Olhos que brilham na escuridão

Naruto
M/M
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Olhos que brilham na escuridão
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Summary
Deidara vai finalmente conhecer a Família Uchiha, que vive reclusa em seu pequeno Vilarejo.Aquela viajem mudaria para sempre a vida de Obito e principalmente de Deidara.Olhos gentis escondem segredos inimagináveis.
Note
Fic talvez um pouco pesada, darkfic, com algumas cenas que alguns podem achar perturbadoras.Leiam por sua conta e risco.A quem se aventurar, boa leitura!

Loiro, olhos azuis, longos cabelos, inocente e ingênuo, mesmo que usasse o mau-humor e estresses para mascarar.

Perfeito.

Era assim que Obito via o namorado Deidara. Uma obra de arte esculpida pelos próprios deuses.

O jovem de cabelos negros e olhos de uma profunda escuridão estava animado por finalmente levar seu amado para conhecer sua família. Seu pai, tio, primos já não aguentavam mais ouvir falar do anjo que Deidara era.

— Senpai, você vai adorar a minha família — suspirou Obito pela milésima vez, fazendo o loiro revirar os olhos.

— Você já me falou isso. Mesmo assim, estou nervoso. Afinal, me falou que os Uchihas são um pouco reclusos e não gostam de forasteiros — declarou um pouco ansioso.

— Não precisa se preocupar. Você não é um forasteiro, não apareceu do nada. É meu namorado e todo mundo praticamente te conhece do tanto que falo de você.

— Tenho até vergonha só de imaginar o que falou para eles — bufou o mais novo.

— Precisa se preocupar não. Garanto que só te elogiei — garantiu o maior.

A viagem até o local onde a família do Obito morava era longa, por meio de uma estrada que parecia não ter fim. Serpenteando por matas, campos sem fim, parecia que nunca chegariam. O de olhos azuis até desistiu de perguntar quanto tempo levariam para chegar, optando por dormir.

Chegaram ao local no final de tarde e quando Deidara abriu os olhos, o que viu diante de si, fez eles duplicarem de tamanho. Poderia jurar que estava no passado, séculos atrás, na época feudal do Japão e isso tornava o local ainda mais belo. 

Todas as casas eram tradicionais, chamadas gasshoku, totalmente construídas em madeira e com o telhado coberto por palhas de arroz, que eram trocadas a cada cinco anos; o que Obito já havia dito ao namorado, mas entre ouvir e ver com os próprios olhos, era totalmente diferente.  

Deidara ainda estava fascinado pela beleza do local, enquanto o maior retirava as malas do carro. Foi trazido à realidade ao ouvir uma voz grossa ao seu lado, assustando-o.

— Ele não mentiu quando falou que parecia um anjo.

Deidara até deu um pulo ao encarar a pessoa que havia falado com ele: um homem alto, tanto quanto Obito, cabelos longos, cheios e repicados. Claro, não evitou o rosto ficar vermelho com o elogio.

— Madara! Está deixando o garoto envergonhado — falou uma outra voz masculina, não tão potente quanto a do outro homem. — Você é Deidara, namorado do meu sobrinho, estou certo? — perguntou com um sorriso gentil.

— Sim, sou eu — respondeu um pouco tímido.

— Me chamo Izuna, sou tio do Obito e irmão desse sem noção que está te deixando envergonhado. Ele é Madara, pai do Obito — apresentou Izuna.

— Prazer em conhecê-los. — O loiro fez uma breve reverência.

— Como ele é fofo! — Izuna quase gritou, apertando as bochechas do menor, fazendo com que corasse ainda mais.

— Tio… ‘tá deixando meu pequeno envergonhado. Explodirá daqui a pouco e pensará que nossa família é maluca — afirmou Obito, abraçando o namorado, que escondeu o rosto em seu peito.

— Depois eu que sou sem-noção — reclamou Madara. — Vamos entrar, o quarto de vocês já está pronto e precisam se arrumar, pois Mikoto está preparando um jantar de boas-vindas para vocês.


