
Capítulo 6
*
— Eu disse que seríamos expulsos. — Peter o empurrou pra longe assim que a porta foi fechada na cara deles, mas pelo menos James teve a oportunidade de abraçar e beijar Severus.
Então, valeu a pena.
— Mas valeu a pena.
— Valeu a pena pra quem?! — Peter parecia prestes a jogá-lo das escadas, o rosto completamente vermelho. — Eu tinha planos com Bart-, com aquelas pessoas.
Potter sorriu amplamente pro seu amigo, por mais que o outro tentasse disfarçar era evidente que a relação entre Peter e Crouch Jr. era mais do que uma simples amizade.
— Com todos eles? — O rosto do outro ficou ainda mais vermelho enquanto ele murmurava algo baixinho. — Está bem, parei. Mas pense pelo lado positivo, agora você sabe que o seu querido Barty realmente gosta de você, ele não queria que você saísse, apenas eu.
Peter abriu e fechou a boca várias vezes, mas não falou nada. Suspirando o grifinório saiu apressadamente pra torre da grifinória, sem se importar em esperar por James.
— O que? Mas vocês já voltaram? — Remus disse assim que ambos passaram pelo retrato.
— É, por culpa dele. — Peter disse apontando pra ele. — Você tem que aprender a ouvir ‘não’, James.
— Mas eu sei ouvir ‘não’. Eu sou ótimo nisso. — Seus amigos o olharam com ceticismo, James segurou uma risada. — Não tão bom assim, admito. Mas foi uma noite agradável.
— Vocês não ficaram fora nem por trinta minutos. — Sirius comentou. — O seu Sev já enjoo de você?
Potter fechou a expressão com aquilo, eles estavam no meio da sala comunal, não era lugar de falar sobre o seu relacionamento com Severus.
— Vamos pro dormitório vocês dois. — Ele falou enquanto puxava seus amigos. — Vou te contar tudinho o que eu fiz com o meu Sev, o beijo de hoje foi apenas o início.
Pads fez a maior expressão de nojo que James já viu, Remus bufou ao seu lado.
— Eu não entendo como ele foi capaz de te beijar. — Moony disse quando eles entraram no quarto. — Por que ele faria uma coisa dessa?
— Porque eu sou namorado dele. — James falou como se fosse óbvio.
Peter se jogou na cama , seu amigo parecia um pouco mais calmo.
— James, por favor. Seja mais realista.
— Ai Wormtail, doeu. — Ele sorriu enquanto se sentada ao lado do garoto. — Eu sei que ele não gosta de mim dessa forma, ainda não gosta de mim. Mas ele já está se sentindo mais à vontade na minha presença.
— Só se for mais a vontade pra te matar. — Pads falou sorrindo levemente. — Você é estúpido por querer ficar com alguém tipo ele. Você vai acabar morto.
— Mas qual seria a graça se não fosse assim? — James realmente não se importava com aquilo, naquele momento apenas uma coisa não saia de sua mente. — Mas, brincadeiras a parte, eu acho que Evans teve algo a ver com aquela reação de Severus. Ela entrou no salão principal logo depois dele, e ela não parecia nada feliz.
— Mas é claro que ela não deve estar feliz. — Remus falou. — Ela se apaixonou por você e acreditava que você também era apaixonado por ela, mas agora ela tem que ver você agir e dizer que na verdade sempre amou Snape. Se coloque no lugar dela.
— Eu não vou me colocar no lugar de ninguém. A única coisa que eu quero é que essa garota deixe Severus em paz.
— Isso tudo é medo dela ter o seu esquelético morceguinho novamente? — Sirius riu muito da cara dele. — Você é realmente estúpido.
— Cala a boca. — Ele não estava feliz com o fato de Lily ter conversado com Severus, aquilo poderia ter tido resultados horríveis pra ele. — Me ajudem a pensar em algo.
Seus amigos pareciam cansados, Peter o expulsou de sua cama pra poder se deitar confortavelmente.
