
7.Um pouco de quadribol
7.Um pouco de quadribol✅
Não demorou nada e a Defesa Contra as Artes das Trevas se tornou a matéria favorita da maioria dos estudantes. Somente Pansy Parkinson e sua patota de alunos da Sonserina tinham alguma coisa de ruim a dizer do Prof. Lupin.
- Olha só as vestes dele - Parkinson diria num sussurro bem audível quando o professor passava. - Ele se veste como um trouxa.
Mas ninguém mais se importava se as vestes de Lupin eram Trouxas ou Bruxas. Suas aulas seguintes tinham sido tão interessantes quanto a primeira. Depois dos bichos-papões, eles estudaram os barretes vermelhos, criaturinhas malfazejas que lembravam duendes e rondavam os lugares onde houvera derramamento de sangue masmorras de castelos e valas dos campos de batalha desertos à espera de abater a porrete os que se perdiam. Dos barretes vermelhos eles passaram aos kappas, seres rastejantes das águas, que lembravam macacos com escamas, palmípedes cujas mãos comichavam para estrangular os banhistas desavisados que penetravam seus domínios. Harry só desejava que fosse tão feliz com outras matérias.
A história do bicho-papão que assumira a forma de Severus, e a maneira com que Neville o vestirá com as roupas da avó, correra a escola como fogo espontâneo. Snape parecia ter achado graça, para a surpresa de muitos alunos, menos Harry que praticamente foi criado por ele desde os onze anos. Harry também estava começando a temer as horas que passava na sala sufocante da Prof a Sibila, decifrando formas e símbolos enviesados, tentando fingir que não via os olhos da professora se encherem de lágrimas todas as vezes que olhava para ele. Não conseguia gostar de Sibila, embora ela fosse tratada, por muitos alunos da turma, com um respeito que beirava a reverência. Parvati Patil e Lilá Brown passaram a rondar a torre da professora na hora do almoço, e sempre voltavam com irritantes ares de superioridade, como se soubessem de coisas que os outros desconheciam. Tinham começado também a usar um tom de voz abafado sempre que falavam com Harry, como se estivessem em seu velório.
Ninguém gostava realmente de Trato das Criaturas Mágicas que, depois da primeira aula repleta de ação, tornara-se extremamente monótona. Hagrid parecia ter perdido a confiança em si mesmo.
No início de outubro, porém, Harry teve algo com que se ocupar, algo tão prazeroso que mais do que compensou as aulas chatas. A temporada de quadribol se aproximava e Olívio Wood, capitão do time da Grifinória, convocou uma reunião para uma noite de quinta-feira com a finalidade de discutirem as táticas que adotariam na nova temporada. Teddy seu novo amigo, filho do professor Lupin tinha comentado que iria tentar entrar para o time de sua casa e pediu algumas dicas de Harry que logo concordou, afinal sentia um carinho pelo mais jovem.
Havia sete jogadores num time de quadribol: três artilheiros, cuja função é marcar gols fazendo a goles (uma bola vermelha do tamanho de uma bola de futebol) passar por um aro no alto de uma baliza de quinze metros de altura fincada em cada extremidade do campo; dois batedores, armados com pesados bastões para repelir os balaços (duas bolas pretas maciças que voavam para todos os lados tentando atacar os jogadores); um goleiro, que defendia as balizas e um apanhador, que tinha a função mais difícil de todas, a de capturar o pomo de ouro, uma bolinha alada do tamanho de uma noz, cuja captura encerrava o jogo, e garantia para o time do apanhador cento e cinquenta pontos a mais.
Olívio era um rapaz forte de dezessete anos, agora no sétimo e último ano de Hogwarts. Tinha uma espécie de desespero silencioso na voz quando se dirigiu aos seis companheiros de equipe nos gelados vestiários, localizados nas pontas do campo de quadribol, agora quase escuro.
