Quimera

Naruto
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Quimera
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Summary
Iruka e Kakashi estavam a um passo de realizar seu maior sonho, o de finalmente se unirem para sempre através do casamento.Todos estão presentes, até mesmo os pais do Umino e o pai do Hatake.Tudo está lindo, perfeito... perfeito até demais.
Note
31/31Nem parece que é a última fic, maio não começou ontem? Passou e nem vi...Essa a última fic do KakaIru Month 2021, mês totalmente voltado ao meus amores. Vou deixar os agradecimentos lá para o final porque senão, vai sair um textão aqui. Também nas notas finais, tenho um pequeno questionário que ficaria muito feliz se respondessem com toda a sinceridade de vocês.Se contar que estou emocionada, acreditam? Quero chorar de alegria.Espero que gostem da fic e depois me respondam "Um genjutsu desse nível funcionou em vocês?"Boa Leitura.

Quimera: Resultado da imaginação que tende a não se realizar.



O local onde ocorria a união de duas almas estava decorado com cores claras e peças discretas e elegantes. As cadeiras cobertas com um tecido branco com flores de cerejeiras bordadas estavam enfileiradas deixando um corredor. 

Lanternas japonesas brancas iluminavam e também decoravam o ambiente tanto onde ocorreria a cerimônia quanto a festa, dando um toque charmoso e criando uma iluminação aconchegante e intimista. Tsurus, os origamis japoneses, que segundo dizem levam sorte ao dia do casamento e eram um detalhe atencioso na decoração, estavam dispostos nas mesas ou pendurados em fios de nylon por todo lugar. Segundo a tradição japonesa, se dobrar mil tsurus um desejo se realizará.

A decoração do casamento contava também com sombrinhas japonesas e flores de cerejeiras. No altar onde o celebrante ficaria, tinha duas pequenas sakuras, uma de cada lado, Nas mesas,onde aconteceria a festa, que eram cobertas por uma toalha rosa claro, no mesmo tons das flores de sakuras, tinham também pequenos ornamento feitos com galhos e flores.

Os convidados já haviam começado a chegar e era uma quantidade absurda de pessoas. Não era para menos, já que os noivos eram queridos e conhecidos por todos. Um por ser um sensei querido e admirado por seus alunos, enquanto o outro era o ninja mais conhecido das cinco nações na atualidade. Ambos tinham diversos amigos que acompanharam todo o relacionamento, as brigas, discussões e viram um amor desabrochar mesmo em meio a tantas desconfianças de alguns que diziam que aquilo era impossível acontecer.

Kakashi estava nervoso, andando de um lado para o outro enquanto esperava seu noivo. Seu quimono de seda preto já estava quase fora do lugar. Seu pai tentava o acalmar, dizendo que logo Iruka aparecia por aquele corredor, enquanto ajeitava a roupa do filho novamente.

— E se ele desistiu? Se ele percebeu que não é isso que ele quer?

— Kakashi, vocês estão juntos a tanto tempo, se amam, é claro que ele vai aparecer.

Mal Sakumo terminou de falar e Kakashi viu Iruka aparecer na entrada, fazendo todos se voltarem para o local onde o mascarado olhava intensamente. Iruka estava lindo, usava um quimono de seda branco com detalhes em vermelho, seu cabelo estava solto, preso só uma pequena parte e uma presilha com orquídeas branca presa ao lado completa a imagem da perfeição que Kakashi via.

Iruka estava acompanhado dos pais, um em cada lado. Quando olhou para Kakashi sentiu como se mais nada existisse, como se fosse somente os dois. Seus olhos começaram a marejar, era muita emoção para o Umino. Ele finalmente estava realizando seu maior sonho, iria se casar com o amor da sua vida.

— Calma querido, se continuar assim você vai desmaiar antes de fazer seus votos — falou Kohari segurando mais firme o braço do filho.

— Se bem que se você demorar mais um pouco, é capaz dele vir te buscar aqui — falou Ikkaku rindo do filho, que ficou ainda mais nervoso.

— Ikkaku! — repreendeu Kohari.

Logo os três começaram a caminhar em direção ao pequeno altar. Assim que se aproximaram, Sakumo e Kakashi estavam os esperando e os cinco deram as mão, abençoando aquela união.

