
The King of Queens
Peter Parker não teve sorte com mentores.
Não o entenda mal,ele estava agradecido por tudo que Tony Stark fez por ele! ele o trouxe de volta a vida(há momentos que isso é motivo de ódio,Peter gostaria de ter continuado morto) ele o deu tecnologia(ele a tirou uma vez, Peter não a tem mais) ele o fez sentir que havia mais alguém além de May e Ned que fazia valer estar vivo ( não há mais ninguém)
Peter tinha um estágio,ele era feliz,ele estava feliz.
Tony o ajudou com tecnologia e as vezes ele o dava alguns conselhos.
Mas não no trabalho de vigilante,o herói que um dia ele anseiou ser, não em qualquer coisa fora de dinheiro e tecnologia.
Ele errou mais socos do que acertou para aprender a dar um soco,ele aprendeu sozinho que nunca deveria manter algum tipo de padrão em suas patrulhas.
(Ele nunca foi treinado)
Ele foi perseguido e evitado,foi levado a situações difíceis de lidar,ele aprendeu sozinho que padrões em qualquer coisa em sua vida não deveria ser mantido.
Ele caiu mais vezes do que levantou, antes de aprender a se levantar,apanhou mais do que bateu, antes de aprender a revidar.
Peter teve que aprender a ser um vigilante sozinho,como lidar com o que escolheu fazer sozinho.
Ele teve que se lembrar mais vezes do que gostaria de que o homem aranha existiu muito antes do homem de ferro o encontrar,ele teve que lembrar a mídia e aqueles que ele um dia conheceu que o homem aranha foi um vigilante antes de Tony Stark invadir a sua casa(as pessoas não lembram, Peter desistiu a muito tempo de fazer elas lembrar)
(Peter Parker existiu antes do homem aranha?)
Ele falhou,mas ele falhou sozinho, completamente sozinho.
O homem aranha não teve sorte com mentores,ele sabia que havia pessoas que o chamavam de o primeiro herói desde do capitão América (ele não era um herói) e ele estava sozinho nessa(o capitão América estava sozinho nessa?)ele sabia disso quando colocou um moletom,criou teias de aranha e entrou num prédio em chamas, sozinho.
Ele teve esperança,ele mandou mensagem para um homem que o ignoraria, falou com um homem que não o escutaria, apertou a mão de alguém que a quebraria.
Ele anseiou para que alguém o guiasse por algum caminho,para que ele não ficasse apenas com a parte de grande responsabilidades do famoso ditado.
Mesmo assim,ele estava satisfeito.
Ele estava satisfeito porque alguém, alguém achou ele digno de ser ensinado algo, doloroso ou não, pouco ou não, ensinando corretamente ou não, alguém quis o ensinar.
Peter estava satisfeito,ele nunca anseiou por mais,ele nunca pediria por mais.
Mas Peter sabia que nunca ninguém se ofereceria para o ensinar e mesmo assim exigiriam que ele soubesse.
Peter sabia que nunca mais alguém estaria disposto a o ensinar, que não havia mais ninguém para o ensinar,que ele nunca mais aceitaria ser ensinado por alguém. Que ele nunca ensinaria.
Com essas realizações, homem aranha sabia que nunca seria capaz de se tornar um mentor.
Havia boatos de que estava sendo criado os novos avengers, muitos deles estavam espalhados por aí e foram deixados pelo o que agora está sendo chamado de "os antigos vingadores",ou "os vingadores originais", alguns estavam o perguntando,se ele também planejava deixar algum substituto (legado). Mas o homem aranha não era um vingador,ele não tinha por que deixar um legado,ele começou isso,ser o homem aranha, e isso terminaria nele,ele não precisa de alguém terminando como ele.
"Então,sem estudantes,sem qualquer um em mente que poderia lidar com o seu trabalho caso você morra homem aranha? O que fará quando estiver morto? Afinal sua área de trabalho é perigoso até mesmo para algo como você." Evitar revirar o olho mesmo por baixo da máscara foi literalmente impossível,a repórter a sua frente estava tentando tirar qualquer coisa dele em respeito a tal assunto a semanas, sempre o encontrando nas portas dos hospitais que ele deixava aqueles que ele encontrava feridos na patrulha.
Ele tinha certeza que ela trabalhava pro Clarim mesmo sem qualquer coisa que sinalizasse isso,tipo,ela sempre se referia a ele como "algo" e não "alguém" muito comum de se ver nos jornais que eles fazem sobre ele, isso parou de o afetar desde dos seus 14 e mesmo assim eles são insistentes com seus preconceitos.
"Estarei morto, não há nada para fazer." Sua resposta não foi nem um pouco agradável pela careta mal disfarçada da mulher,mas não é como se isso fosse problema dele, direcionando suas mãos em direção ao prédio mais próximo ele saiu para continuar sua patrulha, ignorando os gritos para ele esperar da mulher que novamente tentava correr atrás dele.
Ser perseguido estava se tornando costumeiro para ele,mas ainda sim incomodava,eles não poderiam simplesmente desistir?
Balançar pelos prédios do Queens era o único descanso que ele tem tido desde do incidente do feitiço da memória ou mesmo do que aconteceu com o mistério,a sensação de familiaridade do ar batendo no seu rosto,de alguma mulher ou criança o agradecer por levar elas para casa,da velinha por ele carregar suas compras ou mesmo do ladrão o xingando quando ele os deixa na delegacia amarrado por teias.
O homem aranha não pode deixa de sentir que o ar parece mais limpo enquanto ele faz isso,por mais que ele não consiga soltar uma risada,um pequeno som alegre,como ele fazia antes de estar morto.