- Esta é a nossa última chance, minha última chance, de ganhar a Taça de Quadribol - disse andando para lá e para cá diante dos colegas. - Vou-me embora no fim deste ano. Nunca mais terei outra oportunidade Grifinória não ganha a taça há sete anos. Tudo bem, tivemos o maior azar do mundo, acidentes, depois o cancelamento do torneio no ano passado… - Olívio engoliu em seco como se aquela lembrança ainda lhe desse um nó na garganta - Mas também sabemos que temos o time melhor mais irado da escola - disse ele, dando um soco na palma da mão, o velho brilho obsessivo nos olhos. -Temos três artilheiros da melhor qualidade - Olívio apontou para Alícia Spinnet, Angelina Johnson e Katie Bell. - Temos dois batedores imbatíveis.
- Pode parar, Olívio, você está encabulando a gente, nós sabemos que você tem uma queda por ruivos, mas Percy é ciumento com as coisas dele - disseram Fred e Jorge juntos murmurando a última parte, mas considerando a cor vermelha que inundou as bochechas de Oliver, ele escutou.
- E temos um apanhador que até hoje nunca deixou de nos levar à vitória nas partidas que jogamos! - falou Olívio em tom retumbante, encarando Harry com uma espécie de orgulho ardoroso. - E temos a mim - acrescentou, pensando melhor.
- Nós também achamos você muito bom, Olívio - disse Jorge.
-Um goleiro do caralho! - disse Fred
- A questão é - continuou Olívio retomando a caminhada - que a Taça de Quadribol devia ter tido o nome do nosso time gravado, nesses dois últimos anos. Desde que Harry se juntou a nós, achei que a taça já estava no papo. Mas não ganhamos, e este ano é a última chance que teremos de finalmente ver o nosso nome na taça...
Olívio falou tão desolado que até Fred e Jorge o olharam com simpatia.
- Olívio, este ano é o nosso ano - animou - Fred.
- Vamos conseguir, Olívio! - disse Angelina.
- Sem a menor dúvida - confirmou Harry. Cheio de determinação, o time começou os treinos três noites por semana. O tempo estava ficando mais frio e mais úmido, as noites mais escuras, mas não havia lama nem vento nem chuva que pudesse empanar a visão maravilhosa de Harry de finalmente ganhar a enorme Taça de Quadribol de prata.
Teddy desde o dia em que ouviu música com Sirius vinha roubando alguns lanchinhos das cozinhas, algumas frutas, sucos e alguns pãezinhos que os elfos fazem para os alunos. Hoje era diferente, ele finalmente tinha conseguido a senha para a comunal da grifinória, Harry contou para ele no meio de uma conversa quando Teddy pediu dicas para entrar no time com o intuito de que Teddy poderia visitá-lo sempre que Teddy precisasse de ajuda com alguma coisa -qualquer coisa mesmo,cara você é tipo meu irmãozinho- Harry falou bagunçando o cabelo de Teddy antes de sair.
-Dadfoot! Sirius! - Teddy falou animado chegando à parte da floresta negra onde sempre se encontrava com Black.
- Está animado hoje chiot - o mais velho falou saindo de dentro da parte mais densa da floresta - o que Trouxe para mim hoje? - se aproximou e bagunçou o cabelo do menor com cuidado para não derrubar Castor que logo passou do pescoço de Teddy para o braço de Sirius - oi para você também Castor.
- Hoje tinha Brownies de chocolate com nozes nas cozinhas !!! É meu favorito, meu pai costuma fazer para mim... - falou animado tirando o embrulho de dentro da bolsa da hufflepuff - você gosta de Brownies né? - aí pelos deuses ! e se Sirius não gostasse de brownies e se ele fosse alérgico a nozes? e se ele fosse muito educado para falar a verdade?
- Chiote! calma, seus olhos parecem caleidoscópios mudando de cor - Sirius segurou os ombros de Teddy tentando fazer ele se acalmar - eu também adoro Brownies! É sério, eu amo! meu marido costumava fazer para mim antes de eu ser preso ... ele fervia pedaços de maçã e avelãs com açúcar e canela e colocava no meio do Brownie com …
- Uva passas e cravo … - Teddy completou lembrando dos brownies que seu pai faz, ele se afastou e voltou a tirar coisas de sua mochila.
- Sim, exatamente … os melhores brownies do mundo - era incrível a semelhança, mas Sirius tinha medo de fazer a pergunta e se decepcionar, mas a curiosidade estava o matando - Chiot, você conhece Remus Lupin ?