Quando os dois foram deixados sozinhos para que a cerimônia desse início, Kakashi segurou fortemente a mão do noivo, se aproximou do seu ouvido e disse.

— Não podemos pular logo para a Lua-de-Mel? Você está muito lindo, meu amor — falou deixando Iruka vermelho de vergonha.

— Pare com isso, Kakashi. Se comporte — repreendeu Iruka ficando corado.

— Você fica lindo corado assim — disse Kakashi rente ao ouvido de Iruka o fazendo arrepiar.

O celebrante começou a cerimônia, arrancando lágrimas dos presentes. Os pais dos noivos estavam emocionados. Nunca haviam visto os filhos com os olhos tão brilhantes e com um sorrindo como nunca. Mesmo Kakashi com sua inseparável máscara podia ver o sorriso ao olhar para Iruka.

— Os noivos têm seus votos? — perguntou o celebrante olhando para os dois que assentiram.

— Espero que não se importe se eu começar, porque se você falar primeiro, não conseguirei dizer nada porque vou estar aos prantos e sabe que é verdade — disse Iruka com os olhos marejados — Hoje eu posso afirmar que é o dia mais feliz da minha vida, ou um dos dias mais felizes, pois todos os dias ao teu lado me fazem, me fizeram e me farão feliz. Nós passamos por tantas coisas, tantas provações e que serviram para nos unir cada vez mais. Mesmo quando parecia que iria dar errado e que não conseguiríamos, você me mostrou que era possível. Você estava ao meu lado quando abri mão de ser um ninja de campo para me tornar sensei, me apoiou em cada uma das minhas escolhas, mesmo que às vezes não concordasse com elas, você ficou do meu lado. Eu não posso reclamar da minha vida, de nada. Só tenho a agradecer aos meu pais por todo suporte e amor incondicional deles, aos nossos amigos pelo apoio quando contamos que estavamos juntos e fomos recebidos de braços abertos, sem nenhum preconceito. E principalmente a você, Kakashi, que me permitiu entrar em sua vida, que atura meus surtos, minha pequena oscilação de humor, meu jeito estressado que quer te matar de vez em quando, mas não faço isso porque não vivo sem você, mas você abusa às vezes. Viu até seu pai concorda comigo — falou iruka olhando para Sakumo e arrancando risadas dos convidados —  Nós passamos por muitas coisas e ainda iremos passar por outras, mas enquanto estivermos juntos, enquanto um apoiar o outro, enquanto tivermos amor sei que superaremos todos os desafios. Eu te amo muito, Hatake Kakashi.

Kakashi levou a mão ao rosto do moreno e secou as lágrimas que teimavam em cair, enquanto a outra segurava firmemente a mão do Umino e podia senti-lo tremendo de emoção, de nervosismo, assim como o próprio Hatake estava.

— Foi perfeito, amor. Pai, estou realmente me casando com o amor da minha vida — começou Kakashi olhando para o pai que estava emocionado — Lembro quando estava inseguro no começo do nosso namoro e meu pai disse para não ficar nervoso, não ficar criando hipóteses e pensando no que poderia dar errado, mas também dizendo para não criar expectativa demais, pois as coisas podem não sair como queremos. E você, senhor Iruka, precisa agradecer muito a três pessoas — disse olhando para Minato, Obito e Rin —  que quase me bateram quando disse que estava com medo de te chamar para sair pela primeira vez, se não fosse por eles, eu nunca teria te chamado para ir comigo naquele festival. Nunca tinha ficado tão nervoso, nem mesmo durante as batalhas, mas com você eu simplesmente não sabia como agir. Você tem ideia do quanto abala minhas estruturas, minha confiança? Talvez saiba e as use contra mim ou talvez não e faça tudo de forma tão natural e isso também não faz diferença, não faz eu te amar menos. Eu agradeço a senhora Kohari e o senhor Ikkaku por terem trazido você ao mundo e assim eu pude te conhecer. Eu amo como você me faz bem, o quanto confia em mim, amo seu jeito irritado de ser, o quanto se estressa fácil, amo o jeito que coça essa cicatriz quando está nervoso, amo o jeito que me completa, amo todas suas qualidades e seus defeitos pois são eles juntos que formam a pessoa maravilhosa que você é. E é por essa e mais mil razões que hoje posso afirmar que é um dos dias mais felizes da minha vida, pois você é oficialmente meu marido e prometo te amar, te proteger e  fazer de você o homem mais feliz de Konoha, de toda a Nação do Fogo, do mundo inteiro se possível. Amo você, Umino Iruka.

