
For all eternity
Druig
Muita coisa agora fazia sentido.
Meus sonhos, as sensações que eu tinha. Mas eu não era humano, não da maneira tradicional pelo menos.
Em meus milhares de anos eu sonhava muitas coisas, inclusive alguns eu nunca teria coragem de contar a alguém. Eu sonhava com a minha casa, ou com o que seria pelo menos, mas hoje em dia sei que é mentira mesmo inconsciente como eu estava agora.
Passei tanto tempo na Terra que dormir enquanto viajava pelo espaço era algo que se tornou novo, mas quantas vezes eu já tinha feito isso? Minhas memórias sempre eram apagadas, quem sou hoje não é o mesmo de antes. Em minhas outras vidas, quantas vidas já tive afinal?
Esse tipo de coisa ainda me assombrava, mas o que me consolava sempre era saber que estive com a minha família esse tempo todo, mesmo sendo responsáveis por genocídio em massa pela galáxia o que também tirava meu sono desde que descobri a verdade.
Mesmo estando metade consciente e metade caindo no sono eu tinha lapsos de ver Makkari sempre, até mesmo na falsa Olímpia. Eu conseguia ver a cena como um momento extracorpóreo, eu estava vendo o passado em meus sonhos de novo, mas agora era um mero expectador em minhas próprias memorias perdidas.
Seu primeiro pensamento quando acordou no Domo antes de chegarem a Terra foi que ele a conhecia, era uma sensação. Ele a olhava interagir com os outros se apresentando, mas ele jurava que a conhecia, com certeza era de Olímpia.
Phastos se aproxima dele para se apresentar e ele já gosta dele. Ao observar todos, de cara não se sente à vontade com o maior deles, Ikaris, ele escuta alguém o chamando e descobre seu nome.
Alguém o cutuca e ele se vira.
— Olá, eu sou Makkari. – mexe com as mãos e ele entende tudo mesmo sem saber como.
— E eu sou o Druig .– responde do mesmo jeito, mexendo as mãos como ela.
— O que você faz? – pergunta curiosa – Eu sou rápida, bem rápida.
— Eu controlo as mentes. – memórias de Olímpia invadem minha mente mas com rostos borrados. Eu tinha família? Amigos?
— Legal. – sorri como uma criança travessa imaginando sua próxima arte e por um momento eu acho que já a vi fazendo isso, mas eu acabava de conhece-la, não era possível.
— A gente se conhecia antes? Em olímpia? – ela vira a cabeça um pouco para o lado como se pensasse sobre isso – Eu tenho a impressão que te conheço, mas não lembro de onde.
— Engraçado, mas explica porque fui com a sua cara assim que te vi. – ela sorri. Ajak bate as mãos chamando nossa atenção. Era a hora.
Definitivamente nos conhecíamos de Olímpia.
As imagens embaçam e dessa vez eu vejo que estamos do Domo de novo, mas agora eu sabia que ele estava parado e não em orbita mas tudo era diferente e ao mesmo tempo parecido. Eu abria os olhos e a primeira coisa que via era Makkari de novo despertando e nossos olhos se encontrando mais uma vez.
Sou transportado agora para a Terra. Phastos está fugindo da interação com os humanos, ele está cheio de ideias mesmo todas sendo rejeitadas pela Ajak. Eu gostava de ficar com ele, nos dávamos bem por algum motivo que eu também não sabia ainda. Assim como com a Makkari.
Vejo uma luz amarela rapidamente e sei quem é imediatamente por isso me levanto largando o suco que estava bebendo e seguindo o rastro até ela.
Makkari estava parecendo esconder algo em seu quarto pela sua posição desconfiada enquanto entra na sala e eu não perco a oportunidade de segui-la.
— Alguém estava aprontando.– mesmo sem saber o que eu disse ela sentiu as vibrações da minha voz e se virou rápido demais assustada se denunciando.
— E quem te disse isso? – disfarça, mas suas mãos estão escondidas nas costas.