- Claro que sim ! - Teddy olhou para cima confuso - ele é meu pai, vocês estudaram juntos né ?! Ele é o professor de DCAT esse ano.
- Seu pai ?- uma mistura de decepção e esperança inundou o peito de Sirius. tanto por Remus poder ter começado uma família sem ele, quanto pela esperança de Teddy ser fruto do amor dos dois - sim, sim a gente estudou juntos e seu outro pai ? - Sirius perguntou como quem não quer nada. Sirus achou estranho o fato de Remus estar em Hogwarts e não usar a casa dos gritos, mas achou melhor não perguntar para não levantar suspeitas afinal só os amigos mais próximos de Remus sabia que ele passava suas transformações la
- Eu não sei quem é, Moomy nunca me falou quem é, só disse que ele se parece comigo e que ele não sabe que eu existo considerando que foi o Moomy quem ficou gravido.
- Qual a data do seu aniversário? - Sirius perguntou na esperança de o tempo bater com a última vez que ele e Remus se viram.
- 23/04, porque?
-Bem quando eu for inocentado vou ter que te dar um belo presente por me ajudar, poderia usar seu aniversário como desculpa, então touro humm acho que Remus se perdeu um pouco nas aulas de Astronomia. - Sirius terminou rindo, mas sua mente estava em uma confusão de teorias e pensamentos. Abril? Sirius pensou consigo mesmo, ele foi para a missão dia 01/08 e quando Sirius foi preso Remus já estaria de 3 meses ... ahh que ele queria enganar ? Remus nunca o trairia ! e o menino por mais que ele tente se enganar era a cara dele!! era real!!! ele não poderia estar mais feliz ! Ele tinha um filho com Remus! mas logo a realidade lhe atingiu como uma parede, Remus não contou para Teddy quem era o pai dele, talvez isso significasse que ele não queria que Teddy soubesse sobre ele, talvez ele estivesse com outro alguém e não quisesse que o fantasma do verdadeiro pai de Teddy assombrasse sua linda família feliz.
- Sim eu sou de touro apesar de meu nome ser da constelação de Gêmeos, não sei porque meu pai escolheu essa constelação, uma vez ele me disse que eu tinha sorte de ele não ter colocado Procyon. Pollux falou rindo tirando Sirius de seus pensamentos.
- Sim, mas acho que ele acertou no nome, acho que Aldebaran, não combinaria com você, com certeza você tem cara de Pollux, mas mudando de assunto, você disse que não sabe quem é seu pai, mas e Remus ? seu pai tem algum namorado ? namorada? - Teddy negou com a cabeça o que deu esperanças para Sirius, mas Sirius não iria contar a verdade pelo menos não ainda, quando ele for inocentado e se for da vontade de Remus ele contaria a Teddy que é seu pai, ele confiava em Remus se ele não contou ele deve ter um bom motivo para isso.
- Porque tantas perguntas sobre meu pai ?
-Ah nada garoto, só faz muito tempo que eu não sei de nenhum de meus velhos amigos, e eu não sei se você ficou sabendo, mas eu fiquei um tempinho fora, sabe ? - Sirius tentou disfarçar seu pânico de ser pego com sarcasmo.
- Ok ….Ahhh, eu já estava me esquecendo! Harry me deu a senha da comunal ! É “língua de Dragão'' - Teddy falou entregando quatro sanduíches de peru para Sirius e uma garrafa de suco de Abóbora. Teddy ficou confuso com as perguntas repentinas de Sirius, mas como ele falou ele ficou preso por muito tempo deve estar desesperado para qualquer notícia dos amigos
- E por que ele faria isso ? - Sirius perguntou confuso enquanto colocava as comidas que Teddy lhe entregava em uma bolsa que ele depois levaria para a casa dos gritos, graças a ajuda de Teddy ele estava voltando a seu peso de antes da prisão.
- Somos amigos e …. eu queria entrar para o time então pedi ajuda dele - Teddy estava um pouco envergonhado por pedir ajuda para voar melhor- ele é ótimo em quadribol apesar de não jogar na posição que eu quero entrar….
