A vida não é uma fanfic, não

Naruto
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A vida não é uma fanfic, não
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Summary
Opostos que se atraem sempre parece um conto de fadas e realmente é, até a vida real aparecer. Obito e Deidara eram esse tipo de casal e aprenderam do jeito mais complicado que um relacionamento somente vai para frente com a vontade dos dois. Afinal, a vida real não era uma fanfic.

Obito

— Obito,nós vamos na festa do Nagato, quer ir junto? — Iruka perguntou casualmente, me olhando pelo espelho enquanto colocava a sua camisa. Do seu lado, vi um Kakashi dando um sorriso, como se estivesse escutado algum tipo de piada, o que não era mentira.

— Para ficar em uma casa cheia de pessoas invadindo meu espaço pessoal? Todos bêbados e vendo vocês se pegando? Acha que sou o que? — Revirei meus olhos antes de abrir meu livro novamente para continuar lendo-o, junto da minha xícara de chá. Honestamente, eu não poderia passar uma sexta-feira melhor.

— Obito, Obito, Obito... lembra quando você disse que estava me devendo uma? Esse fatídico dia chegou! — Sabia no mesmo instante o quão fodido eu estava, uma vez que as primeira palavras foram cantaroladas e um sorriso sinistro adornava seu rosto.

Dei um suspiro alto, para deixar claro minha infelicidade, antes de me arrastar para pegar uma roupa mais ou menos apresentável.

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Não foram necessários mais de dez minutos na festa para eu odiá-la e começar a refletir seriamente o porquê de ser amigo do Iruka. Aquela casa estava abarrotada, no sentido de não caber mais ninguém, e a cada passo que se dava, acontecia um esbarrão. Sem contar as pessoas bêbadas rindo do nada, casais quase transando em público e sempre alguém diferente me oferecendo bebida, mesmo eu negando todas as vezes.

Em algum momento, consegui ir lá para fora e dei de cara com um grupo de homens fazendo competição para ver quem bebia mais. Todos gritavam Deidara, que provavelmente era o homem bebendo quase um litro de cerveja em somente um gole. Achei aquilo bem interessante, tipo aquelas habilidades tops e aleatórias que tínhamos e que nunca iríamos poder nos gabar apropriadamente.

Depois de uma hora andando sem rumo, fiquei extremamente entediado, por isso fui para a cozinha, abri a geladeira e peguei uma água. Para ser sincero, vendo o quanto os jovens estavam bebendo, até me surpreendi de ter uma algo que pudesse hidratar.

— Quem é o santo que escolhe tomar água, quando tem um arsenal de álcool? — O cara deu uma risada depois de virar um copo vermelho, colocou-o em cima de outros na bancada, mostrando o quão bêbado estava.

— Obito…? — Franzi um pouco a minha sobrancelha, uma vez que não sabia o que deveria fazer. Deidara – eu o reconheci de mais cedo – perguntou realmente meu nome? Ou era uma daquelas conversas aleatórias?

Ele ficou me olhando tão intensamente, enquanto bebericava de seu copo, que realmente fiquei preocupado de minha roupa estar suja ou algo bem parecido.

— Deidara. Seguinte, gostei de você. — Os seus olhos tinham um brilho tão verdadeiro que era impossível dizer que era mentira. Pode parecer a coisa mais estranha do mundo, mas somente olhando-o pude realmente sentir que o santo tinha batido, mesmo que não soubesse mais nada que seu nome.

— Obrigado. — As minhas bochechas, sem permissão alguma, se tingiram de vermelho, já que eu estava com vergonha.O que deveria fazer agora? Ele me olhava tão profundamente, que era como se estivesse imaginando nós dois se pegando ou algo do gênero.

Seu corpo se inclinou tão rapidamente para meu espaço pessoal, sendo impossível esboçar qualquer reação.

— Eu posso te beijar? — perguntou a centímetros da minha boca com uma suavidade fora do normal, quase como se estivesse sóbrio por poucos segundos.

— Não tenho tanta certeza disso. — Podem me chamar de romântico sem causa, mas toda vez que os lábios de alguém encostava nos meus, queria que estivessem sóbrios, com a certeza absoluta de que desejavam fazer isso por quem eu era, e não por alguma bebida em seu cérebro.

