Aeternus

Harry Potter - J. K. Rowling
M/M
G
Aeternus
Summary
Severus Snape nunca se importou com o que diziam sobre ele e Lily Evans. Mas quando James Potter o pressiona sobre esse assunto mais uma vez, a verdade escapa antes que ele possa se conter.O que deveria ser apenas mais uma briga entre rivais se transforma em algo diferente, algo que fez o sonserino se odiar só mais um pouquinho. Por que ele sempre tinha que se meter naquele tipo de confusão?Mas no final ele não tinha para onde correr, até porque, nem sempre o que parece ódio é realmente ódio.
Note
Capítulo sem revisão. Boa leitura!
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Chapter 1

*

 

Severus não queria acreditar que estava fazendo aquilo, por Merlin, quando foi que ele se tornou amigável com algum dos marotos, mas lá estava ele na frente da sala comunal da grifinória esperando Pettigrew.

Tudo culpa de Barty, o idiota.

Tudo bem que Peter melhorou e amadureceu muito nos últimos anos, mas uma coisa era ele aceitar e concordar com isso, outra coisa bem diferente era ele ter alguma relação com o grifinório.

Eles iriam pra uma pequena reunião entre eles mesmo, era em um lugar mais afastado, ficada nas masmorras, Barty havia insistido pra levar Peter, mas o problema era que o grifinório não sabia onde ficava e o corvino teria reunião dos monitores, ou seja, não teria tempo de ir buscar Peter.

No final, acabou sobrando tudo no rabo de Severus, ele se odiava um pouquinho mais por ter se colocado naquela situação. Que estresse.

— Onde está esse garoto? — Sev sussurrou pra si mesmo, ele jamais diria em voz alta, mas ele estava com medo de ser visto ali.

A última vez que ele esteve de frente pra aquele retrato foi logo depois da briga que ele teve com Lily, ele havia ido até lá pra conversar com a garota, mas tudo que ele ganhou foi o fim de uma amizade. Naquele ano foi quase impossível conviver com aquele fato, porém hoje em dia ele mal podia dizer que se importava.

Mas isso era algo que apenas ele sabia, pros outros grifinórios ele ainda gostava de Lily, muitos diziam que ele era apaixonado pela ruiva, o que era completamente ridículo. Ele era gay, ele nunca entendeu como as pessoas não percebiam isso, Severus nunca fez questão de esconder.

Mesmo com todo esse drama envolvendo ele e Lily, não era ela que ele estava apreensivo de encontrar, mas sim com Potter ou Black, ou pior, os dois juntos. Aquilo seria um pesadelo.

Peter estava demorando e sua perna direita começou a tremer.

— Sev-Snape? — A voz de Lily o tirou de seus pensamentos. Ele amaldiçoou a sua grande sorte. Que inferno. — O que você faz aqui? Achei que tinha sido bem clara da última vez que você veio.

Suspirando ele se virou pra ver a garota e ele tem certeza que deve ter feito uma careta ao ver a ruiva rodeada de outros grifinórios, todos monitores, incluindo Potter. ele odiava aquelas pessoas.

— Não estou aqui por você. — Foi tudo o que ele disse, ele não precisava se justificar pra Evans.

Claramente nenhuma deles acreditou, Lily suspirou e se aproximou dele.

— Você deveria ir embora.

Severus quase não acreditou na audácia dela dizer aquilo pra ele.

— Não. Eu não estou aqui por sua causa, isso não tem nada a ver com você.

Onde estava a porra do Peter? Ele mataria aquele garoto.

Tudo culpa de Barty, por que aquele idiota não veio ele mesmo buscar o namoradinho dele? Era o namorado dele, ou seja lá o que eles fossem, Crouch deveria ter dado um jeito.

E por que Severus desaprendeu a falar não pros seus amigos?

— Você não se cansa não Sniv? — Potter perguntou se aproximando ficando entre ele e Lily.

Severus suspirou, ele não conseguia entender a mente daquele ser.

Potter sempre pareceu o odiar por ser sonserino e principalmente por ser amigo de Lily, a garota por quem ele se dizia apaixonado, mas então Sev não era mais amigo da garota e ainda assim o grifinório não o deixava em paz.

