As marcas do nosso amor

Naruto
M/M
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As marcas do nosso amor
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Summary
Konoha tem uma lenda que diz que quando você encontra o amor, o amor verdadeiro, surgem marcas que se completam quando está com a outra pessoa e essas marcas podem ser qualquer coisa.Enquanto alguns buscam o amor pela sua marca, outros amam sem se importar com elas. Alguns desejam desesperadamente que o seu amor seja correspondido.Enquanto alguns descobrem que seu amor está bem ao seu lado, outros têm a confirmação do que já sabiam antes de vê-las.
Note
Essa fic começa diferente, com foco no casal Yamato e Gai, mas logo voltamos ao nosso casal, apenas para mostrar como pessoas reagem de forma diferente ao que lhe foi dado.Para mim, é uma das mais lindas e que gostei de escrever. Espero que gostem!Boa leitura!

O amor verdadeiro é aquele que enche nosso coração de felicidade e faz a nossa alma cintilar de tal maneira, que ultrapassa barreiras e marca nossa pele.

 


 

Konoha tem uma lenda que diz que quando você encontra o amor, o amor verdadeiro, surgem marcas que se completam quando está com a outra pessoa e essas marcas podem ser qualquer coisa.

Kakashi e Iruka nunca acreditaram muito naquilo, até porque nunca tinham visto nada de diferente em nenhum deles e olha que acreditavam que o que sentiam um pelo outro era verdadeiro. 

Quase todos em Konoha a lenda se fez presente, para aqueles que aconteciam tinham reações diferentes, uns ficavam felizes por precisar as marcas do amor com a pessoa que ama, também tinha aqueles que não aceitavam ou simplesmente terem medo e ficavam assustados, e demoravam muito para finalmente acertar. A maioria do medo deles era por causa de uma possível rejeição, mas isso foram poucos casos. Nem todos eram capazes de se declarar para quem possuem sentimentos, para alguns, era fácil, para outros, a situação era mais complicada. Tinham medo que essa lenda surgisse com alguém que nunca corresponderia na mesma intensidade aos sentimentos. 

Isso veio acontecer bem perto de Iruka e Kakashi, ambos têm amigos que se amavam e contemplavam a beleza dessa lenda. Infelizmente, dois dos seus melhores amigos, tiveram uma reação contrária ao esperado e no momento não sabiam o que falar, ficaram tão surpresos quanto o casal que não conseguiram dizer o quanto amor deles era recíproco um pelo outro. 

O Hatake havia sido convidado junto ao namorado Iruka, para passar o final de semana na casa do Maito Gai. Estavam sem nenhuma missão nas últimas semanas e nada melhor que se juntarem e aproveitar um tempo com os companheiros. Os outros deveriam agradecer o Umino, se não fosse por ele, Kakashi ficaria trancado em casa, evitando qualquer interação social. Se reuniram junto a outros casais, como Genma e Raidou, Kotetsu e Izumo, e entre eles também estava Yamato, que escondia um forte amor pelo Maito Gai, que também escondia os seus sentimentos pelo homem do Mokuton. O mascarado havia chamado Tenzou por saber dos sentimentos de Gai por ele e quem sabe, fazê-los se declarar de uma vez, pois nenhum, nem outro, tinha coragem de falar o que sentiam pelo simples medo de não serem correspondidos. Além disso, os dois estavam entre as pessoas que ainda não tinham a marca, mas isso não demoraria muito para acontecer. Iruka e Kakashi também não tinham sua marca, mas aquilo não importava para o casal, não precisavam de uma prova visível para saberem que o que tinham era verdadeiro.

Na casa de Gai, Kakashi, Kotetsu e Genma estavam na cozinha terminando de preparar os petiscos e aperitivos, e claro colocar as bebidas para gelar, planejavam amanhecer o dia jogando conversa fora, mereciam. Quando terminaram, levaram tudo para o terraço onde ficariam, o clima descontraído resultou em muitas risadas e zombaria entre os ninjas que nem pareciam pertencer à elite naquele momento. 

Infelizmente, o momento de descontração acabou dando lugar para uma tensão entre Gai e Yamato, que demorou a ser percebida pelos demais. Os dois estavam sentados lado a lado, por estarem sentados com as pernas cruzadas somente seus joelhos os mantinham afastados, mesmo que minimamente. A conversa alta não permitira ouvir o acastanhado pedir para passarem mais uma garrafa de saquê e cansado de ficar pedindo, inclinou o corpo e esticou o seu braço, enquanto Gai fazia a mesma coisa. Nesse momento, uma marca começou a surgir lindamente nos dois homens, atraindo atenção dos outros, que só foi possível ver, porque ambos usavam apenas camisetas de manga curta. 

A marca do amor começou com duas cores, um marrom escuro no braço do Anbu e verde no de Gai. As cores se misturavam como ondas do mar, formando um amarelado do pôr do sol, nessa mistura uma linda árvore em aquarela se formava aos poucos e pequenas folhas verdes cresciam dentro dela. Genma deixou sua garrafa cair no chão, essa era a primeira vez que via a marca surgir em outra pessoa, além da de Raidou, e agora em primeira mão estava presenciando algo tão emocionante e incrível em seus amigos.