— James, a minha única ideia é você deixar isso de lado enquanto ainda tem um pouquinho de dignidade.
— Eu não quero ter dignidade, eu quero ter o Severus. — Ele resmungou. — E você prometeu me ajudar, não se esqueça. Então coloque esse cérebro pra funcionar.
— Isso só pode ser brincadeira. — Seu amigo suspirou.
O restante da noite foi passada com os quatro fazendo planos. Ele não podia fazer nada se Sev decidiu entrar no jogo.
*
Na manhã seguinte ele foi imediatamente pra mesa da sonserina, sem se importar com os olhares que recebeu. Quando as pessoas os deixariam em paz?
Que povo intrometido.
— Bom dia gente. — Ele falou animadamente pros sonserinos enquanto se sentava ao lado de Severus, que o olhava sem acreditar. — Bom dia amor.
De forma rápida, ele se inclinou pro sonserino, o dando um beijo rápido no outro.
— Que merda Potter. — Snape disse baixinho, colocando uma mão no rosto do grifinório e o afastando. — O que você está fazendo aqui?
— Vim tomar café da manhã com você…? — James se sentia feliz, o seu morceguinho não o tinha azarado. — Vamos lá Sev, ontem você estava tão carinhoso.
— Cala a boca. — Severus o empurrou pra longe. — Eu não aguento mais você
Os amigos do seu namorado suspiraram.
— Você é bem insistente, isso devo admitir. — Rosier comentou, nenhum dos outros sonserinos pareciam dar importância pra James.
Sim, apenas pra James, porque os seus amigos decidiram que a única pessoa que queria namorar Severus era Potter, então apenas ele deveria passar por aquela situação.
— Obrigado. — Ele sorriu pro outro, que franziu o cenho. — Tudo pro meu morceguinho.
— Chega. — Severus se levantou e o puxou pra fora do salão principal.
— M-mas eu ainda nem comi Sev. — James tinha conseguido pegar apenas um pequeno pedaço de torta antes de Severus o arrastar pra fora.
— Não me importo. — O outro disse o levando até uma sala qualquer. — O que você quer com isso?
— Passar um tempo com o meu namorado? — James se sentia um pouco confuso, por que o outro o beijou na frente de todo mundo no dia anterior e agora o tratava daquela forma?
— Não somos namorados!
— Mas você me beijou de novo. Ontem. — O rosto de Severus passou de pálido pra vermelho em questão de segundos.
— Aquilo foi um pequeno erro, não se repetirá. Lamento.
— Ah não. — James se aproximou do outro. — Você tem que ser sincero comigo. Isso fere os meus sentimentos.
— Que merda de sentimentos seu porco? Só estamos nós dois aqui, então pare de fingir.
Agora James se sentiu ofendido, como o sonserino achava que sabia mais sobre os sentimentos de Potter do que ele próprio?
— Eu tenho sentimentos. Muitos deles.
— Sim, eu sei. Os piores sempre foram direcionados a mim. — Potter sentiu seu rosto arder de vergonha e um peso em sua barriga, o já conhecido sinal de culpa.
Se tinha uma coisa que ele lamentaria pro resto de sua vida era ter tratado o sonserino daquela forma, ele foi tão estúpido.
— Lamento por isso… — Ele realmente lamentava, mas não era aquele tipo de pedido de desculpas que ele queria fazer pra Sev. O sonserino merecia mais e James daria isso a ele, no tempo certo. — Mas não é sobre esses sentimentos de que eu estou falando.
Severus apenas ficou ali parado em silêncio enquanto olhava pra ele, James reuniu toda a sua coragem pra não desviar o olhar e foi graças a isso que ele viu o momento exato que o outro entendeu do que o grifinório estava falando.
— O que?! — Severus deu vários passos pra trás. — Esse é um tipo de piada cruel demais até pra alguém como você Potter.
— Não é uma piada, por mais difícil que possa ser pra você acreditar. — James de repente se sentia tímido. — Eu realmente am- não odeio você.
