
Capítulo Nove
— Às vezes, a dor parece ser algo tão real. Tão real que parece ser palpável. — Harry confessou. — Como se o resto do mundo não importasse. Só o sofrimento... e o desejo de escapar.
Draco assentiu, segurando a mão de Harry com mais força.
— Eu entendo. — ele fez uma pausa, olhando para o vazio. — Você já sentiu vontade de morrer? — Draco perguntou olhando para suas mãos entrelaçadas.
Harry lhe encarou em silêncio.
— Eu já. — continuou, sem realmente esperar uma resposta. — Às vezes eu penso em como seria me jogar por essa janela. A morte parece ser realmente aconchegante. — Draco sorriu, ainda encarando suas mãos com os dedos entrelaçados. — Parece ser calma e tranquila.
— Você se sente mal? — Harry perguntou.
— Não mal… Mas eu me sinto angustiado. Triste. Eu não sei. É um sensação ruim. Às vezes eu fico com medo.
— Medo? Por quê?
— Eu não sei… Eu só sinto medo. Medo e ansiedade. Como se algo fosse acontecer. Como se alguma coisa fosse me machucar.
Eles ficaram em silêncio. Draco encarando suas mãos com carinho.
— Eu também. — Harry disse com a voz cansada.
Draco olhou para Harry, encontrando aqueles olhos verdes sempre brilhantes agora cinzas.
— Eu também às vezes sinto que algo vai me machucar. Bom, está mais para alguém. E eu também tenho vontade de morrer. — ele disse com a voz e olhar vazios.
Draco apertou a mão do outro.
— Por quê?
Harry lhe encarou nos olhos, em silêncio.
— É… É complicado… — ele desviou o olhar para suas mãos.
Eles ficaram em silêncio, Harry encarando suas mãos e Draco encarando o rosto de Harry.
— Eu te amo, Draco. — o moreno disse levantando o olhar das mãos.
Draco sorriu, mostrando seus dentes e seus olhos brilhando de alegria e felicidade. Uma sensação incrível tomou conta de seu peito, o fazendo rir de forma boba.
— Eu também te amo. — ele disse ainda rindo.
Harry lhe deu um sorriso pequeno, mas sincero, aproximando seus rostos. Uma de suas mãos segurou o rosto de Draco com carinho, aproximando seus rostos cada vez mais até que seus lábios se encontrassem.
Draco prendeu a respiração por um momento, tentando controlar seu sorriso e as explosões de felicidade em seu peito. Ele sentiu Harry sorrir contra seus lábios também. Ambos riram, ainda sem separar os lábios. Harry lambeu o lábio inferior de Draco, pedindo passagem.
Suas bocas se encaixavam de forma perfeita, compartilhando beijos de amor e carinho lentamente.
Harry se aproximou mais de Draco, subindo em seu colo, uma perna de cada lado de seu corpo, e segurando seu rosto com firmeza, aprofundando o beijo. Draco soltou um gemido, abraçando Harry e o puxando para mais perto pelas costas.
Eles se separaram, olhando nos olhos um do outro enquanto recuperavam o fôlego.
Draco sorriu.
— Qual o seu nome? — ele perguntou olhando para aqueles lindos olhos verdes.
O garoto bonito lhe deu um olhar triste.
— Harry. — ele respondeu.
— Harry. — Draco repetiu, sorrindo. — É um nome bonito.
Harry sorriu, soltando uma risada.
— O seu nome também é muito bonito, meu amor. — Harry acariciou sua bochecha com cuidado, sorrindo para ele com carinho, seus olhos brilhando e beijando a bochecha de Draco.