Cúpidos Mirins

Naruto
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Cúpidos Mirins
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Summary
Ser pai solteiro de três filhos não era lá um trabalho fácil, principalmente quando se tem uma empresa para comandar. Com isso em mente, Kakashi Hatake resolveu contratar uma babá para ajudá-lo a cuidar de seus filhos, Naruto, Sasuke e Sakura; um grupo de pestinhas que adoram uma bagunça.Tudo que ele menos esperava era que os três iriam se juntar em uma operação: juntar Iruka Umino a sua babá, com o amargo e solitário papai Kakashi.Bom, nada é impossível para três corações cheios de amor.
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Felizes para Sempre

A relação de Kakashi e Iruka, após o pedido de namoro melhorou bastante, mesmo achando que não fosse possível. Se entendiam como ninguém, às vezes discordavam mas conversando sempre se entendiam. A verdade era que os dois se completavam e todos percebiam isso.

O Umino logo mudou de assistente da secretaria para professor e para alegria das crianças, ou talvez não, começou a dar aulas para eles e sem demora se tornou o professor mais querido das turminhas dos pequenos e Kakashi ficava admirado da dedicação que ele tinha, do cuidado e carinho que tinha para executar sua função. Realmente Iruka  havia nascido para ser professor e estava orgulhoso dele. 

Além disso, ainda continuava suas consultas com a psicóloga e seu medo de cachorros aos poucos desaparecia. Ainda tinha receio com cachorros que encontrava no parque ou na rua, mas com Bull e Pakkun era outro caso, pois dava até banho no grandalhão, e acabava encharcado junto às crianças.

A vida dos pequenos Hatake também não poderia estar melhor. Eles tinham a mãe de volta a suas vidas, conseguiram juntar a babá com o pai, que estava muito mais feliz, não era mais distante, brincava com eles, colocava para dormir, era o pai que sempre desejaram.

Tudo bem que Iruka não era mais a babá, estava mais para um pai ou uma mãe, talvez uma mistura dos dois e ninguém se importava com aquilo, eles estavam felizes com a família unida que tinha. Só faltava uma coisa para tudo ficar perfeito, isto é, pelo menos para Kakashi. Ele queria pedir Iruka em casamento, tornar a união deles oficial. Tudo bem que eles dividiam o mesmo quarto desde o começo e cuidavam juntos dos filhos como se fossem realmente casados, mas para Kakashi ainda faltava algo.

O problema era que não sabia como e não queria pedir ajuda para Rin, ou ela faria um grande circo dessa vez, com direito a trapezistas, malabaristas e palhaços e não queria envergonhar o namorado, ou ficar viúvo antes do casamento. Então pediu ajuda às pessoas que mais conheciam Iruka, além dele mesmo, os filhos.

— Então meus amores — começou Kakashi sentado em sua cama, com os filhos a sua frente — Eu quero pedir o Iruka em casamento e quero que vocês me ajudem.

— Que bom papai, ele vai ser então nosso papai de verdade? — perguntou Sakura animada com a ideia.

— Saky, ele já é nosso papai — respondeu Sasuke deixando Kakashi surpreso.

— Vocês já consideram o Ruka como pai de vocês também? — Kakashi perguntou apenas para confirmar o que ouviu.

— Claro papai — a resposta foi unânime e sem hesitação.

— Então me ajudam a pedir o Ruka em casamento?

— Sim — disseram juntos e em seguida pularam em cima do pai, rindo animados com a ideia.

— Mas como fará isso? — perguntou Naruto quando as risadas pararam.

Kakashi olhou para os filhos da mesma maneira que os três se olhavam quando tinham um plano em mente e logo começou a contar como planejava fazer o pedido. A cada palavra dita, as crianças ficavam ainda mais animadas, com os olhinhos brilhando como se fossem as estrelas mais brilhantes do céu.

 

[...]

 

Iruka havia saído de casa logo cedo, depois de preparar o café da manhã junto a Kakashi, como em todos os outros dias. Aquele pequeno ritual era algo que havia se tornado sagrado entre eles. Não tinha como começar o dia bem, sem o café em família. O Umino estava um pouco desconfiado com a atitude do namorado e das crianças e da última vez que ficou daquele jeito, acabou sendo pedido em namoro num parque, com uma multidão os observando. Esperava que aquilo não acontecesse novamente, morreria de vergonha. De novo. 