- Eu jogava como Artilheiro na minha época … que posição você quer jogar? se vc conseguir uma vassoura posso te ajudar com isso ….
- Você era Artilheiro ?!?!?! Essa é justamente a posição para a qual eu quero entrar ! - Sirius sorriu com a coincidência, bem que dizem que a fruta não cai longe do pé !- Amanhã antes do treino eu posso trazer a vassoura e você me ensina !?!?!?! quer dizer… eu sei jogar e voar numa vassoura obviamente, mas nunca joguei sério com outras pessoas já que nós moramos em um bairro Trouxa - Teddy falou passando a mão pelo cabelos - você sabe não tem muitos bruxos em Village de Coquillages, em La Rochelle - Sirius reconhecia esse endereço! era o da casa que ele comprou depois do casamento! Era a casa para a qual eles pretendiam se mudar, antes de Remus ser enviado para aquela missão e Sirius ser preso. Remus levou o filho deles para a casa deles …
Eles ficaram o resto da tarde ouvindo músicas no celular de Teddy, Sirius estava cada dia mais familiarizado com o objeto e esta tentando ajudar Teddy a transformar o aplicativo de GPS em uma versão digital do Mapa do Maroto, era divertido testar os feitiços com Teddy mesmo falhando várias vezes valia a pena para poder ver aquele sorriso, o mesmo sorriso que afastava seus pesadelos desde seus 15 anos, o sorriso de Remus, Teddy poderia ter seus olhos e formato de rosto mas aquele sorriso doce pertencia a Remus, Sirius nunca se cansaria de notar cada detalhes em Teddy e como ele se parecia com Remus e ele, ele se achava um idiota por nao ter descoberto antes, o formato dos olhos, a personalidade rebelde e ate a forma de jogar o cabelo para traz era igual mesmo eles se conhecendo a dois meses, mas ele tambem era muito parecido com Remus nas sardas que adornavam seu corpo, na personalidade gentil e na mania de sempre estarcom um livro e chocollate na bolsa.
Teddy era um menino alto, bom Remus tinha 1,80 e Sirius 1,87, era quase impossível eles terem um filho baixo, Sirius imagina que ele tenha algo perto de 1,70 .
Teddy gostava de manter os cabelos ondulados na altura dos ombros, as vezes solto, as vezes preso em um coque desleixado , apesar de ser um metamorfo Sirius nunca tinha visto o cabelo dele de outra cor além de azul claro e um loiro escuro que era da mesma cor que o cabelo de Remus, tinha olhos Azul acinzentados comum nos descendentes Black mas quando ficava ansioso seus olhos mudavam aleatoriamente de cor ficando, heterocromáticos, violeta, castanho,verdes e por aí vai, sempre que vem visitar Sirius, tirando as vezes que vem de uniforme, está com calça jeans e All star, as vezes amarelo, as vezes azul, junto de seu cachecol e bolsa amarelos da Hufflepuff, onde sempre carregava livros, lanches, seu caderno de desenho,celular com fone e algumas penas.
E é claro tinha Castor a iguana azul que raramente se separava de Pollux, quando Teddy contou a história de como se conheceram ele não pode acreditar, Teddy era uma criança tão criativa … lhe doía ter perdido 12 anos da vida de seu filho.
Em algum momento da tarde Teddy acordou e voltou para o castelo, deixando para trás Sirius na promessa de que voltaria no outro dia para as dicas no quadribol.
Teddy voltou cedo no outro dia, logo depois do almoço, ele tinha o cabelo azul vibrante preso em um coque, trazia duas vassouras velhas num braço e no outro tentava equilibrar uma goles, Castor e sua própria bolsa, quando chegou mais perto Sirius notou que seus olhos pareciam a lente de um caleidoscópio de tanta excitação.
- Chiot! Oi ! - Sirius alcançou Teddy e o ajudou com os objetos - vem comigo aqui alguém pode nos ver e eu não sei você mas o único beijo que eu quero receber é o do Moon~ meu marido - Sirius se consertou no último momento os guiando para uma clareira longe da divisa da floresta onde poderiam voar sem levantar suspeitas.