Ele diminuiu um pouco a implicancia depois de toda aquela história do lobisomem e do lago negro, mas não foi o suficiente pra Severus, o sonserino preferiria que o outro morresse logo.

— Estou falando com você Snape. — O porco se aproximou ainda mais. — É falta de educação não responder. O que você faz aqui?

— Por que você tem essa fixação esquisita em mim? — Severus perguntou antes que conseguisse se conter. Os olhos de Potter se arregalaram levemente. — Ao invés de estar tentando namorar Evans, você só fica me perseguindo. Qual é o seu problema?

Potter riu alto com aquilo.

— Perseguindo você. — O grifinório riu ainda mais, ele era o único a rir. — Até parece Snape. Eu apenas ajudo a garantir que você não machuque mais ninguém, todos sabemos o tipo de pessoa que você é, e é por isso que me preocupo com o que você está fazendo aqui. Veio rastejar por Lily novamente.

— James... — Lily o chamou levemente enquanto olhava entre eles. Severus suspirou e se perguntou novamente o que ele estava fazendo ali.

— Você ainda acredita nessa patifaria que eu sou apaixonado por ela?

— Não precisa ter vergonha de admitir, todos sabemos disso. Sabemos também que ela nunca te quis.

Agora foi a fez do sonserino de rir igual maluco, mas que merda.

O que ele estava fazendo de errado que as pessoas achavam que ele era hétero? Que pesadelo.

— Pela última vez seu porco, eu não sou apaixonado por Evans, não precisa se preocupar com isso. — Severus se aproximou mais do outro. — E eu não estou aqui por nenhum de vocês.

— Nem você acredita nisso. — Eles estavam a menos de trinta centímetros de distância um do outro. — O que você faz aqui?

— James, vamos entrar. Ele não tem importância. — Lily tornou a falar.

— Não, agora eu quero saber o que ele faz aqui. — Potter estava anormalmente sério. — Veio ver outra pessoa? Talvez possa ser outra garota que você anda perseguindo por aí.

Agora o idiota estava começando a ofendê-lo de verdade. Ele podia ser esquisito, mas não era porra de um perseguidor e assediador.

Potter era aquelas coisas, não ele.

— Seu bastardo. Acredito que você esteja projetando os seus defeitos em mim.

— O que você quer dizer Sniv, seja mais direto. — Potter o prendeu contra a parede, ao fundo ele podia ouvir mais vozes tentando persuadir James de o deixar, mas o porco não se mexeu nem um centímetro pra longe dele.

— Estou dizendo que você é a pessoa que persegue os outros por aí, e nem sempre são garotas. — Severus estava de saco de cheio daquelas brigas, por Merlin, eles estavam no último ano, aquilo já não deveria ter ficado pra trás. — Na maioria das vezes você está mais atrás de mim do que de Evans, sabe, a Evans, a garota por quem você é apaixonado.

— Não seja ridículo. Eu apenas observo você como medida de segurança pra todos desse castelo. — Especialmente da senhorita Evans.

Severus revirou os olhos com força, ele já não aguentava mais.

— Você é estúpido por nunca ter notado isso sozinho seu porco. — Potter abriu a boca pra retrucar, mas Sev continuou. — Seria mais provável eu perseguir você.

O corredor ficou completamente silencioso, até Lily o olhou como se tivesse nascido uma segunda cabeça nele, o que não fazia sentido, por Merlin, eles já foram melhores amigos, como ela não percebeu? Será que até ela achava que ele era apaixonado por ela?

Em sua mente ele nunca demonstrou qualquer sinal de paixão pela menina, ele nunca se declarou ou impediu outros garotos de se aproximarem de Lily, o problema sempre foi Potter. O grifinório sempre o incomodou e nunca pareceu ser bom o suficiente pra ela, era apenas preocupação de amigo e talvez até de irmão.

Ele nunca deveria ter se intrometido, talvez se ele tivesse ficado quieto as pessoas, os meninos mais especificamente, poderia ter percebido. Ele mal tinha beijado em toda a sua adolescência, tão diferente dos seus colegas. E isso tudo porque as pessoas pensavam que ele era hétero.