O Umino havia sido convocado por Tsunade e Kurenai para um dia deles. Iriam fazer compras, assistir um filme no cinema, salão, qualquer coisa para manter Iruka longe de casa. Claro que as duas sabiam do pedido e por isso aceitaram ajudar Kakashi naquele dia.

 

[...]

 

Iruka chegou em casa e ficou preocupado ao vê-la no escuro e em completo silêncio, o que era estranho devido a três seres barulhentos e mais dois cachorros que pareciam não estar em lugar algum. Ao se virar para fechar a porta e ir atrás dos moradores daquela casa, viu um bilhete preso à porta.

— O que vocês estão aprontando? — Questionou em voz alta e logo abriu o papel e não evitou o sorriso ao ler.

“Estamos à sua espera ‘Ruka, siga as pistas e me encontre. 

Hoje decidi fazer algo especial e tornar esse comum em um dia inesquecível. E como meu lindo namorado gosta de jogos, assim como um certo trio, que tal jogarmos um pouquinho juntos?! 

Vá até o local onde nossos olhos se encontraram pela primeira vez, quando nem imaginava que terminaríamos assim, juntos, e veja qual sua primeira missão.”

Iruka nem precisou pensar muito, pois o primeiro lugar que viu Kakashi, quando veio para a vaga de babá foi no escritório, que também era a biblioteca. Rapidamente seguiu até lá e assim que entrou, viu em cima da mesa, uma garrafinha com um papel, igual aquelas em que as pessoas escreviam cartas e jogavam ao mar.

— Uma caça ao tesouro… vou gostar disso — disse tirando o papel de dentro da garrafa.

 

“Primeira missão

Como em todos os jogos, o personagem principal precisa estar bem equipado. Pegue as roupas que estão na cadeira e se equipe. Depois vá para o lugar onde começamos nosso dia, onde fazemos nossa especialidade (melhor dizendo a sua). 

Uma dica? Morangos e cerejas

 

Antes vamos impor algumas regras:

1° Proibido ligar pra mim;

2° Proibido pular pistas

3° Ir somente onde as pistas indicam

4° É extremamente proibido ficar bravo com a gente”

 

Iruka pegou as roupas que estavam na cadeira e viu que era uma roupa social, como se evento fosse uma noite de grande importância, o que de fato era e logo iria descobrir. O seu “equipamento” consistia em uma camisa social de manga longa azul escura, calça sarja bege, sapato social e até mesmo uma gravata azul clara. O Umino não era muito fã daquele tipo de roupa, mas se fazia parte do jogo, nada mais justo do que entrar nele de corpo e alma. Depois de se trocar, ali mesmo na biblioteca e deixar suas roupas dobradas na cadeira, foi em direção a cozinha, pois era onde a pista indicava.

Ao chegar no local, encontrou além de mais uma garrafinha, Sakura sentada à mesa e a sua frente um bolo de chocolate com morangos e cerejas, igual o que sempre fazia com o trio e que lembrava a sua filha. Até o final daquilo estaria em lágrimas.

— Fizemos um bolo para você Ruka — falou a pequena animada — Mas o papai não me deixou comer um pedaço, falou que é só depois.

— O que estão aprontando? — pediu Iruka na esperança de que a menina dissesse algo, mas foi em vão.

— Não é para contar, tem que seguir as pistas que estão nas garrafinhas. Vamos logo, Ruka, quero comer bolo.

Iruka riu da pressa da Sakura e pegou a garrafinha, retirando o papel de dentro.

 

“Segunda Missão:

Agora você já está equipado para a batalha!! Em um jogo, nem sempre pode-se fazer o que quer na hora que quer, e sim fazer o que a missão manda, caso contrário você perde o jogo e não pode continuar. Neste jogo você só tem uma vida e não tem "continue". Isso me lembra você dando aula ou dando ordens aqui em casa, enfim, vamos em frente.

Missão: Vá até o local onde você começou a ganhar o coração de três pessoinhas que hoje te amam mais do que tudo, só não mais do que eu, eu acho, não irei entrar em uma competição com meus filhos. Ou talvez eu vá.”

 

O Umino terminou de ler com um sorriso, esse que não queria sair, olhou para Sakura e estendeu a mão para que a pequena pegasse e assim que ela levantou, ditou:

 — Quarto de vocês.