- Wow cet endroit est incroyable! - Teddy falou distraidamente em Francês admirando o lugar
-Com certeza é…Chiot eu achei que ontem tinha me dito que tinha uma vassoura, porque pegou as vassouras de Hogwarts? il sont pourris, pleins de termites…
- A minha ficou na frança não sabia que iria entrar no time …
- Claro claro, mas por que não pediu para Remus pegá-la ? uma simples viagem com chave de portal e le voici, un Chiot sûr! a menos que ….- Teddy desviou o olhar envergonhado por ter sido pego na mentira- Pollux pelos deuses me diz que seu pai sabe que você vai entrar para o time - Sirius falou sério passando a mão pelos cabelos,se Teddy se machucasse em um jogo e Remus descobrisse que ele acobertou essa mentira Remus o mataria! É claro que ele estava divertido pelo fato de Teddy ser rebelde como ele, mas acima disso ele era o pai de Teddy , tinha que ser um adulto responsável.
- Talvez ele não saiba ….
- Pollux Edward Lupin-Black ! - Sirius no meio da adrenalina nem percebeu que acrescentou seu sobrenome ao nome de Teddy, Teddy percebeu mas achou que era algum tipo de piada por Sirius estar agindo como seu pai ou pelo fato de que ele acreditava que Pollux era algum descendente da família quando se conheceram - Como você quer que seu pai descubra? Com tia Minnie indo chamar ele por que você tá todo quebrado na enfermaria por que está voando nessas vassouras fodidas ?
- Moomy se preocupa demais e você também! Eu vou ficar bem, um monte de alunos joga com essas vassouras! E também você vai me ensinar!
-Chiot! Você tem que contar para o seu pai! Sim eu vou te ensinar mas essas vassouras tremem mais que minha avó com Parkinson! E se algo acontecer com você ?! Moony me mataria se descobrisse que eu que te incentivei! E minha consciência ? Não quero ser preso por filicídio…
- Ok…. Eu falo para ele ! Mas se ele não deixar eu entrar no time a culpa é sua ! - Teddy falou desistindo de discutir passando os dedos pelos cabelos - agora você vai me ensinar como jogar ?
- Sim claro! Você sabe a ideia geral né? Passar a goles pelo aro e evitar ser atingido pelos balaços - Teddy concordou Subindo em uma das vassouras e Sirius subiu na outra com a goles - agora tudo que você tem que fazer é tentar roubar a goles de mim e conseguir chegar do outro lado do campo…
Os dois continuaram jogando por algumas horas, era divertido passar esse tempo pai e filho sem se preocupar e foi bom para Sirius jogar novamente depois de tudo que passou desde que jogou na escola. Teddy jogava muito bem era impressionante considerando que ele nunca tinha jogado um jogo de verdade, Sirius sabia que ele iria conseguir entrar no time nem que tivessem que tirar algum do time para ele entrar, mesmo com as vassouras velhas ele era rápido e estrategista, consiga te enganar em campo e quando você menos esperava ele roubou a goles de você e fez o gol, parece que com ele no time a Hufflepuff finalmente teria uma chance contra as outras casas e ele falava isso não por ser pai de Pollux mas sim porque o garoto realmente tinha talento.
- Dadfoot aquela hora você chamou meu pai de -Moony-, como você sabe o apelido dele? - Teddy perguntou quando pararam para descansar e tomar uma água.
- Ahhh é que você sempre chama ele assim ... ? - Sirius mentiu tirando os fios suados do rosto. Teddy levantou uma sobrancelha nada convencido da desculpa, então Sirius resolveu contar a verdade, bom uma meia verdade pelo menos - olha Chiot a verdade é que eu que dei esse apelido para ele, você sabe por causa do problema peludo dele, nós éramos muito amigos, James, Remus e eu, e é claro o traidor do Petter também era nosso amigo mas eu nem sei mais, quando eu e seu pai namoravamos eu sempre o chamava assim , acho legal ele ter te contado o nosso apelido de infância o meu era Padfoot e o de James era Prongs, quando Harry nasceu o chamávamos de Pronglast.
