
3. O menino, o mago e o prisioneiro
3.O menino, o mago e o prisioneiro .
Ao entrar no Salão Principal pela primeira vez, Teddy ficou maravilhado. O teto encantado refletia o céu noturno, repleto de estrelas cintilantes, e milhares de velas flutuavam pelo ar, iluminando o vasto espaço com uma luz suave e mágica. As longas mesas das casas estavam repletas de alunos, todos olhando com curiosidade e expectativa para os novos primeiranistas.
Os quatro estandartes das casas pendiam das paredes: o leão dourado da Grifinória, a águia de bronze da Corvinal, a serpente prateada da Sonserina e o texugo preto e amarelo da Lufa-Lufa. Teddy sentiu um frio na barriga enquanto olhava para os professores sentados à mesa elevada no fundo do salão, todos observando atentamente.
A Professora McGonagall chamou os alunos um a um para serem selecionados pelo Chapéu Seletor. Teddy esperava nervosamente sua vez, observando os outros estudantes serem enviados para suas respectivas casas. Finalmente, seu nome foi chamado.
-Lupin,Pollux!
Teddy caminhou até o banquinho, sentindo todos os olhos do salão fixos nele. Sentou-se e colocou o Chapéu Seletor na cabeça, que escorregou até cobrir seus olhos.
-Ah, você é um Lupin! Eu vejo coragem e lealdade, mas também uma sabedoria e criatividade. Hm, onde colocá-lo? Muito bem, acho que o melhor lugar para você é... LUFA-LUFA!
O estandarte da Lufa-Lufa irrompeu em aplausos, e Teddy caminhou até a mesa da casa com um sorriso no rosto. Ele foi recebido calorosamente pelos outros lufanos, que o cumprimentaram com apertos de mão e tapinhas nas costas.
Teddy se sentou entre uma garota loira e um garoto alto chamado Cedric, que parecia muito amigável.
-Bem-vindo à Lufa-Lufa, Teddy! - disse ele com um sorriso radiante. - Você vai adorar aqui. Somos uma grande família.
A menina assentiu, acrescentando:Tenho certeza de que você vai se encaixar perfeitamente.
Teddy olhou ao redor, absorvendo a atmosfera acolhedora e vibrante da mesa da Lufa-Lufa. Sentiu-se imediatamente em casa, rodeado por novos amigos que o faziam sentir-se parte de algo especial.
Logo após a seleção, o Salão Principal transformou-se em um espetáculo ainda mais impressionante. As mesas foram magicamente preenchidas com uma variedade de pratos deliciosos. Havia assados suculentos, tortas douradas, travessas de legumes perfeitamente cozidos e montanhas de purê de batata. As travessas se enchiam constantemente, nunca esvaziando.
Doces coloridos e sobremesas de dar água na boca apareceram ao final do banquete. Pudins de caramelo, bolos de chocolate, tortas de frutas frescas e gelatinas brilhantes cintilavam sob a luz das velas.
As velas flutuantes lançavam um brilho encantador sobre as mesas, criando uma atmosfera mágica e acolhedora. Teddy olhou ao redor, maravilhado, enquanto os alunos riam e conversavam, compartilhando histórias e sonhos para o ano letivo que começava.
No fundo do salão, a mesa dos professores estava alinhada com figuras imponentes e conhecidas. A Professora McGonagall, com seu olhar severo mas carinhoso, ao seu lado presidia a mesa central o diretor. Ao seu lado, Hagrid, o guarda-caça, sorria calorosamente para os alunos. Havia também rostos novos, que Teddy ainda não conhecia, mas que ele tinha certeza de que aprenderia a respeitar e admirar e quase no final timidamente estava seu pai que apesar do nervosismo soria para ele.
Ao final do dia, Teddy se sentou perto da lareira na sala comunal da Lufa-Lufa, refletindo sobre tudo o que havia acontecido. Ele estava exausto, mas feliz. Hogwarts já estava começando a se sentir como um lar. Remus tinha razão. Cada momento era uma nova aventura, e Teddy estava pronto para enfrentar todos os desafios que viessem pela frente, sabendo que tinha amigos e uma família que o apoiavam.
Ele sorriu para si mesmo, pensando em como seria contar a seu pai sobre o primeiro dia. Com certeza haveria muitas histórias para compartilhar e, talvez, mais segredos para descobrir sobre sua própria história.
E assim, Teddy Lupin começou sua jornada em Hogwarts, cheio de esperanças e sonhos, pronto para criar seu próprio legado na escola de magia e bruxaria.
Teddy depois da primeira semana agitada já estava começando a se acostumar com a nova rotina , ele foi selecionado para a Hufflepuff e já estava começando a fazer amigos dentro e fora de sua casa, ele começou a andar com Harry as vezes e para a surpresa de muitos ele fez amizade com Draco malfoy.