Parado sobre o prédio mais alto que ele encontrou na área que estava ele focou e forçou sua audição, mesmo que machucasse,ele conseguia escutar os motores dos carros e motos, reconhecer qual estava bom e qual precisava ser trocado, risadas, tudo que significava que sua vizinhança estava viva.
"Vamos, não é como se ele fosse se importar!" Familiar, Peter escutou uma voz familiar, normalmente tal coisa machucaria ele de dentro pra fora,mas a voz não era familiar o suficiente para que Peter focasse nela, talvez alguém que ele tenha encontrado de passagem?
"Vigilante,eles são normalmente territorialistas, não é uma boa ideia você treinar isso num local onde já tem alguém para fazer isso." Familiar,a segunda voz da conversa também era familiar, menos que a primeira,mas ainda sim familiar, o rumo da conversa revelou que ele era o assunto,pelo menos,a última vez que o homem aranha verificou ele era o único vigilante fixo do Queen's.
Ele continua sentado na ponta do prédio, tentando se decidir se verificava quem estava entrando no seu território e fazer algo que seu amigo não recomendava,ou se ignorava,se fosse perigoso,seu sentido aranha ia no mínimo tremer.
Ele decidiu ficar ali apenas mais um minuto, vendo se havia algum grito por socorro, alguma coisa mais importante do que verificar uma conversa.
Quando nada aconteceu,ele finalmente balançou em direção as vozes familiares, preparado para qualquer coisa que causasse um dano emocional,por mais que ele não desejasse mais nenhum, Deus ou alguém acima dele sabia que ele já tinha o suficiente.
Ele não tinha nenhuma intenção de ter contato direto,ele estava indo para verificar,se não significasse ameaça, não havia motivo para chegar mais perto.
Bem, isso não significava que ele queria ver dois heróis em sua área de serviço, novamente, não era a primeira vez nesses tempos.
Mas era a primeira vez daqueles dois.
Ali estava Sam Wilson, também conhecido como Capitão América, aquele que Steve Rogers confiou seu escudo.
Ao seu lado estava James Barnes, Lobo branco, antigo soldado Invernal, aquele que Steve Rogers estava preparado para ser caçado pelo governo para proteger.(mas não para ficar ao lado pelo visto)
Ambos andando lado a lado,uma atmosfera amigável rodeando os dois na rua vazio e escura de um lado não tão agradável do Queen's, nenhum dos dois notando sua presença para a felicidade dele
Capitão América estava usando seu traje, chamativo,Peter agradeceu pela rua não ter ninguém fora de suas casas,por que com toda certeza seria notícia amanhã e Peter não precisava de mais heróis entrando no seu território ou mesmo mais jornalistas, porque eles vão adorar saber o que esses homens estão fazendo aqui e vão causar o caos para descobrir.
Ao seu lado estava o lobo branco, vestido uma roupa que poderia ser considerada discreta,eles pareciam um contraste engraçado lado a lado.
Qualquer um que batesse os olhos neles os reconheceriam,eles eram notícia a algum tempo,e mesmo Peter achando cômico o fato de que o antigo soldado Invernal e agora lobo branco novamente ao lado do capitão América,ele os achava talvez dois dos melhores super heróis que surgiram aí nessa"nova era", Peter escutou deles viajando por aí, protegendo a terra dos perigos que eles não poderiam ver, escutou que mesmo que eles tenham passado dificuldades eles estavam se saindo bem, fazendo o bem do jeito que eles podiam.
Mas o que eles estavam fazendo aqui em baixo? Peter cuida desse território,ele tem certeza que não tem nada aqui que ele não posso lidar ou tenha que ter a atenção do Capitão América e Lobo branco.
Talvez eles estejam aqui de passagem? voltando de algo que eles estavam fazendo e o caminho de ida ou volta tenha que passar pelo Queens? Peter podia escutar os metros e ônibus,mas duvidava que aqueles dois iriam pegar algum desses transportes públicos.
Mesmo assim,eles não pareciam uma ameaça,seu sentido não chegou nem a tremer, havia uma inegável atmosfera amigável entre esses dois, confortáveis na presença um do outro,ele conhecia a força desses dois,mas eles não pareciam uma ameaça.
Peter os encarou mais alguns minutos, apenas para observar um pouco mais,e então se afastou um pouco,eles não eram ameaças,seus sentidos o diziam isso,e Peter confiava em seus sentidos, o que for que eles vieram fazer aqui era algo que tinha a intenção boa.
Ele se afastou, lentamente,por qualquer coisa que ele pudesse escutar que justificasse a desconfiança pingando em seus olhos mesmo com seu sentidos calmos,mas qualquer coisa que eles estavam falando sobre ele morreu antes de ele chegar lá,como se tivesse sido um assunto de passagem,como se ele tivessem se lembrado que aquele é seu território mas escolheram ignorar. Peter sentiu uma necessidade em seu peito de os mandar embora por entrar nos Queens sem nenhum aviso ou justificativa, mas ele não era o dono daqui, ninguém precisava o dar justificativa para entrar ou sair.
Algo dentro dele torceu como nó em uma corda,mas seus sentidos estavam calmos como o sereno.
Apenas quando um grito de socorro e o cheiro de fogo foi anunciado aos seus sentidos ele se permitiu finalmente se afastar totalmente, engolindo o amargo de sua boca e voltando a sua patrulha,balançando aos céus sem ser notado.
Aqueles dois eram bons heróis, não fariam mal, não intencionalmente,ele os deixaria em paz,ele vai os ignorar,ele tinha uma patrulha para fazer.
Se afastar não parecia algo que ele iria se arrepender.
Bem,pelo menos isso era o que ele achava.