Sem demora, os dois seguiram em direção ao quarto de Naruto, Sakura e Sasuke, que era onde a missão indicava. Ao entrar no quarto, esperava encontrar Naruto ou Sasuke, mas encontrou Pakkun na cama da Sakura e ao seu lado a terceira garrafa. Sakura olhava ansiosa para Iruka e logo pegou o papel para poderem continuar.

 

“Terceira missão

Parabéns você está indo bem meu amor e a recompensa valerá a pena!

Missão: o próximo local a lembrança sua pode não ser a melhor para você, mas para mim foi onde te vi mais fragilizado e vi um lado seu que não conhecia até então, foi quando conheci um pouco mais de você. Mas apesar de tudo, foi quando comecei a perceber que sentia muito mais do que admiração e respeito por você, foi quando comecei a perceber que estava me apaixonando por você.”

 

Iruka sabia exatamente ao que Kakashi se referia. Ao seu antigo quarto, que parando para pensar parecia que aquilo havia acontecido em outra vida, mesmo que a lembrança estivesse viva em sua mente.

— Não foi só você que percebeu que estava se apaixonando — sussurrou para si mesmo.

— Vamos ‘Ruka, ainda temos outros locais para ir — Sakura o tirou dos seus pensamentos.

— Está mais animada do que eu? — pediu divertido.

— Claro... está tudo tãoooooooo bonitoooooooo — enfatizou as palavras fazendo Iruka rir.

— O que está bonito? Me conte, eu guardo segredo.

— Papai falou que não posso contar nada. 

— Tudo bem, confio em você.

Iruka e Sakura saíram do quarto do trio, com Pakkun nos braços do mais velho, que nem havia notado que pegou o cachorrinho e muito menos o sorriso alegre de Sakura que lembra de como o Umino tinha receio de se aproximar do pequeno animal. Logo estavam entrando no quarto que foi de Iruka e encontraram Sasuke sentado na cama, parecia estar bravo com algo e logo souberam o que era.

— Vocês demoraram, estava pensando que o Ruka tinha se perdido — falou um pouco emburrado, mas logo a carranca se desfez quando Iruka deixou Pakkun com a Sakura e começou a fazer cócegas no pequeno.

— Então… você… acha… que… me perdi? — falava pausadamente enquanto arrancava gargalhadas de Sasuke.

— Sim ... hahahahaha ... desculpa Ruka ... chega… — pediu sem fôlego e só então a pequena totura foi cessada.

— Cadê minha garrafinha? 

Sasuke entregou a garrafa que estava ao seu lado para Iruka e se ajeitou para poder ver qual era a próxima missão, apesar de saber pois tinham ajudado o pai a organizar tudo aquilo.

 

“Quarta Missão

Está cansado? Espero que não. Falta pouco!!

Sua próxima missão está no nosso lugar, onde juntos nos tornamos um só e onde tenho passado as melhores noites da minha vida e onde espero passar todas as outras com você ao meu lado, é claro.  

Obs: guarde bem esta chave, ela será necessária para abrir seu baú no final do jogo.” 

 

Iruka ficou um pouco corado com lembrança que o local trazia, o quarto de Kakashi, que agora era deles e o Hatake fazia questão de enfatizar bem essa questão, mas logo dissipou os pensamentos antes que começasse a pensar demais em kakashi e naquela cama. Por isso, chamou Sasuke e Sakura para o seguir, mesmo sabendo que não era necessário, guardou a chave no bolso da calça e seguiu para o próximo cômodo.

Ao entrarem no cômodo, Iruka pensava que encontraria o loirinho ali, pulando na cama, mas o quarto estava vazio. Correu os olhos pelo local à procura da garrafinha e a encontrou na cama, em cima dos travesseiros, especificamente do lado onde dormia. Foi até o item e a abriu, tirando mais um papel enrolado de dentro.

 

“Quinta Missão

Estamos acabando, mais um pouquinho e chegará ao final da jornada e encontrará seu tesouro.

Agora vá ao local onde trocamos nosso primeiro beijo e onde fugiu de mim pela primeira vez e onde também nos entendemos e nos entregamos ao que sentíamos. Poderia ter feito ao contrário e deixado onde está por último, mas acho que ficaria irritado por ficar rodando como uma barata, então, melhor evitar te ver irritado. Até breve.”

 

Sakura e Sasuke viram que Iruka estava emocionado e foram ao seu encontro do mais velho e o puxaram em direção a porta, ainda tinham que terminar a caça ao tesouro e sabiam que o pai deveria estar ansioso.

