Pollux e o prisioneiro de Azkaban

Harry Potter - J. K. Rowling
M/M
G
Pollux e o prisioneiro de Azkaban
Summary
Esta é uma história de amizade, amor e mistério, centrada em Remus Lupin e Sirius Black, cuja ligação transcendeu a escola e sobreviveu às sombras da guerra. Na turbulenta Hogwarts, dois corações se entrelaçaram profundamente, enquanto o mundo bruxo ao redor deles enfrentava a ameaça crescente de Voldemort.Anos depois, o jovem Teddy Lupin, curioso e determinado, se envolve em uma investigação para provar a inocência de Sirius Black, sem saber que está, na verdade, desvendando segredos sobre seu próprio pai desconhecido. Movido pelo desejo de justiça e verdade, Teddy descobre camadas ocultas do passado, revelando a complexidade e a profundidade do vínculo entre Remus e Sirius, e descobrindo sua própria herança no processo.Este conto nos leva a uma jornada de revelações, onde o legado de amizade e amor dos Marotos se reflete em uma nova geração, pronta para enfrentar seus próprios desafios e descobrir a verdade oculta nas sombras do passado.Do chat pq é 1h da manhã e eu tô com sono
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2.O dementador

2.O dementador

Harry, Rony e Hermione saíram pelo corredor à procura de uma cabine vazia, mas todas estavam cheias exceto uma bem no finalzinho do trem. Esta tinha apenas dois ocupantes, um aluno, provavelmente primeirista, já que seu uniforme não tinha sido classificado e um homem que estava ferrado no sono ao lado da janela e o menino dormia no ombro do homem. Os garotos pararam à porta. O Expresso de Hogwarts era em geral reservado aos estudantes e, até então, eles nunca tinham visto um adulto a bordo, exceto a bruxa que passava com a carrocinha de comida.

 O estranho usava um conjunto trouxa de roupas, uma calça social caqui com um Blazer da mesma cor por cima de um Suéter de lã cinza. Parecia cansado e tinha algumas cicatrizes onde a pele estava exposta. Embora fosse jovem, seus cabelos loiro-escuros estavam começando a ser salpicados de cinza.

 

  - Quem vocês acham que eles são? -sibilou Rony quando se sentaram e fecharam a porta, ocupando os assentos mais afastados da janela .

  -O Prof. R. J. Lupin - cochichou Hermione na mesma hora.

  - Como é que você sabe?

 - Está na maleta - respondeu a menina, apontando para o bagageiro acima da cabeça do homem, onde havia uma maleta gasta e amarrada com vários fios de barbante caprichosamente trançados. O nome Prof. R. J. Lupin estava estampado a um canto em letras descascadas 

 - Que será que ele ensina?- perguntou Rony, amarrando a cara para o perfil pálido da homem

  - É óbvio - sussurrou Hermione. - Só existe uma vaga, não é? Defesa Contra as Artes das Trevas. 

 Harry, Rony e Hermione já tinham tido dois professores, nessa matéria ambos só duraram um ano letivo Corriam boatos de que o caro estava enfeitiçado 

- Bem, espero que ele esteja à altura - disse Rony em tom de dúvida - Dá a impressão de que um bom feitiço acabaria com ele de vez, não acham? Em todo o caso ... - Rony virou-se para Harry - Quem vocês acham que é o menino ? 

 

 - Ron, você é cego? Ele é filho do professor ! E antes que você tenha a chance de fazer mais perguntas idiotas ele é muito parecido com o professor e no malão - ela aponta para o malão azul e dourado com as iniciais P. E. Lupin-B. - tem o mesmo sobrenome do professor - ela falou revirando os olhos.

  - Ok, ok , mas Harry o que iria nos contar ? 

 

 O Expresso de Hogwarts rodava numa velocidade constante para o norte e o cenário à janela ia se tornando cada vez mais bravio e escuro enquanto nuvens, no alto, se avolumavam. Estudantes passaram pela porta da cabine correndo para cima e para baixo Bichento agora se acomodaram num assento vazio, a cara amassada virada para Rony, os olhos amarelos cravados no bolso do paletó dele

A uma hora, a bruxa gorducha com o carrinho de comida chegou à porta da cabine.

 

-Vocês acham que a gente devia acordar eles ?- perguntou Rony sem graça, indicando Lupin com a cabeça - Talvez eles queiram comer alguma coisa.

- Hermione se aproximou cautelosamente do homem - Hum professor? Com licença professor!

 

O homem se mexeu e o menino acordou revelando os olhos cinza gelados e seu cabelo voltou a ficar azul causando surpresa nos três jovens.

