fofocas.
Marta sempre teve uma contradição por causa da personalidade excêntrica da sua mentora, mas se enchia o bolso dela, quando mais ninguém no ministério deu a mão para que ela conseguisse um emprego por ter nascido trouxa, ela não reclamou e apenas se adaptou.
Depois de conversar com Rita, a bruxa mais velha a aconselhou a ir ao departamento de maternidade e ginecologia bruxa do hospital St Mungus, para se informar de todos os cuidados com o bebê, para que ele pudesse nascer saudável.
Marta aceitou o conselho, e depois do fim do expediente, ela aparatou até a frente do hospital que parecia uma loja abandonada e destruída, e escreveu a senha no vidro que todos os bruxos são informados, como o número de emergência de uma ambulância trouxa, e passou pelo vidro que ondulou.
No outro lado, Marta viu uma recepção cheia com vários bruxos com vários graus de lesões, e na recepção, uma bruxa com o uniforme verde limão de uma enfermeira estava com uma expressão quase entediada enquanto atendia e direcionava cada novo paciente acenando a varinha com as fichas para enviar para o andar certo.
- Nome e sintomas. – A curandeira de cabelos vermelhos e olhos azuis perguntou com uma voz calma e cansada quando Marta se aproximou.
- Marta Creevey, e gravidez não planejada. – Marta respondeu, e ficou um pouco surpresa quando a enfermeira nem bateu o olho quando ouviu, acenou com a varinha, e fez uma ficha rosa voar até sua mão.
- Departamento 25, sala 10, medibruxa Abbott. Próximo! – A curandeira nem piscou, e já chamou o próximo atrás de Marta que suspirou e saiu da frente com a ficha rosa que logo brilho, e criou uma linha mágica rosa que conduziu o caminho.
Pegando o elevador mágico, apertou o botão do andar 25 e esperou até chegar, saiu e foi direto para a porta 10, e sentou no banco do lado de fora que tinha algumas mulheres e homens grávidos. Marta viu sua ficha rosa entrar na sala, e depois retornar pra sua mão.
Marta esperou quando viu que sua vez era o número 9. Enquanto esperava entediada no banco, olhou seus vizinhos, e ainda ficava surpresa internamente ao ver um homem esperando um filho. Ela ainda lembra de quando descobriu o mundo bruxo, o fato que com apenas uma poção de fertilidade complicada, um casal homossexual poderia ter um bebê do jeito normal, sem muitas complicações, pois a poção de fertilidade criaria um útero mágico em ambos assim como aumentaria a chance de gerar um filho com 100% de chance, mas apenas o receptor iria carregar o filho.
Ficou tanto tempo pensando nas coisas estranhas que agora depois de 10 anos, ela achava normal, que sentiu a ficha esquentar na sua mão, e logo ela levantou e entrou na sala.
Ao entrar e fechar a porta, viu uma bruxa que parecia gentil, com longos cabelos castanho amêndoa, com olhos verdes, que parecia uma mãe usando um jaleco branco trouxa, que acenou para ela se sentar que ela obedeceu.
- Bem-Vinda senhora Creevey. Vamos começar? Eu sou Hera Abbott. – Hera falou com um sorriso gentil a jovem mãe que parecia ter um olhar confuso.
- Claro, senhora Abbott. Perdi meu marido recentemente numa tragédia, e com dor e tristeza, fui beber num bar, e na loucura de querer extravasar, dormi com um estranho que encontrei. Agora uma semana depois, eu descobri que estou esperando um filho. Mesmo que eu não esperasse, agora eu quero proteger meu bebê, portanto queria me informar de todos os cuidados que eu terei que ter como mãe, e fazer um exame completo para verificar se nós dois estamos bem. – Marta explicou com um brilho envergonhado que se tornou um sorriso maternal quando alisou a barriga.
- Claro querida. Vamos começar. – Hera sorriu e não julgou a pobre moça viúva, e começou a acenar a varinha realizando vários feitiços de diagnósticos, e tocou a varinha num pergaminho que começou a listar toda a saúde dela e do bebê.
Marta saiu do hospital horas depois com uma grande lista e um pequeno livro sobre como se tornar uma mãe de primeira viagem, o que ela precisaria aprender, e além de feitiços de cura que ela precisaria ter quando o filho nascesse, além de ter tudo normal, com seu filho sendo saudável.
Marta suspirou em alívio ao saber disso, e quando ia aparatar para casa, parou quando observou um certo homem surgir na esquina. Usava uma capa, estava arrumado e limpo, com uma máscara de calma, mas Marta reconheceu como o mesmo homem daquela noite.
- Ei, por favor, posso ter uma palavrinha com o senhor? – Marta rapidamente andou, e chamou o homem que parou por um segundo, e pareceu reconhecer a mulher com cabelos levemente loiro como palha de milho, e os olhos violetas, com o corpo de violão da noite chuvosa e parou.
- É você? Senhorita... – O homem de cabelos castanhos, pequenas sardas douradas no rosto, e olhos castanho claro falou com um tom rouco e charmoso.
- Marta, senhor... – Marta se apresentou quando parou ao lado do homem, que a olhou procurando algo suspeito nela, suspirou e começou a andar permitindo que ela acompanhasse.
- Bartolomeu. – Respondeu Bartô Crouch Jr, o comensal da morte que escapou de ir para Azkaban na noite da morte dos Potters, e do ataque aos Longbottom porque ele decidiu se esconder até a poeira baixar no mundo trouxa onde conheceu a bela mulher ao seu lado no bar, e tiveram uma noite quente.
