
Visita/Visit
Ele estava em seu novo laboratório, mais uma vez trabalhando em suas armaduras. Ele e Pepper tinham acabado de se mudar pra outra mansão enquanto a antiga era reformada.
Fazia uma semana desde que a Stark expo foi explodida e que ele e Rhodey ganharam as medalhas de honra.
Ele e Pepper tinham começado um relacionamento de verdade, ela ainda era a presidente das industrias Stark, ele não a deixou se demitir e prometeu que tentaria manter ela longe do caos, que se cuidaria e nunca mais esconderia nada dela.
Agora ela sabia sobre a Natasha ser irmã dele e tudo o que podia dizer sobre ela sem a permissão dela.
Desde que a Natasha tinha o ajudado contra o Vanko, ela tinha sumido sem deixar rastros. Ela ainda não tinha entrado em contato com ele. E ele tinha tentado varias vezes, agora que Pepper a conhecia ele poderia apresenta-las formalmente, dessa vez como Natasha e não Natalie.
Estava até difícil de se concentrar, Natasha podia ser a pessoa mais difícil de ler e de entender, mas alguma coisa dizia que tinha alguma coisa errada, incomodando ela.
Ele só teve esse pressentimento uma vez desde que a conheceu. Quando ela fez dezesseis anos, foi a primeira festa de aniversario que ela teve. Não fizemos quando ela fez quinze por que não tínhamos intimidade o suficiente, além de ela nunca mostrar interesse em ter uma e o pai deles também não pareceu se importar.
Naquele ano ela e o Tony já tinham uma relação de irmãos boa, ela e a mãe deles também se davam bem, além do Clint ser o melhor amigo dela.
A ideia foi da mãe deles, ela tinha se sentido acolhida e feliz. A festa tinha sido pequena, só ele, sua mãe, o Barton e até seu pai, mesmo que ele tivesse saído cedo, o que deixou o Tony mais chateado do que a Natasha, ainda era o suficiente pra ela.
O Tony percebeu aquela sensação estranha depois da festa, pois ela estava feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por poder viver aquela experiência e com uma família de verdade e triste por nunca poder ter vivido isso antes.
A parte que ele não sabia é que ela estava pensando, não só em toda a sua vida, mas também na primeira família adotiva que teve, mesmo tendo passado três anos com eles, nunca tinham feito uma festa pra ela ou pra Yelena.
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A Pepper mandou o Jarvis dizer pra ele subir, eles tinham visitas, mas ele disse que iria daqui a pouco e demorou quase três horas.
Já tinha até esquecido do pedido da namorada quando resolveu subir e ir até a cozinha pra tomar um café.
La ele se deparou com a Pepper e a Natasha rindo e comendo bolo.
Sua irmã estava diferente de como estava como Natalie. Ao invés dos vestidos tubinho formais, ela usava calça jeans, bota preta, uma camiseta cinza escuro e o cabelo preso em um rabo de cavalo.
As duas conversaram muito, resolveram suas diferenças, que eram mais entre a Natalie e a Pepper do que entre a Natasha e a Pepper, mas mesmo assim, foi bom esclarecer tudo.
Elas passaram aquele tempo todo conversando sobre as duas coisas em comum na vida das duas, o Tony e a empresa.
Se deram ainda melhor quando perceberam que tinham opiniões parecidas sobre varias coisas inclusive sobre como o Tony as irritava, mas ao mesmo tempo era uma boa pessoa.
Elas também passaram parte daquele tempo contando histórias de coisas que passaram nas mãos dele. Basicamente rindo e brincando sobre ele.
Além de é claro coisas que as irritavam sobre a empresa.
A Pepper admirava a capacidade da Natasha de ficar fora da mídia, ao ponto de nem saberem o o rosto de uma das pessoas mais importantes, influente e poderosa do mundo. Nem conseguiam relacionar o nome dela aos Stark's já que a maioria das pessoas se lembravam dela como Natasha Stark e esqueceram do Romanoff, que era o que ela usava.
O Stark ficava só no documento de adoção onde adicionaram o sobrenome, ela não usava e aproveitava pra deixar a mídia pensando que sim.
Já a Natasha admirava a capacidade da Pepper de aguentar a mídia, as questões empresariais e principalmente, aguentar seu irmão e o furacão que vem com ele. Era ainda mais impressionante o fato de ela aguentar por tantos anos como aguentou.
E ainda por cima conseguiu fazê-lo querer estar em um relacionamento de verdade com alguém, ele nunca quis apresentar uma namorada antes.
"Vocês nem me chamaram pra festa." Ele interrompe fingindo estar magoado.
"Eu chamei, você só não apareceu"
"bem, eu me esqueci." Ele responde e vai até a cafeteira pra pegar o café"
"Oi pra você também, Tony." A Natasha provoca.
"Parece que eu não preciso apresentar vocês, né?"