— Você está chorando — falou Iruka secando as lágrimas que escorriam pelo rosto do Hatake.

— Você também — retrucou Kakashi com um sorriso.

O celebrante finalizou a cerimônia e sob uma chuva de aplausos os dois selaram aquela união trocando as alianças e finalizaram com um beijo cheio de carinho.

Quando Iruka abriu os olhos, os dois se encontravam dançando no meio da pista, com todos ao redor deles. 

“Como viemos para aqui tão rápido? Acho que estou tão feliz que nem percebi as coisas acontecendo!” 

Era o que Iruka pensava, mas não ligou, estava tão feliz que não se importava de não ver o tempo passar. Mas enquanto dançava, com seu corpo colado ao de Kakashi, sentiu uma tristeza tomar conta de si, não sabia a origem daquela angústia, apenas puxou a roupa de Kakashi na intenção de sentir ainda mais o marido, que ficou um surpreso com a atitude do agora marido e se preocupou ao ver os olhos que tanto ama banhado em lágrimas.

— Amor, o que foi? Porque está chorando? — perguntou Kakashi com preocupação.

— Eu não sei amor. É só que tudo isso, é demais para mim… E estou com medo… — respondeu Iruka entre lágrimas.

— Medo do que, Iruka?

— De não ser real, medo de uma hora acordar e perceber que tudo isso foi apenas um sonho cruel e que aquilo que eu mais desejei jamais aconteceu e nunca acontecerá — disse Iruka.

Kakashi abraçou fortemente o marido na tentativa de o acalmar e quando conseguiu fez o moreno olhar nos olhos.

— Isso não é um sonho, meu amor, isso é real, eu sou real. Nós acabamos de nos casar, estamos dançando na nossa festa, nossos pais estão nos olhando como se fossem chorar ainda mais, estão felizes por nós. Eu estou feliz porque você agora finalmente é meu, para sempre!

— Eu amo você, Kakashi.

— Também te amo Iruka.

Ambos ficaram se encarando, como se quisessem olhar no fundo de suas almas. Kakashi abaixou sua máscara e se aproximou para beijar Iruka, esse que apenas fechou os olhos para aproveitar aquele carinho.

 

Mas quando o Umino abriu os olhos, não havia nada..

 

Não havia festa.

 

Não havia seus pais.

 

Nem seus amigos.

 

Nem mesmo Kakashi.

 

Era somente a escuridão.

 

Escuridão que engoliu Iruka novamente.



Quando Iruka conseguiu abrir os olhos, não reconheceu onde estava. Olhou ao redor e viu vários ninjas, de diversas nações, todos próximos a uma grande árvore. A sua volta estava o que parecia ser restos de um casulo. Foi então que a realidade o atingiu em cheio.

Estavam no meio da Quarta Guerra Ninja.

— Tsukuyomi Infinito — sussurrou para si mesmo ao lembrar do que havia acontecido.

O Tsukuyomi Infinito era o genjutsu mais poderoso que existe, e que foi usado por Uchiha Madara para colocar todo o mundo em um sonho eterno, com o objetivo de absorver o chakra de todos que caem nessa ilusão. Mas parecia que seu plano não havia dado certo.

O sensei não queria saber se tinha dado certo ou não, se tinham ganhado ou não aquela Guerra, pelo menos não naquele momento, pois as lembranças do seu sonho o acertaram com tanta intensidade que ele se sentiu ainda mais perdido. Uma parte sua estava feliz pela Guerra ter finalmente chegado ao fim, mas a outra queria voltar para aquela realidade, para aquele sonho que parecia tão real, pois ele ainda era capaz de sentir o gosto da boca de Kakashi na sua. Com o pouco de força que ainda tinha, se ergueu e saiu daquele lugar o mais rápido possível.