— A bela makkari não sabe nem mentir. – ela arregala os olhos assustada com minhas palavras. Da onde eu tirei isso?
— Makkari, Druig – Ajak entra também em seu quarto e para na porta nos olhando desconfiada – O que vocês estão fazendo? – suas sobrancelhas se levantam de tal forma que é como se ela soubesse.
— Nada – respondo e me coloco na frente de Makkari para dar tempo a ela esconder o que tivesse roubado. Eu já havia observado como ela sempre chega com algo novo dos humanos e na maioria das vezes trazia escondido de todos, e foi assim que meu cérebro ligou os pontos.
Ajak se aproxima e olha para a Makkari com um sorriso maternal.
— Makkari, roubar é errado. Devemos pedir primeiro se podemos pegar ou não dos humanos. – Ajak explica mas Makkari parecia não entender.
— São só umas quinquilharias, umas lembranças que quero levar para Olímpia para me lembrar deles. – Makkari responde. Ajak endurece rapidamente e parece que apenas eu percebo como ela ficou tensa.
— Não há necessidade disso. – ela sorri ainda tensa.
— Eu não vejo mal. – me intrometo – Talvez ela queira mostrar para a família dela em Olímpia. Ou os filhos. – quando termino de dizer sinto um aperto no coração sem sentido.
Makkari levanta as mãos para assinar, mas então olha para mim em confusão. Ela não tinha família em olímpia?
Ajak ao perceber a confusão de Makkari pega suas mãos e nos chama para comer. Gilgamesh estava fazendo um banquete ao que parece.
Naquela noite eu tive meu primeiro sonho na Terra. O mundo estava acabando.
Eu via pessoas de diversas cores correndo, engraçado que aqui na Terra eu ainda não havia visto pessoas azuis, vermelhas ou verde. Eu não estava na Terra.
Makkari segurava minhas mãos. Ela parecia a mesma de sempre. Encostamos nossas testas e olha assina para mim mas em meio ao terror eu não havia entendido rápido o bastante.
— Queria que tivéssemos tido mais tempo. Eu queria te dizer isso a muito tempo, – antes que eu perguntasse tudo escurece.
Acordo suando em meu quarto. Aquilo não fazia sentido. A Terra era nossa primeira missão, aonde eu estava no sonho se nunca sequer fui a outro planeta além desse?
Lapsos de memorias da Makkari ao longo dos anos aparecem e eu tenho a certeza que a conhecia de Olímpia.
Eu via ela correndo, sorrindo, nossas caminhadas e conversas mas em todo momento algo não parecia certo porque em toda memoria eram lugares diferentes, o céu tinha cor diferente, eu via uma ou duas luas ao mesmo tempo no alto, as pessoas eram diferente e até mesmo os idiomas eram outros. Os humanos falam de algo chamado "reencarnação". Eternos reencarnavam?
Marcávamos de nos encontrar nas festas para observar os humanos e rir das besteiras de Kingo e Gilgamesh. Thena nunca se soltava, parecia que esperava o pior sempre. Phastos as vezes era arrastado e eu junto, na verdade, Makkari me buscava sempre. Infelizmente eu me fazia necessário sempre que algum humano ficava agressivo e eu não entendia como alguns ficavam maleáveis quando bebiam e outros agressivos.
Muitas vezes fazíamos jogos mas apenas eu e Makkari. Eu me escondia pelo planeta e ela tentava me encontrar. Eu falava de alguma peça e ela tinha que pegar sem ser vista pela Ajak. No geral eu não me entrosava muito com os outros, ficava no canto assim como Phastos.
Muitas vezes eu sumia das festas e procurava um lugar calmo para pensar mas logo Makkari vinha atrás de mim e ficávamos conversando até o raiar do sol. Ela sempre me entendia e me acobertava sempre que eu interferia e eu a acobertava sempre que chegava com uma peça nova. Estabelecemos essa parceria no meio de uma festa e assim ficamos por eras.