Era fim de semana e do lado de fora o vento frio de outono balançava as folhas das árvores, Teddy estava aproveitando o tempo frio para fugir para o quarto do pai onde foi atendido com abraços e chocolate quente. ele estava confortavel no sofa com Castor enquanto seu pai corrigia algumas atividades de seus alunos
- Então, como foram suas primeiras semanas, Teddy? - perguntou Lupin, lançando um olhar carinhoso para o filho de sua mesa.
- Bem agitadas - respondeu Teddy, dando um gole no chocolate quente. - As aulas são interessantes, mas os deveres são muitos. E... eu fiz alguns amigos.- Teddy respondeu tímido.
- Fico feliz em ouvir isso - disse Lupin, sorrindo. - Fazer amigos é uma parte importante da… La merde! - Teddy escutou seu pai resmungar de seu lugar - filhote minha tinta acabou e não estou conseguindo achar minha reserva, vou ter que ir a Hogsmeade comprar outra, quer vir comigo ? Você pode aproveitar para conhecer a vila e pode comprar alguns doces na dedos de mel enquanto me espera.
- Claro! - Teddy se animou , ele estava louco pra conhecer a tão famosa vila bruxa não queria esperar mais um ano para isso. ele se levantou e colocou o casaco azul e o cachecol dá Hufflepuff por cima do suéter azul escuro que estava usando junto da calça jeans - Estou pronto !
- Fy serem, não está esquecendo de nada ? - seu pai perguntou divertido enquanto vestia seu casaco cáqui e seu cachecol da grifinória, mas Teddy só o olhou confuso - seu sapatos, querido, você tem que calçar seus sapatos! - Remus falou de forma calma tentando não rir da cara de confusão de seu filho.
- Ah, claro eu já ia fazer isso, é claro !
A vila nessa época do ano era bem vazia considerando que não tinha a presença dos alunos ainda. Teddy estava escolhendo algums pirulitos de sangue quando algo na rua chamou sua atenção,era um enorme cão negro e que apesar de estar sujo, magro e com o pelo embolado dava para perseber que em bom estado seria um lindo cão. Ele sempre teve um fascínio pelos caninos desde muito jovem, talvez por ser filho de um lobisomem, mas assim que viu o cão ele deixou os doces e seguiu ele furtivamente até uma parte mais afastada da vila, quando para o espanto de Teddy o cão se transformou em um homem alto e de longos cabelos negros enbolados que ele logo reconheceu, tanto dos carazes epalhados pela vila como pelas fotos de seu pai.
- Você é Sirius Black! - Teddy falou saindo de seu esconderijo chamando a atenção do homem para si - o fugitivo que estão procurando!
-Você vai chamar os dementadores para me prender? Ou está tão apavorado com a ideia de que eu possa fazer o mesmo com você que fica paralisado?- Black falou com sarcasmo, sua voz áspera e árida como a de alguém que não bebia água há dias.
-Não, senhor! Eu e meu pai acreditamos na sua inocência! Eu não iria denunciá-lo!- Teddy falou apressadamente.
-Ah, acredita em mim, é? Essa é boa.- Ele soltou uma risada que lembrava um latido de cachorro. -Com base em quê? Todos acham que traí meus melhores amigos...-
-Sim, senhor! Meu pai disse que estudou com o senhor e que você nunca se envolveria com as artes das trevas! Eu acredito na sua inocência! Por favor, deixe-me ajudar!- Teddy não sabia por que estava dizendo aquilo, só sabia que não queria que o homem fosse embora para nunca mais vê-lo.
Sirius Black, olhos cinzentos e semblante marcado pelo tempo e pelas injustiças que sofreu, encarava Teddy com desconfiança. Por anos, ele havia sido considerado um traidor, um bruxo das trevas que supostamente havia traído seus melhores amigos. Aquela conversa com o garoto com certeza não era o que ele esperava para um sábado à tarde.
Enquanto ouvia as palavras determinadas de Teddy, Sirius sentia uma mistura de emoções. Por um lado, havia um lampejo de esperança de que alguém pudesse realmente acreditar em sua inocência. Por outro, a desconfiança e a amargura provenientes dos anos de prisão injusta ainda o assombravam, tornando difícil confiar em qualquer um.
No entanto, ao ver a convicção nos olhos do jovem e ouvir as palavras de apoio que ecoavam as memórias de sua própria juventude, Sirius sentiu-se compelido a aceitar a ajuda oferecida. Talvez, finalmente, houvesse uma chance de limpar seu nome e provar que era inocente. Mas, mesmo enquanto concordava em deixar Teddy ajudá-lo, uma voz interna insistia em lembrá-lo dos perigos de confiar demais, especialmente em tempos tão sombrios.