[…]


Deidara não parava de falar, a todo instante, que se sentia no passado e estava adorando tudo. O pai de Obito era sempre educado, por mais que gritasse às vezes com o filho ou com algum outro familiar. Outro detalhe que chamou a atenção do loiro: o quão parecidos eram os Uchihas e de uma beleza única. Sentia-se no céu.

Na hora do jantar, o loiro conheceu mais parentes do namorado. Mikoto, tia de Obito, era um amor de pessoa, sempre educada e sorrindo, querendo saber sempre se precisava de algo. Fugaku, marido de Mikoto, apesar da feição séria, tentava colocá-lo nas conversas e vivia provocando o sobrinho com histórias sobre a infância dele. Sasuke e Itachi eram filhos de Fugaku, primos de Obito, e como eram quase da mesma idade, tinham mais assuntos com Deidara. Sentia-se em casa, acolhido como há muito tempo não sentia.

Às vezes estranhava algumas coisas que os Uchihas falavam, como se ainda vivessem séculos atrás. Mesmo assim, era reconfortante.

O restante da noite correu tranquilamente, todos tentavam colocar Deidara nas conversas, sempre chamando sua atenção e ele não pôde deixar de notar um pequeno beicinho se formar no rosto do Obito, como se não estivesse ganhando a atenção devida do namorado.

— Mais tarde te dou toda a atenção — sussurrou o loiro enquanto deslizava a mão pela perna do outro.

— Cobrarei — declarou com a voz rouca que Deidara tanto amava.

Logo voltou a sua atenção a família do namorado e ficou ainda mais admirado, se é que era possível, o quanto eles tratavam bem Mikoto. Sempre que a mulher ia falar, eles praticamente ficavam em silêncio ou conversavam baixo, nunca a retrucavam ou respondiam, nem mesmo Madara, que apesar de ser mais velho, tinha enorme respeito por ela.

“Queria que meu pai tivesse tido todo esse respeito com minha mãe”, pensou o menor, mas logo afastou aquelas lembranças tristes, não era momento para aquilo.

— Está tudo bem, querido? — Mikoto perguntou, preocupada, havia notado o olhar tristonho do novo integrante da família.

— Está sim, não se preocupe. Apenas me lembrei dos meus pais e como queria que meu pai tratasse minha mãe da mesma maneira que tratam a senhora — esclareceu Deidara, que por algum motivo não conseguiu mentir para a mulher.

— Aqui quem não tratar a senhora Mikoto bem tem um final trágico — soltou Sasuke, o Uchiha mais novo, e o loiro por um momento jurou ter visto o olho de Itachi ficar vermelho, mas logo voltou a cor normal, igual a todos os Uchihas. 

O jantar terminou sem mais intercorrências, apenas conversas amigáveis e provocações entre os membros da família. Mikoto levou Deidara até a sala, enquanto os outros recolhiam a mesa, deixando o rapaz de olhos azuis ainda mais surpreso. Acomodados em poltronas confortáveis, os dois conversavam como se fossem velhos amigos; como se tivesse passado a vida toda com a mulher, de quem já se considerava alguém próximo e querido. Com uma facilidade surpreendente, contou mais sobre sua história, a perda dos pais, os poucos amigos que tinha. Poderia se considerar sozinho no mundo, mas a forma que fora acolhido pelos Uchihas mostrou que aquilo mudaria em breve.

Assustando um pouco Deidara, Fugaku apareceu com dois copos que continham uma bebida com uma cor linda que ficava entre o amarelo e o âmbar. Entregou um copo para o rapaz e outro à esposa, que agradeceu e deixou um beijo em sua bochecha. Fizeram um pequeno brinde e o mais novo levou o recipiente ao nariz, pois o aroma lembrava mel e gostaria de confirmar.

— Esse é um licor chamado Drambuie — começou Mikoto. —- Escocês, cem por cento base de whisky, mantido em conserva durante trinta anos antes de poder ser bebido. Um dos vários pontos positivos é que ele possui mel e aromas naturais de açafrão e caramelo em sua composição, deixando seu sabor magnífico.

