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Harry Potter - J. K. Rowling
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Summary
A história de como Tom Riddle, o Ministro da Magia, e Harry Potter, o Auror Chefe, entraram em um noivado falso após Harry se separar do ex-namorado.OuComédia romântica barata, cheia de frases ridículas e cenas clichês, pra você ler com a sua bebida favorita.--------------------------The story of how Tom Riddle, the Minister of Magic, and Harry Potter, the Head Auror, entered into a fake engagement after Harry broke up with his ex-boyfriend.OrA cheesy romantic comedy, full of ridiculous lines and clichéd scenes, for you to read with your favorite drink.
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Capítulo 6

Harry estava sentado em uma das mesas do refeitório do Ministério, espetando o purê de batatas com um garfo de plástico como se aquele amontoado pastoso tivesse todas as respostas da bagunça que era sua vida atualmente.

O refeitório estava cheio, como sempre, com funcionários conversando animadamente, mas Harry mal notava o burburinho ao seu redor. Sua mente estava ocupada demais remoendo os acontecimentos recentes.

Algumas mesas à frente, um grupo de aurores da sua equipe lançava olhares curiosos e preocupados na direção do chefe. Harry não os culpava. Ele sabia que estava parecendo um desastre ambulante.

Com um suspiro, ele largou o garfo torto e cruzou os braços sobre a mesa, deixando a cabeça pender para frente.

— Merlin, eu sou um idiota — murmurou para si mesmo, sentindo-se patético.

— Falando sozinho agora, Potter?

Harry ergueu os olhos e viu Cedric Diggory parado ao lado da mesa, com um sorriso divertido nos lábios e uma bandeja de comida equilibrada com facilidade em uma das mãos.

— Talvez eu tenha ficado um pouco louco — respondeu Harry, com um suspiro dramático. — Considerando o estado da minha vida, não é nenhuma surpresa.

Cedric colocou a bandeja na mesa e sentou-se à frente dele, inclinando a cabeça e observando-o com um olhar avaliador.

— Você veio cedo. Passei no seu escritório, mas você já tinha sumido.

— Estava com fome.

— Conta outra. Você não parece nada bem, Harry.

— Eu estou bem, Cedric.

— Na verdade, você parece pior do que aquela vez que invadimos a Sala Comunal da Sonserina para uma festa e fomos pegos pelo Snape…

— Não foi tão ruim assim.

— Ele nos pegou na manhã seguinte…

— Bem, era uma festa.

— Nós tivemos as nossas poções para ressaca confiscadas. Tivemos que passar o dia inteiro gemendo de dor…

— Ok, talvez tenha sido um pouco ruim…

— E também estávamos bêbados e seminus nos dormitórios masculinos…

— Já entendi, Diggory! — Harry resmungou, sentindo o rosto queimar de vergonha.

Cedric soltou uma gargalhada alta, chamando a atenção de algumas mesas ao redor.

— Então? O que aconteceu? — Cedric inclinou-se sobre a mesa, cutucando o braço de Harry.

— Não é nada.

— Harry…

— Cedric…

— Não, sério, Harry! — Cedric interrompeu, sua voz ficando mais suave. — Eu sei que nós ficamos um pouco distantes depois de Hogwarts, mas… — Ele puxou a mão de Harry, entrelaçando os dedos com os dele, fazendo Harry arregalar os olhos. — Eu sempre gostei bastante de você, e espero que você possa confiar em mim para…

A conversa foi interrompida por um silêncio repentino que se espalhou pelo refeitório, como se todos tivessem prendido a respiração ao mesmo tempo.

Harry levantou os olhos, tentando entender o que estava acontecendo, e quase engasgou com a própria saliva.

Bem ali, como se não fosse absolutamente aterrorizante, estava o próprio Ministro da Magia.

E, para o completo desespero de Harry, ele estava caminhando decididamente em direção à mesa deles.

— Boa tarde, senhores — anunciou o Ministro, mantendo os olhos fixos nas mãos entrelaçadas de Harry e Cedric com uma intensidade que poderia derreter a pele deles.

— Boa tarde, Ministro. Que pena que o senhor chegou agora, eu já estava prestes a sair… — Harry sorriu friamente, já se levantando da cadeira e pronto para fugir pela porta mais próxima.

— Não há necessidade de pressa, Auror Chefe Potter. Fique e termine o seu almoço — o Ministro ordenou com firmeza, sem deixar espaço para contestação.