-Ok, garoto, eu deixo você me ajudar a provar minha inocência, mas se eu descobrir que está me traindo... vous n'en restera plus un fil bleu pour l'histoire!- Sirius finalmente se aproximou de Teddy. -Vai, garoto, qual é o seu nome?-
-Pollux, senhor, Pollux Edward, mas pode me chamar de Teddy e, senhor... eu realmente gosto do meu cabelo do jeito que está.- Teddy falou com um sorriso doce, enquanto Sirius franzia o cenho.
-Você não é um Black, é? Nome de estrela, olhos cinzentos e fala francês...- Sirius apontou os fatos.
-Não, senhor!- Teddy falou apressadamente. -Não que eu saiba! A única coisa que sei é que meu pai disse que o nome de uma estrela iria me proteger, e falo francês porque nasci e fui criado na França!
- Engraçado vc me lembra muito meu irmão mais novo Reg.
Teddy estava prestes a argumentar que não conhecia nenhum "Reg”, quando ao longe escutou uma voz que fez seus cabelos voltarem ao loiro escuro, assustando o homem à sua frente.
-Teddy? Filhote?! Temos que voltar para o castelo! Venha!- Remus o estava chamando de um lugar onde só Teddy podia vê-lo.
-Já estou indo,Pai!- Teddy respondeu e voltou-se para o homem que havia voltado à forma de cachorro. -Meu pai está me chamando, tenho que ir. Mas estou estudando em Hogwarts, acho que eles não vão desconfiar se você aparecer em forma de cachorro. Se não me encontrar lá fora, estou na Hufflepuff!- Teddy terminou de falar e foi até onde o pai o esperava.
-Fez um amigo novo?- Remus perguntou, bagunçando os fios dourados do filho.
-Sim!- Teddy falou animado. -Um cachorro! Vou chamá-lo de... Snuffles!- Teddy, apesar de saber que seu pai não considerava Black um criminoso, achou melhor não revelar seu encontro com o animago, pelo menos não ainda.
-Snuffles, hein?- Remus sorriu, observando o entusiasmo do filho. -Um nome apropriado para um amigo de confiança.
Teddy assentiu, satisfeito com a reação do pai. No fundo, ele sabia que tinha feito uma promessa a Sirius, uma promessa que não podia quebrar. Mas revelar seu encontro com o animago poderia complicar as coisas, especialmente considerando a história sombria que envolvia Sirius Black.
Enquanto caminhavam de volta para o castelo, Teddy não conseguia tirar da cabeça a imagem do homem misterioso que acabara de conhecer. Ele se perguntava sobre as palavras de Sirius e sobre o que poderiam significar. Será que ele realmente era inocente? E se fosse, como poderia provar sua inocência?
Esses pensamentos pairavam na mente de Teddy enquanto ele e Remus atravessavam os corredores de Hogwarts. Uma coisa era certa: aquele encontro não seria esquecido tão cedo.
Enquanto Teddy se afastava com Remus, Sirius permanecia ali, observando-os. Seus olhos, outrora cheios de desconfiança e amargura, agora refletiam uma mistura de curiosidade e esperança. Aquela conversa com a criança, com Teddy, havia mexido com ele de uma maneira que há muito tempo não sentia.
Por um momento, ele se viu lembrando dos dias de Hogwarts, dos tempos em que ele e Remus eram inseparáveis, juntamente com James e Peter. Teddy, com sua inocência e convicção, o lembrava de si mesmo quando jovem, cheio de ideais e prontidão para lutar pelo que acreditava ser certo.
Mas havia algo mais naquela conversa que o intrigava. As palavras de Teddy sobre sua confiança na inocência de Sirius, a maneira como ele insistiu em ajudá-lo... isso mexeu com Sirius de uma forma que ele não esperava. Havia uma centelha de esperança brotando em seu peito, uma esperança há muito tempo adormecida.
Enquanto observava o garoto desaparecer pelas rua de Hogsmeade, Sirius se pegou pensando no que poderia vir a seguir. Será que Teddy seria capaz de ajudá-lo a provar sua inocência? E, mais importante, será que Sirius Black finalmente teria uma chance de limpar seu nome e encontrar a redenção que tanto buscava?
Teddy estava ferrado ! seu pai iria lhe matar descobrisse que ele estava matando aula, mas Teddy não estava com vontade nenhuma de assistir uma longa e tediosa aula de história da magia no último horário de uma sexta feira e a imagem do grande cao negro se esqueirando pelas arvores da floresta proibida nao ajudou em sua vontade para ir a aula e sim ir atras do prisioneiro foragido. e era isso que ele estava fazend agora, ele pasou por alguns atalhos que Harry avia o ensinado e sem que ninguem notase ja estava correndo pelo gramado verde em direcao a floresta.
- Monsieur Black!- Teddy falou animado, assustando o cão- que bom que veio!