Deidara foi para trás quando começou a rir alto, algumas pessoas até olharam para nós. Sussurrou um inacreditável, antes de deixar claro mais uma vez que realmente tinha gostado de mim.

— Wang, cadê você, cara? Já faz alguns minutos. — Um cara chegou na cozinha antes de passar seus braços por seus ombros bem definidos.

— Vou voltar. Tchau, pretty boy. — Deu uma piscadela para mim, antes de começar a falar coisas sem noção alguma para seu amigo, saindo da cozinha.

— Conseguiu que alguém que flerte com você, não fazendo nada! Ainda está arrependido de ter vindo? — Kakashi mostrou um sorriso safado antes de me dar um copo de água, pois tinha esquecido sobre isso depois que Deidara chegou.

— Cala boca. — Mais uma vez minhas bochechas estavam rosadas, não conseguia acreditar que um dos meus melhores amigos viu um cara aleatório dando em cima de mim. Queria ser uma avestruz para conseguir enterrar minha cabeça na terra, pois puta que pariu, olha a vergonha.

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Depois de duas semanas, com Iruka e Kakashi me enchendo o saco para achar o meu "paquerador", decidi tentar dar uma chance. Provavelmente era da mesma faculdade que eu, uma vez que vi algumas pessoas do meu campos na festa. Perguntei para Nagato quem era Deidara, e claro que depois que me zoar até falar chega, ele revelou que o loiro estava no barzinho a cinco minutos de onde estávamos.

Honestamente, nem chocado estava, não depois que o vi bebendo pacas.

Ok, fazia uns cinco minutos que eu observava aquela porta antes de finalmente entrar no estabelecimento. Dei um suspiro para tentar ficar menos nervoso. Ele flertou comigo, mesmo que seu cérebro não estivesse cem por cento no juízo, penso eu que aquele um por cento normal, me achou interessante.

— Vai dar tudo certo, estamos aqui, independente do que acontecer. — Kakashi apertou os meus ombros antes de me empurrar para finalmente entrar no estabelecimento.

Não foi difícil achá-lo. Estava sentado em uma mesa com outros doze homens.Enquanto bebiam cerveja, Deidara contava uma história com tanta empolgação que suas mãos se mexiam com vontade própria. Ele ria junto com os outros , e eu percebi que senti falta de ouvir aquele barulho tão maravilhoso, mesmo passado somente duas semanas.

— Pretty boy, que bom te encontrar novamente. — Não era como se esperasse do fundo do coração que lembrasse meu nome, imagina. No momento em que disse aquilo com uma alegria de outro mundo, vi todas as pessoas da mesa me olharem e aquilo foi suficiente para ficar vermelho de vergonha, querendo me esconder debaixo da mesa.

Odiava mais que tudo ser o centro da atenção, mas agora? Era de Deidara e de mais onze pessoas.

— Eu….huhmm….eu….. — Passei a manhã toda ensaiando o que iria falar, até pedi para simularem para mim a situação, sabia de trás para frente o que fazer, entretanto, tendo todos os olhos em mim.. porra, o medo se apossou das células do meu corpo.

Acho que percebeu todo o meu desespero, pois pediu licença, me puxando para um lugar privado. Tudo bem, que pelo nervosismo comecei a frase para perguntar se queria sair comigo e acho que não estava com paciência, pois a completou e disse um sim antes de me abraçar.

Cinco encontros depois, com ele reclamando a toda hora que ainda não tinha me beijado propriamente — sempre beijava em todos os lugares possíveis do rosto — finalmente tomei coragem para lascar um beijo em seus lábios, para segundos depois, ter um namorado

E pensar que tudo isso tinha acontecido fazia apenas um ano.

 

Deidara

Não me leve a mal, a timidez do Obito era uma das minhas características favoritas nele. Não tinha nada mais satisfatório e fofinho de ver aquelas bochechas pintadas de vermelho, ou quando empurrava seu moletom mais para o alto, para o engolir. Entretanto, ao mesmo tempo era uma das coisas que me deixavam acordados a noite, aquela característica tão predominante seria uma das primeiras que iria mudar sempre que tivesse a chance, não pedia muito, talvez somente diminuir sua timidez em 10% que com certeza, iria fazer uma diferença tremenda em minha vida.

 

Nagato: Cara, quando vai apresentar o Obito para nós? Já faz um ano.

