Eu Só Sei Que Amei, Que Amei, Que Amei

Harry Potter - J. K. Rowling
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Eu Só Sei Que Amei, Que Amei, Que Amei
Summary
Onde Remus Lupin odeia sua faculdade, seu curso, seus colegas de classe riquinhos e principalmente o cara recém transferido que se recusa a conversar com qualquer um. Mas é obrigado a trabalhar com ele em um projeto e descobre que, apesar da cara fechada e da pose de marrento, Sirius Black pode não ser tão fútil como parecia.OuOnde Sirius Black é gago e não pode falar com seu crush da nova faculdade sem parecer patético.
Note
Oioi!!Espero que gostem!Desculpe qualquer erros e se faltou algumas tag, podem comentar!
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Capítulo 5 - Maldito Sorriso

O trabalho estava fluindo bem. O marketing tinha ficado com Sirius, mas a apresentação de como iria funcionar o APP era com Remus. Pelo menos isso estava dando certo na relação deles. Eles aparentemente tinham algum carinho especial por aplicativos que poderiam tirar jovens de possíveis situações de morte e isso era maior do que a tensão exorbitante que caia entre os dois sempre que se olham por mais de 3 segundos. 

Remus sabia que não poderia deixar nada casual. Ou era dele ou não era nada. E ele não queria que Sirius fosse um “nada”, então, sim. Era difícil para caralho. 

Sirius não parecia muito diferente, ele sempre estava brincando agora. E Remus tinha percebido bastante o nervosismo que deixava nele. Ele se sentiu secretamente satisfeito. Mesmo que talvez isso não fosse moralmente certo, era bom saber que o cara que impôs essa regra de afastamento aconteceu com ela também. 

Mas isso estava matando ele. Uma coisa era bater punheta quando não tinha os olhos cinzas de Sirius Black em sua mente bem assim que ele fechava os olhos. Mas agora tinha. Toda maldita vez. Remus fechava os olhos e via os cachos abertos de Sirius. Seu cabelo batendo no queixo. Sua maldita voz rouca. Seus jeans esfregando na coxa de Remus. Suas mãos frias tocando sua nuca e apertando. Maldito seja Sirius Black. E todo esse efeito que ele tem sobre Remus. 

Pelo menos ele poderia falar disso com Lily. Não é tudo, claro. Mas reclamação do cara gato que lhe deu um pé na bunda? Certamente. 

Por pura sorte (ou consequência do capitalismo), Remus mal estava tendo tempo para ver Sirius naquela semana. Eles até começarem a ver mais alguns detalhes do SOS, mas Remus estaria trabalhando por duas semanas direto agora e matar aula não era mais uma opção. Remus não ia acabar com sua frequência e nem receber um beijo por isso. 

Mas Lily continuou indo ver Remus à tarde na cafeteria (uma desculpa boa para comer pão de queijo). E, como troca, Remus a fazia ouvir. 

— Sim, Rem, mas eu não acho que ele possa mudar isso… — Lily tenta, pela 5ª vez, fazer Remus ver o lado de Sirius. Mas Remus já entendeu o lado dele. Só não poderia falar em voz alta, isso faria-lo querer beijar Sirius ainda mais. A raiva era segura, deixa Remus confortável e longe do Black. 

— Bem, eu não me importo. Ele também merece ser feliz! Não que a felicidade dele esteja atrelada a mim, mas ele me disse que não pega ninguém que ele realmente quer há meses pelo que eu sei. 

Remus para fazer o macchiato para a mesa sete assim que terminar de falar. Ele se vira para Lily, que está com aquele olhar de “ Oh, não é mesmo?! ” E ele entende a ironia disso. 

— Você, Remus Lupin, literalmente jogou essas palavras da minha boca. Como eu tenho te dito desde que Marlene foi embora: Você deveria parar de tentar tanto agradar os outros tentar aproveitar um pouco sua juventude. — Lily calou a boca dele. Ela podia. O macchiato foi entregue e logo depois que o pai das duas crianças apareceu, bem a tempo. Remus usou os clientes para fugir da conversa um pouco. 

— É bem injusto que quando eu finalmente me sinto pronto… Ele não pode. 