A cada lugar que passava via a destruição que a Guerra havia causado, as mortes e sabia que a vida de todos tinha sido afetada. A sua com certeza nunca mais seria a mesma. Ele havia experimentado uma felicidade sem igual ao lado da pessoa que ama, mas a realidade era totalmente diferente, ele jamais seria feliz ao lado do Hatake. Enquanto caminhava para tentar achar um lugar onde pudesse ficar sozinho, acabou avistando Kakashi, que estava visivelmente machucado pois estava sendo amparado por Gai e Yamato, mas mesmo assim teve a impressão que o Hatake olhou em sua direção. Mas não iria, nem poderia se iludir, por isso deu as costas para que não vissem suas lágrimas e correu o mais rápido que podia. 

Aquilo era demais para ele.

Kakashi ao notar que Iruka saiu correndo, se desvencilhou dos amigos e começou a ir na mesma direção que Iruka, mas foi parado por Shizune.

— Onde pensa que vai Kakashi? Preciso curar seus ferimentos, você está muito machucado — disse Shizune colocando a mão do peito do mascarado na tentativa de o impedir de sair dali.

— Eu sei Shizune, mas tenho uma coisa para resolver que é mais importante do que minha saúde nesse momento — disse o mascarado se afastando de Shizune e seguindo Iruka, ignorando os chamados da ninja médica e dos amigos.

Devido a seus estado, estava mais lento, mesmo que quisesse não poderia ir mais rápido. Demorou um pouco mas conseguiu encontrar Iruka., que estava sentado, com os joelhos dobrados, queixo apoiado, fitando o nada.  Quando o viu sentiu uma tristeza vinda do sensei que era sempre tão alegre, tinha um sorriso fácil, era simpático e agora ver ele naquele estado abalou Kakashi.

— Iruka — Kakashi chamou o moreno que não o olhou — Podemos conversar? — insistiu o prateado.

— Não quero conversar, por favor me deixe sozinho — pediu Iruka sem olhar para o outro.

Kakashi sentou-se ao lado de Iruka e com delicadeza segurou o rosto de Iruka, fazendo-o olhar para si, e quando o fez novamente as lembranças do sonho voltaram a mente de Iruka, aquele jeito de o olhar tão intensamente, com os olhos que transmitiam amor, fazendo o moreno se afastar do toque e se levantar.

— Não… não me olhe assim — pediu Iruka — Você não pode me olhar dessa maneira…

— Te olhar como, Iruka? — perguntou Kakashi se levantando também e encarando Iruka, querendo ver aquele brilho no olhar que ele tinha novamente.

— Me olhar como se pudesse ver minha alma… como… como se sentisse… algo por mim, o que não é verdade e isso machuca. Seria tão ruim assim ficarmos no Tsukuyomi? Eu poderia ser feliz — respondeu Iruka pouco se importando se estava demonstrando seus sentimentos após todos terem passado por um pesadelo que havia sido a Guerra.

— Mas não seria de real Iruka — Kakashi tentou argumentar.

— E daí? Eu não me importaria…— Iruka praticamente gritou.

— Mas eu sim…

— Você não entende, Kakashi. Eu… eu tinha o que eu mais desejava — disse quase num sussurro.

— Seus pais? Ou eu? — perguntou o mascarado deixando Iruka surpreso e sem saber o que falar — Você viu meu pai alguma vez na sua vida? O conheceu? E o antigo Time 7? O Quarto Hokage entendo, mas o Obito e a Rin? — Kakashi fazia as perguntas e deixava Iruka surpreso e confuso.

— Como… como sabe?

— Como sei o que você sonhou? Te garanto que não foi pelo Sharingan, já que eu não o tenho mais — respondeu Kakashi indicando seu olho esquerdo — Acho que tivemos um sonho compartilhado.

— Isso é impossível.

— Não é, Iruka… Me diga, a decoração era simples mas elegante, com cores claras, lanternas, tsurus espalhados, cadeiras com pano branco, mesas com toalhas bordadas com flores de cerejeira? Quer mais? Você estava lindo com seu quimono branco com detalhes em vermelho e flores de orquídeas presas em seu cabelo que estava solto o deixando ainda mais bonito.

— Cale a boca… não fale mais nada… não quero ouvir. Você não tem esse direito, não pode me dizer isso, pois não é verdade — Iruka falou um pouco ríspido, não iria permitir ser enganado.

— O que não é verdade? Ainda não entendeu Iruka? Não percebeu o porque tivemos o mesmo sonho? Eu não conhecia seus pais e eu os via claro como a água. Você não conviveu com o meu mas aposto que o via com todos os detalhes, com cada marca que ele tinha.