 

 - Olá! desculpe acordar você - Harry falou para o menino - nós pensamos que talvez vocês quiserem comer alguma coisa 

 

 - Salut! sem problemas… Excuse a senhora teria algo de chocolate ? - o menino falou com um forte sotaque francês.

- Sim querido, temos sapos de chocolate, bolos de caldeirão e bombons explosivos também temos feijõezinhos de todos os sabores, diabinhos de pimenta,varinha de alcaçuz … humm acho que só temos isso, . 

- Vou querer, quatro sapos de chocolate, um pacote de feijõezinhos e diabinhos de pimenta s’il vous plaît - falou pegando uma bolsa azul escuro com estrelas prateadas e entregou algumas moedas para a bruxa.

- E ele ? - Ron perguntou olhando para o homem ainda adormecido e Teddy deu de ombros enquanto abria uma de suas guloseimas.

 - Não se preocupe - disse a bruxa entregando a Harry uma montanha de bolos de caldeirão - Se ele tiver fome quando acordar, vou está ali na frente com o maquinista

- Suponho que eles estejam dormindo - disse Rony baixinho quando a bruxa fechou a porta da cabine - Quero dizer: não morreu, não é ? - o que gerou olhares feios de seus amigos.

 - Que? Não! ele só está cansado - comendo um dos feijõezinhos - Oh deuses onde está minha educação? Meu nome é Pollux, mas pode me chamar de Teddy.

 - Teddy? - Ron perguntou confuso 

- Pollux Edward …. isso sempre confunde as pessoas 

- Hermione Granger é um prazer te conhecer - Hermione estendeu a mão que logo foi aceita.

-Ron, Rony Weasley- Ron se apresentou com a boca ainda cheia de bolo - você sotaque francês por que tem um nome tão inglês ?

- Ron! - Harry o repreendeu - sou Harry, aliás Harry Potter, é seu primeiro ano em Hogwarts ? - Harry também estendeu a mão e foi aceita.

 - Tudo bem Harry, já estou acostumado, é que eu nasci e cresci na França, mas meu pai é britânico. É meu primeiro ano em Hogwarts, antes eu estudava em Beauxbatons.

 

Talvez o Prof. Lupin não fosse uma ótima companhia, mas a presença na cabine dos garotos tinha suas vantagens. No meio da tarde bem na hora que a chuva começou a cair, embaçando os contornos das colinas ondulantes por que passavam, os meninos ouviram novamente passos no corredor, e surgiram à porta a tres pessoas que eles menos gostavam no mundo Draco Malfoy, ladeado pelos seus asseclas, Vicente Crabbe Gregório Goyle

 

  Draco Malfoy e Harry se diziam ser inimigos desde que se encontram na primeira viagem de trem para Hogwart, mas a verdade é que no final do ano passado eles se tornaram amigos e toda aquela raiva estava se tornando um sentimento muito mais doce.

  Malfoy, que tinha um cara de desdenhas, polida e pintada, era aluno da Sonserina; jogava como apanhador no time de sua casa, mesma posição de Harry no time da Grifinória. Crabbe e Goyle pareciam existir para fazer o que Draco mandra. Eram grandes e musculosos. Crabbe mais alto, tinha um pescoço muito grosso e um corte de cabelo de cuia: os cabelos de Goyle eram curtos e espetados, e seu braços Compridos como os de um gorila

 

-Ora, vejam só quem está aqui- disse Draco naquela sua voz arrastada, abrindo a porta da cabine - Potinho e Fuinha

Crabbe e Goyle riram feito trasgos

-Ouvi dizer que seu pai finalmente pôs as mãos no ouro neste verão - disse Malfoy - Sua mãe não morreu do choque?

 

Rony se levantou tão depressa que derrubou a cesta de Bichento no chão. O Prof Lupin soltou um pequeno ronco.

 

-Quem é esse aí? - perguntou Draco, dando automaticamente um passo atrás, ao ver Lupin.

- Meu pai… - Teddy começou a falar, mas logo foi interrompido por Harry.

-Professor novo-disse Harry, que se levantou também, indo até a porta ficando na frente de Draco- O que é que você está lá dizendo mesmo, Draco?

 

Os olhos muito claros do menino se estreitaram. ele não era bobo de puxar uma briga bem debaixo do nariz de um professor

 -Vamos-murmurou Draco, contrariado, para Crabbe e Goyle, e os três sumiram.

Harry e Rony tornaram a se sentar, Rony massageando os nós dos dedos.

 -Não vou aturar nenhum desaforo de Malfoy este ano - disse cheio de raiva - Estou falando sério Se ele disser mais uma piadinha sobre minha família, vou agarrar a cabeça dele...

