Lighting the Fire

A Court of Thorns and Roses Series - Sarah J. Maas
F/F
F/M
M/M
Multi
G
Lighting the Fire
Summary
Algumas fêmeas conheceram o céu, outras o inferno; umas foram enaltecidas, santificadas, outras demonizadas; mas todas tocaram as profundezas do próprio ser, chegaram ao limite de sua condição e de seu tempo e se eternizaram na história.Selene Moonlight era uma dessas fêmeas.Durante os anos que esteve nas garras de Tamlin e Amarantha, a Princesa da Corte Noturna, que ansiava por amor e proteção deixou de existir.Das cinzas de seu velho eu, Selene — Princesa da Corte Noturna, princesa guardiã de Velaris e guardiã do Anel da Corte Diurna — renasceu... com poderes nunca vistos pelos sete Grão-Feéricos e uma vontade tão férrea quanto o metal temido por eles.Seu coração, no entanto, permanece inalterado, vulnerável. Incapaz de esquecer o que já desejou com todo o coração e alma às estrelas.Peça-chave num jogo que desconhece, Selene deve aprender rapidamente do que é capaz. E curar sua alma partida. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte... um que ameaça não apenas os feéricos, mas o mundo humano e a muralha também.Enquanto navega por uma teia de intrigas políticas, paixões e poder, Selene precisa decidir o que deseja: amor ou liberdade?
Note
Decidi reescrever a história do zero, em minha língua materna. Espero que continuem a ler.I decided to rewrite the story from scratch, in my mother tongue. I hope you continue to read.
All Chapters Forward

Prólogo

A energia escura aproximando-se de seus pulsos era de congelar a alma.

Não era como o ardor do frio do inverno, nem mesmo como o queimar de gelo sólido, mas algo mais frio. Mais profundo.

O frio do espaço entre as estrelas, o frio de um mundo antes da luz.

O frio do inferno — do verdadeiro inferno, percebeu ela, ao dar um forte puxão contra as mãos fortes que tentavam enfiá-la naquela jaula cheia de magia das travas.

Verdadeiro inferno, porque era sua mãe que estava caída morta no chão úmido da floresta escura de sua casa com o macho féerico de cabelos loiros e olhos verdes curvado sobre ela. Porque era sangue aparecendo entre o cabelo negro, encharcado do mesmo líquido, de sua mãe e escorrendo por seu tronco, enquanto o seu brilho imortal ia desaparecendo da pele bronzeada.

Verdadeiro inferno — pior do que as profundezas de trevas que estavam a meros centímetros dos dedos dela.

Prendam-na, ordenou o Grão-Senhor da Corte Primaveril de expressão severa.

E, pelo som daquela voz, da oz do macho que tinha feito aquilo com sua mãe...

Ela sabia que estaria sendo algemada por aqueles itens de terror vindos diretamente de Hybern e de seu rei. Sabia que perderia aquela briga.

Sabia que ninguém viria salvá-la a tempo: não o seu corajoso e amoroso Rhysand; não suas outras figuras familiares... o Comandante Geral dos exércitos da Corte Noturna e o Encantador de Sombras, mestre-espião de Rhysand; não seu melhor amigo Kallias; não seu pai.

O Grão-Senhor da Corte Primaveril e seus filhos eram quem haviam feio aquilo. Com sua mãe. Com sua família.

E com ela.

O metal das algemas gélidas bateu nas pontas de suas mãos.

Era um beijo venenoso, uma morte tão permanente que cada centímetro dela rugiu em rebeldia.

Ela seria presa, mas não sem lutar.

O metal agarrou seus pulsos com garras fantasma, drenando-a por completo. Ela se virou, desvencilhando o braço do herdeiro da Primavera que a segurava.

E Selene Moonlight apontou. Um dedo em direção ao Grão-Senhor da Corte Primaveril.

Uma promessa de morte. Um alvo marcado.

Mãos a seguraram, enquanto Tamlin, o filho mais novo do Grão-Senhor da Corte Primaveril, colocava as algemas de freixo que sugaria toda a sua magia... sua essência.

Selene gargalhou do medo que viu nos olhos do Grão-Senhor pouco antes das algemas devorá-la por inteira.

No início

E no fim

Havia Escuridão

E nada mais

Ela não sentiu frio ao mergulhar em um mar sem fundo, sem horizonte, sem superfície. Mas sentiu a queimação.

A impotência quase humanoide não era algo sereno.

Era fogo.

Era minério derretido sendo derramado em suas veias, fervendo seu sangue mágico até que não passasse de vapor, forjando seus ossos, uma vez mais fortes que aço fresco, em ossos quebradiços.

E quando ela abriu a boca para gritar, quando a dor rasgou ao meio quem era, não houve som. Não havida nada naquele lugar que não fosse escuridão e agonia e poder...

Eles pagariam. Todos eles.

Começando por aquelas algemas.

Começando agora.

Ela avançou pela escuridão com garras e presas. Rasgou, partiu e dilacerou.

E a impotência escura em torno de Selene estremeceu. Tentou fugir. Debateu-se.

Ela gargalhou conforme o breu se encolhia. Gargalhou com a boca cheia do poder intocado que acabara de arrancar e engolir de uma vez; gargalhou dos punhados de eternidade que tinha em seu coração, nas veias.

Tudo que aquele idiota com cheiro de rosas havia roubado dela, de sua mãe, ela tomaria de volta.

Envoltos em eternidade sombria, Selene e a magia antiga presente nas algemas se entrelaçaram, queimando pela escuridão como uma estrela recém-nascida.

Forward
Sign in to leave a review.