 

Pain: Verdade, mas dessa vez, queremos mais do que a apresentação de nome. Um jantar não iria matar ninguém.

 

QI alto: Se não conhecesse Obito , iria jurar que mentiu sobre seu namoro. Que relacionamento é esse que ninguém sabe que o Deidara wang, o cara mais popular da faculdade o viu se agarrando com seu homem?

 

Você: Eu sei, vou tentar pela milésima vez. Me desejem sorte.

— Bebê? — Sussurrei suavemente para não assustá-lo, antes de dar um beijo em seu cabelo, já que eu estava sentado na cadeira, o deixando mais baixo que eu.

— Hum? — Murmurou não tirando os olhos dos papéis à sua frente.

— Bom.. lembra que faz um tempo que meus amigos querem te conhecer? Hoje irei lanchar com eles e eu iria amar se você fosse junto. — Demorou alguns segundos para que esboçasse alguma reação e quando aconteceu, foi seus ombros se endurecendo somente com a imaginação de ter que socializar com alguém que não estava acostumado.

— Mas eu já não os conheci? — Sua voz mostrava totalmente o quão confuso se sentia.

— Uma parte. No dia em que pediu para sair comigo, fiquei em uma mesa com mais ou menos doze pessoas, você conheceu apenas seis. — Sabia o quanto isso era quase o inferno na terra, então para tentar relaxar, comecei a fazer massagem em seus ombros.

— Seis? — Mesmo que não tivesse olhando para seus olhos, somente pelo seu tom, poderia falar que estavam extremamente esbugalhados pela surpresa.

— Isso mesmo. — Cantarolei, deixando um beijo em seu pescoço.

— Realmente preciso acabar esse trabalho para semana que vem e nem comecei a pesquisar. — A probabilidade de aceitar iria beirar a 0,1%, mas eu era um ser humano, claro que iria ter todas as esperanças possíveis. E, as ver sendo incendiadas em segundos realmente me deixou extremamente frustrado.

Na última vez que combinamos de jantar com os meninos, ficou tão estressado e tímido que lá para o meio, bebeu umas duas latas de cerveja e acabou com ele chorando até voltar para casa, antes mesmo de terminar a reunião.

— Sem problemas bebê, quem sabe na próxima? — Dei o sorriso mais falso que consegui antes de ir direto para o quarto me arrumar.

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Eu realmente amava sentar em alguma mesa e somente conversar, falar e ouvir histórias de qualquer pessoa que estivesse com vontade de contar, desde as mais importantes até as mais aleatórias. Por isso, quando voltei do lanche estava com tão bom humor, que dificilmente algo iria me deixar bravo.

Até ver Obito em um café, com Iruka e Kakashi. Acho que meus olhos estavam pregando peças em mim, aquilo não era possível. Ele não tinha dito para mim sobre o trabalho? Em um ano de relacionamento ele nunca mentiu para mim. Era impossível vê-lo tomando café com seus amigos, quando claramente deveria estar em casa.

Pisquei duas vezes antes de entrar no estabelecimento e realmente checar que era meu namorado na mesa. Fiz o melhor para me esconder, para ele não me ver.

— Olá bebê, não deveria estar em casa? — Coloquei toda a acidez em seu apelido, junto com uma ironia de outro mundo, no mesmo instante em que cruzei meus braços para deixar claro para todos daquela mesa, que eu não estava gostando nada da situação.

Ele se virou tão rapidamente para me ver, que o salgado que segurava até caiu no seu prato.

— Deidara? Não deveria estar aqui. — Iruka nos olhava tão atentamente, vendo na primeira fila a briga, enquanto Kakashi tentava fazê-lo se levantar para ir embora.

— Sabe quem também não? Você. — Obito fechou os olhos quando pela raiva, aumentei um pouco o tom de minha voz e algumas pessoas nos olharam.

— Deidara, ele está desconfortável, podem terminar a DR em casa, vamos. — Iruka chamou minha atenção antes de se levantar e dirigir todos para fora. Não que não gostasse de seus amigos, mas na única vez que saímos, senti que por mais que tentasse, nossas conversas não fluíam muito, então agora só víamos de vez em quando.

Tive que respirar fundo antes de responder alguma merda para os dois, minutos depois entramos no carro que ficou extremamente silencioso, para ser sincero estava me preparando psicologicamente para a discussão que iria se seguir.

