
Chapter 1
1.O correio-coruja
Pollux era um menino bastante fora do comum em muitas coisas. Para começar ele era um metamorfomago, o que significava que ele poderia mudar sua aparência no momento que quisesse só com um pensamento. Depois, ele era filho de um lobisomem. E, além de tudo, também era bruxo.Era quase meia-noite, e Pollux estava deitado de bruços, as cobertas puxadas por cima da cabeça como uma barraca improvisada. A luz suave da lanterna iluminava seu rosto, destacando seus olhos cinzentos manchados de azul enquanto ele folheava um grande álbum encadernado em couro (O álbum da juventude de seu pai), aberto e apoiado no travesseiro. Pollux percorreu os olhos pelas páginas à procura de alguma coisa que o ajudasse a descobrir quem era seu outro progenitor.
A família Lupin morava na Village de Coquillages, chalé 3, em La Rochelle, na França, Remus John Lupin e Pollux Edward Lupin-B. ou Teddy, como todos costumam chamar.
Seu pai também era um bruxo e eles moravam lá desde antes de Teddy nascer. Seu pai é Gales, mas morou na Inglaterra por dois anos antes de Teddy nascer, mas ele não gosta de falar muito sobre o passado, apesar de sempre contar suas aventuras em Hogwarts acompanhado de dois amigos.
Seu pai sempre gostou de literatura e atualmente está trabalhando na biblioteca da pequena vila, ele sempre influenciou Teddy a ler, pintar e principalmente a estudar os astros dizendo que eles podiam lhe revelar segredos ou salvar sua vida, considerando que seu pai é um Lobisomem e sempre tem que estar de olho na lua nunca chegou a achar estranho.
Ano passado ele teve seu primeiro ano na escola de magia, ele não foi na mesma em que seu pai frequentou na infância, mas sim Beauxbaton a escola de magia e bruxaria da França, Pollux amou a escola e fez amigos, mas também ficou preocupado pois desde que nasceu o lobo de seu pai sempre foi muito ligado a ele sempre aninhando com ele e lambendo seu cabelos normalmente azuis como seus olhos -naturais-, diferente de seu pai que tinha olhos âmbar esverdeado ele tinha olhos cinza manchados de azul.
Remus estava se divertindo com a cara do filho nos últimos dias. Lohan Wallace, um dos melhores amigos de Pollux em Beauxbaton, descendia de uma família em que todos eram bruxos. Isto significa que ele jamais usará um telefone antes. E, por azar, foi Remus que atendeu a ligação.
-Remus Lupin.- Pollux que, por acaso, se achava na sala naquela hora, gelou ao ouvir a voz do amigo responder.
- ALO! ALO! ESTÁ ME OUVINDO? QUERIA - FALAR - COM - O - POLLUX - Lupin! - Lohan gritou com tanta força que Remus deu um salto e afastouI o fone a mais de um palmo da orelha com uma explosão em que se misturava a uma risada e o susto,
-QUEM É QUE ESTÁ FALANDO?- berrou de em direção ao bocal -QUEM É VOCÊ ?-
- LOHAN WALLACE - berrou Lohan em resposta, como se ele e papai estivessem falando de extremidades opostas de um campo de futebol - SOU UM AMIGO - DE- Teddy - DA - ESCOLA! - Os olhos de Remus brilharam em divertimento.
-AH ... ENTÃO O SR. DESEJA FALAR COM MEU FILHO ?- Remus falou tentando conter a risada olhando em direção a um muito vermelho Teddy, tanto que seus cabelos de azul tinham se tornado vermelhos vibrantes e seus olhos mudavam nervosamente de cor.
Remus então entregou o telefone para Teddy é foi para o escritório para dar privacidade ao filho, apesar de algumas horas depois enquanto tomavam chá Remus ficou o olhando com a sobrancelha erguida e nem tentado esconder o grande sorriso de lobo do rosto
- Moomy !!!-
-O que foi ? Eu não falei nada? - Remus falou com falsa inocência enquanto tomava seu chá.
- Ele é só um amigo ! - Teddy falou com mechas vermelhas começando a colorir seus cabelos agora no loiro -natural-
- Eu também falava isso sobre seu pai quando tinha sua idade .... - Remus disse em um suspiro - você tem os olhos dele ... Ele te amaria tanto filhote- Remus pensou passando a mão carinhosamente pela bochecha de Teddy -você me lembra muito ele, na personalidade, na aparência... -Remus desviou o olhar para a parede -olha a hora! Querido, tenho que ir trabalhar agora, você vai ficar bem Fy seren ? -
- Vou sim Mommy... bom trabalho- Remus bagunçou o topo dos cabelos compridos de Teddy antes de sair.
Teddy estava perplexo. Essa era a primeira vez que seu pai falava sobre seu outro progenitor. Remus nunca havia revelado o gênero ou a aparência, muito menos um nome. A declaração de que ele tinha outro pai e que eram parecidos lhe dava esperanças, mas Remus não voltou a falar sobre o assunto.
-Pai,- Teddy chamou, hesitante, -você pode me contar mais sobre ele? Sobre meu outro pai?-
Remus parou na porta, respirando fundo antes de se virar para olhar para Teddy. Ele sabia que esse momento chegaria, mas não esperava que fosse tão de repente. Ele caminhou de volta até a mesa e se sentou ao seu lado.