— Ele não pode, mas quer. Se isso ajuda…

— Hm, piora, na verdade. — Remus deixa Lily com um sorriso sem mostrar os dentes e vai atender uma mulher muito bonita. 

— Vamos sair então. Em qualquer lugar. Por minha conta. 

Remus dispensou Lily não muito depois disso. Ele não iria sair e ela sabia. Congonhas não era exatamente festivo e a última coisa que ele queria era mais uma fofaca com o nome de sua família. 

 

 

****

 

 

Black: To com problemas para pensar na divulgação. 

Posso ir na sua cidade? Eu realmente preciso sair um pouco. 

 

Sirius tinha enviado aquela mensagem no início da tarde, mas o café estava uma loucura e ele não viu. Quando finalmente desligou o telefone, Remus já estava em casa e passava as 10 da noite. Provavelmente o melhor era deixar Sirius onde ele estava, mas eles eram amigos, certo?

 

Remus Lupin : oi, desculpa demora dia cheio no café

mas é claro, quer vir amanhã? posso trabalhar nisso no café e nos meus intervalos conversamos

posso ir pensando em umas ideias

 

Black : Não, deixa comigo, você está cansado do trabalho. 

Obrigado por não deixar isso tão estranho. Até amanhã então, Remus. 

Prometo tentar deixar Kreacher no carro a maior parte do tempo. :)

 

Remus se jogou na cama com um sorrisinho. Quem diabos usou “:)” hoje em dia? Esses riquinhos…

 

 

****

 

 

Remus estaria pensando se dissesse que não passava o dia todo ansioso. Sorte a dele que o dia seguinte seria sábado e pelo menos poderia dormir um pouco mais. O que não adiantou muito, já que às 9 da manhã ele já estava de pé. Mas ele acordou às 5, então era o suficiente. 

O café geralmente era mais movimentado nas manhãs de sábado do que a tarde, ainda mais em dias quentes assim. Mas como é o Remus? Ele não tinha tanta certeza. Quando deu a hora, ele se arrumou e foi. Ele técnico viu Sirius no dia anterior e falou com ele hoje, então pra que o nervosismo? 

Talvez tenha algo a ver com o fato de que eles não trocaram uma palavra pessoalmente desde segunda…

Pão Demais da Conta era perto da casa dele, uma loja de esquina. A frente e a lateral toda de vidro, com algumas plantas embaixo das janelas. Na calçada, ficavam duas mesas redondas de madeira e duas cadeiras do conjunto. A loja era climatizada e contava com duas fileiras de 3 mesas casa. Remus entra pela entrada lateral, que dá de frente para a estante de cafés especiais, cafeteira francesa, livros de culinárias e xícaras colecionáveis. Era tudo comprável, mas fazia mais parte da estética que qualquer coisa. Inclusive merecia uma limpeza. 

Com um suspiro, Remus se virou para o balcão. Haviam 3 bancos altos para pessoas que geralmente pediam para viagem e sua mãe atualmente estava o limpando. Hope sorriu para ele através de seus olhos cansados. Remus passou para o outro lado e deu um beijo no topo da cabeça de sua mãe enquanto se ambientava ao cheiro de bolo fresco e café que permeavam o lugar. A sua esquerda, a máquina de café, a direita estava a porta para a cozinha, atrás, estava o balcão com tudo para os pedidos e, a sua frente, o salão.  

Remus começou a atender todos. Hope ficou um pouco na cozinha, mas logo foi embora. Remus não arriscou procurar por seu pai. Hoje havia um casal, uma loira e um cara muito mais alto que ela, que provavelmente estavam em lua de mel. Ou era a primeira viagem sozinhos, Remus não poderia ter certeza. Eles riam e ele dava o bolo de cenoura com cobertura de brigadeiro na boca dela. Ela pediu um dos cafés alcoólicos deles e Remus prontamente preparou, colocando um extra de conhaque e chantilly para eles. 

Mas então Sirius Black entrou. Hoje era uma bermuda branca e uma blusa de alguma banda que Remus não conhecia. Seu cabelo estava sendo segurado pelo óculos de sol e ele sorriu quando viu Remus. Remus, que estava usando toquinha e avental marrom que combinavam. Remus, que estava suando e com o rosto brilhando de oleosidade. Mas Sirius sorriu e Remus retribuiu, tentando ignorar o farfalhar em sua barriga. 