— Vamos, Ruka, ainda tem a última missão e papai está te esperando — Sasuke tomou a frente.

— Vamos sim, meus amores, só fiquei emocionado.

Os três saíram do quarto junto com Pakkun, que agora os seguia de perto e foram em direção ao último local, a sala da casa e ao chegarem lá, Iruka ouviu os dois irmãos brigarem com Naruto, que tinha nas mãos um pedaço do bolo de chocolate.

— Vocês demoraram e eu estava com fome, a culpa não é minha — Naruto se defendeu enquanto terminava de comer seu bolo.

— Naruto! O que o papai falou? Eu desisto dobe… cadê a última garrafinha? — pediu Sasuke numa calma assustadora para os outros, mas para Iruka era engraçado ver ele tentando ser responsável.

Naruto entregou a garrafinha para Sasuke, que revirou os olhos ao ver que a mesma se encontrava cheia de cobertura de chocolate e tentou limpar um pouco, afinal não poderia sujar a roupa de Iruka, segundo Kakashi havia dito a eles, tudo tinha que ser perfeito.

— Aqui, Ruka — entregou a garrafinha a Iruka e junto a Naruto e Sakura ficaram observando ele tirar o papel de dentro.

 

“Sexta Missão

Fim de jogo! Parabéns, você é um ótimo jogador! Sabia que conseguiria. Sua última missão é a mais difícil de todas, mas sei que você é forte o suficiente para completá-la. Encare seu maior medo de frente, e olha que esse é tamanho família (brincadeiras a parte, não resisti, pode me chamar de idiota) sei que você já evolui bastante e pode não ter superado toas as suas inseguranças, mas confio em você, meu amor. Junto a ele tem o baú do tesouro. Use a chave para abri-lo. Traga os três que devem estar ansiosos. E mais uma coisa: EU AMO VOCÊ E ESTAREI AO SEU LADO SEMPRE QUE PRECISAR.”

 

Iruka ficou um pouco tenso, mas não ao ponto de ficar paralisado como ficava antigamente. Sabia ao que Kakashi se referia a sua fobia de cachorros e que a última missão envolvia o buldogue preto com cara de mal, mas que era um bobalhão. Iruka sentia seu coração acelerar, não por medo do Bull, mas pelo teria dentro do baú e pelo que Kakashi estaria aprontando, porque ele estava na casa, estava no final junto ao baú e tinha certeza que as surpresas ainda não tinham acabado.

— Ruka, vem, o papai tá esperando — pediu Sakura.

Iruka apenas concordou com um aceno e viu Naruto e Sasuke irem na frente com Pakkun logo atrás, enquanto Sakura o acompanhou, caminhando ao seu lado, segurando sua mão.

Ao chegar ao lado de fora, no espaço que tinha nos fundos da casa onde as crianças brincavam, Sakura soltou a mão do Iruka e desapareceu assim como os irmãos, enquanto o Umino ia até onde Bull estava e ao se aproximar, viu praticamente debaixo das patas dele um pequeno baú. Com cuidado pegou o baú, retirou a chave do bolso e o destrancou. Assim que abriu sentiu as lágrimas descerem por seu rosto, dentro da caixa tinha um anel de prata, com uma camuflagem de carvalho musgo em torno dele e no centro do em baixo relevo dois golfinhos, que simbolizavam seu amor ao ar livre com o amor de sua vida. antes de Iruka pensar em perguntar alguma coisa, ouviu Kakashi se aproximar e o virar para si e logo atrás, três Hatake observavam a tudo com atenção. 

— Iruka, meu amor, sou uma outra pessoa desde que conheci você, definitivamente, sou uma pessoa melhor, e aqueles três são a maior prova disso. Você tem essa rara qualidade de me fazer mostrar ao mundo o melhor que eu tenho para dar e para mostrar. Me mostrou como ser além de uma pessoa melhor, um pai melhor para meus filhos, o pai que eles precisavam. Atravessamos alguns momentos complicados e nem sempre estive à altura de todas as situações, mas ao seu lado tudo parece mais fácil, tudo parece mais leve. Você me mostrou a força que tem o verdadeiro amor o quanto esse sentimento é importante para superar as adversidades. Houve também momentos de uma felicidade imensa que nunca havia sentido antes e que me proporcionaram algumas das minhas melhores memórias. Por tudo isso e muito mais, tenho um pedido para lhe fazer, talvez o maior pedido que alguma vez lhe farei: aceita se casar comigo?