 

Rony fez um gesto violento no ar e Teddy soltou um riso.

 

- Rony - sibilou Hermione, apontando para o Prof Lupin

- Cuidado… - Mas o Prof. Lupin continuava ferrado no sono

- Não se preocupe com ele - Teddy falou divertido enquanto brincava com Castor - Moomy ja está acostumado … e ele tem o sono pesado nesses dias.

 

 A chuva engrossava medida que o trem avançar mais para o norte, A janelas agora iam se tornando um cinza polida e tremeluzente, que gradualmente escurece até as lanternas se acenderam nos corredores e por cima dos bagageiros O trem sacolejava, a chuva fustigar, o vento rugam, mas ainda assim, o Prof. Lupin continuava adormecido.

 

- Devemos estar quase chegando- disse Rony, curvando-se para a frente para olhar, além do professor e Teddy, a janela agora completamente escura.

 Nem bem essas palavras tinham saído de sua boca e o trem começou reduzir a velocidade.

 

- Legal-exclamou Rony, levantando-se passando com todo o cuidado pelo Prof. Lupin para tentar ver Lá fora - Estou morrendo de fome quero chegar logo para o banquete.

- Fantatique! Estou louco para conhecer Hogwarts! - Teddy falou tão animado que seu cabelo que tinha voltado para loiro estava em um azul quase fluorescente, colocando Castor novamente no ombro e se juntando a Ron para tentar olhar pela janela - Moomy disse que era um magnifique château, digo castelo.

 -Nós ainda não chegamos - disse Hermione, consultando o relógio

- Então por que estamos parando?

 O trem foi rodando cada vez mais lentamente. Quando o ronco pesado parou, o barulho do vento da chuva de encontro e janelas parecia mais forte que nunca.

 Harry, que estava mais próximo da porta, levantou-se para espiar o corredor. Por todo o carro, cabeças, curiosas, surgiram à porta das cabines.

O trem parou completamente com um tranco, e baques ou pancadas distantes sinalizaram que as malas tinham despencado dos bagageiros. Em seguida, sem aviso, todas as luzes se apagaram e des mergulharam em total escuridão

 

- Que é que está acontecendo? - ouviu-se a voz de Teddy às costas de Harry

-Ai - exclamou Hermione - Rony, isto é o meu pé!

Harry voltou ao seu lugar, às apalpadelas. 

-Vocês acham que o trem enguiçou?

-Não sei….

- Par les dieux, je dois être la personne la plus maudite du monde! - Teddy murmurou nervoso voltando a se sentar do lado do pai e se abraçando no braço dele.(Pelos deuses, eu dois sou a pessoa mais azarada do mundo!)

- Non, c’est certainement ma malchance, ne t'inquiète, petit pas après un moment tu t’y habitués - Harry respondeu em francês como se não fosse nada demais - quer dizer, eu sou Harry Potter sou literalmente um imã para o azar. (Não, definitivamente é azar meu, não se preocupe, depois de um tempo você se acostuma)

 -Não sabia que você sabia falar francês… - Hermione falou desconfiada.

 - Dra- ... um amigo meu me fez aprender no verão - Harry revelou bagunçando ainda mais os cabelos  

Ouviu-se um barulho de pano esfregando vidro e Harry viu os contornos difusos de Rony desembaçando um pedaço da vidraça da janela para Espiar

-Tem uma coisa se mexendo lá fora - disse ele -Acho que está embarcando gente no trem.

A porta da cabine se abriu repentinamente e alguém caiu por cima das pernas de Harry, machucando-o.

-Desculpe... você sabe o que está acontecendo?... Ai...desculpe... 

-Oi, Neville - disse Harry tateando no escuro e levantando o colega pela capa

-Harry é você? O que é que está acontecendo?

- Não tenho ideia.

Ouviu se um sibilo forte e um ganido de dor, Neville tentara se sentar em cima do Bichento.

-Vou perguntar ao maquinista o que está acontecendo - ouviu-se a voz de Hermione Harry sentiu a amiga passar por de, ouviu a porta deslizar, e em de seguida um baque e dois berros de dor.

- Quem é?

- Quem é?

- Gina

-Mione?

- Que é que você está fazendo?

- Estava procurando o Rony

- Entra aqui e senta

- Aqui não - disse Harry depressa

- Eu estou aqui!- Al! -disse Neville.

- Fais attention! Je suis là

- Silêncio! - ordenou uma voz rouca, de repente.

 O Prof.Lupin parecia ter finalmente acordado.

Harry ouviu movimentos no canto em que ele estava. Ninguém disse nada.

