Dance Of Souls

Naruto
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Dance Of Souls
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Summary
Existe várias formas de duas almas gêmeas se encontrarem, de se conectarem e Iruka encontrou a sua através da Dança..Desde o primeiro encontro, na época dos reis e rainhas, Iruka e Kakashi se conectavam, se encontravam através da dança e não seria diferente no dias atuais.
Note
Chegando com a fic 28/31 quase no final, restam só 3... nem parece...Agradeço a JJ pela leitura critica amo vc..Boa leitura!
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Capitulo II

Você sente que é para sempre, ou melhor, que é desde sempre; que é infinito, eterno, incondicional.

 

Dias atuais

 

— Jura que querem que eu vá comemorar meu aniversário numa balada? Sabendo que danço tanto quanto a Anko é discreta? — perguntou Iruka encarando Anko e Genma.

Anko estava no guarda-roupa de Iruka escolhendo algo para o amigo vestir para e simplesmente deu de ombros a fala do amigo, nem um pouco ofendida, enquanto Genma secava seus cabelos.

— E daí que você não dança? Pode pelo menos encher a cara — falou Genma.

— Também não sou de beber. Porque não podemos comprar um bolo, cantar parabéns e viramos a noite assistindo séries na televisão? — pediu Iruka quase como súplica.

— Você está fazendo 20 anos ou 60?  Se bem que acho que se levarmos em conta a Tsunade e Jiraya, são bem mais animados do que você — falou Anko entregando ao amigo uma calça jeans branca que sabia que ficaria justa no amigo, uma camisa social azul escura que iria pedir para Iruka dobrar as mangas até o cotovelo e deixar os primeiros botões de cima aberto e seus vans favoritos na cor vinho, sabia que o amigo iria reclamar, mas sabia também que ele ficaria lindo.

— Jiraya e Tsunade não são parâmetros para nada, Anko. E Genma, nada de me pedir para ficar de cabelo solto — disse Iruka olhando para o amigo por cima do ombro.

— Iruka, você vai de cabelo solto e com essa roupa porque é a roupa que estava no seu sonho, não é? — perguntou Anko.

— Que sonho? Vocês dois estão de segredinhos comigo? — perguntou Genma incrédulo.

— Anko! Você falou que ia guardar segredo.

— Mas eu não falei para ninguém, Ruka, só falei agora.

— Isso não importa. Só quero saber que história de sonho é essa — pediu Genma parando de pentear os cabelos do amigo.

— Iruka anda sonhando que era um príncipe, herdeiro de um grande reino e que tinha uma alma gêmea, mas não me falou muito sobre ele, só falou que sentia que o amava.

— Ele? Olha só, estamos diante de um príncipe, devemos fazer uma reverência?— brincou o amigo.

— Deixem de ser idiotas, foi só um sonho, não significa que aconteceu.

— Mas você sonhar que o encontrava numa festa deve ser um sinal que você deve ir a essa balada. Pode ser a sua chance de encontrar sua alma gêmea — disse Anko animada.

— Como se você acreditasse nisso.

— Claro que acredito. O Genma é minha alma gêmea, não é amor? — disse a Mitarashi piscando para outro e mandando um beijinho para o namorado.

— Bakas! Vamos logo com isso antes que desista — falou Iruka.

 

[...]

 

— Já estávamos desistindo de te esperar. Hoje se superou Bakashi — reclamou Obito, que estava acompanhado da namorada Rin, assim que viu o amigo se aproximar da entrada da boate Sunflower.

— Oe. Quase que nem viria Tobi, só vim porque falou que era Open Bar — respondeu Kakashi, que vestia uma calça preta, com uma blusa branca de mangas compridas junto com sua inseparável máscara e seus coturno pretos.

— Isso não é nenhuma novidade. Mas hoje você se superou, Hatake, estamos a quase uma hora te esperando — falou Rin — Vamos entrar logo que quero me divertir — completou a moça puxando os dois para dentro do local.

A Sunflower havia inaugurado a pouco tempo e já era um sucesso. Kakashi não era um grande apreciador daquele tipo de lugar por não se sentir confortável e também por não saber dançar nada, até tentou uma vez, assim como diziam seus amigos “como dançarino ele era um ótimo cozinheiro”. O local era bem grande, luzes coloridas iluminavam o local, tinha uma grande pista de dança a qual o Hatake tinha certeza que nem chegaria perto e que já estava lotada de pessoas dançando cada uma ao seu ritmo. 

