O Encontro
A atmosfera na Stark Industries era elétrica, e Harry sentia o peso da responsabilidade em seus ombros. Uma vez dentro do edifício, ele foi conduzido a uma sala de reuniões, onde já estavam reunidos alguns membros da equipe de Stark. O espaço era moderno, repleto de telas e dispositivos que Harry mal podia identificar. Ele se sentou ao lado de Hermione, observando enquanto um homem de cabelo escuro e um terno perfeitamente ajustado entrava na sala.
— Então, você é o famoso Harry Potter — disse Tony Stark, seus olhos brilhando de curiosidade. Ele parecia ao mesmo tempo confiante e provocador, e a expressão em seu rosto tinha um toque de humor.
Harry sentiu um frio na barriga. Ele não estava preparado para o carisma imediato que emanava de Stark. — E você deve ser o Homem de Ferro. Espero que suas armaduras funcionem melhor do que seus trocadilhos.
O sorriso sardônico de Tony se alargou. A tensão na sala aumentou com a provocação, mas Harry não se deixou intimidar. A dinâmica estava começando a se formar, e ele estava determinado a não ser considerado um mero novato nesse encontro.
— Então, me diga, Auror, como você lida com problemas? Com um feitiço e um pouco de varinha? — Tony questionou, suas sobrancelhas arqueadas em desafio.
Harry respirou fundo, consciente de que precisava se manter firme. — Na verdade, nós fazemos o que é necessário. Mas, para lidar com Loki, precisamos de mais do que apenas magia. Sua tecnologia será essencial.
— Certo, mas como você sugere que integre magia e tecnologia? — Tony retrucou, a desconfiança evidente em sua expressão. — Cada um de nossos mundos opera de maneira diferente.
A conversa se tornou um jogo de palavras afiado, onde cada um tentava avaliar o outro. Hermione observava, claramente ansiosa para que a interação não se transformasse em um embate desnecessário.
— Nós podemos usar sua tecnologia para rastrear Loki e, ao mesmo tempo, você pode precisar da minha magia para proteger a equipe de ataques — Harry respondeu, sua voz firme.
A conversa continuou, e logo as ideias começaram a fluir. Harry percebeu que, apesar das diferenças, suas habilidades eram complementares. Tony não era apenas um gênio tecnológico; ele também era um homem que levava a responsabilidade de proteger os outros a sério, mesmo que frequentemente a envolvesse em sarcasmo.
Com o tempo, a tensão entre eles começou a diminuir. Eles passaram a discutir um plano de ação, e a camaradagem começou a se formar lentamente. O que começou como um encontro nervoso começou a se transformar em um entendimento mútuo.
Depois de algumas horas de discussões intensas, Tony apresentou um plano inicial. Eles iriam usar uma combinação de feitiços de proteção e tecnologia de rastreamento para localizar Loki. Harry se surpreendeu ao ver Tony tão envolvido, jogando ideias e se mostrando aberto à magia.
— Precisamos de um ponto de partida. Se Loki estiver realmente em Nova York, podemos usar essas anomalias para traçar seu caminho — disse Tony, apontando para um mapa na tela.
— Podemos colocar um feitiço de localização. Se ele estiver usando o cristal, será possível senti-lo — Harry sugeriu, sua mente já girando com a ideia.
A medida que as horas passavam, Harry e Tony se tornavam cada vez mais sincronizados. Havia uma química crescente entre eles, uma faísca que não poderia ser ignorada. Quando Tony sorriu para Harry após uma troca especialmente ágil de ideias, Harry percebeu que estava começando a respeitar o homem à sua frente, além da persona do Homem de Ferro que ele conhecia das histórias.
— Então, estamos prontos para ir atrás de um Deus da Trapaça? — Tony perguntou, um tom de ironia na voz.
Harry sorriu, sentindo-se mais confiante. — Se é assim que vamos enfrentar o desafio, então sim. Vamos pegar Loki.
Enquanto os dois se preparavam para deixar o escritório e colocar o plano em ação, Harry percebeu que havia algo maior em jogo do que apenas um artefato mágico. Havia uma conexão nascendo entre eles, e, apesar da seriedade da situação, o pensamento de que eles estavam juntos nisso trazia uma sensação inesperada de alívio.
Quando saíram do edifício da Stark Industries, Harry olhou para Tony, que estava agora tão focado e determinado. Eles eram de mundos diferentes, mas, neste momento, estavam juntos em uma missão que poderia mudar tudo. E Harry estava pronto para enfrentar o que viesse, não apenas como Auror, mas como parte de uma equipe que, ele esperava, se tornaria uma verdadeira força contra as trevas que ameaçavam seus mundos.