Seguiu-se um estalinho e uma luz trêmula inundou a cabine do que viam, o professor estava empunhando um feixe de chamas. Elas iluminam o rosto cansado e sardento, mas seus olhos tinham uma expressão alerta e cautelosa enquanto verificava o filho.

 

- Fiquem onde estão - disse com a mesma voz rouca- Pollux, fy seren você está bem ?- Teddy fez que sim com a cabeça e ele começou a levantar lentamente, segurando as chamas à sua frente.

 

Mas a porta se abriu antes que Lupin pudesse alcançá-la.

 

Parado a porta, iluminado pelas chamas trêmulas na mão do professor, havia um vulto de capa que alcançava o teto Seu rosto estava completamente oculto por um capuz. Harry baixou os olhos depressa, e o que ele deu provocou uma contração em seu estômago. Havia uma mão saindo da capa e ela brilhava, um brilho cinzento, de aparência viscosa e coberta de feridas como uma coisa morta que se decompuseram na água...

  Mas foi visível apenas por uma fração de segundo. Como se a criatura sob a capa percebesse o olhar de Harry, a mão foi repentinamente oculta nas dobras da capa preta.

 E então a coisa encapuzada, fosse o que fosse, inspirou longa e lenta mente, uma inspiração ruidosa, como se estivesse tentando inspirar mais do que o ar volta.

 Um frio intenso atingiu todos os presentes. Harry sentiu a própria respiração entalar no peito. O frio penetrou mais fundo em sua pele, chegou ao fundo do peito, ao seu próprio coração….

 Os olhos de Harry viraram as órbitas Ele não conseguiu ver mais nada Estava se afogando no frio. Sentia um farfalhar nos ouvidos que lembrava a água correndo. Estava sendo puxado para o fundo, o farfalhar aumentou para um ronco que aumentara...

Então, vindos de muito longe, ouviu gritos, terríveis, apavorados, suplicantes. Ele queria ajudar quem gritava, tentou mexer os braços, mas não, seguiu... um nevoeiro claro e denso rodopiava à volta dele, dentro dele….

 - Nenhum de nós está escondendo Sirius Black dentro da capa..

 

o dementador p. 2 

 

- Harry! Harry! Você está bem!

Alguém batia no seu rosto.

-Q... que?

Harry abriu os olhos, havia lanternas no alto e o chão sacudia - o expresso de Hogwarts recomeçar a andar e as luzes tinham voltado. Aparentemente ele escorregou do assento para o chão. Ron e Hermione estavam ajoelhados ao seu lado, e acima dos seus amigos viu que Neville, Pollux e o professor o observavam. Harry se sentiu muito doente; quando ergueu a mão para ajustar os óculos no nariz, sentiu um suor frio no rosto. Rony e Hermione puxaram no para cima do assento

-Você está bem?- perguntou Rony, nervoso

- Estou - disse Harry olhando depressa para a porta. A criatura encapuzada desaparecerá. 

- Que aconteceu? Onde está aquela... aquela coisa? Quem gritou?

 - Ninguém gritou - disse Rony, ainda mais nervoso. Harry olhou para todos os lados da cabine iluminada. Pollux e Neville retribuíram seu olhar, ambos muito pálidos. 

- Mas eu ouvi gritos... 

Um forte estalo assustou os meninos. O Prof. Lupin partia em pedaços uma enorme barra de chocolate. 

- Tome - disse a Harry, oferecendo-lhe um pedaço particularmente avantajado. 

- Coma. Vai fazer você se sentir melhor. 

Harry apanhou o chocolate mas não o comeu. Pollux também tinha ganhado um pedaço de chocolate e estava dividindo com o lagarto em seu ombro.

- Que era aquela coisa? - perguntou a Lupin. 

- Um dementador - respondeu Lupin, que agora distribuía o chocolate para todos. - Um dos dementadores de Azkaban. Todos o olharam espantados. O professor amassou a embalagem vazia de chocolate e meteu-a no bolso. 

- Coma - insistiu. - Vai lhe fazer bem. Preciso falar com o maquinista, me deem licença...Teddy vem comigo? 

 Teddy concordou com a cabeça, eles passaram por Harry e desapareceram no corredor. 

- Você tem certeza de que está bem? - perguntou Hermione, observando-o com ansiedade. 

- Não entendo... O que foi que aconteceu? - perguntou Harry, enxugando mais suor do rosto. 

- Bem... aquela coisa... o dementador... ficou parado ali olhando, quero dizer, acho que foi, não pude ver o rosto dele... e você... você... - Pensei que você estava tendo um acesso ou coisa parecida - disse Rony, que conservava no rosto uma expressão de pavor.