Mesmo achando impossível, o loiro se surpreendeu mais uma vez com o conhecimento e a postura da mulher. Lembrava até mesmo uma rainha, imponente, a qual todos se curvam para si; ou talvez, uma divindade, a própria deusa.

Logo o restante da família se reuniu na sala e para completar as peculiaridades dos Uchihas, Deidara notou que somente ele e Mikoto tinham um copo em mãos. E, pelos deuses, aquela bebida era divina, um verdadeiro néctar e estava começando a afetar os sentidos do de olhos azuis, por isso Obito pediu licença e levou o namorado para cama.


***


Mal passaram pela porta do quarto e Obito foi praticamente atacado pelo namorado, um beijo ardente, daqueles que tirava a razão do mais velho. E como amava quando seu pequeno tomava o controle da situação. Mas, naquela noite, ele tinha outros planos e não se deixaria dominar por Deidara.

— Amor… vá até o banheiro, tem algo separado para você e quero que o coloque — pediu o Uchiha com uma voz que foi impossível o menor resistir.

Afastando-se do namorado, o loiro se dirigiu até o banheiro e logo ao entrar, encontrou sobre a bancada um manto vermelho sangue, com o símbolo do clã Uchiha nas costas, feito de seda pura que deslizava pela pele branca do loiro. Destacando ainda mais sua pele, seus cabelos e seus olhos cor do oceano. Junto ao manto havia também um medalhão com uma pedra roxa redonda com padrões de ondulações que se espalhavam por toda a esfera. Era de uma beleza extraordinária, uma cor que nunca tinha visto e por alguns segundos viu as ondulações se moverem. Piscou algumas vezes antes de perceber que Obito havia entrado no local, retirado o medalhão de suas mãos e colocado-o em seu pescoço.

— Essa pedra se chama Rinnegan, um termo japonês para “Saṃsāra” para o ciclo da reencarnação ou renascimento. A perpétua repetição do nascimento, vida e morte, desde o passado até o presente e o futuro. A menos que se adquira a perfeita sabedoria, ou seja, iluminado, não se poderá escapar desta roda da transmigração, ou Roda da Saṃsāra — explicou Obito enquanto distribuía beijos pelo pescoço do mais novo.

Sem esperar mais, levou o namorado de volta para cama, sentando-se com ele em seu colo. Naquele momento, Deidara notou que o maior também usava um manto parecido com o seu, mas na cor preta. Levou as mãos para retirar aquela peça, mas foi impedido por Obito.

— Quero te ter assim — declarou, e levou-os ainda mais para o centro da cama.

O loiro sentia como se não tivesse controle sobre seu corpo, como se estivesse sob efeito de alguma droga ou algo assim. Não sabia se era pelo licor, já que não havia bebido tanto ou talvez fosse mais forte do que imaginava. Apesar disso, sentia todos os toques do namorado de maneiras mais intensas e absurdamente prazerosas. Diferente de todas às vezes que transaram, parecia mágico.

Fechou os olhos com força quando sentiu ser invadido. A dor conhecida estava ali, mas bem menor. As mãos grandes do Uchiha o ajudavam nos movimentos e cada vez que sentia seu ponto de prazer ser tocado, ele ia aos céus. Em um momento, ousou abrir as orbes e não conseguiu ver nada na escuridão do quarto. A única coisa que conseguiu enxergar, por alguns momentos e não sabia dizer se era real ou apenas a sua mente lhe pregando peças, eram olhos vermelhos os encarando. Não apenas um par, mas vários. Voltou a fechá-los, perdido no prazer e não teve forças para abri-los novamente. Pôde apenas sentir. Sentir os toques, a mão e alguma coisa sendo espalhada por seu corpo, mesmo com o manto.