Severus estava com os olhos arregalados e boca aberta enquanto olhava pra James, o grifinório estava quase perguntando se o outro estava bem, quando o sonserino começou a rir alto.
— Essa foi boa Potter. —Severus limpou um pouquinho de lágrimas que tinha escorrido pelos cantos de seus olhos. — Isso tudo é porque eu te beijei inicialmente? Essa foi sua forma de se vingar ou qualquer outra coisa?
— Não, isso não é uma piada. — James revirou os olhos. — Estou falando sério sobre não odiar você e não banque o inocente, você tomou a iniciativa de me beijar duas vezes.
— É, eu fiz isso. — Severus parecia desacreditado dele próprio. — A primeira vez foi apenas pra te mostrar que eu nunca me interessei por Evans e a segunda foi porque eu estava com raiva.
Então Lily realmente tinha algo a ver com aquilo. Aquela garota…
— O que ela fez? — Ele perguntou interrompendo o outro.
Severus o olhou com uma expressão de confusão antes de responder.
— Nada relevante, mas, de qualquer forma, lamento por te envolver nisso. — Severus se aproximou levemente. — Então, acho que podemos acabar com essa brincadeira agora. Até mais.
Com isso o outro tentou passar por James, mas o grifinório foi rápido em entrar na frente, impedindo o sonserino de sair.
— Eu não estou brincando com você.
— Potter-
— Eu não estou brincando com você. — James se aproximou o suficiente pra prender o garoto contra uma parede próxima, Severus parecia estar entrando em colapso. — Não estou brincando sobre os meus sentimentos e nem sobre o fato de sermos namorados.
— Não somos namorados!
— Sim, nós somos. — James sorriu levemente pro outro que estava com o rostinho completamente vermelho. — Você me beijou porque quis.
— Maldita a hora que eu fiz-
Potter o interrompeu com um beijo acalorado. Por alguns instantes o sonserino pareceu tentar fingir que não queria, mas no final acabou passando os braços envolta dos ombros de James.
A boca de Severus era tão quentinha e macia, James queria o beijar pelo resto de sua vida. O beijo acabou quando Sev colocou ambas as mãos no peito do grifinório e o afastou, apenas o suficiente pra eles poderem respirar.
— Você está completamente louco. — Severus sibilou, os olhos arregalados e o peito subindo e descendo em uma respiração que não parecia encontrar ritmo. — Isso é... isso é um tipo de feitiço, não é? Você foi amaldiçoado. Não tem outra explicação.
James o observava em silêncio, ele ficou anormalmente sério, ele precisava que Sev acreditasse nele, pelo menos que o outro entendesse que o grifinório estava longe de o odiar.
Não havia mentiras, não havia piadas. Só verdade.
— Não é feitiço, Severus. É só você mesmo. Você fez isso comigo, desde o nosso primeiro ano.
— Eu não quero ouvir isso. — Severus tentou empurrá-lo, mas James não se mexeu. O seu morceguinho não tinha ideia do quão pequeno e magro ele era, não é? — Você já me ofendeu de diversas formas, sempre fazendo comentários sobre cada parte do meu corpo.
— Eu nunca coloquei comentários ofensivos sobre você, não era dessa forma. — James tentou dizer com calma.
— Não?! O seu principal alvo era o meu cabelo. Ou já se esqueceu de todas as vezes que você disse que o meu cabelo é nojento.
Severus estava com o rosto vermelho, James não conseguia dizer se era de raiva ou de vergonha por falar sobre aquilo. O grifinório suspirou, ele ferrou com tudo, não foi?
Ele tinha tanto o que compensar.
— Eu nunca disse que o seu cabelo é nojento. — James realmente nunca disse aquilo, ele sabia perfeitamente que o aspecto oleoso vinha acompanhado das muitas horas que Sev passava fazendo poções e Potter também tinha a teoria que o sonserino passava um tipo especial de óleo nos cabelos, pra não deixar as poções os danificarem ainda mais.