Não dormíamos mais no domo e sim em lugares estabelecidos para nós e cada um tinha seu quarto. Em um momento eu vi algo constrangedor entre Ikaris e Sersi. Os humanos também faziam isso mas eu não os via. Eles ao menos deveriam usar o quarto deles e não um lugar publico, mas até mesmo os humanos faziam isso e eu mais uma vez não os entendia só que dessa vez eu também não entendia também dois seres iguais a mim.
Até que uma noite, tive mais um sonho estranho e esse eu nunca tive coragem de contar a Makkari.
O céu por algum motivo era rosa e eu conseguia ver um planeta ao longe com seu anel o cobrindo. Pessoas mais parecidas com os humanos andavam de um lado para outro. Eu estava procurando Makkari, de alguma forma eu sabia disso.
Fui andando absorvendo o lugar cheio de pessoas até chegar a uma floresta. Finalmente um lugar calmo. Fui andando até chegar a uma clareira, mais ao longe tinha uma cacheira e alguém se banhando lá. Eu não fui rápido o bastante para me virar e ir embora antes de perceber que era Makkari nua ali com os olhos fechados sentada na pedra com a agua caindo em seus cabelos soltos.
Ela não deveria estar assim em um lugar público e eu deveria avisa-la, mas estava hipnotizado demais para me mover.
Naquele momento eu entendi os humanos e também Ikaris e Sersi. Eu sentia vontade de me aproximar e me juntar a ela ali nua. Eu aprendi o que era desejo.
Quando percebi isso sai rapidamente sem nem ao menos perceber que Makkari deve ter sentido as vibrações dos meus pés de tão rápido e desajeitado que sai.
Depois desse sonho eu nunca mais consegui olhar fixamente para ela sem lembrar do sonho. Eu me sentia sujo. Ela era uma parceira, uma eterna como eu, minha amiga e confidente.
Logo depois eu percebi como eu sempre fazia de tudo para me aproximar dela como ficávamos perto um do outro. Eu não poderia fazer isso de novo e ela logo percebeu como eu havia me distanciado.
— Druig. – ela corre para chegar até mim enquanto eu andava pela vila perdido em pensamentos.
— Sim – evito olhar para seus lábios mas se torna difícil com ela tão próxima.
— Você está estranho. – comenta seriamente e seus olhos se mostram preocupados. – Eu sei que você briga moiras vezes com a Ajak e o Ikaris por não concordar com eles, aconteceu alguma cosia que eu não soube?
Suspiro fortemente. Eu não poderia contar meu sonho para ela, também não podia explicar o porque já que nem eu sabia o que estava acontecendo comigo.
Poderia perguntar para Ajak e Ikaris mas sinceramente prefiro que Gilgamesh me de um tapa do que contar algo intimo para eles, na verdade não me sinto á vontade de falar sobre isso com ninguém, só com a Makkari. Isso não ajuda muito nesse momento.
— Não se preocupe, vamos nos preparar para a festa hoje – ela abre um sorriso quando eu mudo de assunto propositalmente.
— Ótimo, já tenho uma ideia do que podemos jogar hoje.
Na festa o pior aconteceu, Sersi veio falar comigo.
— Druig, você está estranho com a Makkari – comenta parando ao meu lado – Geralmente vocês são conectados pelo quadril. E eu reparei que a Makkari parece chateada – ficamos observando Makkari conversando com Kingo.
Kingo também não era muito fã meu, mas era divertido implicar com ele.
— Não tem nada. – comento taciturno. Sabia que era uma péssima ideia vim a essa festa.
— Sim, tem. Na verdade parece o Ikaris quando descobriu seus sentimentos por mim. – eu a olho sem conseguir esconder minha surpresa. Ninguém reparava em mim e na Makkari, o foco sempre foi Ajak, seu líder fiel e a adorável Sersi.
— Esqueça isso. – balanço a cabeça e me movo para sair dali.
— Espere, Druig. É totalmente normal. Talvez você precise de tempo para se acostumar com isso como o Ikaris-
— Eu e o soldadinho de brinquedo não somos iguais! – explodo e quem estava perto percebe nos encarando. Eu me viro e saio a passos rápidos, mas Sersi me segue.