Logo o platinado foi abandonado pelos amigos que foram em direção a dança e ele foi em busca do bar. O bar era maior do que esperava, com barmans e barwoman fazendo malabarismos enquanto preparam os drinks dos clientes. Kakashi sentou em um dos bancos e pediu uma dose de whisky e assim que a recebeu virou seu corpo para observar o local e as pessoas, até que sua atenção foi atraída ao ouvir uma pequena discussão ao seu lado.

— Anko não irei passar vergonha na frente de outras pessoas. Já falei que não danço. Vou ficar aqui no bar e tomando uma água — falou um jovem de longos cabelos castanhos e que por algum motivo, Kakashi o achou familiar.

— Você irá beber alguma coisa, sim — disse a mulher que acompanhava o outro homem — Barman, trás uma dose de tequila para meu amigo aqui e se certifique que ele beba. É aniversário dele e ele precisa comemorar — falou a mulher e logo se retirou indo em direção a pista de dança.

— Você não parece muito animado para comemorar seu aniversário — disse Kakashi olhando para o lado.

Quando os olhos de Kakashi se encontraram com o do homem  ao seu lado, sentiu como se tudo ao redor tivesse sumido, nem mesmo o som alto da música tocando era ouvido e não era só Kakashi que estava assim, Iruka também se sentia da mesma forma. 

Iruka sentia como se conhecesse aquele homem, mesmo com aquela máscara cobrindo metade do seu rosto, sentia em seu interior que aquele homem era o mesmo dos seus sonhos.

— Não estou, por mim estaria em casa com um balde de pipoca assistindo filme — respondeu Iruka — Qual seu nome?

— Kakashi e o seu?

— Iruka.

— Você dança? — perguntou Kakashi indicando a pista de dança.

Por algum motivo desconhecido, sentiu necessidade de pedir aquilo, mesmo que ele não dançasse nada.

— Não, nenhum pouco, sinto como se tivesse dois pés esquerdos — respondeu um um leve sorriso.

— Eu também não, mas gostaria de passar vergonha comigo? — pediu Kakashi com um sorriso que Iruka pode notar mesmo com a máscara.

— Eu não sei, tenho vergonha — respondeu Iruka levemente corado.

— Estarei ao seu lado, não se preocupe — disse Kakashi pegando a mão de Iruka.

Quando ele fez aquele gesto, sentiu uma onda elétrica percorrer seu corpo e sentiu como se conhecesse aquele homem de outro lugar e que ele deveria estar ali ao seu lado, como se fosse o destino os levando ali. Iruka respirou fundo antes de se levantar e estender a mão ao outro.

— Só se você me conduzir, Hatake — falou Iruka deixando o outro surpreso por saber seu sobrenome, já que não havia dito.

— Com todo prazer, Umino — respondeu usando o sobrenome do outro.

Logo ambos se dirigem à pista de dança, deixando tanto os amigos de Iruka quanto os de Kakashi surpreso. Assim que estavam no centro da pista, nenhum dos dois sabiam muito bem o que fazer, por isso decidiram apenas deixar a música os guiar. Não prestavam atenção na letra, apenas nas batidas e novamente quando se encararam, sentiram como se não houvesse mais nada a não ser eles os dois, nada mais importava. 

Se aproximaram um pouco mais e Iruka colocou suas mãos nos ombros do mais alto, enquanto Kakashi repousou as suas na cintura  do Umino e naquele momento foi como se suas pernas e o resto do corpo de ambos soubessem exatamente o que fazer, que movimento seguir e em que velocidade. 

Em volta dos dois se formou um circulo, apenas para apreciar aquela apresentação, os dois pareciam profissionais e muitos estavam sem palavras, entre eles Obito, Rin, Anko e Genma.

— Desde quando Iruka dança? Ele mentiu para nós esse tempo todo? — questionou Genma à Anko.

— Não… Iruka nunca dançou, ele era incapaz de dar dois passos sem tropeçar nos pés. Não sei como está fazendo isso, mas é lindo — respondeu Anko.

— Conhecem o rapaz que está com nosso amigo Kakashi?— perguntou Obito aos dois.

— Se seu amigo for aquele de cabelo branco dando um show com Iruka, conhecemos. Seu amigo é dançarino?

— Kakashi? Ele odeia dançar, falou que nunca dançaria, nem sozinho, muito menos com um monte de gente observando ele — respondeu Obito.

Rin estava quieta, hipnotizada pelos movimentos dos dois e por alguns instante ela jurou ter visto uma luz branca ao redor dos dois, não sabia se era efeito da iluminação do local ou o que, mas não parecia ser algo artificial, parecia que a luz era emitida pelos dois.

Com Iruka e Kakashi, a atmosfera de um mundo só deles continuava. No meio da dança, o platinado trouxe o outro para mais perto, para poder falar em seu ouvido.