Harry abriu a boca para protestar, mas fechou-a rapidamente.

— Eu realmente tenho algumas papeladas para terminar…

— Eu insisto! — O Ministro interrompeu com um sorriso tenso, os olhos agora firmemente presos em Harry.

— Claro que sim… — Harry murmurou, sentando-se novamente com relutância.

Durante toda a batalha de olhares, Cedric simplesmente sorriu e acenou como um adorável lufa-lufa. Honestamente, era um pouco irritante.

O Ministro se acomodou elegantemente na cadeira desconfortável, tentando parecer à vontade, mas claramente deslocado. Ele olhou para a bandeja de comida como se fosse um artefato das trevas e pegou os talheres de plástico com uma expressão que beirava o pânico.

Cada movimento seu parecia forçado, como se ele estivesse tentando se lembrar de alguma instrução para sobreviver a um almoço com seus funcionários.

Era hilário.

Harry, que até então ainda estava buscando uma rota de fuga, não conseguiu evitar abrir um sorriso brilhante, observando o Ministro tentando cortar o pedaço de frango com uma faquinha de plástico cega e falhando miseravelmente.

— Você não costuma almoçar conosco, meros mortais, Ministro. Algum motivo em especial? — ele perguntou sarcasticamente.

Harry notou vagamente os olhares arregalados de alguns colegas das mesas vizinhas, mas ignorou solenemente.

— Sim. É ótimo vê-lo aqui conosco, Ministro — Cedric assentiu alegremente, completamente alheio ao clima tenso.

— Claro, é realmente ótimo estar aqui, Sr. Diggory — Riddle respondeu friamente, sem sequer dirigir-lhe um olhar. — E para responder à sua pergunta, Auror Chefe Potter, eu descobri que gosto de conhecer os meus funcionários.

— Que sorte a nossa — Harry retrucou, mantendo o tom sarcástico.

O Ministro Riddle abriu um sorriso, daquele jeito lento e afiado que (vergonhosamente) fazia os joelhos de Harry tremerem.

— De fato, Potter. Eu sempre cumpro com as minhas responsabilidades, é claro. Então, seria imprudente da minha parte não verificar se tudo está… em ordem.

Harry manteve o sorriso, embora seus dentes estivessem praticamente cerrados.

— Naturalmente.

O silêncio constrangedor que se seguiu foi quebrado pelo som da faquinha de plástico de Riddle finalmente se rendendo, quebrando-se em dois com um estalo seco.

Cedric pigarreou.

— Bem, eu devo ir agora, infelizmente. Foi ótimo encontrá-lo, Ministro. Nos vemos depois, Harry?

— Claro, Cedric — Harry respondeu, observando-o piscar antes de desaparecer entre os outros funcionários.

Riddle acompanhou a saída de Cedric com um olhar sombrio antes de se voltar para Harry.

— Então, Harry… como está o seu dia?

Harry suspirou e beliscou um pedaço do seu purê de batatas, claramente desinteressado.

— Francamente? Melhor antes de você sentar aqui.

Riddle sorriu como se tivesse acabado de ganhar o dia.

— Eu gostaria de conversar novamente com você.

— Eu já disse que a minha resposta é não.

— Bem, eu imaginei que você diria isso…

— Se você sabia, por que está aqui, então? — Harry o interrompeu, arqueando uma sobrancelha em irritação.

Riddle não respondeu. Em vez disso, puxou um envelope do bolso, colocou-o diante de Harry e se levantou da mesa.

— Ficarei aguardando sua resposta.

Enquanto o Ministro ia embora, Harry abriu o envelope com mãos trêmulas e leu a mensagem:

 

Caro Harry,

Tom me avisou que você não poderia passar o ano novo conosco, pois teria que viajar para encontrar a sua família.

Então, eu tomei a liberdade de enviar uma correspondência para os seus pais e os convidei para passar o ano novo conosco.

Eles nos contaram que não sabiam do noivado. Por que não contou para eles, querido? Eu sei que os jovens de hoje são bastante liberais, mas eles merecem saber.

Espero que não fique bravo com a nossa iniciativa, mas adoraríamos passar mais um tempo com você e será perfeito ter a sua família conosco.

Aguardo vocês no dia 31.

Com amor,

Mérope Riddle

 

Harry olhou para o envelope, depois para a porta por onde Riddle havia saído, e então para o purê de batatas que agora parecia a coisa mais normal da sua vida.

— Eu vou matar Tom Riddle — murmurou, segurando o bilhete com força.

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