 - Você ficou todo duro, escorregou do assento e começou a se contorcer... 

- E o Prof. Lupin saltou por cima de você, foi ao encontro do dementador, puxou a varinha - contou Hermione - e disse: -Nenhum de nós está escondendo Sirius Black dentro da capa. Vá.- - Mas o dementador não se mexeu, então Lupin murmurou alguma coisa e da varinha saiu um lobo prateado contra a coisa, e ela deu as costas e se afastou como se deslizasse... 

- Foi horrível - disse Neville numa voz mais alta do que de costume. - Vocês sentiram como ficou frio quando ele entrou?

 - Eu me senti esquisito - disse Rony, sacudindo os ombros, desconfortável. - Como se eu nunca mais fosse sentir alegria na vida…

 - Mas nenhum de vocês caiu do assento? - perguntou Harry sem graça.

 - Não - disse Rony, olhando para Harry, ansioso, outra vez. - Mas Neville tremia feito louco... 

Harry não entendeu. Sentia-se fraco e cheio de arrepios, como se estivesse se recuperando de uma gripe muito forte; começava também a sentir um início de vergonha. Por que desmaiara daquele jeito, quando mais ninguém desmaiara? 

O Prof. Lupin voltou. Parou ao entrar, olhando para todos e disse, com um leve sorriso: 

- Eu não envenenei o chocolate, sabem… ele só é feito em casa, Teddy me ajudou.

 Harry deu uma dentada e, para sua grande surpresa, sentiu de repente um calor se espalhar até as pontas dos dedos dos pés e das mãos. 

 

- Moomy faz os melhores chocolates! - Teddy falou animado surgindo atrás do pai e recebeu um carinho na cabeça. 

- Vamos chegar a Hogwarts dentro de dez minutos - disse o Prof. Lupin. - Você está bem, Harry? 

O menino não perguntou como é que o professor sabia seu nome. 

- Muito bem - murmurou ele, constrangido. Ninguém falou muito durante o resto da viagem, do Teddy que murmurava algumas coisas em francês para o pai e bichinho.

 

Por fim, o trem parou na estação de Hogsmeade e houve uma grande correria para desembarcar; corujas piavam, gatos miavam e o sapo de estimação de Neville coaxou alto debaixo do chapéu do seu dono. Estava frio demais na minúscula plataforma; a chuva descia em cortinas geladas.

 

- Moony ?quem é Sirius Black? -Teddy indagou assim que saíram do trem, sem nem ao menos perceber a palidez que adornou o rosto de seu pai ao ser questionado 

- Um prisioneiro que fugiu de Azkaban … - respondeu depois de limpar a garganta- eles acham que ele é um bruxo das trevas que traiu os pais do Harry, aquele garoto que desmaiou no vagão .

- E o senhor não acha ?

- Sirius repudiava as artes das trevas … tanto que uma época até parou de falar com o irmão, e outra, Sirius era muito amigo deles para fazer algo do tipo.

- Você conhecia ele ? - Teddy estava surpreso pelo seu pai saber tanto sobre o tal fugitivo e a forma como ele parecia ser próximo do mesmo 

- Nós estudamos no mesmo ano,ele estava no mesmo dormitório que o pai de Harry e eu…

Teddy franziu a testa, intrigado.

- E como ele era?

Lupin sorriu levemente, suas memórias vagando para aqueles tempos antigos.

- Sirius era... - começou ele- corajoso, impulsivo e incrivelmente leal - disse Lupin, sua voz carregada de nostalgia. - Ele sempre estava pronto para ajudar um amigo, não importava o perigo. Tinha um senso de humor travesso e uma personalidade magnética. Todos gostavam dele, mesmo quando ele se metia em encrenca.

Teddy observou o rosto de seu pai enquanto ele falava. Havia uma mistura de tristeza e carinho em seus olhos.

- É difícil imaginar alguém assim trair seus amigos - comentou Teddy.

- Sim, é muito difícil - concordou Lupin, com um suspiro profundo. - Mas a verdade é que às vezes as coisas não são como parecem. A história de Sirius é mais complicada do que os jornais fazem parecer.

Antes que Teddy pudesse perguntar mais, eles foram interrompidos pela voz retumbante de Hagrid.

- Alunos do primeiro ano, por aqui! - chamou ele, agitando uma lanterna no ar. - Primeiranistas, sigam-me!

Lupin sorriu para Teddy e lhe deu um abraço rápido.

- Boa sorte, filho. Aproveite cada momento - disse ele, acariciando o cabelo

 

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