
Chapter 1
Tudo começou com o fim do quarto ano, antes da morte de Diggory o loiro havia encontrado um livro estranho jogado em uma das prateleiras no fundo da biblioteca, um livro grosso e empoeirado com a capa colorida e repleta de gravuras ainda mais coloridas, que por algum maldito motivo não abriu de jeito nenhum o que fez com que a curiosidade do sonserino levasse a melhor e ele levasse o livro com ele para seu dormitório.
Ele esqueceu do artefato com tudo que aconteceu depois e o livro acabou indo com ele para mansão, esquecido no meio das suas outras coisas e então não é preciso dizer que foi uma surpresa encontrá-lo ao desfazer suas malas.
Draco tentou de tudo para abri-lo, todos os tipos de feitiço que ele conseguiu, mas a coisa só abriu quando uma onda da sua magia o atingiu em um ataque breve de raiva, abrindo com um clique suave como se ele tivesse aberto uma fechadura .
O loiro se aproxima com cuidado, jogando alguns feitiços para identificar maldições antes de realmente tocar na coisa e sorri animado ao confirmar que não tinha nada.
Ele se senta em sua cama o abrindo rapidamente, apenas para perceber que o livro era oco, como uma caixa realmente, uma caixa com diversos outros livros.
"O que..."
Draco franze o cenho e pega o primeiro livro da caixa, um com a capa preta e com tantas figuras coloridas que poderia ser confundido com um livro infantil que dizia:
"Guia para quem tem pais de marda por Sirius-"
O garoto arregala os olhos ao ler o nome e o coloca de volta na caixa/livro como se estivesse queimando, ele fecha a caixa com a mesma rapidez.
Com os olhos arregalados e com o coração batendo forte em seu peito, Draco volta a abrir a caixa, devagar dessa vez, com o cuidado de quem está lidando com uma criatura perigosa e não com um simples livro.
Ele deveria jogar isso fora, queimar antes que alguém veja.
Ele já ouviu seus pais falando de Sirius Black e se ele fosse pego com isso….
Mas seus pais não estavam em casa, sua mãe estava em alguma festa do chá com outras mulheres da sociedade puro sangue e seu pai tinha saído de manhã para 'resolver coisas de negócio'.
Ele olhou para a porta e engoliu em seco.
O garoto tirou o livro da caixa e colocou em sua frente na cama para continuar avaliando o conteúdo.
Em baixo dele tinha um livro em verde musgo que dizia 'Magia (magia de verdade não a que a escola te ensina)' escrita pela porra de James Potter e então: 'Receitas fáceis e gostosas para você que tem amigos que não param de comer por um segundo sequer, por Peter Pettigrew' escrito em um livro marrom claro, um livro grande e vermelho dizia 'Manual de sobrevivência para adolescentes que querem bater com a cabeça na parede a cada vez que o professor abre a boca' escrito pelos marotos, que Draco achou ser o nome de um grupo ou algo assim, um livro azul claro com as bordas douradas tinha o título de 'Coisas que você precisa saber' por: Remus Lupin feat. Sirius Black, James Potter, Peter Pettigrew, Marlene Mckinnon, Dorcas Meadows e Mary Macdonald, um livro rosa suave com um arco íris dizia: ''todo mundo é gay e você não é a exceção, acredite- por: metade de Hogwarts mesmo sem eles saberem.
O coração de Draco batia mais forte a cada livro que ele tirava da caixa, ele iria enfartar.
Os últimos dois livros eram um livro pequeno marrom escuro: 'Talvez seja algo que você precise' de novo escrito pelo professor Lupin e então o último e maior, a capa era de couro claro e tinha uma foto do grande salão lotado.
Ele…ele não sabia o que fazer.
O menino mordeu o lábio olhando para os 8 livros em sua frente.
Era como se sua mente estivesse entrando em combustão, o certo seria se livrar disso, mas por algum motivo ele não conseguia respirar, algo o fazia sentir que ele deveria estar com esses livros.
Com o coração na garganta Draco pegou o primeiro livro da pilha e o abriu com um suspiro trêmulo.
'Vamos começar com o básico, as regras fundamentais que você, seu provável fodido traumatizado e triste tem que entender, seguir e acreditar:'
Ele não estava hiperventilando, não estava.
Seu pai iria matá-lo.
Ele não deveria estar vendo isso.
Só essas palavras já estavam manchando o legado de sua família.
Se envolvendo com coisas de traidores de sangue imundos.
'1- tortura não é justificada de forma nenhuma.
Não importa o que eles dizem, você não merece, não há nada que você faça que torne isso ok, você não merece, eu tô falando sério.
Obs: se qualifica como tortura qualquer forma que eles usem para te machucar: maldições, tapas, socos etc.
2- Seus pais te ferirem, emocional ou fisicamente, não é uma forma de te educar, posso te contar um segredo? Sabe todo esse papo de que isso é para que você nunca se esqueça de honrar o nome da família, ou que é para que uma mensagem se fixe em sua mente? É MENTIRA, eles são só estúpidos e não aprenderam a lidar com o que sentiram e então quando qualquer coisinha foge do que eles querem eles só surtam como crianças do caralho.
3- Ignore qualquer coisa que eles te contaram.
Se você não acha que eu estou certo, então comece a realmente pensar e ver se o que eles dizem faz sentido, e é sobre fatos e não coisas que você quer acreditar, se fizer, parabéns e se não, bem, bem vindo ao clube .
4-Seja você mesmo para caralho.
Me deixe explicar uma coisa pequeno gafanhoto, seus pais são velhos de merda que já tiveram a provavelmente triste vida deles e não vai demorar para eles passarem dessa para melhor e então só vai restar você com uma vida de merda sem saber o que fazer porque tudo que você fez foi seguir as ordens.
A VIDA É SUA! Os amigos são seus, os relacionamentos são seus, sua vida, o que você gosta, o que escuta, como se veste e que pensa só pertence a você e pode ter certeza que apesar de assustador, ser você mesmo é libertador para caralho.
Eu quero que você pegue uma página e escreva 10 coisas que você realmente gosta, não o que é apropriado ou que é esperado de você, seja sincero e se não conseguir pensar nas 10, vá procurar coisas que gostem pelo amor de Merlin.'
Um barulho que indicava a volta da sua mãe fez com que Draco enfiasse tudo de volta na caixa e depois de um segundo de pânico ele tateou a cama em busca da sua varinha, encolhendo a caixa e a enfiando em seu bolso, ele nunca esteve tão contente em poder usar magia na mansão mesmo sendo de menor.
O garoto olhou em volta em desespero e pegou um livro aleatório da mesa da cabeceira, se esparramando na cama de qualquer jeito e então esperou com o coração acelerado que um elfo ou sua própria mãe fosse o chamar.
Puta merda.