Se bem que ele também não tinha a melhor aparência ou personalidade, mas mesmo assim, tinha pessoas piores do que ele que tinham até namorados, então como ele nunca teve mais de quatro beijos ao longo de sua curta vida?

Que estresse.

Potter abriu e fechou a boca igual um peixinho fora d'água, seria engraçado, se aquele momento não estivesse sugado todas as forças de Severus.

— O- o que? — O idiota perguntou o olhando estranho, suas sobrancelhas estavam franzidas e suas pupilas levemente dilatas.

Suspirando, Severus passou a olhar atentamente pro outro.

O grifinório não era feio, por Merlin, ele estava longe de ser considerado feio, o que realmente o deixava podre era algumas de suas atitudes. Ele era um tremendo falso moralista, mas era um falso moralista bonito.

Potter tinha a pele escura, os cabelos ondulados e rebeldes, seu nariz era mais reto, sua boca era cheia e malditamente desenhada, até os seus olhos por trás daquele óculos horroroso, conseguiam ser bonitos. Ele também era alto, não tanto quanto Lupin ou Black, mas ainda assim mais alta que Sev, e ele também tinha músculos.

Com um revirar de olhos, Severus percebeu que o outro se tornaria um homem adulto bem bonito, aquilo era injusto. Uma pessoa tão ruim, não podia ser tão bonita.

Severus não sabia por que ainda estava ali. Ele podia simplesmente empurrar o porco pra longe, cuspir um insulto e ir embora, mas algo nele se recusava a se mover. Talvez fosse o cansaço, talvez fosse o absurdo de toda aquela conversa, ou talvez fosse a maneira como Potter o olhava naquele momento, ele nunca tinha o olhado daquela forma antes. Era desconcertante.

O silêncio que se estendeu entre eles era quase sufocante. Severus se aproximou ainda mais do outro, Potter não se moveu, na verdade, ele mal piscou. Seu próprio coração batia alto demais em seus ouvidos.

Que merda ele estava fazendo?

E então, antes que pudesse pensar melhor, antes que a razão o impedisse, ele agarrou a frente do uniforme de James e puxou-o para si.

Foi um choque. O toque dos lábios de James foi ríspido, despreparado, uma colisão de bocas que com certeza não deveria estar acontecendo. Severus sentiu o corpo do grifinório enrijecer em sua captura, mas não o afastou e também não se aproximou.

Ele esperou pelo soco, pelo empurrão, pela explosão de ódio que certamente viria. Mas nada aconteceu.

O grifinório não se afastou.

Na verdade, foi o porco quem aprofundou o beijo.

Foi rápido, intenso, um fogo que queimava por dentro. As mãos de Potter continuavam firmemente ao lado de seu corpo, sem tocar Severus, mas os lábios do grifinório parecia prender Severus no lugar.

A princípio, parecia que ambos estavam apenas testando os limites um do outro, medindo forças. Mas então, algo mudou. Os lábios de Potter, antes rígidos começaram a se mover contra os de Severus de forma mais fluida.

Merlin, ele não deveria estar fazendo aquilo.

Severus sentiu seu próprio coração falhar uma batida quando James deu um pequeno passo à frente, ainda sem o tocar realmente, mas ele conseguiu os pressionar ainda mais um contra o outro.

O calor do corpo dele o envolveu, e, por um momento, Severus esqueceu onde estavam. Quem eram. O que deveriam ser.

Ele não deveria estar beijando James Potter.

Mas a realidade voltou como um balde de água fria quando alguém pigarreou alto.

Lily.

Severus se afastou tão rápido que quase tropeçou. James piscou algumas vezes, os lábios inchados e os olhos arregalados, claramente tão atordoado quanto Severus. O corredor estava mergulhado em silêncio mais uma vez, mas agora era um silêncio diferente, Snape queria sair correndo dali, especialmente porque ele acreditava que agora ele seria azarado.

