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Teenage Bounty Hunters (TV)
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Summary
Elas nunca realmente tiveram uma conversa, nunca se falaram, apesar da proximidade entre suas casas, mas April sabia quem era ela: ela é Sterling Wesley, frequentavam a mesma escola, embora fizessem parte de grupos completamente distintos no pequeno círculo social do Ensino Médio de uma escola particular em Atlanta, cidade onde ela passou a vida toda recebendo informações aleatórias da garota, da maneira como quem estudava na mesma escola e morava no mesmo bairro deveria receber. Sabia que ela era muito apegada a sua irmã gêmea, sabia que Sterling estava no time de futebol feminino do colégio, e em algumas de suas aulas. Mas, com certeza não sabia o suficiente para entender porque a menina estava chorando em sua janela às 2:00am de uma quarta-feira.
Note
Hey guys!Estou escrevendo algo totalmente diferente, mas eu precisava escrever sobre Stepril.Ajudem as movimentações para salvar Teenage Bounty Hunters nas redes sociais.Enjoy!
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Same place

-Eu ainda estou tentando entender o que estamos fazendo aqui. – Ezequiel resmunga, deitado de costas na arquibancada, tapando o sol com a mão para lançar sobre April um olhar questionador. Aquilo havia sido ideia dela, e a sua execução exigiu certa insistência visto o quanto aquilo era diferente do que eles geralmente faziam. Treinos do time de futebol significavam que a escola estaria vazia, e que eles poderiam ficar em paz dentro do prédio, já que nenhum dos três tinha o menor interesse em assistir aos treinos ou conviver com os alunos que de fato assistiam. Mas April insistiu o suficiente, alegando que fazer algo diferente, para variar, não iria matar ninguém, e eles aceitaram, embora relutantes e desconfiados. Era impossível não haver nada por trás do súbito desejo de April.
Então lá estavam os três, esparramados pelas arquibancadas em posições estranhas quase como se não soubessem como se comportar em uma atividade tão banal, mas tão distante de seus interesses, e parando para observar, April precisava admitir que aquilo era de fato engraçado.
-Não era você que não via sentido no amor juvenil por esportes?
-É sério? – April pergunta, revirando os olhos e levantando a cabeça para olhar Zequi, deitado dois degraus acima de onde ela estava, mas não dá a ele mais que míseros segundos da sua atenção. Volta a olhar para o campo, para onde o time feminino de futebol da escola se divide em grupos para performar diversas tarefas, e sabe exatamente para onde olhar para voltar sua visão a um certo rabo de cavalo loiro balançando de um lado para outro enquanto Sterling corria entre cones com uma bola nos pés. Se fosse necessário explicar o porquê de ter decidido vir até aqui, April não saberia como, mas após a noite passada, ela apenas sentia que deveria estar no mesmo lugar que Sterling mais uma vez.
-Isso é tão ruim assim?
-Eu só estou dizendo, é um pouco suspeito, oras. – Ele dá de ombros, e volta a deitar a cabeça que levantara para retribuir o olhar de Taylor, fechando os olhos antes de continuar falando. -Inclusive, meu irmão me disse para levar você na festa do Miles Taylor na sexta. Aparentemente eles têm uma regra de que quanto mais garotas, melhor, então...
-E você avisou que não somos o tipo de garotas que eles esperam? – Hannah morde o palito de um pirulito que há muito já acabou, o que era apenas uma distração para os seus lábios para que a vontade de acender um cigarro não ficasse grande demais. Treinos em campo significavam que todos os treinadores estariam presentes, e treinadores ainda eram figuras de autoridade. Zequi por sua vez, apenas dá de ombros.
-Eu vou deixá-los descobrirem sozinhos. – Ele estica o braço para empurrar o ombro de April com as pontas dos dedos, mas ela não faz mais que apenas balançar o ombro para se livrar da sua provocação. – Afinal, a April ainda é meio hétero, não?
