Pollux e o prisioneiro de Azkaban

Harry Potter - J. K. Rowling
M/M
G
Pollux e o prisioneiro de Azkaban
Summary
Esta é uma história de amizade, amor e mistério, centrada em Remus Lupin e Sirius Black, cuja ligação transcendeu a escola e sobreviveu às sombras da guerra. Na turbulenta Hogwarts, dois corações se entrelaçaram profundamente, enquanto o mundo bruxo ao redor deles enfrentava a ameaça crescente de Voldemort.Anos depois, o jovem Teddy Lupin, curioso e determinado, se envolve em uma investigação para provar a inocência de Sirius Black, sem saber que está, na verdade, desvendando segredos sobre seu próprio pai desconhecido. Movido pelo desejo de justiça e verdade, Teddy descobre camadas ocultas do passado, revelando a complexidade e a profundidade do vínculo entre Remus e Sirius, e descobrindo sua própria herança no processo.Este conto nos leva a uma jornada de revelações, onde o legado de amizade e amor dos Marotos se reflete em uma nova geração, pronta para enfrentar seus próprios desafios e descobrir a verdade oculta nas sombras do passado.Do chat pq é 1h da manhã e eu tô com sono
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5.Músicas e chocolate

5.Músicas e chocolate 

Era sábado outra vez e a cada dia ficava mais frio, Teddy estava pensativo com a conversa que teve ontem com o fugitivo ele ainda não conseguira pensar em uma maneira de entrar na comunal da grifinória e dar um sumiço no rato sem parecer suspeito, então depois do almoço resolveu ir dar uma volta pelo gramado ouvindo músicas no celular que tinha conseguido enfeitiçar para funcionar em lugares mágicos como Hogwarts.

 Ele estava com cabelo loiro e usava uma jaqueta jeans por cima de uma camisa branca da escola, por causa do clima frio estava usando seu cachecol da hufflepuff que combinava com seus all stars amarelos e sua bolsa também da hufflepuff.

  Olhando por sua Playlist resolveu colocar -Suffer litthe children- a sua música favorita da banda The Smiths, bloqueou a tela o celular e comecou a andar em direção a floresta, estava tao distraido com os fones de ouvido que nem escutou os sons de passos em sua direcao, so sabe que estava caminhando entre as árvores e no outro estava no chão com um grande cão negro encima de si. 

 

- Dad-foot! Que susto! - falou se levantando e limpando a terra das roupas - achei que era algum animal selvagem !

- Você me chamou de que Chiot ? - Sirius falou confuso quando voltou a sua forma humana, pois tinha certeza que tinha ouvido -dadfoot- no lugar de -padfoot-

- De padfoot, você não disse para eu te chamar assim ?- Teddy falou confuso tirando os fones para conversar melhor com o Black.

- Sim, claro! Eu que tenho que limpar minhas orelhas - Sirius estava um pouco decepcionado só não sabia ao certo o porque - falando em orelhas… o que você estava ouvindo ? 

 

 - Hum … Metal guru- Teddy falou olhando na tela do celular- é uma música bem legal das minha bandas favoritas. 

- Sua banda favorita? garoto isso é simplesmente arte! e você consegue ouvir música nesse pedaço de vidro ? Ele é enfeitiçado ou alguma coisa assim ? - Sirius falou confuso olhando para o celular nas mãos do garoto.

- Pedaço de vidro ? Ahh claro você foi preso antes de inventarem os smartfones, na sua época os celulares ainda tinham botões!- Teddy falou passando os dedos pelos cabelos compridos (algo que Sirius achou muito familiar)

- Isso é um celular ? nossa é em momentos assim que eu percebo como o mundo mudou nesses anos…. - Sirius falou com um ar de tristeza passando os dedos pelos cabelos - antes de ser preso eu tinha muitos CDs mas os meus preferidos sempre foram os discos de vinil, eu tinha clássicos como Queen, David Bowie, Elton John…., mas faz muito tempo que nao ouço nada do tipo 

- Olha, eu acho que tenho algumas músicas do Bowie baixadas, acho que podemos ouvir juntos se você quiser? 

Teddy timidamente ofereceu o fone e eles sentaram lado a lado ouvindo músicas, numa mistura de modernas com clássicas e Teddy explicando algumas coisas sobre o aparelho que tanto intrigou o mais velho. Era quase três e o estômago de Teddy começou a reclamar. 

 - Está com fome chiot? - Sirius falou preocupado - Eu não tenho nada aqui além de alguns coelhos então é melhor você voltar para o castelo, comer alguma coisa, afinal você não me vale nada se estiver doente … - Sirius disse com falso descaso,ele realmente se preocupava com o garoto.

- Não precisa, eu tenho algumas barras de chocolate que meu pai fez para mim aqui em algum lugar - Teddy fala distraído procurando dentro da bolsa amarela - aqui! falou tirando um embrulho de papel laminado de dentro da bolsa e entregando a Sirius - esse é para você - e antes de esperar por uma resposta tirou outro embrulho junto de um saquinho cinza escuro que Sirius logo reconheceu - você pode comer, é para você- Teddy falou apontando para o embrulho ainda intocado na mão do Black.

 - Ah , claro! obrigado chiot - Sirius falou bagunçando os cabelos de Teddy enquanto mordia o chocolate. Era delicioso! eram tão bons quanto os de Remus… - isso são Pepper Imps? Deuses ! Faz anos que não vejo um ! eu e Prongs costumávamos apostar para ver quem aguentava comer mais…- Sirius soltou uma risada triste no final, até um cego veria que esse homem nunca seria capaz de trair os amigos.