— Por que você mentiu para mim? — Foi a primeira coisa que perguntei ao fechar a porta de nosso apartamento e colocar a chave em seu lugar.

Obito preferia mil vezes não falar sobre as coisas, geralmente nossas conversas era eu conversando por nós dois e ele somente balançando sua cabeça e quando queria, adicionava um ou dois comentários sobre. Acreditem, o parâmetro para discussões seguia a mesma regra. Então, quando ficou olhando para o relógio atrás de mim com uma curiosidade de outro mundo, nem me choquei.

— Não sei se você sabe, mas uma discussão da relação, acontece entre as duas partes, não somente com uma. — A paciência não estava lá muito boa e depois de esperar alguma reação durante cinco minutos, se foi totalmente.

— Não queria falar que não gosto de seus amigos. — A coisa sobre o americano era que pensava muito, cada frase ou palavra seria super calculada e cara, quando acontecia era como se uma bomba fosse jogada.

Em 365 dias de relacionamento nunca, nem em um minuto deixou claro para mim que não gostava de meu squad, quer dizer, como ter um julgamento sobre pessoas que nunca trocou mais que seu nome?

— O que? Qual seria a causa? — Ok, nem eu conseguiria listar alguma causa desse atrito, se alguém me perguntasse.

— São extremamente barulhentos, se acham muito, quem aguenta? — E ali estava mais uma vez, aquela verdade tão absoluta que até doía.

— Então está falando que também não gosta de mim? — Não poderia acreditar no que estava ouvindo, não quando acabara de citar duas das minhas características e ficar sabendo que são detestáveis foi como se tudo ao meu redor fosse uma mentira.

Várias vezes ele reclamou de quão tagarela eu era, ou barulhento mas pensei que seria uma das coisas que o fez se apaixonar por mim, entretanto sabendo a verdade… Quase me senti indesejável.

— Você é diferente. — Falou rápido, para deixar claro que não era um problema, mas depois de o ver falar com tanta verdade sobre meus amigos, não estava muito certo disso.

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Três semanas inteiras tinham se passado depois de nossa briga, nossas provas finais estavam em curso, então nem tempo direito nós tínhamos para nos encontrarmos e quando acontecia, somente sobrava um silêncio mortal.

— Deidara, vamos levantar e ir para o aquário. — Dei um gemido de outro mundo, já que ontem tinha ido em uma festa para comemorar o final das provas, voltei quatro da manhã, se tivesse tido três horas de sono era muito.

Então, me desculpa se não queria ir para o aquário às 6 da manhã de um sábado.

— Baby… — Afastei as minhas palavras tentando abrir meus olhos e conseguir ligar meu cérebro.

— Preciso de ajuda com as anotações, por favor. Vamos Deidara, prometo que irei fazer qualquer coisa que você quiser. — Deu um beijo em minhas bochechas, sussurrando em meu ouvido, para deixar seu argumento mais convincente para mim.

Rolei meu corpo antes de pegar um litro de água e tomar meu remédio para ressaca.

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"A ajuda" como meu namorado se referia, nada mais era do que sentar com ele e observar alguns animais para seu trabalho, enquanto fazia anotações de suas rotinas, eu era encarregado de ler alguma passagem de algum livro, se precisasse.

O que era bem chato, vamos combinar. Claro que eu achava interessante observar os animais, mas não por duas horas a fio, enquanto simplesmente comiam ou dormiam. Por outro lado, para Obito, era a experiência mais interessante do mundo, uma vez que ele não iria fazer biologia se não gostasse, mas para um mero mortal, é a coisa mais chata do mundo.

Não iria negar que o auge das saídas era simplesmente olhá-lo. Ele se tornava o ser humano mais lindo do mundo, todo concentrado, ou mordendo o lápis. Quando passou sua mão por seu cabelo para arrumá-lo, senti meu pênis pulsar de desejo e somente precisava de uma ajudinha.

Nas últimas três semanas, meu último pensamento tinha sido o sexo e ter meu namorado tão perto de mim, sendo totalmente sexy, puta que pariu, meu cérebro gritou para transar com ele sem sentido nenhum para finalmente poder gozar.

Quando disse para andarmos por aí, pois tínhamos que esperar uma hora para continuar a observação, fiquei extremamente feliz.