— Kakashi… eu devia ter imaginado que aprontaria algo assim… pelo menos não tenho uma plateia, só as pessoas mais importantes. E aceito, Kakashi… sim, mil vezes sim… Amo muito você.

Kakashi puxou Iruka para um beijo digno de cinema, deixando pelo menos duas das três crianças com cara de nojo.

 

[...]

 

Um ano havia se passado e Kakashi se encontrava em um estado de nervos que beirava o insuportável. Rin que estava o ajudando a se arrumar antes da cerimônia estava para dar uns tapas no amigo. 

— Se acalme Kakashi, nem no nosso casamento estava assim. Nossa, você está lindo. Iruka vai se apaixonar ainda mais — elogiou a Nohara.

Como a cerimônia aconteceria na praia, a roupa de Kakashi era leve e simples, assim como todo o resto. O Hatake vestia uma camisa branca básica, uma bermuda sarja também branca, mocassim marrom e para se destacar um pouco dos demais um casaco slim leve cor de areia com as mangas puxadas até o cotovelo. 

Logo o quarto foi invadido por três crianças afobadas, querendo ir logo, com medo do pai se atrasar para o casamento com Iruka. Os três estavam bem arrumados para o evento. Sakura usava um conjunto de terninho leve cor de rosa, mas ao invés de calça era um short e uma camisa floreada por baixo e nos pés uma sapatilha rosa. Ela poderia não ser muito fã da cor rosa, mas o rosa era claro e ela havia adorado o conjunto no geral. Já Naruto e Sasuke usavam um conjunto de short de sarja, camisa branca branca, gravata borboleta e suspensório. A diferença era que o de Naruto era vinho e o de Sasuke era azul marinho.

— Vamos papai, senão o senhor vai chegar atrasado e como é o Iruka que vai chegar depois, o senhor já deveria estar lá — Sasuke advertiu com seriedade.

— Sasuke tem razão, Kakashi. Vamos.

Logo os trigêmeos e os pais saíram em direção a praia onde aconteceria a cerimônia. O local estava lindamente decorado, por mais que tudo fosse o mais simples possível, não deixava de ser agradável aos olhos. Um arco que representava o altar estava decorado com algumas flores e um delicado véu dava um ar delicado e romântico ao local. Algumas estrelas do mar ornavam o caminho por onde os noivos passariam para chegar ao altar. Além de pétalas de rosas que formavam um tapete, havia algumas velas e vasos com flores. Nas poucas cadeiras rústicas com assentos almofadados que estavam dispostas, já que a cerimônia seria mais íntima sem muitas pessoas, havia um leque para ser usado durante a celebração, pois era um dia quente e esse pequeno detalhe daria um pouco mais de conforto aos convidados, além de dar um charme a mais na decoração.

Aos poucos, os convidados iam chegando. Os mais importantes para os noivos eram Kurenai e a pequena Mirai com seu marido Asuma, Gai e sua esposa e seu filho Rock Lee, senhora Chiyo, Rin, Tsunade, Shizune e alguns poucos amigos de Iruka, que acabou se reaproximando nos últimos tempos.

Kakashi aguardava Iruka aparecer no final do corredor, todos os convidados já haviam chegado, faltava apenas o noivo. O Hatake estava quase para ir atrás de Iruka quando viu os filhos aparecerem no início do curto caminho até o altar e logo atrás deles, o homem da sua vida. Iruka vestia uma bermuda cinza, camisa social de manga longa branca com uma gravata borboleta vermelha e sapatênis também na cor cinza. 

Assim que seus olhos se cruzaram, ambos sorriam um para o outro e naquele momento não havia mais ninguém além dos dois. A cerimônia parecia que acontecia no automático, respondiam como se soubessem exatamente a hora de falar, jamais desviavam o olhar um do outro. Até mesmo os simples votos que fizeram pareciam frases decoradas, e até poderiam ser, mas eram sinceras, vindas do fundo do coração dos apaixonados. 

Se deram conta de que a cerimônia havia acabado e estava na pequena festa, que mais parecia um luau, quando a Rin pediu a atenção de todos e disse que tinham uma pequena homenagem para os dois, na verdade para Iruka e era dos filhos de Kakashi, O Umino olhou para Kakashi em busca de uma resposta, mas este apenas negou com a cabeça dizendo que não estava sabendo de nada, o que era verdade. Aquilo era surpresa até para ele.