- Pode ficar com eles - Teddy falou distraído - eu comprei no Trem, mas nunca fui muito chegado a doces, sabe você deveria ter me falado antes,você sabe, para eu poder trazer alguma comida decente para você- Teddy falou olhando para o nada.

 

- Eu sou o adulto aqui chiot, você não deveria se preocupar comigo … - Sirius falou sério, mas não resistiu e puxou Teddy para um abraço enquanto bagunçava o cabelo do mesmo - você é incrível chiot seu pai deve se orgulhar de você …. eu gostaria de poder ter um filho como você um dia …

 E nesse clima eles ficaram mais algumas horas ouvindo música, Sirius nem percebeu quando o adolescente dormiu encostado em seu ombro,e pela primeira vez ele deu uma boa olhada no garoto, os cabelos loiro areia e as várias sardas o lembrava Remus em um dia de verão, mas ele tinha traços rústicos digno de um Black.

   Ele tentava não pensar muito nisso para não alimentar falsas esperanças mas Teddy o lembrava muito a si mesmo, na aparência aristocrática, na forma rebelde de se vestir e na personalidade forte apesar de ele ser gentil como Remus … não ! Sirius tinha que parar de pensar nisso, Teddy era só um menino que iria voltar para casa no próximo verão e provavelmente nunca mais veria Sirius! todos esses pensamentos eram só reflexo do desejo que ele tinha de ter um filho com Remus. tirando esses pensamentos da cabeça ele ajeitou Teddy melhor para ele não ficar com mau jeito, tirou os fios loiros do rosto do menor e ficou velando seu sono por mais que ele soubesse que Teddy não é seu filho ele poderia fingir por esse tempo, lembrou da foto na tela de bloqueio do celular de Teddy que viu quando o mesmo foi o encinar como o aparelho funcionava, lá tinha uma foto de um Teddy de 8 anos com alguns dentes faltando, sujo de lama enquanto segurava castor a iguana de estimação que tinha conhecido ontem, ele começou a viajar em sua imaginação, ele em forma de padfoot correndo atrás de Teddy pelas poças de lama enquanto Remus lia um livro na varanda e regularmente espiava por cima do livro para conferi-los sempre com o seu sorriso doce….

 Saindo de sua imaginação resolveu olhar que horas eram, já ia dar 4:45 então resolveu que já era hora de acordar Teddy, Sirius confessa que ficou curioso para ver mais fotos de Teddy criança ou saber como era o famoso pai do mesmo, mas ele já foi adolescente uma vez e saia o quão preciosa a privacidades era nessa época então só deixou o celular de lado começou a sacudir levemente o jovem . 

 

- Teddy… Chiot… é melhor você voltar ou seu pai vai ficar preocupado, já vai escurecer - Sirius falou gentilmente enquanto Teddy só sentia sonolento e pegava sua bolsa - Tem certeza que pode ir sozinho? Posso te acompanhar se quiser… - Sirius ofereceu ajudando um Teddy sonolento a ficar de pé, mas o mesmo negou com a cabeça.

 

  - Eu consigo chegar no castelo, obrigado Dadfoot até mais ...  

 E assim Teddy se foi deixando um confuso Sirius para trás, dessa vez ele ouviu com clareza ! Teddy o chamou de Dadfoot! Sirius soltou uma risadinha, ele gostou disso … dadfoot… ele poderia se acostumar com isso, seu Chiot o chamando de dadfoot … Sirius ainda com um sorriso no rosto voltou para a forma padfoot e foi para a casa dos gritos onde estava se abrigando durante a noite. 

Assim que Teddy se afastou, deixando Sirius para trás com um sorriso ainda nos lábios, o antigo bruxo observou o jovem desaparecer entre as árvores, perdendo-se de vista gradualmente à medida que a luz do dia começava a se esvair. Uma sensação estranha tomou conta de Sirius, uma mistura de melancolia e renovação. Ele nunca esperara que a presença de um adolescente pudesse mexer tanto com suas emoções, mas ali estava ele, pensando em Teddy e em como o garoto o fazia sentir-se mais vivo do que em muito tempo.

Enquanto retornava à Casa dos Gritos na forma de Padfoot, Sirius não conseguia deixar de refletir sobre o que acabara de acontecer. Teddy, com sua energia e curiosidade juvenil, trouxera consigo uma sensação de esperança há muito esquecida. Ele se perguntava se poderia ter um papel mais significativo na vida do garoto, se poderia ser uma espécie de mentor ou protetor para ele, mesmo que apenas temporariamente.

As memórias de sua própria juventude, marcadas por tragédia e tumulto, misturavam-se com os pensamentos sobre o futuro incerto de Teddy. Sirius nunca teve a oportunidade de ser um verdadeiro pai, mas talvez agora, com Teddy, ele pudesse encontrar um novo propósito em sua vida. Ele sentia uma conexão especial com o garoto, uma ligação que o lembrava do passado e ao mesmo tempo lhe trazia uma sensação de renovação e potencial.

À medida que a noite caía e as estrelas começavam a pontilhar o céu, Sirius entrou na Casa dos Gritos com um novo senso de determinação. Ele não tinha ideia do que o futuro reservava, mas sabia que estava disposto a enfrentar qualquer desafio para proteger Teddy e ajudá-lo a encontrar seu caminho no mundo mágico.

Enquanto se acomodava em um canto escuro da casa, Sirius fechou os olhos e deixou-se levar pelas lembranças da tarde com Teddy. Ele prometeu a si mesmo que faria o que fosse necessário para ser um bom -dadfoot- para o garoto, mesmo que isso significasse enfrentar os fantasmas de seu próprio passado e lutar contra as sombras que ainda o assombravam.

 

   

 

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