-Você sabe como eu me sinto a respeito de rótulos, e sabe também que gosto de garotas, Zequi. – April aperta os olhos quando o sol sai de trás da nuvem que cobria momentaneamente, e não os desvia de seu alvo para responder Ezequiel. Sterling agora se prepara para correr ao redor do campo com um grupo de meninas vestindo uniformes similares ao dela, e há algo curiosamente instigante na maneira como ela alonga o pescoço com os olhos fechados. April volta a atenção para Zequi, era uma piada recorrente da parte dele. Ela não se preocupava com as brincadeiras do garoto, sabia que ele mais que ninguém, a entendia, e a apoiava, por completo.
-Mas para qualquer menino do time de futebol eu sou 100% gay.
-Talvez a April tenha uma nova crush no time de futebol feminino. – Hannah desliza na arquibancada para sentar mais próxima de April, a empurrando com ombro em uma provocação semelhante à de Zequi, e April tira os olhos de Sterling como quem tira a mão de uma superfície quente, para assegurar que nenhum dos dois seguiria a trilha do seu olhar para descobrirem o alvo do seu interesse. Ela pensa se falaria com um dos dois a respeito daquilo em breve, mas se dá conta de que não há nada para se contar.
-É isso April? – Ela apenas revira os olhos e finge varrer as arquibancadas com o olhar, checando quem eram seus outros ocupadores.
-Vocês não estão aqui à força, sabe.
-Isso explicaria muita coisa. – Zequi se levanta para se sentar no degrau logo acima de onde April estava sentada, se inclinando sobre ela e apoiando o queixo na mão ao apertar os olhos, questionando-a. Do seu lado, April tenta manter uma expressão neutra, e fingir que não está ficando envergonhada com o rumo da conversa.
-Então, Stevens? Qual das atletas da melhor liga estudantil da região de Atlanta ganhou o seu seleto interesse?
-Eu voto... hmm.. na morena fazendo alongamentos. – Hannah balança a cabeça na direção de uma das meninas espalhadas pela beirada do campo, fazendo alongamentos em posições que April sem dúvidas acharia bastante interessante se o seu foco não estivesse tão bem direcionado, e ela está se aproximando e April precisa respirar mais devagar para se convencer de que não está nervosa, pois isso seria ridículo, não é?
Ezequiel segue o olhar das duas. -É, definitivamente. Faz sentido pra mim.
-Vocês são os piores. – Graças a pequena discussão, todos os três estão olhando para a margem do campo, o que faz com que o momento em que Sterling acena para April enquanto dá as voltas ao redor do campo se torne impossível de perder. April sorri para acenar de volta, em uma curta interação que dura apenas os segundos necessários para que Sterling volte a prestar atenção em seu caminho, mas que com certeza alarma seus amigos da maneira como ela estava tentando evitar durante o dia inteiro. Era isso ela estava realmente no inferno.
-O que acabou de acontecer? – Zequi ajeita a postura, se afastando um pouco de April, com o dedo indicador apontado para ela e os olhos arregalados como se acabasse de presenciar um acontecimento paranormal. April deixa a cabeça cair até apoiá-la nos joelhos, e solta um grunhido: ela odiava dar explicações, principalmente a coisas que não as exigiam.
-A loira – Hanah questiona em um tom que sugere que ela acha a ideia absurda. -Qual o nome dela mesmo? Sterls?
-Sterling. – April corrige, levantando o rosto, rápido o suficiente para receber dos dois olhares extremamente desconfiados, e ela sabe que nada do que disser a partir de agora terá algum crédito. Mesmo assim, tenta de defender. -E não é nada disso que vocês estão pensando.
-Eu estou intrigado. De onde isso saiu? – Zequi agora acompanha Sterling com os olhos da maneira como April fazia antes, parecendo analisar a garota para procurar algum sentido no que acaba de presenciar, e April tenta não fazer o mesmo, focando nos dois rostos familiares e acusatórios ao seu redor.
-Vocês sabem que ela é a minha vizinha, né? Tipo, desde sempre. Não é tão estranho assim que ela tenha me cumprimentado. – Ela alterna o olhar entre os dois, tentando parecer convincente, sem aparentar estar nervosa, mas nenhuma das duas expressões faciais muda, e April sabe que não há nada que possa fazer: ela vai precisar esperar que o tempo faça eles esquecerem disso, e partirem para a próxima implicância.