Sentia o namorado tocá-lo em diversos locais, parecia haver mais de duas mãos. Quando se encontrava próximo ao seu ápice, sentiu algo ser fixado em sua cabeça e podia jurar possuir garras ou pontas afiadas, as quais pareciam perfurar a pele. Aquela sensação foi totalmente esquecida quando chegou ao seu orgasmo, que levou todas as suas forças, junto a sua consciência, se é que possuía alguma naquele momento. 

Deidara acordou perdido no tempo, não sabia dizer por quantas horas dormiu e não tinha certeza sobre tudo o que aconteceu na noite passada. Sua única certeza era que havia tido uma das melhores noites ao lado do namorado. Rolou na cama esperando encontrar o corpo quente de Obito, mas não o encontrou, apenas espaço vazio e frio.

Levantou-se da cama com um pouco de dificuldade e dirigiu-se ao banheiro, precisava urgente de um banho. Quando entrou no cômodo, retirou o manto que ainda utilizava e olhou para o espelho, assustou-se com o que viu. Seu corpo estava repleto de marcas e, para piorar, pareciam de mãos e não se assemelhavam apenas às do Uchiha. Rapidamente seus pensamentos foram para a noite passada, quando ele achava que sentiu mais mãos lhe tocando, mas isso era impossível de acontecer, só havia ele e o namorado naquele quarto, não é? 

Aproximou-se ainda mais do espelho e notou algumas marcas em sua testa, próximas ao couro cabeludo, como se alguma coisa tivesse sido colocada ali e tivesse machucado. Além, claro, do seu cabelo ter algumas partes manchadas de vermelho, como se fosse sangue. 

Aquilo começava a ficar cada vez mais estranho. Precisava encontrar Obito e tentar entender o que havia de fato acontecido no dia anterior. Tomou um banho rápido, lavando o cabelo para tirar aquela “tinta” e assim que saiu do banheiro, descobriu que suas roupas, e até as de seu namorado, haviam sumido. Não havia nada ali. A única coisa que tinha era uma vestimenta dobrada em cima da cama, junto ao medalhão de Rinnegan, que jurava ter deixado no banheiro.

Pegou a roupa e descobriu que se tratava de um capa longa, branca, de seda, com capuz e a mesma pedra do medalhão bordada nas costas. Era lindo, não negava, mas gostaria de usar suas peças. Sem opção, colocou aquela capa e o colar, não queria perder o que parecia ser uma joia de família.

Saiu do quarto e notou que toda a casa estava escura, nenhuma claridade entrava. Todas as janelas e portas estavam fechadas. A única luz, fraca, que havia, vinha da cozinha e Deidara a seguiu, esperando encontrar o namorado. Ao entrar no local, ficou congelado. De costas para ele, usando uma capa vermelha com uma esfera nas costas da mesma cor e com padrões pretos, a qual o loiro começava a associar a olhos e não sabia exatamente o porquê, estava Obito. Mesmo que o capuz da capa cobrisse a cabeça, sabia ser seu amado, o reconheceria independentemente da situação.

Quando o maior se virou, Deidara quase caiu de costas. Os olhos do Uchiha estavam vermelhos e com o mesmo padrão que estava bordado na capa que usava. Tentou falar alguma coisa, mas nada saía. Estava apavorado, porém, suas pernas se recusavam a se mexer. Estava preso naquele olhar.

O Uchiha aproximou-se do menor, acariciou sua bochecha e deixou um leve selar nos lábios rosados. Ergueu o capuz sobre os cabelos loiros e ajeitou o medalhão. 

— Você está tão bonito. Está pronto para começarmos — declarou Obito e o padrão de seus olhos começou a se mover, como se hipnotizasse o menor.

Deidara não viu, sentiu ou escutou mais nada depois disso.

Obito pegou o corpo desfalecido do namorado em seus braços e levou-o para fora da casa, onde os demais os aguardavam em uma clareira toda arrumada para a cerimônia que aconteceria ali. O lugar era o Santuário dos Uchihas, chamado de Sharingan.