Evans parecia estar vendo eles pela primeira vez. Atrás dela, os outros monitores da Grifinória pareciam igualmente perplexos, como se não conseguissem acreditar no que haviam acabado de testemunhar, o que o sonserino não podia julgar, nem ele acreditava no que acabou de fazer.

James limpou a garganta e olhou para Severus, a confusão ainda dançando em seus olhos castanhos.

Severus sentiu o rosto corar violentamente.

Merda.

— O que... que merda foi essa? — James arfou.

— E-eu estava apenas demonstrando que não me interesso por Evans ou por qualquer outra garota. — Sua respiração estava pesada, droga. — Então, não precisa mais se preocupar comigo, pode seguir o seu caminho, que eu vou seguir o meu.

Ele se virou sem esperar por uma resposta ou pela merda do Peter, aquele grifinório baixinho que se lasque.

 

*

 

A gargalhada alta de Avery e Mulciber foi ouvida por toda a masmorra, o bando de desgraçados.

Depois do seu momento de burrice naquele corredor, ele apenas avisou aos amigos que não participaria da reunião e que não encontrou com Peter, surpreendentemente os seus amigos o deixaram quieto.

Pelo menos até Barty resolver que teria Peter com ele naquela noite e ir pessoalmente buscar o garoto, garoto esse que demonstrou ser bastante fofoqueiro.

Seu quarto foi invadido por todos, até mesmo Charity e Aurora, conseguiram entrar, como ele não fazia ideia.

— Não... — Barty disse enquanto lágrimas escorriam por seus olhos, o idiota mal estava conseuindo falar de tanto rir. — V-você realmente o beijou? Beijo beijo?

Ele simplesmente parou de se importar com as falas deles, todos estavam rindo da sua desgraça. Aí, como ele se odiava.

Talvez aquela fosse uma linda noite pra pular da torre de astronomia.

— Calem a boca. — Ele exclamou, seu rosto estava quente de vergonha. Que humilhção. — Foi um acident-

— Como se beija alguém por acidente? — Charity o perguntou tentando não rir.

— De todas as formas que você poderia mostrar que não é apaixonado por Evans. Você decide fazer logo isso? — Wilkes perguntou o olhando com pena.

Ele gemeu, que situação mais miserável que ele se meteu.

— Por que você tinha que beijar logo ele? — Reg sentou ao seu lado na cama. — Se você queria tanto assim mostrar que é gay, poderia ter beijado qualquer um. Até mesmo eu.

— Regulus! — Severus olhou chocado pro amigo mais novo. — Não fale essas coisas, você é como um irmão. É estranho.

— Só estou dizendo que você tinha mais opções.

— Não foi planejado. Parem de rir vocês dois. — Ele jogou um travesseiro em Bruce e Edmund, os idiotas estavam passando mal. — Apenas aconteceu e agora eu não sei como sair dessa situação. Ele deve estar com raiva por eu, o velho e nojento Snivellus, ter o beijado na frente de todos.

Ele queria chorar, como ele era estúpido.

— Não se preocupe com isso. Se eles tentarem algo, eu mesmo o afogo no lago negro. — Rosier disse e ele estava sério demais pra aquilo ser apenas uma brincadeira ou um tentativa de fazer Sev se sentir melhor.

Severus ficou um pouquinho mais confiante.

 

*

 

— Ele me beijou, Moony. Me beijou na boca. — James não se cansava de falar sobre aquilo, Merlin, ele mal dormiu a noite apenas pensando naquele beijo.

— Sim, eu sei. Eu estava lá James.

— Na boca. — Ele sussurrou em êxtase enquanto tentava se arrumar pras aulas. — Na boca, sabe o que isso significa? Que eu o odiei atoa, eu fiquei com raiva por ele ser hétero e apaixonado por Evans sem motivo algum. Porque ele é gay. Gay, Remus. E sabe o que mais isso significa? Que eu posso fazer ele ser gay por mim.

— Ai que inferno James Potter! — Sirius gritou. — Eu não aguento mais isso. Se você o quer tanto assim, mesmo sendo capaz de arrumar algo melhor, vai lá e pega ele.

— Não acho que funcione desse jeito Pads. — Remus disse suavemente.