-Então por que você está nervosa? – Hannah empurra os joelhos de April e está rindo, e Zequi também está rindo, e de repente fica difícil demais controlar o próprio temperamento daquela maneira que os dois conheciam muito bem.
-Eu não estou! Olha, se vocês quiserem podemos ir embora agora. – April se levanta, tapando o sol que brilhava sobre eles, com seus braços cruzados e cara fechada, e Ezequiel e Hannah se entreolham. É hora de parar, e os dois sabem disso.
-Relaxa, Stevens. Não temos nada para fazer mesmo. – Zequi diz em um tom bem mais brando cutucando Hannah, que apenas passa o olhar para o outro lado, com próprio joelho em um avis para que ela também não insista, e April volta a se sentar, pegando apenas um vislumbre do sorriso de Zequi antes que ele diga. -Mas eu vou estar acompanhando o seu olhar, querida Stevens. – Ele estava mais acostumado a lidar com os pequenos episódios de April, e era o apaziguador dessas situações na maior parte das vezes.
E ela tenta não olhar tanto assim para Sterling.
_

-Você vai me contar o que aconteceu com o Miles ou eu vou ter que descobrir por conta própria? – Sterling olha por cima do ombro, com as mãos ainda enfiadas na mochila que arruma, e vê Blair se aproximar, penteando molhado depois de sair do chuveiro e com uma expressão impaciente de quem esteve esperando o dia inteiro para ouvir uma explicação.
Sterling havia comunicado o término para irmã apenas no início do treino, esperando que o tempo que precisariam passar naquela atividade dessa a ela alguns instantes para pensar antes de ter que explicar toda a história para Blair, porque ela sabia que teria, elas compartilhavam tudo então. Ela esperou até que o vestiário estivesse o mais vazio possível para voltar a tocar no assunto. Mas Sterling não queria falar sobre isso. Assim como na noite interior, ela não queria falar sobre isso.
E pensando na noite anterior, ela pensa em April. Sterling já havia visto ela no colégio, isso era óbvio, mas tem quase certeza de que aquela foi a primeira vez em que a viu nas arquibancadas durante o treino, talvez a menina já tenha assistido a outros treinos, talvez aquela tenha sido apenas a primeira vez que Sterling realmente se importou em observar quem estava na arquibancada.
Ver o rosto de April novamente após a breve conversa que tiveram na noite anterior havia sido uma surpresa agradável (agradável o suficiente para fazer Sterling se esforçar apenas um pouco mais em sua performance no treino, mas ela jamais admitiria isso) e diminuíra consideravelmente a sua necessidade de falar sobre o término: ela já havia colocado aquilo para fora da maneira simplória que desejava, sem responder aos intermináveis interrogatórios de Blair, e das suas amigas, e aquilo era o suficiente pra ela.
E ela precisava agradecer a April por isso.
-Ele provavelmente só está falando pra todo mundo que eu sou louca, então eu duvido que você descubra alguma coisa útil. – Sterling dá de ombros, e volta a organizar sua mochila para poder fechá-la e correr para a próxima aula. -Mas eu não quero falar sobre isso agora.
-Mas você sabe que vai ter que falar eventualmente, não é? – Blair se senta no banco ao lado de onde Sterling apoia sua mochila, e ela olha para sua irmã com um meio sorriso no rosto. Ela não duvidou nem por um instante que precisaria dar alguma explicação, mas esperava conseguir adiar aquele momento por tempo o suficiente para que a tal da explicação pudesse ser resumir a apenas algumas palavras, mas ela já sabia que Blair tiraria mais que simples palavras dela.
-Você não me deixaria viver em paz se eu não contasse.
-Ainda bem que você sabe. – Blair franze as sobrancelhas, e depois sorri, aceitando deixar o assunto descansar por mais algum tempinho a irmã silenciosamente pedia que ela fizesse.