Iruka não encarava Kakashi, tinha medo de o olhar, acreditar no que ele dizia e depois acordar novamente, não queria outra desilusão.

— Olha para mim, Iruka — Kakashi se aproximou, segurou o queixo do Umino e o levantou, fazendo Iruka o olhar — Está com medo de não ser real de novo? De acordar e perceber que era mais um sonho? Pois eu também estou. Tenho medo de perceber que eu já não estou nesse mundo e que nunca poderei dizer para ti, finalmente, que o amo.

— Kakashi…

— Eu realmente amo tudo aquilo em você..

— Você mal me conhece..

— Talvez sim, mas mesmo assim amo quando fica irritado, quando coça sua cicatriz quando fica nervoso, amo o jeito que trata seus alunos, o carinho que tem pelo Naruto e realmente sou grato a Kohari e Ikkaku por terem te trazido ao mundo. Só me dê uma chance de provar que estou falando a verdade e quem sabe, num futuro, realizar o nosso sonho.

Iruka não o respondeu, sentiu em seu interior que Kakashi dizia a verdade, que estava sendo sincero, por isso apenas o abraçou, tentando não o apertar pois não queria o machucar mais do que já estava.

— Você tem o mesmo cheiro, eu gosto — disse Kakashi deixando um beijo nos cabelos de Iruka, fazendo o moreno rir.

— Vem, você tem que ser atendido por um médico, não sei nem como está de pé ainda e se me conhece, nem que for um pouco, sabe que não é um pedido — falou Iruka se afastando um pouco para poder olhar para Kakashi, que para sua surpresa, ou não, estava com a máscara abaixada.

Kakashi segurou delicadamente o rosto do Iruka e se aproximou devagar, sentindo o moreno ficar um pouco tenso.

— Me deixa te beijar, Iruka? — perguntou Kakashi sentindo a respiração quente de Iruka bater contra sua pele e pode ver um leve aceno confirmando.

O prateado finalmente selou os lábios do moreno, e eram tão macios e doces quanto havia sentido no sonho, mas ainda sim, era muito melhor o beijar de verdade. O Hatake desceu uma das mãos até a cintura de Iruka e o puxou levemente para mais perto, enquanto o Umino rodeou os braços pelo pescoço do outro. O beijo não era afoito, era terno, calmo, onde cada um podia sentir o mesmo que sentiram antes, mesmo que não fosse real, agora era. E a realidade conseguiu ser melhor que o sonho. Se afastaram quando a falta de ar se fez presente, mas mantiveram as testas coladas.

— Você tem o mesmo sabor — falou Iruka — Na verdade, é ainda melhor.

Ficaram um tempo naquela posição até Iruka se afastar pegar na mão de Kakashi e começar a caminhar em direção as tendas onde haviam médicos, pelo menos esperava que sim, já que viu algumas enquanto corria até o local onde estavam agora. Kakashi entrelaçou seus dedos com os de Iruka e o acompanhou sem reclamar, não tinha motivos para isso.

Ao chegarem no local, viram vários ninjas médicos de todas as nações cuidando dos feridos, muitos notaram os dois de mãos dadas e sorriram para eles, outros não estavam prestando muita atenção e nem se importavam. Quando se aproximaram de uma tenda que julgaram ser de Konoha, viram Shizune que veio rapidamente ao encontro dos dois e não tinha uma cara nada boa, mas que se suavizou ao ver os dois de mãos dadas.

— Esse era o assunto que não podia esperar? — perguntou a assistente de Tsunade.

— Pode cuidar dele, Shizune? — perguntou Iruka.

— Claro, cuidarei bem dele e logo ele estará inteiro de novo para você, não se preocupe — disse a jovem deixando Iruka corado.

Os dois ninjas podiam ter sido iludidos, sonhado com algo que julgavam ser impossível, apesar de ser o maior desejo de ambos, mas agora eles poderiam transformar aquele sonho em realidade e não mediriam esforços para que as coisas acontecessem da mesma maneira. Os sonhos podem se tornar realidade, basta você acreditar. E Iruka e Kakashi acreditavam fielmente naquilo.



~*~



“É pai, estou me casando com o amor da minha vida, e agora não é um sonho, é a realidade. Queria que estivesse aqui!”



*~* 



Será mesmo??