- Le merde, Chiot - Black falou depois de voltar a forma humana - eu tenho só 33 anos nao quero morrer de parada cardíaca.
- Desculpe senhor Black, não foi minha intenção assustar o senhor - Teddy falou se sentando próximo ao homem - por que me chamou de filhote ? digo não que eu esteja reclamando é só que ninguém me chamou assim além do meu pai …
- Chiot? - Sirius falou com uma risada latido - não sei bem por que te chamei assim … Talvez porque você age como um filhote de cachorro animado com tudo … - Sirius explicou bagunçando os cabelos azuis de Teddy - aquele dia em Hogsmeade, seu cabelo ficou loiro quando seu pai te chamou, você é um metamorfo ?
- Sou sim, loiro é minha cor natural, é a cor do cabelo do meu pai, mas eu gosto de azul, me lembra de casa …
- Você tem certeza que não é Black? Agora além do nome de estrela e características Black tem uma habilidade genética comum na família Black
- Sinto muito, mas nao sou um Black, pelo menos nao que eu saiba.
- Ok, ok chiot não precisa se estressar! Você deve só ser um bastardo perdido da família, não vamos nos prender a isso - Sirius estava se levantando quando percebeu algo azul se mover no meio dos cabelos de Teddy - ei quem é o seu amiguinho ?
- Castor? - Teddy falou confuso tirando o animal do meio dos cabelos - Castor! Eu pensei que tinha te deixado no quarto! Senhor Black esse é o Castor, a estrela não o animal, ele é uma iguana-camaleão - Teddy falou estendendo o animal para Black que o pegou e levou próximo ao rosto.
- Animal legal você tem aqui, combina com você - riu entregando Castor novamente ao dono - meu irmão, Reg, tinha uma iguana também, mas a dele era normal … e Teddy para de me chamar de “Sr. Black”, isso me faz parecer velho, me chame de Sirius ou Padfoot.
- Merci sen- Sirius! sem querer parecer rude mas você ainda não me contou o que precisa que eu faça para te inocentar.
- Ahh, claro onde eu estava com a cabeça? vamos começar do início…. os pais do Harry estavam sendo caçados como todos já sabem, como eu era o melhor amigo deles eles me escolheram como guardião do segredo de onde eles estavam escondidos mas eu achei que seria inteligente usar pedro já que ninguém jamais suspeitaria do elo fraco do grupo, e foi aí que eu errei pois ele era justamente o traidor infiltrado, mas os únicos que sabiam da troca além de Pedro e eu eram James e Lilly que morreram naquela fatídica noite, nem meu marido sabia … ele estava em uma missao a mando de Dumbledore e ele nos proibiu de nos comunicar… velho maldito! quando eu descobri que James e Lilly morreram eu vi vermelho e invés de avisar a todos a verdade resolvi ir atrás daquele rato traidor onde ele matou treze trouxas para me incriminar e ter tempo de fugir… se ao menos Remus estivesse lá para colocar algum juízo em minha cabeça - Sirius suspirou passando os dedos compridos pelo cabelo , Teddy estranho ouvir o nome do pai, mas pensou que poderia ser outro -Remus- ou até que na época seu pai e Sirius eram amigos - eu achei que todas as minhas chances de ter minha vida devolta tinham acabado até que algum meses atrás eu vi a foto do rat bâtard no jornal, ele estava junto da família Weasley e eu achei que poderia encontrá-lo aqui em Hogwarts e acho que você pode me ajudar com isso …
- Então você está me dizendo que o Perebas é o verdadeiro culpado pela morte dos pais do Harry?!!?!?!?
Sirius assentiu com um aceno grave.
-Sim, exatamente. Eles confiaram nele, e ele os traiu. Ele entregou James e Lily a Voldemort. E quando tudo aconteceu, ele fingiu a própria morte, se escondeu por todos esses anos, se passando por um rato de estimação. Mas agora ele reapareceu, e eu preciso encontrá-lo antes que ele faça mais estragos.-
Teddy estava atordoado com as revelações de Sirius. Tudo o que ele pensava que sabia sobre a história estava sendo virado de cabeça para baixo.
-E como você quer que eu te ajude a encontrá-lo?- Teddy perguntou, sua mente girando com as possibilidades.
Sirius olhou para ele com intensidade.
-Você tem mais acesso a Hogwarts do que eu logicamente. Você pode entrar e sair livremente e procurar o rato para mim, nos lugares onde ele poderia estar se escondendo. Eu preciso da sua ajuda para vasculhar cada canto deste castelo e encontrar o rato traidor.
Teddy assentiu, sentindo uma determinação crescer dentro dele.
-Eu farei o que for preciso, Sirius. Vou ajudá-lo a encontrar Rabicho e provar sua inocência.