— Agora você também é mentiroso? Ou é apenas uma perda de memória seletiva? — Severus o olhava com raiva, o seu coração doeu um pouco com aquilo, assim como sempre doía a cada discussão que eles tiveram ao longo dos anos. — Eu me lembro Potter.
— Então está se lembrando errado porque eu nunca disse isso. Eu já disse que os seus cabelos estavam nojentos, mas nunca disse que eles são nojentos. — Severus franziu as sobrancelhas com aquilo. — Pode não parecer, mas tem uma grande diferença. E, me desculpe, mas eu não menti, você realmente não se cuida muito. Você não é muito vaidoso, o que não tem problema algum, eu me apaixonei por você mesmo assim.
Severus parecia não saber o que dizer, James sentiu seu rosto começar a esquentar. Aquilo estava ficando péssimo.
— Eu odeio você. Eu odeio tudo em você. O jeito que você anda, o jeito que você fala, o jeito que você sorri como se o mundo girasse ao seu redor.
Severus estava falando rápido demais, entusiasmado demais. Era uma gracinha ver o outro daquela forma.
— Então, você me odeia com paixão? — Por mais que James soubesse que tinha que conter sua língua, ele não conseguia evitar e talvez ele conseguisse aliviar o clima.
— Sim. —Severus disse rapidamente.
— Então, de certa forma, você já sente paixão por mim. — James riu da expressão incrédula do outro. — Isso já é um bom começo meu morceguinho.
— Você tem merda na cabeça?!
James o beijou de novo.
Deveria ser proibido alguém ser tão beijável igual Severus era, uma parte não muito bonita de James ficava feliz em saber que poucas pessoas tiveram aquela oportunidade e agora mais ninguém teria aquela oportunidade, apenas ele.
— Pare de me beijar dessa forma. — A respiração de Severus estava alta.
Potter sabia que o outro não estava odiando aquilo como queria aparentar, ele sabia que se o sonserino não quisesse ele já estaria voando pro outro lado da sala.
— Ok, basta me dizer como você quer ser beijado.
— Eu n-não quero ser beijado por você. — James revirou os olhos, mas não se soltou do outro.
— Por que você apenas não me diz o que Evans fez? Apenas pra que a gente possa resolver. — James não se esqueceria daquilo.
—Ainda nisso?
— Sim, me diz o que ela queria.
— Não é da sua conta.
— Somos namorados…
— De novo essa história? — Severus suspirou, de repente o sonserino parecia cansado. — Ela apenas verbalizou o que a escola inteira acha que eu fiz, que eu estou drogando você e por isso estamos namorando.
Potter sentiu sua cabeça começar a latejar, de novo esse boato?
Como as pessoas não viam que ele era o obcecado daquela relação? Talvez ele estivesse demonstrando pouco, ele deveria se empenhar mais.
— Besteira, não dê ouvidos pra eles. Eles não nos conhecem.
— ‘Não nos conhecem’? Que merda Potter.... O seu cérebro parece já ter se corroído por completo. — Severus o olhou com pena.
James apenas deu de ombros.
— Era por isso que você me beijou? Apenas pra fazer ciúmes nela? A fazer ficar com raiva? — Severus desviou o olhar e tentou se soltar novamente, James o segurou mais forte. O grifinório estaria mentindo se dissesse que não sentia ciúmes do outro ainda dar tanta importância pra aquela garota, mas talvez aquilo o ajudasse. — Sendo assim, proponho que você continue me beijando.
Sev o olhou rapidamente.
— Pervertido!
— É você que me beija e eu que sou o pervertido?
— Você nunca vai me deixar esquecer isso, não é?
— Não, não mesmo.
James sorriu largamente pro outro enquanto se aproximava e o beijava, dessa fez Severus nem fingiu não querer, o sonserino apenas deixou Potter o beijar da forma que queria.
De alguma maneira, as coisas escalaram rapidamente depois disso, era surpreendente que Sev ainda não o tivesse azarado, talvez o seu morceguinho estivesse de bom humor.
