Primeiros Laços
O ambiente na Stark Industries estava em plena efervescência, a equipe se organizando para o que poderia ser uma das missões mais complicadas de suas vidas. Harry e Tony estavam no centro da ação, uma troca constante de ideias e planos fluindo entre eles. A tensão do encontro inicial havia se dissipado, dando lugar a um entendimento crescente e uma determinação compartilhada.
Harry se acomodou em uma das mesas de reunião, seu olhar fixo no holograma projetado à sua frente, que mostrava a localização de várias anomalias tecnológicas detectadas na cidade. Ele percebeu que a magia e a tecnologia podiam, de fato, coexistir de maneiras que nunca havia imaginado.
— Aqui está um ponto de energia que registramos nas proximidades do Museu de Arte Mágica. Se Loki estiver usando o Coração de Éther, ele provavelmente estará aqui, — explicou Tony, com as mãos gesticulando animadamente em direção ao holograma. — A tecnologia pode nos ajudar a entender essas anomalias.
— E o feitiço que vou lançar vai nos ajudar a sentir a presença de qualquer magia alterada na área. Se o cristal estiver ativo, eu sentirei sua energia — respondeu Harry, sentindo-se cada vez mais confiante em sua capacidade de colaborar com Stark.
Tony o observou com uma expressão de curiosidade. — Então, você realmente pode sentir a magia? Como um radar humano?
Harry sorriu, reconhecendo o tom de admiração nas palavras de Tony. — De certa forma, sim. A magia é palpável, e os feitiços que utilizo podem ampliar essa sensação. Mas não se deixe enganar, a tecnologia que você criou é tão impressionante quanto.
Tony arqueou uma sobrancelha. — Impressão? Isso é algo que não escuto com frequência.
O momento foi interrompido por uma interrupção súbita de um dos membros da equipe. Natasha Romanoff entrou na sala, com um olhar sério em seu rosto. — Temos novos dados sobre as atividades de Loki. Ele está se movendo rapidamente, e parece que está planejando algo grande.
Harry e Tony trocaram um olhar significativo. O humor que estava começando a se desenvolver entre eles foi ofuscado pela gravidade da situação. Tony se levantou, sua expressão tornando-se mais séria. — Vamos agir.
Enquanto eles se preparavam para sair, Harry percebeu que a camaradagem entre ele e Tony estava se tornando mais forte. Ele ainda se lembrava da provocação inicial, mas agora havia uma sensação de confiança mútua.
— E se as coisas ficarem complicadas? — Harry perguntou, enquanto ambos caminhavam em direção ao elevador.
— Então nós vamos resolver. Juntos. — Tony disse, e havia algo reconfortante em sua voz que fez Harry se sentir mais seguro.
Quando chegaram ao museu, a atmosfera estava tensa. Harry podia sentir a energia no ar, uma mistura de ansiedade e expectativa. Ele lançou um olhar para o lado, onde Tony estava verificando seu traje de Homem de Ferro. O contraste entre suas aparências era notável, mas, de alguma forma, isso apenas acentuava a força que podiam oferecer um ao outro.
— Este lugar é mais mágico do que você imagina — disse Harry, olhando ao redor. As paredes eram adornadas com artefatos históricos e relíquias que contavam histórias de um mundo mágico, e ele sentia a conexão pulsando ao seu redor.
— E eu só vejo tecnologia futurista, mas vou confiar na sua intuição mágica — respondeu Tony, piscando para Harry enquanto se preparava para usar suas habilidades.
Harry se sentiu animado com a resposta de Tony, a conexão deles se fortalecendo. Enquanto ele se concentrava, fechando os olhos para sintonizar sua energia mágica, as palavras de Tony ecoavam em sua mente, algo que Harry já sabia: ele não estava sozinho nessa. Juntos, poderiam enfrentar qualquer desafio.
Ele sentiu um impulso de energia, uma presença familiar e ao mesmo tempo ameaçadora, e logo percebeu que a força que emanava do Coração de Éther era poderosa. — É aqui. Sinto a magia — disse Harry, apontando para uma sala mais adiante.
Tony acenou, sinalizando para a equipe avançar. Quando entraram na sala, a tensão aumentou. O espaço estava envolto em uma aura mágica pulsante, e no centro, uma figura conhecida estava de pé. Loki, com seu sorriso travesso e um olhar desafiador, observava-os como se soubesse que estavam prestes a confrontá-lo.