"Não, você demorou demais." A Pepper fala.
"Resolvemos isso sozinhas"
"Que bom, quer um café Natasha?"
"Não, obrigada. Vou ficar com um suco mesmo."
"Você recusando café? Ele pergunta estranhando, vai até ela e coloca a mão na testa dela fingindo medir a temperatura. "Você ta bem? Ta doente?"
Ela era a única que conseguia superar a quantidade de café que ele tomava. O vicio dela em cafeína era tão forte, que as vezes ele a encontrava bebendo café no meio da noite, isso acontecia desde que ele a conheceu. Ela nunca recusava café.
"Não é nada disso! Eu só não to com vontade."
"Pepper liga pra ambulância. É pior do que eu imaginava."
"Tony, não é pra tanto." A Pepper tanta acalma-lo, ela já sabia do que a Natasha estava escondendo. "Eu tenho coisas pra resolver, então eu vou deixar vocês sozinhos. Tony, não faz tanto drama. Natasha, não exagera com o bolo. Se comportem."
Ela sai deixando os dois sozinhos e se sentindo como crianças. A Natasha verifica se ela foi em bora, e como uma criança arteira e teimosa, vai pegar mais bolo.
"Ei deixa um pouco pra mim!" O Tony pede, ela mostra a língua pra ele, mas deixa um pequeno pedaço pra ele.
"Cuidado você ta engordando." Ele fala brincando, mas percebendo que ela estava um pouco inchada, porem ela disfarçava muito bem e ele se perguntou se não era coisa da cabeça dele.
"Idiota" Ela responde com o dedo do meio.
"Então, finalmente veio ver seu irmão?"
"Não, eu vim ver a Pepper."
"Eu te odeio"
"Não odeia não."
"Então?"
"Eu to de férias."
"Eu não chamaria uma semana de férias."
"Tem razão, eu vou trabalhar de casa no resto do tempo."
"De casa? Quanto tempo."
"Bom, de um ano pra mais."
"Tem certeza que não quer ir no médico?" Ele pergunta bastante surpreso com a quantidade, ela só revira os olhos sorrindo. "Você está de férias ou foi demitida?"
"Se eu vou trabalhar de casa, meio que nenhum dos dois."
"Você está conseguindo me deixar confuso."
"É complicado."
"Então você vai ficar aqui?"
Ele esperava que ela dissesse que sim, eles passavam pouco tempo juntos, essa seria uma oportunidade de se reaproximar de sua irmã desde que seus pais morreram.
"eu até pensei nisso, mas agora que você e a Pepper estão juntos, eu não quero atrapalhar, vou encontrar um lugar."
"Não tem problema nenhum, a casa é grande, a Pepper tem que trabalhar de qualquer maneira, e eu fico no laboratório. É so ficar longe do meu quarto que ta tudo bem."
"Eu não sei não. E quanto a Pepper."
"Ela não vai se importar, vocês duas se dão bem e além do mais, você é família."
Ele tinha certeza que a Pepper não se importaria, ela era maravilhosa, e ia ser legal morar e passar mais tempo com sua irmã. Como nos velhos tempos.
"Tudo bem, pelo menos por um tempo."
"Legal! Eu vou mandar prepararem um quarto pra você."
Ela apenas revira os olhos pra animação dele. Ele então a surpreende pegando o braço dela e a arrastando com ele pro laboratório, não parando de falar nem um segundo, deixando-a impossibilitada de protestar.
Assim que eles chegam la, ele puxa uma cadeira pra ela sentar e então começa a tagarelar pra ela sobre o laboratório e algumas ideias dele.
Isso lembrou ela de uma pessoa e automaticamente em toda a situação em que se meteu e que estava evitando pensar sobre, mesmo que fosse o motivo de ela ter ido lá. Os olhos dela começaram a lacrimejar, mas ela fez o possível pra disfarçar.
Tony já a conhecia a muito tempo, ele não percebeu as lagrimas se formando em seus olhos, mas aquele sentimento de ter algo incomodando ela voltou, fazendo ele passar de alegre e animado pra preocupado.
Ele vai atras de um banco e se senta de frente pra ela, esperando ela dizer o que estava acontecendo.
"O que foi?" Ela pergunta tentando disfarçar.
Ele da de ombros e não fala nada.
Depois de alguns segundos se encarando, ela cede, não conseguindo mais segurar.
"Ugggh! As vezes você é tão irritante!" Ela fala olhando pra cima, fingindo raiva, mas sorrindo.
Ele só sorri de volta de um jeito convencido.
"Tudo bem." Ela limpa uma lagrima e suspira tentando tomar coragem. "Tony-" Ela hesita pensando nas palavras que usaria pra contar.
"Eu to gravida."
Ele faz uma cara extremamente exagerada de surpresa, com os olhos bem arregalados, e então cai do banco pra traz, direto pro chão e desmaiando