Se permitindo ser mais ousado, James passou a beijar as bochechas do outro e então foi descendo até chegar naquele pescoço pálido que o fazia sonhar. Severus tinha a pele tão macia, tão fácil de ser marcada.
— P-Potter… — Severus suspirou e o grifinório nunca tinha se sentido tão feliz como naquele momento.
Ele, James Potter, fez Severus Snape suspirou o seu nome. Ele podia gritar e pular de felicidade.
Se animando ainda mais, James deixou uma de suas mãos descerem pelos quadris magros de Severus e então se abaixando levemente ele conseguiu erguer uma das pernas do sonserino.
— O que v-você pensa que está fazendo? — Severus tentou se afastar, mas James agiu mais rápido e o colocou sentado sob uma mesa próxima, reivindicando um espaço entre as pernas bonitas de Sev. — Pot-
— James, amor. Me chame de James. — Sua respiração estava pesada e ele começava a sentir uma leve ereção querendo surgir.
Será que Severus o bateria muito se ele se pressionar contra o sonserino?
Talvez valeria a pena, foi pensando nisso que ele passou a beijar e apertar ainda mais o sonserino contra ele, foi grande alegria que ele percebeu que o seu namorado também estava ficando mais rígido.
Merlin, talvez Sev dissesse sim pro seu pedido de dias atrás. Só em pensar em ter o pau do outro dentro de sua boca quase o fez gozar, ele precisa ver e pegar aquela parte de Sev, Deveria ser tão lindo.
Gemendo, ele desceu uma das mãos até a parte da frente de Sev, mas antes que ele pudesse fazer algo a respeito a porta foi aberta., tudo pareceu parar por alguns segundo. Severus que estava com os braços envolta de seus ombros e ocasionalmente bagunçava os seus cabelos o soltou rapidamente.
Se virando pra trás, pronto pra mandar seja lá quem tivesse aberto aquela porta e atarpalhado o seu momento, ele se deparou com um professor de História da Magia e logo atrás dele vários alunos da corvinal e da lufa-lufa, todos do primeiro ano.
— Mas que pouca vergonha é essa?! — O professor entrou na frente das crianças, numa tentativa falha de os poupar daquela visão, alguns espertinhos estavam esticando o pescoço pra verem.
Severus o empurrou pra longe rapidamente enquanto tentava se arrumar.
— Lamento por isso professor. — Seu morceguinho tentou dizer, James pôde ver seus olhinhos pretos brilharem. Aquilo sim ele reconhecia como uma expressão de vergonha do outro, era lindo.
— Pra sala do diretor imediatamente. — O rosto do homem estava vermelho. — Antigamente, os alunos daqui eram mais discretos.
— Não precisa de tanto. — James falou entrando um pouco na frente de Sev, o sonserino estava bonito demais pra outro homem o ver daquele jeito. — O senhor já foi adolescente, sabe como é, certo? Um pouco de beijos aqui, uns abraços ali e outras coisinhas…
O rosto do professor ficou vermelho brilhante, James sentiu um pouco de pena.
— Potter… — Severus o cutucou. — Desculpe professor, mas falar com diretor apenas por causa disso parece um pouco demais, n-não teria como…
A voz de seu morceguinho morreu aos poucos, o pobre coitado nem conseguia olhar pra cima de tanta vergonha.
— Certo senhor Snape, mas a professora McGonagall saberá sobre isso. — Agora James sentiu um arrepio subir por sua espinha, sua chefe de casa não tolerava aquele tipo de comportamento ainda mais na presença de crianças menores. E muito menos sendo a outra pessoa Severus, aquela mulher gostava do sonserino igual uma mãe galinha.
Aquilo não era uma boa ideia, respirando fundo ele tentou persuadir o professor.
— Talvez falar com o diretor seja mais apropriado-
O homem o cortou rapidamente quando o burburinho das crianças ficou mais alto.
— Saiam da minha sala agora!
Porra, ele estava ferrado.
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