— Druig!
— Me deixa em paz, Sersi!
— Ao menos aja normalmente com a Makkari, ela está magoada. Você é o mais próximo dela, até mesmo do que o Kingo – paro de andar e ela me alcança.
— Ela está magoada comigo? – pergunto baixo. Nunca foi minha intenção, mas se eu tenho que enterrar isso fundo para que ela não se magoe eu farei o que for preciso.
— Sim. – isso explica porque ela veio falar comigo mais cedo, mas achava que estava apenas preocupada. Isso está saindo do controle. – Olhe não vou mais falar disso se você não fica confortável, mas ao menos venha amanha no meu casamento com o Ikaris.
Confirmo com a cabeça e vou embora sem olhar para trás.
No dia seguinte, finjo que nada aconteceu e volto a andar com Makkari pela vila, a ir com ela enquanto ela tenta abocanhar mais artefatos dos humanos e Sersi realmente ficou de boca fechada embora ainda me olhe estranhamente toda vez que estou com a Makkari.
Meus sonhos com Makkari se tornam frequentes. Em alguns estamos distantes nos olhando com vontade em nossos olhos.
Algo em meu subconsciente agora me diz que são lembranças. De nossas outras vidas, as vidas que Arishem nos tirou.
Em uma tarde sem deviantes pergunto a Makkari se ela tem sonhos estranhos como eu.
— Não sonho muito – dá de ombros. Ela está sentada na pedra ao lado da minha e observamos as crianças brincando a nossa frente e isso me traz um pensamento.
— Você se lembra da sua família? – ela me encara.
— Estranhamente não. Você se lembra de Olímpia? Por algum motivo toda vez que penso em Olímpia não consigo distinguir como era, é tudo borrado.
— Comigo também. Estranhamente eu lembro de você, mas o cenário nunca é o mesmo, o céu muda o tempo todo, as pessoas também são muito diferentes – ela sorri.
— Você sonha comigo? – tento controlar meus pensamentos para não corar e não lembrar de um em especifico.
— Você sonha comigo? – devolvo a pergunta e posso jurar que ela cora enquanto desvia o olhar.
— Você também não lembra da sua família? Isso não é estranho? – Makkari pergunta para mim agora seria e eu pela primeira vez penso em recorrer a Ajak. Tem algo errado. – Eu estava pensando em quando voltarmos, no que fazer em Olímpia, se vamos ter outra missão ou não.
— Porque? Além de mostrar seus artefatos humanos, tem algum plano? – levanto a sobrancelha para ela.
— Não sei, talvez casar. – me surpreendo e ela percebe meu choque – O que? – ri da minha reação.
— Já tem alguém em mente para pedir em casamento? – meu estomago parece que vai explodir junto com o meu coração. Sinto um calor pelo meu corpo. Tem algo de errado comigo.
— Talvez – faz mistério – Mas acho que ele não deve aceitar. Quer dizer, talvez ele nem pense em mim desse jeito.
— Ah, então é um ele – deve ser o Kingo. Por um momento me imagino dominando a mente dele e o fazendo se estapear sem parar. Mas faz sentido, ele é atraente, divertido e um dos lutadores como ela. Porque ela pensaria em mim? Sou um dos mais fracos, antissocial e boa parte da nossa família se pudesse me expulsaria.
— E o Kingo sabe? – ela me encara estupefata.
— Kingo?! – depois disso o assunto morre de tanto que ela ri.
Será o Gilgamesh? Meu coração acelera ao perceber que ela vai ter uma desilusão. Gil só tem olhos para Thena.
Se ela ao menos soubesse que eu estou aqui, sempre estive aqui.
O cenário muda mais uma vez e dessa vez eu a vejo em cima de mim. Nua.
Mais uma vez não estávamos na Terra. As roupas que ela usava não eram nada parecidas com as usadas na Terra, o ar era diferente, eu sentia as diferenças.