-Você vai na festa?
-Urgh, não. Não mesmo! – Sterling revira os olhos, pensando na festa que Miles daria em sua casa em dois dias, para a qual ela ainda estava convidada, em um gesto que, ela sabia, não passava de uma tentativa estúpida de Miles para estar no mesmo local que ela novamente e tentar reverter a situação, mas nem mesmo ela considerava a possibilidade de ir. -Não estou nem um pouco a fim de ter que ficar fugindo do Miles quando ele estiver bêbado e querendo chamar a minha atenção. Eu vou ficar em casa, ver filmes e chorar no seu colo como um bom término pede. Ah, isso se a senhorita não for, obviamente.
-Ou... – Blair se levanta para acompanha-la quando Sterling joga a mochila sobre o ombro direito empurrando-a levemente com o próprio ombro, uma expressão tão animada em seu rosto que seria impossível acreditar que a ideia que ela estava prestes a compartilhar poderia ser uma grande ideia. -Você pode ir para a festa e beijar um dos amigos dele, capiche?
-No capiche, só de pensar no problema que isso me traria eu já estou com preguiça.
-Tudo bem, eu tentei. – Blair joga os ombros, derrotada, mas Sterling sabe que ainda terá que ouvir novas tentativas de convencimento pelos próximos dias. -Bem se nós formos, ou eu for, com toda certeza irei derrubar bebida nele em algum ponto da festa, sabe, por você.
Sterling sorri, balançando a cabeça com a infantilidade da promessa mas sem conseguir negar a satisfação que imaginar a cena traria a ela. -Obrigada. Você é a melhor irmã.
-Obviamente, Sterl. – Ela dá um abraço de lado na garota mais alta, e as duas saem.
_

-Você está pensando em ir na festa? Hannah pergunta enquanto procura o celular em sua bolsa. April e ela estavam debaixo das arquibancadas, uma vez que o campo estava completamente vazio após os treinos, elas gostavam de fugir de algumas aulas extremamente entediantes de geografia.
-Ela não vai ser igual a todas as outras que a gente foi? – April se inclina sobre a estaca de madeira que sustenta alguns degraus, e fecha os olhos com a sensação de alinhar sua coluna com o objeto perfeitamente vertical. Mesmo assim, consegue sentir o calor do corpo próximo ao dela ainda mais perto quando a grama abaixo delas faz barulho, sugerindo que Hannah havia dado um passo a sua direção.
-Se for, vai valer a pena, certo? – Ela abre os olhos, e a menina está bem mais perto do que estava antes, uma das mãos está apoiada no pedaço de madeira sobre o qual April se inclina, e um sorriso sugestivo no rosto que não deixava dúvidas sobre suas intenções. April revira os olhos, mas não pode evitar de sorrir.
-Não é como se você precisasse de uma festa para ver uma oportunidade. – April soa entediada com a rotina daquele pequeno jogo, mas sabe que é apenas o que precisa para fazer o seu papel desempenhar nele. No entanto, suas mãos traem sua atuação quando se esticam para segurar a camisa parecida a dela, que Hannah usa.
-Não mesmo. – Hannah se inclina ainda mais sobre ela, pressionando-a contra o suporte da arquibancada. O cheiro de April invade o nariz da garota quando ela aproxima o rosto do pescoço da menina, causando arrepios familiares em seus braços. -Eu estou vendo uma agora mesmo.
-Você não desiste, não é?
-Você não me dá motivos pra desistir. – Hannah diz com uma risada que April é obrigada a espelhar, recordando todos os momentos exatamente idênticos a esse. -Além do mais é beijo de amiga.
-De amiga? – April levanta uma sobrancelha, nem um pouco convencida, mas sem conseguir se importar o suficiente. -Entendi.
-Se você não quiser, é só voltar pra aula. -Hannah responde simplesmente, mas April nem mesmo parece escutar.
_

-Ei! Sterling! – April enfia a cara na janela quando Sterling finalmente passa pela janela de seu próprio quarto, ou do que April assumia ser o seu quarto, e ela parece supresa com o chamado, sorrindo de uma maneira que sugere que algo na situação a diverte antes de se aproximar ela mesma da janela.