- Que? você e meu pai namoravam ?!?!?!- Teddy perguntou chocado quando a ficha finalmente caiu - tipo você e ele ?
- Que foi ? Você acha que eu não seria um padrasto legal ? eu até já estava me acostumando com você me chamando de “Dadfoot" - Sirius perguntou debochado.
- Não é isso! É claro que você é o pai dos sonhos de qualquer adolescente! É que é estranho pensar que você e meu pai tiveram uma coisa sei lá, acho que nenhum filho gosta de pensar na vida amorosa do pai, e não é como se você pudesse ser meu padrasto você é casado esqueceu? Falando nisso, como é seu marido ? - Teddy de arriscou perguntar por curiosidade.
-Meu … meu marido ? …. Chiot olha a Hora ! está ficando tarde e você ainda tem que contar para Remus que você vai fazer o teste amanhã - Sirius mudou de assunto pegando as coisas de Teddy que estavam espalhadas pela clareira e entregando para o menino.
- Ok… Tchau Dadfoot , se possível aparece no meu treino ! vai ser depois do almoço - Teddy estranhou a repentina mudança de assunto mas não quis forçar, talvez Sirius não estivesse confortável para falar sobre o marido depois de tantos anos...
No caminho de volta Teddy devolveu as vassouras e bola. resolveu ir logo falar pro seu pai que tinha um teste no outro dia mesmo a contragosto ele tinha que admitir que Sirius estava certo, aquelas vassouras já tinham passado do prazo de validade e por mais que ele fosse bom em voar ele tinha que contar para o pai que pretendia entrar para o time.
- Moomy ? - Teddy chamou batendo na porta do escritório de seu pai.
- Está aberta Fy seren pode entrar - seu pai respondeu de dentro e Teddy abriu a porta entrando receoso. seu pai estava em sua mesa corrigindo algumas tarefas e quando percebeu a cara preocupada de Pollux levantou uma sobrancelha - filhote aconteceu alguma coisa? porque dessa cara ?
- Não aconteceu nada Moomy é só que …..euqueriaentrarparaotime - Teddy vomitou tudo de uma vez e Remus se levantou indo até ele.
- Querido eu não entendi nada, repita com calma por favor - Remus gentilmente guiou Teddy para o sofá.
-Moomy eu quero entrar para o time ... amanhã temos testes e eu vou tentar entrar como Artilheiro.
- Artilheiro? uau… - bem que dizem que a maçã não cai longe do pé… Remus murmurou para si mesmo - Isso é maravilhoso fy seren, porque não me contou antes? eu poderia ter ido buscar sua vassoura tempo do teste.
- Eu fiquei com medo de você não me deixar jogar, eu não ia te contar mas um…. amigo me convenceu do contrário.
- Por que eu iria te impedir ? e outra você é filho do seu pai nem eu poderia te impedir de fazer o que gosta… - Remus falou carinhosamente bagunçando o cabelo do filho - Vocês são muito parecidos…
- Pai, por que você nunca me fala quem ele é ?
- Muitas coisas precisam ser resolvidas antes de vocês se conhecerem… Um dia eu te conto quem ele é, mas ainda não é a hora querido, você confia em mim ?
- Sim Moomy- Teddy resolveu confiar em seu pai, nunca conseguiram guardar segredo um do outro por muito tempo, se seu pai achava melhor esperar ele deveria ter uma boa razão para isso - posso dormir com você hoje?
- Claro fy seren, quer um chá antes de dormir ?
- Sim , obrigado Moomy.
- Ok querido, vá tomar um banho enquanto eu preparo, você está com cheiro de cachorro, ser filho de um lobisomem não é desculpa eu já te disse ! - Remus brincou da cozinha enquanto Teddy ia para o banheiro.