Depois de almoçar, o puxei para o banheiro e quando nos trancamos na cabine, ele ficou com aqueles olhos grandes me perguntando silenciosamente o que iríamos fazer a seguir.

— Lembra quando deixou claro que iria fazer o que pedisse? Você sabe na teoria que todos os animais fazem sexo, então gostaria de testar a prática com você. — Sussurei antes de o empurrar para a parede mais próxima e trancar a porta.

— Deidara! — Praticamente gritou como se tivesse ouvido pela primeira vez na vida palavras sujas. E como se fosse virgem.

— Eu sei que você quer, bebê. — A coisa com o mais velho, sempre poderia falar quanto estava com tesão e agora? Meu pai, seus hormônios se encontravam nas alturas, assim como os meus. Por isso, não demorei muito antes de passar meus dedos por seus mamilos por baixo da camisa, para depois apertar aquela cintura tão fina que sempre amei.

Quando sua cabeça se inclinou para os ladrilhos, dei um sorriso presunçoso, pois seu corpo praticamente estava implorando para fazer o eu que quisesse.

Claro que não iria demorar mais nenhum segundo, pois logo depois abri somente o zíper de sua calça, e abaixei um pouco, junto com sua cueca para pegar o seu pênis.

Puta merda, ver um pau ao vivo e a cores depois de três semanas de estresse, honestamente era tão bom que poderia gozar simplesmente por isso, juro.

Acho que Obito também, já que pegou minha mão e o apertou, mostrando claramente que não estava para preliminares.

Minhas mãos passavam suavemente por seu comprimento, entretanto, soltou um gemido antes de inclinar seu corpo, junto com aquela parte de seu corpo, o que fazia com que o atrito em minha mão fosse mais forte e rápido.

Fiquei de joelhos, antes de dar um tapa em sua bunda e colocar toda a sua extensão em minha boca.

Merda, se ter seu pau em minha mão era bom, na boca sentindo aquele gosto tão familiar junto com a textura que eu era apaixonado, me fez gemer somente com a ideia de engolir seu gozo.

Como suas pernas ficaram bambas pelo tesão, o fiz abrir mais e apoiar suas mãos em meu cabelo, para se precisar, bater um vez em minha coxa para diminuir a velocidade. Nunca tinha sido uma pessoa muito boa com reflexo de engasgo, por isso que o engolir inteiro, sempre foi um não em minha lista.

Mas sabia usar minha língua, bem para caralho. Por isso, passei por todos os pontos que conseguia engolir, junto com minhas mãos em suas bolas e juro, sentindo o seu pré-gozo, foi como se a líbido tomasse conta de minhas ações. Segundos depois, minhas mãos estavam passando por meu próprio pênis.

A adição de Obito gemendo baixinho, com meu pênis ficando mais grosso e quando seus olhos passaram por mim me masturbando, junto com seu pênis ficando mais duro, como se fosse a coisa mais sexy que já tinha visto, aquilo foi quase suficiente para me fazer chegar ao clímax.

Até que seu celular tocou, para o lembrar que deveria voltar para a observação, sussurrou um “merda” antes de tirar o pênis de minha boca.

Tá, eu tava sonhando, certo? Meu namorado escolheu terminar seu trabalho ao invés de gozar? Acho que sentiu minha indignação, pois rapidamente tirou meu pênis de minhas roupas, começou a me masturbar rapidamente antes de dar beijos em meu pescoço, já que sabia que era uma dos pontos eróticos para mim e não demorou muito para ter gozo em sua mão.

— Vamos voltar ao trabalho. — Riu antes de jogar um papel para mim e lavar suas mãos com uns cem mls de sabonete.

Pensei que o fato de termos transado melhorou muito a briga que aconteceu, mas claro que não poderia estar mais errado.

Meus pais, depois de dois anos no Japão, decidiram fazer uma visita nos Estados Unidos e exigiram que conhecessem o Obito. Tentei ao máximo deixar claro que era tímido e não estava pronto para conhecê-los, mas como todos os pais, eles queriam saber se era um bom homem e me tratava direito. Então, um não, não seria uma resposta.

— Meus pais querem te conhecer. — Tentei que saísse o mais casual possível, enquanto lavava a louça e eu as secava.