Todos os Uchihas usavam uma capa como a de Obito, o que mudava era os bordados em suas costas. Madara, Izuna e Shisui tinham a versão que parecia um catavento. Itachi, Obito e Fugaku tinham um padrão que lembrava três hélices. Já Sasuke e os demais Uchihas, os mais novos, tinham o que parecia ser três vírgulas orbitando a pupila central.

A clareira era adornada por flores pretas, vermelhas e algumas roxas. A luz vinha de tochas presas às árvores que circundavam o local. O chão foi feito para seguir o padrão do Rinnegan e somente aqueles que participariam daquela cerimônia poderiam pisar. Madara, Izuna e Shisui eram os únicos que já passaram por aquilo. Nem todos os Uchihas aguentavam a pressão do que estava para acontecer.

Obito e Deidara foram colocados em uma espécie de mesa baixa, feita de pedra granada, de um tom profundo de vermelho. O Uchiha ajeitou o menor na sua frente, fazendo um esforço para deixá-lo sentado. Em seguida, Madara entregou ao filho uma coroa feita de rosas negras e ajudou-o a colocá-la sobre os cabelos loiros, abaixando o capuz que usava. O contraste com a pele e os cabelos do menor eram fascinantes.

Os presentes naquela cerimônia se ajoelharam e Obito olhou para a entrada do santuário, vendo Mikoto entrar no local. A mulher era a Sacerdotisa do Sharingan. A única Uchiha com olhos roxos, como o medalhão que Deidara usava. Era a responsável por conduzir todos os passos. Aquela que conversava diretamente com os deuses e a mais antiga entre todos. Mikoto utilizava uma capa roxa-escuro, com o Rinnegan bordado em suas costas. Ela era o canal entre as divindades que concediam aos Uchihas poder e imortalidade. 

A mulher aproximou-se de Deidara e Obito a passos suaves, quase flutuando. Carregava em suas mãos uma pequena adaga, toda feita de prata, adornada por uma pedra de rubi no cabo. Entregou o objeto ao Uchiha, que o pegou com as mãos tremendo um pouco.

— Precisa ser feito. Você escolheu evoluir, crescer e chegar ao nível do seu pai. Não há como desistir agora. Estão aguardando. Faça! — ordenou a mulher.

Nada mais foi falado. Nada era dito. Não havia cânticos, melodias, canções. Somente silêncio e o leve farfalhar das folhas. 

Obito agradecia imensamente pelo fato do namorado estar em uma ilusão. Uma bela ilusão e que não sentiria nada. Amava-o com todo seu coração, mas sabia que a história deles não teria um final feliz. Sabia disso desde o momento em que colocou os olhos neles. Sabia que assim que se conheceram, a vida do jovem tinha chegado ao fim.

Controlou a sua respiração, acalmou seus pensamentos e, segurando a lâmina com firmeza, fez o corte perfeito no pescoço do seu amado. O líquido vermelho começou a escorrer, manchando as vestes brancas do jovem.

Obito fechou os olhos, que queimavam como inferno e quando os abriu novamente, o padrão deles mudou de três hélices para o catavento. Sua ascensão estava concretizada, era tão poderoso quanto seu pai.

Olhou mais uma vez para Deidara, que aproveitava os últimos momentos da ilusão que começou quando se encontraram na cozinha. 

Para Deidara, ele e Obito tiveram uma vida plena e feliz. Voltaram juntos para casa. Noivaram. Casaram-se em uma linda cerimônia e uma festa enorme feita no Vilarejo da família Uchiha. Tiveram uma vida plena e feliz, sendo tios maravilhosos para os sobrinhos e construíram sua própria família e agora estavam partindo juntos, de mãos dadas, para viver a eternidade um ao lado do outro.

Diferente da realidade.

Quando o último sopro de vida deixou o corpo de Deidara, o mais velho se afastou e Mikoto assentiu, confirmando que ele possuía nova habilidade. Afastou-se daquela mesa de pedra, olhou uma última vez para aquele que amou antes de dizer uma única palavra.

— Amaterasu.

Chamas negras, que eram impossíveis de apagar, consumiram o corpo do loiro, apagando para sempre qualquer vestígio da existência de Deidara