-Filho,- começou Remus, com um tom suave e sério, -isso é uma história muito complicada. Por favor, não se ressinta de mim. Quando chegar a hora certa, eu vou te contar tudo. Isso é para a sua proteção, querido.-
Teddy franziu a testa, sentindo uma mistura de frustração e curiosidade. -Mas por que não agora, pai? Eu quero saber quem ele era. Eu tenho o direito de saber.-
Remus suspirou, passando a mão pelos cabelos de Teddy, tentando encontrar as palavras certas. -Eu entendo, Teddy, de verdade. Mas há coisas sobre o seu outro pai e a nossa história que são muito complexas e... dolorosas. Eu prometo que quando você estiver um pouco mais velho e pronto para entender tudo, eu vou te contar. Até lá, saiba que ele te amaria muito, assim como eu te amo.-
Teddy assentiu lentamente, tentando aceitar a resposta do pai. -Tudo bem, pai. Eu vou esperar. Mas espero que não demore muito.-
Remus sorriu, sentindo-se aliviado e triste ao mesmo tempo. -Eu sei, filhote. Obrigado por entender. Agora, preciso mesmo ir trabalhar. Cuide-se bem, ok?-
-Vou sim, pai. Bom trabalho,- Teddy respondeu, ainda com muitas perguntas na cabeça, mas decidido a confiar no pai e esperar pelo momento certo.
Remus se levantou, bagunçou os cabelos de Teddy mais uma vez e saiu, deixando o filho com uma mistura de curiosidade e paciência. Teddy sabia que, um dia, todas as respostas viriam. E, até lá, ele aguardaria, confiando no amor e na sabedoria de Remus.
Alguns dias depois uma coruja entrou voando pela janela da cozinha e largando uma carta grossa com um brasão elaborado com um grande -H- no meio, olhando melhor Teddy percebeu que estava endereçada ao seu pai e que vinha de Hogwarts a escola onde seu pai estudou e provavelmente seu outro pai também.
-Moomy ! Chegou uma carta pra você - Teddy chamou - é de Hogwarts !
- Hogwarts ? - Remus perguntou se aproximando para analisar a carta - o que será que eles querem ? Você já está matriculado em uma escola de magia .... - Remus ficou em silêncio por alguns minutos lendo a carta quando finalmente olhou para Teddy ele estava pálido - Eles.... eles me chamaram para ser professor em Hogwarts, professor de Defesa contra as artes das trevas ...- Remus falou dobrando novamente a carta e a guardando em seu bolso, mas Teddy tinha a impressão de que seu pai estava escondendo alguma coisa dele.
- Você vai aceitar né? - Teddy não poderia estar menos ansioso, ele era louco para conhecer o Reino Unido, além de que talvez estando em Hogwarts ele tivesse mais chances de descobrir quem é seu outro pai - é a profissão para a qual você é formado! E você deve sentir saudade de lá! Vamos moomy aceitar o emprego …-
-- Mas e seus amigos em Beauxbaton? Se eu for ser professor em Hogwarts você teria que ser aluno lá também. E... eles não iriam aceitar um Lobisomem como professor ! Foi um milagre eles terem me aceitado como aluno ! E ... e..e...e lê merde filhote ! Não me olhe com esses olhos de estrela! Vocês Blacks são todos iguais ... Pads estaria orgulhoso de você.. - Remus murmurou a última parte, mas Teddy conseguiu entender em partes - Ok seu filhote pidão, Vou aceitar o emprego. Mas temos que ir para o Beco diagonal comprar seu uniforme novo e seus livros, e eu vou ter que mandar uma carta para Hogwarts por que Dumbledore não sabe da sua existência graças aos deuses e eu espero conseguir continuar assim, e temos que mandar uma carta pedindo sua transferência de Beauxbaton, eu tenho que fazer um plano de aula, e mandar minha resposta para Hogwarts .....
- Sr. Lupin venho por meio desta carta informar da fuga do Prisioneiro Sirius O. Black da prisão de Azkaban e lembrá-lo do risco que essa fuga leva para a vida d'O Eleito Harry J. Potter , sendo assim lhe oferecemos a vaga de Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas (DCAT), para modo de estar mais próximo d'O Eleito e realizar sua proteção considerando a natureza de seu relacionamento com o Fugitivo Black-
Atenciosamente, Albus P. W. B. Dumbledore.
Pollux sempre foi alto para sua idade, seu pai Também sempre foi alto e ele suspeitava que seu outro pai também fosse alto, ele tinha muitas sardas pelo corpo algo que ele tinha certeza que herdou de Remus junto da cor de cabelo que sempre se mostrava quando Teddy dormia a menos que eles estivessem tendo um sonho intenso, Teddy gostava de manter seu cabelo loiro areia, o fazia se sentir mais parecido com Remus, mas a cor que mais estampava os longos cabelos ondulados era azul, sua cor favorita, como a cor do céu, do mar que rodeava sua casa, e a cor de sua casa, ele gostava de manter seus cabelos na altura do pescoço, é claro ele poderia mudar a qualquer momento mas ele gostava de manter assim, ele não tinha certeza do porquê já que seu pai sempre manteve os cabelos curtos. Seus olhos eram cinza um pouco puxados e pouco tempo atrás ele descobriu que isso era algo que tinha de seu outro pai no qual ele nem sabia como era ou quem era ...
Era diferente usar as roupas pretas e pesadas de Hogwarts, depois de ter estudado um ano com as roupas leves e azuis e brancas de Beauxbaton, mas aqui estava ele na plataforma 9 ¾ carregando seu carrinho de materiais com a ajuda de seu pai, ele olhava ao redor e via vários alunos com gatos, corujas, sapos e alguns ratos ele carregava um grande lagarto azul no pescoço, ele tinha Castor a alguns anos desde que o achou no quintal enquanto brincava se tornaram inseparáveis.
A noite passada tinha sido de Lua cheia e eles estavam cansados então quando se acomodaram em uma cabine eles adormeceram.