-Você estava aí me esperando passar pela janela esse tempo todo? – Ela pergunta, seu sorriso jogando sobre April uma acusação que não estava assim tão clara, e April agradece pela distância e implora para que ela não permita que Sterling veja as suas bochechas ficando vermelhas com a súbita realização do quanto era patético o que ela tinha feito.
-Não? – Ela responde mais como uma pergunta, e balança a cabeça como se aquilo fosse irrelevante, mas Sterling ainda tem no rosto seu sorriso acusatório. April começa a falar o mais rápido possível, desesperada para mudar o foco, sem ajustar corretamente o tom da sua voz para fazer a pergunta de uma maneira que não a denuncie novamente, nem faça parecer que ela estave esperando algum tempo para perguntar. -Você vai na festa hoje? Do Miles Taylor?
-April... – Sterling para de sorrir, agora apertando os olhos como se não entedesse a intenção de April com sua pergunta, e um frio começa a nascer em sua barriga ao pensar que poderia ter dito algo errado. -Eu... terminei com ele.
April sente um soco no estomâgo, a vergonha e o constrangimento arrancando o ar do seus pulmões, e ela se sente ainda mais patética por não saber disso, e por não acompanhar o suficiente as fofocas do ensino médio para saber, antes de fazer essa pergunta estúpida, quem era o ex da Sterling em primeiro lugar.
-Eu... não sabia que Miles era o seu ex.
Sterling dá de ombros, escondendo a desconfiança de antes atrás de uma expressão neutra que faz parecer que ela não se importa, mas não sorri da mesma maneira novamente. -Bom, ele disse que eu ainda podia ir, mas... não sei se quero lidar com isso.
-Você deveria ir. – Sterling levanta o olhar para April, questionando-a, mas o rosto de April ilumina com a ideia como se estivesse diante de um insight brilhante sobre como consertar a situação desconfortável que ela mesmo criou. -De verdade. Sabe, para mostrar que não é grande coisa. Que você está bem e todas aquelas coisas que todo mundo tenta provar depois de um término.
-Você já teve um término? – Sterling se inclina sobre a janela, levantando a sobrancelha como se soubesse algo, e April morde o lábio ao sorrir e balançar a cabeça envergonhada. De qualquer maneira, Sterling dá de ombros. A insistência de Blair ainda martela em sua cabeça, e a oportunidade de aparecer na festa com uma pessoa totalmente nova, e não ser obrigada a estar nos círculos que Miles o tempo todo, acende nela uma nova esperança de realmente ter uma boa noite e mostrar uma coisa ou outra pra ele. -Eu acho que vou cair na sua pilha. Você iria comigo?
-Pra festa? – April franze as sobrancelhas, porque apesar de sua pergunta inicial, não pensou que chegaria mais longe que apenas ter a certeza de que esbarraria em Sterling na festa.
-Sim. Sabe, os meus amigos provavelmente estarão todos ao redor dele, e tal... e eu tenho a Blair, mas ela precisa se divertir, enfim.. – Sterling revira os olhos, contando uma meia verdade apesar de ser péssima nisso, mas é mais sincera do que ela usaria para explicar para qualquer outra pessoa o seu desejo, e se pergunta por um segundo o porquê de confiar a April um momento delicado como esse. O porquê de se sentir tão subitamente confortável apenas com a aura tranquila e diferente que a garota parecia emanar, mas que ela só havia reparado após realmente falar com ela.
-Eu aceito. – Ela tenta dizer aquilo como se não se importasse muito, mesmo que repetisse em sua cabeça um mantra para que não confundisse as coisas. Era apenas um convite, motivado por um ganho secundário que Sterling teria com a sua presença, e ela não deveria pensar muito nisso.
Mas quando Sterling sorri, animada, é impossível não deixar a sua mente devanear pelo resto dia.
-Ótimo. Me encontrena minha porta às 10:00pm. Eu dirijo.

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