Ela passava as mãos pelo meu peito despido. Eu não acreditava nos sons que eu fazia. Não sabia se ficava em choque ou constrangido.
Meu rosto estava vermelho e eu estava suando, mas nada disso parecia importar naquele momento.
Isso com certeza não ia ajudar em nada quando saíssemos em missões juntos mas no fundo eu queria que aquilo fosse real pelo menos uma vez.
Tudo ao meu redor fica borrado e eu me encontro vendo Sersi sentada comigo.
— Você sonha com o Ikaris? – pergunto para ela de supetão estragando o silêncio confortável.
— Sonhar? Não, quer dizer só coisas mundanas que acontecem no dia a dia, porquê? – ela franze o cenho enquanto me encara.
— Você nunca sonhou com ele? Nem antes de ficarem juntos? – ela percebe pela minha expressão que eu estava realmente perturbado com algo.
— Não, que eu me lembre não. – balança a cabeça. – Porque? Você sonha coisas estranhas? Como a Thena?
— Não, não tenho o mahd wy'ry – explico – Só uma coisa que pensei agora.
Ficamos em um silêncio contemplativo observando o pôr do sol de Tenochtitlan.
Eu não me lembrava de quando ouvi pela primeira vez o termo "almas gêmeas" mas quando eu me vejo no Japão novamente com a Makkari eu me lembro no mesmo instante.
Estávamos em uma missão sozinhos e demoramos um pouco mais já que ela queria negociar alguns artefatos japoneses.
O vendedor ao olhar para nossas mãos diz algo que chama a minha atenção.
— Vocês tem o mesmo sinal. – comenta enquanto pole as cerâmicas desenhadas que Makkari estava de olho há anos.
— Que sinal? – traduzo para ele o que Makkari assina com as mãos também curioso.
— No dedo mindinho de vocês. – olhamos ambos para nossas mãos em busca desse tal sinal e está lá, uma pequena pinta vermelha em minha mão direita e na Makkari na esquerda.
— O que isso significa? – pergunto fazendo também os sinais para que Makkari saiba o que estou dizendo.
— Almas gêmeas. Duas pessoas que estão entrelaçadas por um único fio que não se perde nem com a morte. Embora digam que podemos ver e identificar nossas almas gêmeas mas talvez vocês podem já quem uma marca.
Eu e Makkari nos entreolhamos ao nos deparar com uma uma crença humana estranha. Anos depois essa ideia se espalha e descobrimos que incrementaram mais como o fato do fio ser vermelho e ser no dedo mindinho assim como nossas pintas vermelhas.
Abro os olhos me dando conta novamente de onde eu estava.
Arishem levou nossos amigos, estávamos atrás de outros eternos, apareceu um outro eterno no Domo.
Eu e Makkari nos aproximamos em todas as nossas vidas, que poderia ser considerada a reencarnação dos humanos afinal de contas e em todas elas eu me apaixonei por ela. E talvez ela tenha se apaixonado por mim também, ao menos as lembranças borradas e estranhas vinda como sonhos dizem que sim.
Me lembrando do sonho-lembrança olho para minha mão e a marca continua lá, o pequeno ponto vermelho em meu dedo mindinho a marca que mesmo sem saber eu posso garantir que tivemos em todas as nossas outras vidas.
Não acredito que isso tenha sido plano de Arishem, ele nos via apenas como sua criação de soldados. Nós todos no final saímos de algum jeito de seu planejamento, bem, nem todos lembro de Ikaris automaticamente.
Me levanto um pouco mais conformado do que quando me deitei. Ao menos em todas as minhas vidas, mesmo que eu não me lembrasse, ela estava lá comigo. Embora seja questionável agora se temos alma ou não, eu acredito piamente que sim, nós temos. E Makkari é a minha outra metade. Minha alma gêmea.
Precisava contar isso a Makkari. Quem sabe também nos casamos em alguma outra vida passada.
Mal esperava para sonhar com isso também.