— Não, Sirius está certo. — Eles começaram a andar em direção ao salão principal, James não se incomodou nenhum pouco com os olhares que estava recebendo. — Eu vou lá e vou pegar ele.

— Como? Ilumine minha mente com sua ideia brilhante. — Moony disse. — Você pretende pegar ele ainda estando vivo ou depois de se tornar um fantasma quando ele te matar? Como você pretende o perturbar?

— Você verá meu querido Moony. — James já tinha uma ideia em sua mente.

Chegar ao salão principal foi meio chatinho, todos o olhavam como se ele fosse uma peça rara em uma exposição de algum museu e Lily o estava olhando como se ele fosse amaldiçoado, o que ele não se surpreendia. Em algum ano anterior a garota chegou a falar de forma brincalhona que ele mais parecia obcecado por Snape do que por qualquer outra coisa, bom, agora ela tinha a confirmação.

James não se afastou daquele beijo.

Ele apenas se perguntava como ele não percebeu que o outro não se interessava por mulheres? Como ele conseguiu ser tão alheio aquilo?

Durante todo o dia ele olhou, sempre que tinha a oportunidade, pra Severus. O que ele sabia que estava incomodando o sonserino, que sempre olhava por cima dos ombros e sempre James o lançava o seu melhor sorriso.

— Está legal seu porco, o que você quer? — Snape o perguntou logo após o seguir até uma pequena sala anexada a sala de aula de poções. — Vai me bater? Me azarar? Se for isso, faça logo.

— É claro que não. — James nunca nem sequer pensou em fazer aquilo. — Eu apenas estou pensando sobre os boatos que estão rodando por aí. Dizem que somos namorados secretos, sabia? E que você ficou com tanto ciúmes que não conseguiu mais esconder.

Severus bufou.

— Eu vou desmentir cada uma dessas coisas, quer que eu diga que me aproveitei de você também? — O sonserino perguntou sarcasticamente.

— Sim. — James respondeu com um sorrisinho, o mais inocente que ele conseguiu.

Foi gratificante ver o rosto de Severus cair em completa descrença.

— O que? Você não pode estar falando sério? — Snape se aproximou dele. — E você não recuou.

— Eu fiquei completamente paralizado.

— Foi você que aprofundou o beijo seu porco.

— Mas foi você que me agarrou, em momento algum eu coloquei minhas mãos em você.

Severus suspirou com força, James viu nitidamente a língua rosada do outro umedecendo os lábios, era uma bela visão, fez a imaginação de Potter voar.

— O que você quer dizer, que eu sou um assediador? Um agressor? — Severus parecia com raiva.

Eles tinham sorte de não ter entrado ninguém naquela salinha.

— Sim e é exatamente por isso que você tem que se redimir... — Potter fingiu uma expressão de pesar. — O que as pessoas diriam se esse tipo de boato se espalhar por aí, eu não quero que isso aconteça, mas você sabe como as outras pessoas são. Elas são fofoqueiras e podem falar coisas ruins de você.

— Certo, pedirei desculpas públicas a você por tudo e em troca você me deixa em paz, pare de me encarar como se fosse perfurar minha cabeça com seus olhos.

Potter parou um pouco e deliberadamente demorou pra responder, era bom ver Severus quase se contorcendo de vontade de bater nele.

— Acho que não. — Snape abriu a boca e arregalou os olhos. — Você se aproveitou da minha inocência e-

— Que porra de inocência?! — Severus se aproximou, Potter viu o outro fechando as mãos em punho. Ele era uma gracinha.

— Eu sou um garoto de família, você terá que assumir sua responsabilidade. — James sorriu amplamente pro outro, principalmente ao ver a expressão de incredulidade do sonserino. — Você me fez sonhar e ter esperanças, foi tudo culpa sua, logo é sua responsabilidade.

— O que você quer dizer com isso? — Severus parecia cauteloso e com raiva.

Era agora, agora era o seu momento. A sua grande chance.

— Você terá que me assumir, é claro.

Os olhos escuros de Severus se arregalaram comicamente enquanto seu rosto ia perdendo a cor. James nunca se sentiu tão feliz.

 

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