— Naruto, Sakura e Sasuke pediram minha ajuda para fazer essa pequena homenagem para você Iruka, eles querem demonstrar o quanto é importante para eles e o quanto eles gostam de você. Eu apenas os ajudei a organizar suas frases, a ideia foi totalmente deles — esclareceu Rin.

O primeiro foi Naruto, que parecia nervoso, mas logo tomou coragem e começou a falar:

— Sabe Ruka, quando nos conhecemos, fiquei um pouco retraído, com medo de gostar de você e você ir embora. Mas com o tempo, fui me apegando a você, vendo que você não era como as outras pessoas e que não iria embora a menos que a gente quisesse. Hoje me sinto honrado — olhou para a mãe para confirmar que a palavra era aquela — e muito feliz por ter a sua presença na minha vida. Saiba que, além de tornar os dias dos pais e das mãe mais felizes, você torna os meus também! Você é muito mais do que um padrasto, você é meu papai! — finalizou o loiro que tinha os olhos marejados, assim como todos os convidados, inclusive Kakashi. 

Iruka nem se fala então, o mais velho só esperava que ele aguentasse mais duas declarações. Em seguida, foi a vez da Sakura, que estava confiante, como sempre.

— Ruka, eu sinto muito orgulho em dizer para todos que eu sou a sua filha, pois te vejo como um pai mesmo, indepen…. independe…

— Independente — Rin ajudou a filha.

— Independente de ser do seu sangue ou não. Obrigada por tudo o que você faz por mim e pelos meus irmãos! Agradeço por ter você comigo. Não quero que você nos deixe jamais — a pequena terminou a frase em lágrimas, quase que não consegue finalizar.

Por último, Sasuke, que apesar de ter se apegado a Iruka com mais facilidade, não era tão aberto em demonstrar sentimentos como os irmãos.

— Ruka, hoje eu estou aqui para te agradecer. Agradecer o pai que você é para mim, pois te vejo assim, não apenas como o meu padrasto. Você me ensinou muito e me enche de amor, compreensão e carinho. Ninguém pode tirar o laço que criamos, afinal, para mim, você é a melhor pessoa do mundo! 

Assim que Sasuke terminou sua fala, os três correram abraçar Iruka que já estava à espera dos seus pequenos. Um abraço banhado com lágrimas de alegria e de orgulho. Iruka deixou um beijo em cada um deles e se afastou um pouco para poder olhar bem para os pequenos.

— Meus amores, eu amo tanto vocês e sabem que considero vocês como meus filhos mesmo. Vocês trouxeram luz para a minha vida. Kakashi sempre diz que eu fui um anjo na vida de vocês, mas vocês são meus anjos, me mostraram que eu poderia ser feliz de novo, me ajudaram a superar minha perda e a conviver com a falta da minha filha. Eu sei que de onde quer que a Sayuri esteja, ela está feliz por eu ter encontrado vocês e por terem sido os cupidos para mim e o pai de vocês, mesmo de um jeito um pouco errado, mas já conversamos muito sobre isso. Vou repetir mais uma vez, amo vocês meus filhos.

Iruka apertou os pequenos novamente em um abraço, que logo ganhou a companhia de Kakashi, que abraçava a sua família, tão emocionado quanto os quatros.

No final, depois das crianças terem ido embora com a Rin e a dona Chiyo para que os recém casados pudessem aproveitar sua pequena lua de mel, não sem antes passarem o resto da festa gritando que eram ótimos Cupidos. Kakashi e Iruka estavam abraçados, apenas aproveitando um ao outro.

— Eu amo você, meu anjo — falou Kakashi deixando um beijo nos lábios do marido.

— Eu também amo muito você — afirmou Iruka, beijando novamente o prateado.

 

Podia-se dizer que a partir daquele momento, ou até antes mesmo disso, quando Kakashi e Iruka cruzaram seus olhares pela primeira vez, sabia-se que eles acabariam juntos no final, mesmo que tenham negado esse sentimento, nada seria incapaz de o impedir de acontecer, ainda mais com a ajuda, mais do que bem vinda de três pequenos cupidos, ou como eles mesmo se chamava, “Cupidos Mirins”

 

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