- Bartolomeu. Eu preciso conversar com você, por causa de um motivo que eu não esperava. Vamos tomar um chá? – Marta foi proativa, e sugeriu ao homem bonito e pálido ao seu lado que não falava muito a loja de chá perto do hospital que ele aceitou e andou ao lado dela.
Ao entrarem na loja e sentarem, ambos pediram um chá e bolo, e ficaram em silêncio por um momento enquanto Barty esperava que Marta falasse. Ele observou ela respirar fundo e o encarar diretamente.
- Estou grávida de você. Acabei de sair da consulta no St Mungus. – Marta jogou diretamente observando o homem ficar chocado, em seguida em conflito, antes dela observar seus olhos castanho claros ficarem determinados.
- Posso ter um juramento de você? – Barty perguntou com um suspiro. Jamais ele imaginou que um dia ele se tornaria um pai, quando nunca pensou em se casar, pois sua vida estava em dedicação ao seu lorde das trevas.
- Eu, Marta Creevey, juro pela minha magia, que desde a noite que Bartolomeu e eu fizemos amor, nunca mais dormi com nenhum outro homem, e o filho que carrego na barriga é nosso. Que assim seja! – Marta suspirou ao terminar o juramento, e a magia ao redor dos dois pulsou confirmando a verdade, e quando Marta acendeu o lumus com sua varinha, Bartô ficou visivelmente relaxado.
- Essa é uma surpresa que eu nunca esperei vir, mas não entenda errado. Eu gosto da ideia de ser pai. Apenas nunca me imaginei como um. Por razões que eu não posso dizer, não posso ser visto em público com frequência, e nem posso ser um pai presente na sua vida e na do meu filho. Mas, eu vou assumir a responsabilidade e aceita-lo na minha família, e darei uma boa quantia de fundos para que você possa viver bem, e criar nosso filho sem se preocupar com nada. Meu nome completo é Bartolomeu Crouch Jr. – Barty falou com uma expressão séria, encarando os olhos violetas da mãe do seu filho que ficou surpresa.
- Crouch? Sangue Puro Crouch? – Marta perguntou assustada e agora preocupada com a identidade do homem à sua frente.
- Você não se importa que eu seja uma nascida trouxa? Eu posso criar nosso filho sozinha sem precisar que você dê o seu sobrenome a ele sabe? – Marta falou com um suspiro ajeitando o cabelo por cima dos ombros.
- Não. É meu filho também. Ele também é um Crouch. E eu não ligo para essas besteiras de sangue puro. Farei do meu filho meu herdeiro, para que um dia ele se torne o Lorde Crouch. – Barty falou com firmeza, tranquilizando a mulher à sua frente e segurou a mão dela em cima da mesa a acalmando.
Depois desse encontro, Marta foi levada por Barty, como ele pediu que ela o chamasse, e foram à Gringotes onde ele abriu um novo cofre especialmente para ela, e depositou uma grande quantia de galeões de um cofre dele que não pertencia ao cofre dos Crouch, pois seu odioso pai que era o lorde, iria saber da transferência de finanças.
Depois de tudo organizado, ambos trocaram endereços para mandar cartas, e foram embora.
9 meses depois.
Marta deitada na cama cansada, segurava nos braços seu filho que nasceu com o cabelo castanho do pai, e os olhos violetas dela, com pequenas sardas douradas do pai, junto da pele pálida dele. Uma medibruxa que fez o parto suspirou, curou e limpou tudo com um aceno de varinha, receitou várias poções de cura e nutrição, e deu recomendações ao bebê, e depois de ser paga se despediu.
Ao lado da cama, Barty observava fascinado seu filho que parecia ser a mistura perfeita dele e de Marta que ele tinha se afeiçoado durante todo esse tempo.
- Segure-o. – Marta sorriu ao ver Barty sem saber o que fazer, e estendeu o filho deles até ele, que de forma desajeitada, segurou o filho nos braços com carinho e cautela, como se fosse um vidro que quebraria ao toque.
A emoção de segurar seu filho nos braços, fez Barty que nunca recebeu tanto amor do seu pai idiota fascinado. Ele jurou a si mesmo que nunca faria ao filho, o que seu pai fez com ele. Ele amaria, e o protegeria de tudo.
- Qual nome vai dar a ele Marta? – Barty perguntou com uma voz gentil enquanto ninava o filho pequeno nos braços
- Colin Creevey no mundo trouxa, e quando ele for forte o bastante para que possa ser reconhecido, Colin Bartolomeu Crouch. – Marta falou com um sorriso amoroso ao olhar para o homem que ela passou a gostar e até amar, ela admitia. Ele também se apaixonou por essa mulher que surgiu do nada em sua vida, ao ponto de mostrar a marca negra como um dos asseclas do lorde das trevas.
- Espero que sim. Vou fazer uma herança de adoção de sangue, para que ele realmente se torne meu herdeiro oficial pelas leis da magia. – Barty falou convicto.
Ambos sorriram, e no dia seguinte, Marta já estava recuperada de dar à luz, que a magia seja abençoada. Ambos foram ao banco disfarçadamente, e contrataram os goblins para o ritual, fazendo o pequeno Colin ganhar mais características dos Crouch, com sua pele mais pálida como o pai, seu rosto mais simétrico, e seu cabelo ficar um castanho mais próximo do pai, mantendo os olhos violetas da mãe.