Teddy jogava espantosamente bem e é claro passou sem o capitão precisar pensar duas vezes , enquanto assistia os testes Remus se lembrou de todas as vezes que foi assistir ao jogos de Sirius, talvez estivesse na hora de ele contar a verdade para Teddy, mas ele tinha medo, medo de Teddy decidir ir procurar o pai e acabar se machucando, não por Sirius é claro mas por algum dementador, criatura da floresta ou até algum comensal tentando fazer justiça com as próprias mãos. Para Remus, cada lembrança de Sirius Black era como uma faca de dois gumes, cortando profundamente em suas emoções. Desde os dias em Hogwarts, quando Sirius e seus amigos formavam um grupo inseparável, até os tempos sombrios da guerra, os sentimentos de Remus por Sirius eram complexos e confusos. Ele ainda se lembrava da alegria que sentia ao lado de Sirius, das risadas compartilhadas e das aventuras que pareciam intermináveis. Mas essas memórias estavam manchadas pela suposta traição que Sirius cometeu, ao entregar James e Lily a Voldemort.
Remus lutava com sua mente dividida entre o Homem que um dia amou e o Homem que o traiu. Por um lado, ele queria acreditar na inocência de Sirius, queria acreditar que havia mais naquela história do que ele sabia. Mas, tudo e todos indicavam o contrário, ele conhecia Sirius, mas tudo estava tão confuso naquela época, todos estavam desconfiando até da própria sombra, nunca sabendo em quem confiar e a dor da perda e da traição ainda ecoava em sua alma, deixando-o com uma sensação de vazio e desconfiança. Ao mesmo tempo, havia uma parte de Remus que nunca deixou de amar Sirius, apesar de tudo. Ele se pegava pensando nas boas lembranças, nos momentos felizes que compartilharam.
A chegada de Teddy apenas complicava ainda mais as coisas para Remus. Ele via tanto de Sirius no rosto do filho, nos traços familiares que pareciam sussurrar histórias de um passado que ele tentava desesperadamente esquecer. Ao mesmo tempo, a presença de Teddy o lembrava do amor que compartilharam, do vínculo que os unia mesmo através da dor e do sofrimento. Remus se sentia perdido em meio a um mar de emoções conflitantes, sem saber para onde se virar ou em quem confiar. Ele desejava encontrar paz em seu coração, desejava poder perdoar Sirius de verdade e seguir em frente.
Enquanto observava Teddy voar alto no campo de quadribol, Remus rezava para encontrar a coragem para confrontar seus sentimentos, para encontrar uma maneira de reconciliar o passado com o presente e encontrar uma resposta sobre o que era o certo a fazer e em qual verdade acreditar.
O sol começava a se pôr sobre Hogwarts, lançando uma luz dourada sobre o castelo e as terras circundantes. Teddy e Remus caminhavam juntos de volta para o castelo. Remus teve a certeza de ver o deslumbre de uma forma de pelos negros indo em direçao a floresta, mas não, ele não teria chegado tão longe teria ? Agora, enquanto caminhava ao lado de Teddy, Remus sentiu uma mistura de preocupação e curiosidade. Era como se uma sombra do passado estivesse se aproximando lentamente, trazendo consigo uma enxurrada de emoções e coisas que ele tinha escondido bem fundo no armário de sua vida longe dos olhos de todos.Remus observou a sombra se desvanecendo na floresta com uma sensação de inquietação. Era difícil discernir se era apenas sua imaginação ou se realmente tinha visto algo. Sacudindo a cabeça para afastar os pensamentos sombrios, ele se concentrou em seu filho.
Teddy parecia radiante e realmente estava, após ter passado nos testes para o time de quadribol, a ideia de fazer parte do time de quadribol o deixava emocionado, e ele mal podia esperar para compartilhar a notícia com Sirius. Afinal, tinha sido com a ajuda de seu amigo que ele conseguiu aperfeiçoar suas habilidades de voo e se destacar nos testes.
-Parabéns, filho! Estou muito orgulhoso de você - disse Remus, colocando uma mão reconfortante no ombro de Teddy.
Teddy sorriu, agradecido pelo apoio de seu pai. No entanto, havia uma pitada de curiosidade em seus olhos quando ele perguntou: -Moomy, você viu alguma coisa estranha agora na floresta?
A pergunta de Teddy pegou Remus de surpresa. Ele hesitou por um momento antes de responder -Não tenho certeza, filho. Pode ter sido apenas minha imaginação. Por quê?
-Não sei... parecia que você estava procurando por algo lá..