— B-boa tarde, Remus. Você não tinha dito que o nome era esse! — O sorrisinho dele aumentou e Remus revirou os olhos. 

– Sim, eu ainda tento fazê-los mudar mas… 

— Oh, eu amei! 

Remus sorriu, apesar de si mesmo. Sirius aparentemente tinha esse poder. 

— Sente-se, todas as mesas estão ocupadas agora mas assim que uma vagar eu te realoco. — Sirius obedeceu, sentando no banco que menos iria atrapalhar a fila. — Gostaria de alguma coisa? 

— Oh, sim! — Sirius jogou a cabeça para trás em um gesto dramático enquanto revirava os olhos. — Pães de queijo, por favor. E q-qualquer coisa gelada que vocês tiverem. 

Não demorou dois minutos e Black já tinha pães de queijo, um extra de doce de leite em suco de abacaxi com hortelã. O movimento estava intenso, então Remus atendeu outros clientes antes de poder dar atenção a Sirius. 

— Bem, e qual o problema? — Remus pigarreou enquanto se aproximava com um pano de prato nas mãos. 

— Como a gente faz o marketing sem dar gatilho a ninguém? O SOS lida com temas sensíveis e… poderia piorar ao invés de ajudar. 

— Bem, sim, mas… E se fizermos algo mais místico? Tipo, um post no Instagram que diz “em caso de ajuda, chame SOS” com toda a identidade visual do projeto e tal… Mas sem exatamente dizer o que.

— Isso, na verdade, é uma ótima ideia. — Sirius diz surpreso. — Desculpa te dar mais trabalho… Você parece bem ocupado aqui. 

— Está tudo bem. Às vezes é bom pensar, o trabalho é tão automático que às vezes me desligo. 

Remus sorri sem alegria e vai até o balcão atender uma senhorinha que queria um bolo de paçoquinha. Quando ela sai, Lily entra pela entrada principal com um sorriso no rosto. Um bem grande. 

— Remm! Você não vai acreditar! — Lily pula para seu banco que está atualmente ocupado por Sirius Black. Ambos se olham um pouco assustados e tem algo estranho acontecendo com o peito de Remus. — Ah, você é o Sirius? — Lily estreita os olhos para ele, alternando entre olhar Remus e Sirius. 

— Sim, você deveria ser Lily? 

Lily conheceu Sirius por fotos do instagram dele, já que ela o stalkeou até achar quando Remus se escolheu a mostrá-la. Mas Remus não disse nada além do nome dela para Sirius então…? Sirius estava perseguindo ele agora? 

Um sorriso curioso questionador no rosto de Remus enquanto eles se apresentavam. 

— Depois eu voltei, Rem. Mandei um beijo para Tia Hope, por favor…

— Mas o que você iria me contar? — Remus chama a atenção dela, antes que ela se afaste do balcão. 

— Ah, pode esperar. Tenho certeza que isso… — Ela fez um movimento vago entre Remus e Sirius. – é mais importante. Com licença, pombinhos! — Ela deu uma piscadela ao se levantar. 

— Não somos…— Ela já sabia. 

Sirius estava rindo agora. Maldito sorriso. 

O celular de Remus vibrou, mas ele sabia que era Lily surtando. 

— Posso começar a preparação, já que estou aqui. Você fez alguma coisa…? 

 

 

****

 

 

Sirius passou tarde na cafeteria. Às vezes, seu motorista entrava e pedia um café, mas logo voltava para o carro sendo duramente ignorado por Sirius. Remus atendeu várias pessoas enquanto Sirius digitava furiosamente no computador. No final da tarde, a apresentação estava quase montada, apesar deles não saberem alguns detalhes. Eles resolveriam. 

Lyall entrou por volta das 17 horas, e Remus decidiu que seu pai poderia fechar a loja. O movimento já estava baixo e ele não tinha dado as caras o dia todo. 

— Sirius, quer continuar trabalhando em minha casa? Precisamos ver os possíveis investidores e a interface ainda…

 

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