Por algum tempo, parou o que estava fazendo, deixando a água cair sem impedimentos, tive que fechar a torneira e repetir a mesma frase novamente.

— Não vou. — Mais uma vez, ele disse depois de muito pensar e sinceramente? Não poderia estar mais triste, quer dizer, eu conhecia um monte de casais que faziam sacrifícios, que se moldavam um para o outro, mas então chegava o Obito e parecia que não fazia nada.

Talvez ele não me amasse o suficiente.

— Qual é, não estamos falando de qualquer pessoa aqui, são a porra dos meus pais, isso é importante. — Deixei o pano de prato antes de ir para a cozinha e o ver me seguindo.

— Por isso mesmo, não quero apressar algo que não esteja totalmente pronto e se eu ficar nervoso? E se não gostarem de mim? Eles são importantes para você, então quero parecer perfeito. — Deu dois passos para trás intimidado, como se eu não fosse entendê-lo. Estávamos a um ano juntos, como não poderia saber o que pensava e como agia?

— Esse é o ponto, Obito. Quando vai estar pronto? Quando finalmente vai parar de ser tímido? — Passei meus olhos atentamente aos seus, isso era uma das coisas que guardava comigo, na real? Não aguentava mais sua timidez, aquilo começou a passar dos limites.

— Isso é tão injusto. Parece que quero ser assim, Deidara. Sabe o que eu acho? Estou sempre tentando o meu melhor, seja conhecendo seus amigos, seja indo em uma festa que não estou confortável, para somente ver você sorrir. E o que recebo em troca? Nada, você nunca faz nada que quero. — Não poderia acreditar na grande mentira que foi jogada em minha cara.

— Sério? Ir na porra de um aquário com você três vezes no último mês foi o que? Pelo amor, a coisa mais legal que aconteceu lá foi um boquete, então nunca mais me acuse de não fazer as suas merdas chatas. — Pensava que seria uma conversa muito mais “de boas”, com ele falando um sim e nós nos abraçando e não mais uma discussão.

Minutos e mais minutos de silêncio, nós dois estávamos extremamente magoados e machucados.

— Talvez... talvez seja melhor pararmos por aqui. — Seus olhos nunca foram em direção ao meu, talvez por ser muito difícil para ele ou por timidez mesmo.

— Talvez seja. — Nunca vi a possibilidade de não o ter em minha vida. Caralho, Obito era a minha alma gêmea e pensava que ele gostaria de casar comigo, mas pelo jeito, não era o seu pensamento.

Se quisesse terminar , conhecer alguém mais parecido com ele e ser feliz, quem seria eu para o atrapalhar? Sua felicidade sempre seria o mais importante, não importava se meu coração quebrasse com isso.

Como não o escutei saindo, vinte minutos depois bati na porta do meu quarto antes de entrar.

O ver chorando segurando o bichinho de pelúcia que eu o havia dado, realmente me preocupou. Ele não era uma pessoa sentimental, eu podia contar nas mãos as vezes que vi seus olhos com lágrimas.

— Dara? Me perdoa, nunca quero acabar com você, prometo que irei conhecer seus pais. — Seus soluços estavam tão altos que tive uma tremenda dificuldade de entender suas palavras.

Foda-se a briga, ele precisava de um abraço, por isso que eu o fiz. Enquanto, fazia carinho suavemente em suas costas e cabelo, somente ouvindo seus soluços se suavizarem.

— Todos que são meus amigos dizem que deveria aproveitar mais e ser menos chato, até as pessoas me perguntam como você consegue me namorar. Deidara, sei que tivemos nossas diferenças mas te amo muito, juro que irei tentar me moldar a você. — Sussurrou com tanta vontade que era como se fosse uma das metas de sua vida e iria dar sangue, suor e lágrimas para acontecer.

— Baby, um relacionamento é feito por duas pessoas, então eu prometo te acompanhar em coisas que não estou acostumado. Podemos fazer isso, prometo. — Apoiei sua testa na minha e vendo pela primeira vez, aquele sorriso tão bonito dirigido para mim, meu coração bateu mais forte pela emoção de ter um cara tão perfeito ao meu lado.

E percebi que os relacionamentos não eram perfeitos, duas pessoas precisavam estar dispostas a fazer o que a outra queria de vez em quando. E quem sabe, descobrir coisas interessantes sobre si mesmas no processo.