-Não sei, achei ter visto algo, provavelmente é só um animal da floresta - respondeu Lupin, tentando disfarçar sua preocupação. Remus não queria alarmar seu filho com suas próprias preocupações, então ele sorriu e mudou de assunto -Bem, vamos comemorar sua conquista! Que tal irmos jantar na Sala Precisa esta noite?
Os olhos de Teddy se iluminaram com a sugestão. -Isso seria incrível! Podemos pedir todas aquelas comidas gostosas que gostamos - disse ele animado.
-Então está combinado. Vou avisar os elfos domésticos para prepararem tudo- afirmou Remus, satisfeito em ver a felicidade de seu filho.
Sirius suspirou, resignado por enquanto a observar Remus e seu filho de longe, mantendo-se oculto nas sombras por enquanto. Com determinação renovada e a promessa silenciosa ecoando em sua mente, Sirius virou-se dos arredores de Hogwarts e começou a trilhar o caminho de volta para a Casa dos Gritos. Cada passo que ele dava era uma decisão consciente de enfrentar seu passado e confrontar os medos que o mantinham cativo por tanto tempo. À medida que se aproximava da casa sombria e isolada, Sirius sentiu uma mistura de ansiedade e determinação crescer dentro dele.
Aquela velha construção, repleta de lembranças dolorosas e segredos enterrados, representava não apenas um refúgio, mas também um símbolo de tudo o que ele estava lutando para deixar para trás. Ao abrir a porta empoeirada, Sirius foi recebido pelo silêncio pesado que pairava no ar. Os corredores escuros e os quartos vazios ecoavam com a solidão de anos de isolamento. No entanto, em meio à escuridão, ele encontrou uma centelha de esperança, uma determinação feroz que o impulsionava para frente. Ele sabia que enfrentar seus demônios interiores não seria fácil, mas era necessário para sua própria redenção e para proteger aqueles que amava. Com passos firmes e determinados, Sirius adentrou mais fundo na Casa dos Gritos, pronto para confrontar os desafios que o aguardavam e encontrar o caminho para a verdadeira paz e redenção.
Enquanto isso, suas reflexões sobre Teddy e Remus o deixavam cheio de emoção. Ele sentia a responsabilidade de proteger seu filho e resolver os segredos que os envolviam. A revelação de que ele tinha um filho com Remus Lupin o deixou extasiado e cheio de emoção. No entanto, ele também se sentia culpado por não ter revelado a verdade a Teddy. Ele prometeu a si mesmo que, quando fosse seguro, contaria a Teddy sobre sua verdadeira paternidade.
Enquanto Sirius se preparava para a noite, uma sensação de determinação o envolveu. Ele faria de tudo para proteger seu filho, mesmo que isso significasse enfrentar os perigos que espreitavam nas sombras do passado.Enquanto Sirius arrumava alguns pertences na Casa dos Gritos, sua mente vagava para Remus Lupin. Lembranças do tempo que passaram juntos em Hogwarts inundaram sua mente, desde as travessuras nas masmorras até as noites sob a lua cheia, quando Sirius, James e Pedro se tornavam animagos para acompanhar Remus em suas transformações.
Sirius sempre admirou a coragem e a gentileza de Remus, mesmo quando as circunstâncias eram adversas. Ele recordou como Remus sempre esteve lá para ele, nos momentos bons e ruins, oferecendo apoio e amizade inabaláveis.
-Remus ficaria tão orgulhoso do nosso filho-, murmurou Sirius para si mesmo, um sorriso nostálgico brincando em seus lábios. Ele se perguntava se Remus ainda pensava nele, se ainda guardava um lugar em seu coração para o amor que compartilharam há tantos anos.
Enquanto se preparava para sair da Casa dos Gritos, Sirius fez uma promessa silenciosa a si mesmo: ele faria tudo ao seu alcance para proteger Remus e seu filho, mesmo que isso significasse enfrentar os perigos que o aguardavam além das paredes seguras de Hogwarts.
Com um último olhar para a velha casa que há tanto tempo se tornara seu refúgio, Sirius partiu para o castelo, determinado a trilhar seu próprio caminho e fazer jus ao legado de sua família, custe o que custasse.