Ecos de Lembranças (Versão PT-BR)

Harry Potter - J. K. Rowling
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Ecos de Lembranças (Versão PT-BR)
Summary
Algo está errado. Draco Malfoy sente isso em cada passo que dá pelos corredores gelados da Mansão Malfoy. As sombras parecem mais longas, os sussurros mais próximos, e o peso de um segredo se arrasta pelos cômodos. As noites são inquietas, cheias de ecos que ele não consegue identificar, enquanto memórias nebulosas flutuam na beira de sua consciência.Há olhares que ele não entende, gestos não ditos e uma tensão silenciosa que ninguém ousa mencionar. Seus pais falam com ele como se estivessem sempre à beira de revelar algo terrível, mas recuam, como se o silêncio fosse a única coisa que os protege. Draco se pergunta se eles sabem o que está acontecendo com ele.E então, há Harry. Sempre ele, sempre presente nos momentos em que a realidade se distorce mais. Draco não sabe se é uma coincidência, uma provocação do destino, ou algo mais. O olhar de Potter atravessa suas defesas, o desafia, e ao mesmo tempo oferece um estranho consolo que Draco não consegue explicar. Há algo entre eles que nunca foi dito, mas que pulsa entre as sombras, algo que o puxa para mais perto, mesmo quando ele quer fugir. Talvez Harry veja o que ninguém mais vê. Ou talvez seja apenas mais uma peça do enigma que está se formando ao seu redor.
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Capítulo Nove

— Às vezes, a dor parece ser algo tão real. Tão real que parece ser palpável. — Harry confessou. — Como se o resto do mundo não importasse. Só o sofrimento... e o desejo de escapar.

           Draco assentiu, segurando a mão de Harry com mais força.

           — Eu entendo. — ele fez uma pausa, olhando para o vazio. — Você já sentiu vontade de morrer? — Draco perguntou olhando para suas mãos entrelaçadas. 

           Harry lhe encarou em silêncio.

           — Eu já. — continuou, sem realmente esperar uma resposta. — Às vezes eu penso em como seria me jogar por essa janela. A morte parece ser realmente aconchegante. — Draco sorriu, ainda encarando suas mãos com os dedos entrelaçados. — Parece ser calma e tranquila.

           — Você se sente mal? — Harry perguntou.

           — Não mal… Mas eu me sinto angustiado. Triste. Eu não sei. É um sensação ruim. Às vezes eu fico com medo.

           — Medo? Por quê?

           — Eu não sei… Eu só sinto medo. Medo e ansiedade. Como se algo fosse acontecer. Como se alguma coisa fosse me machucar. 

           Eles ficaram em silêncio. Draco encarando suas mãos com carinho.

           — Eu também. — Harry disse com a voz cansada. 

           Draco olhou para Harry, encontrando aqueles olhos verdes sempre brilhantes agora cinzas.

           — Eu também às vezes sinto que algo vai me machucar. Bom, está mais para alguém. E eu também tenho vontade de morrer. — ele disse com a voz e olhar vazios. 

           Draco apertou a mão do outro.

           — Por quê? 

           Harry lhe encarou nos olhos, em silêncio. 

           — É… É complicado… — ele desviou o olhar para suas mãos. 

           Eles ficaram em silêncio, Harry encarando suas mãos e Draco encarando o rosto de Harry.

           — Eu te amo, Draco. — o moreno disse levantando o olhar das mãos.

           Draco sorriu, mostrando seus dentes e seus olhos brilhando de alegria e felicidade. Uma sensação incrível tomou conta de seu peito, o fazendo rir de forma boba.

           — Eu também te amo. — ele disse ainda rindo.

           Harry lhe deu um sorriso pequeno, mas sincero, aproximando seus rostos. Uma de suas mãos segurou o rosto de Draco com carinho, aproximando seus rostos cada vez mais até que seus lábios se encontrassem. 

           Draco prendeu a respiração por um momento, tentando controlar seu sorriso e as explosões de felicidade em seu peito. Ele sentiu Harry sorrir contra seus lábios também. Ambos riram, ainda sem separar os lábios. Harry lambeu o lábio inferior de Draco, pedindo passagem. 

           Suas bocas se encaixavam de forma perfeita, compartilhando beijos de amor e carinho lentamente. 

           Harry se aproximou mais de Draco, subindo em seu colo, uma perna de cada lado de seu corpo, e segurando seu rosto com firmeza, aprofundando o beijo. Draco soltou um gemido, abraçando Harry e o puxando para mais perto pelas costas. 

           Eles se separaram, olhando nos olhos um do outro enquanto recuperavam o fôlego. 

           Draco sorriu.

           — Qual o seu nome? — ele perguntou olhando para aqueles lindos olhos verdes. 

           O garoto bonito lhe deu um olhar triste.

           — Harry. — ele respondeu.

           — Harry. — Draco repetiu, sorrindo. — É um nome bonito. 

           Harry sorriu, soltando uma risada.

           — O seu nome também é muito bonito, meu amor. — Harry acariciou sua bochecha com cuidado, sorrindo para ele com carinho, seus olhos brilhando e beijando a bochecha de Draco.

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