— Sabe, meu pai costumava dizer que existem almas gêmeas , ele acreditava nisso, tanto que dizia que minha mãe era a dele. Ele me contou que eles se conheceram em uma festa e que na hora que dançaram, souberam que um pertencia ao outro, que eram metade um do outro — falou Kakashi.

— Seria estranho se disser que meus pais também. Diziam que quando eu encontrasse a minha alma gêmea e que se dançasse com ela, mesmo que eu não soubesse o que fazer, eu faria. Seria algo natural quanto respirar — disse Iruka.

— E acha que isso está acontecendo? — perguntou Kakashi.

— Não sei, mas até o momento em que começamos a dançar, juro que pensava ter dois pés esquerdos — respondeu Iruka.

— Como sabia meu sobrenome, aliás? — perguntou curioso.

— Não sei ao certo, só sabia. E tenho a sensação que te conheço, de já ter te visto antes.

— Você já foi a algum baile de máscaras?

— Que me lembre não, porque?

— Acho que já te vi usando uma dourada, com detalhes em vermelho e preto — disse Kakashi.

— Só se você tiver usado uma que cobria somente o lado esquerdo do seu rosto, prata, vasada, estilo veneziana.

— Não sei se acredito em almas gêmeas ou em todas essas coisas, só sei que estamos dançando como se fizéssemos isso a anos e me sinto bem, como se não faltasse mais nada, como se tudo o que eu quisesse e até o que eu nem sabia que queria, estivesse aqui, em meus braços.

— Eu queria sair daqui, poder te conhecer melhor, conversar mais com você, parado de preferência — disse Iruka com um sorriso.

Após dizer isso, os dois finalmente pararam e só assim perceberam que haviam se tornado a atração principal da Sunflower, todos olhavam surpresos e alguns emocionado. Antes de se afastar totalmente de Iruka, Kakashi se aproximou do Umino, abaixou um pouco sua máscara e o beijou, fazendo assim as palmas, assovios e gritos aumentarem ainda mais. 

— Ainda quer sair daqui? Se quiser, essa é a hora, porque meus amigos e acho que os seus estão vindo para cá e se conheço meu amigo, não nos deixará ir.

— Se ele for um pouco parecido com a Anko, seremos interrogados como dois criminosos. Vamos — disse Iruka puxando o prateado entre a multidão, alguns davam espaço para que passassem, enquanto outros eram empurrados junto a um pedido de desculpas.

Já do lado de fora da boate, os dois rindo como se fossem duas crianças que acabaram de aprontar e conseguiram sair impune. 

— Vamos para onde agora? — perguntou Iruka abraçando Kakashi.

— Conheço um lugar que funciona 24 horas e acho que lá devemos encontrar um bolinho ou algo assim — respondeu Kakashi.

— Bolo? — perguntou Iruka arqueando a sobrancelha.

— Comemorar seu aniversário, mesmo que seja um pouco atrasado — respondeu Kakashi com simplicidade.

— Desde que seja com você, eu aceito. Só quero mais um beijo antes.

Kakashi se aproximou ainda mais de Iruka, se é que era possível, baixou novamente sua máscara, dessa vez por completo e beijou Iruka. Sentiu de novo que já havia o beijado outras vezes, mas cada vez que o fazia a sensação era nova, como se fosse sempre a primeira vez.

 

[...]

 

— Então é por isso que vocês sempre comprar um bolinho pequeno e horrível para o papai Ruka de aniversário? — perguntou a pequena Sun de sete anos para Kakashi assim que ele terminou de contar a história.

— O bolo não é assim tão ruim — o prateado se defendeu.

— Na verdade é sim, amor. Ele é horrível, mas já virou tradição — disse Iruka entrando no quarto — Contando de novo a nossa história? — pediu se aproximando da cama da filha e deixando um beijo em sua testa

— Ele só conta uma parte, diz que a outra parte você que sabe melhor. Pode me contar a “Dança dos Sol” de novo, papai? — pediu a pequena, mesmo que seus olhos estivessem quase se fechando.

— “Dance of Souls” minha querida, esse é o nome — corrigiu Kakashi com carinho — Outro dia papai Ruka conta, já passou da hora de dormir mocinha.

— “Dance of Souls”  — repetiu a pequena — Um dia eu também vou encontrar minha alma gêmea, papa Kashi?

— Claro que vai meu amor. Mas só quando você crescer e ficar mais velha. Você será muito feliz — respondeu Kakashi enquanto ajeitava sua pequena na cama.

— Feliz para sempre, igual a vocês — disse Sun antes de fechar os olhos e dormir.

 

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