Os outros também ficaram impressionados, porém, esse sentimento não estava sendo compartilhado entre o casal a frente deles. Kakashi e Iruka notaram primeiro o pavor nos olhos castanhos de Yamato, e a insegurança no extravagante Maito. O Anbu se levantou de repente, assustando os outros.

— Que porra é essa? Isso é impossível? Não faz sentido nenhum! — exclamou Yamato exasperado.

— Yamato, calma — pediu Iruka se levantando e indo até o amigo, sussurrando somente para ele escutasse. — Isso é boa notícia, não? A sua marca é com a pessoa que  você am…

— Não Iruka, não, impossível… não — o ex-companheiro de Kakashi na Anbu não conseguia formar uma frase coerente e acabou saindo do terraço, desaparecendo rapidamente entres os telhados das casas, sendo seguido pelo Umino, apos um aceno para o namorado.

— Maito? Você está bem? — perguntou Izumo apreensivo com o rosto triste do mais velho.

— Gai? Fala alguma coisa… — pediu Raidou, preocupado com o esverdeado que ficava raramente abatido ou desanimado com algo. 

— Saiam! — ordenou Gai com irritação. 

— Mas Gai? Não podemos deixar você desse jeito — Kotetsu tentou persuadir o outro.

— Eu. Mandei. Saírem! — gritou Gai, jogando as coisas da mesa no chão. 

A raiva do especialista em taijutsu não era com nenhum dos amigos, ele só não esperava a reação do Yamato e isso mexeu com todas as suas esperanças de tentar se declarar ao outro. Entretanto, foi algo inesperado para os dois e Yamato se deixou levar pelo medo e a única solução que via, era sumir quanto antes dali, não queria escutar do Gai que só o vê como um amigo, nada mais que isso. 

Mesmo contragosto, saíram. Exceto um que conhecia Gai muito bem e vê-lo alterado e magoado era algo muito raro. Se fosse procurar em suas melhores lembranças com o amigo, a única fez que outro ficou magoado com alguém foi quando seu aluno, Rock Lee, que deveria ficar de repouso no hospital, saiu para ajudar seus amigos e só não acabou morto devido à interferência de Gaara. Gai nunca se alterava ou gritava alguém, apenas quando estava animado e empolgado, nunca foi assim e Kakashi sabia o motivo. Até pensou em dar uma bronca no outro, mas isso não adiantaria em nada. O Hatake pegou uma garrafa que ainda estava sobre a mesa e tomou um gole generoso, sem tirar os olhos do amigo. 

— O que ainda faz aqui? Eu não mandei sair? — questionou Gai, sem o olhar.  

— Não vou abandonar um amigo. — respondeu com simplicidade. 

Gai não conseguiu segurar mais suas lágrimas, apertava fortemente seu macacão, abaixando sua cabeça não queria ser visto chorando, ainda mais pelo seu eterno rival. 

— Você sempre foi um excelente observador, poderia ser o que fosse, habilidade dos alunos, suas personalidades, e principalmente seus sentimentos, não importa qual era. Você sempre percebia antes da própria pessoa. Agora? Eu me pergunto, como um ninja como você não consegue ver o que está bem debaixo do seu nariz? — Kakashi parecia divagar sozinho, mas queria fazer o amigo pensar. 

— Do que você está falando? — perguntou Gai limpando o rosto.

— Yamato. Ele te ama — esclareceu o que para o mascarado era obvio.

— Não, ele não me ama! Por que deveria acreditar em você? Você viu como ele reagiu! Todos viram! Merda… 

— Porque, assim como você, tem medo de não ser amado da mesma forma. Ele reagiu apenas por não querer ouvir que você não sente nada, que o vê como amigo e nada mais que isso. Você o conhece, não é? Sabe o quanto ele é inseguro, bem mais do que eu e o Iruka. 

— Kakashi…

— Gai, essas marcas só são lendas que muitos acreditam, o que realmente vale é o que sentimos pela pessoa que amamos. Elas mostram apenas que o sentimento é verdadeiro, não que outra pessoa ama ou deixa de amar. Olhe para mim e o Iruka, não temos marca alguma e mesmo assim, sabemos, todos sabem, que o que sentimentos é verdadeiro. Vá atrás dele, diga tudo que sente, mostre que não precisa ter medo de ser feliz com você… Eu… — Antes do Kakashi terminar de falar, Gai levantou-se abruptamente, olhando para trás do rival, que nem precisou se virar para saber quem estava atrás de si. 

Iruka apareceu novamente no terraço com um sorriso genuíno  estampado em seu rosto. Tinha do atrás do Yamato com os outros e conseguiram o convencer a voltar e dizer tudo que sente pelo Maito Gai. 

Kakashi se afastou, abraçando o namorado e deixando os outros sozinhos, precisavam conversar sem ninguém ao lado. Antes de voltaram para casa, os amigos ficaram escondidos vendo e ouvindo a bela declaração de amor de Gai e Yamato, com direito a beijos. Genma, Raidou, Kotetsu e Izumo, começaram a gritar alegres, assustando o mais novo casal, que corou lindamente num vermelho vibrante. Só após terem a certeza que os dois finalmente assumiram os seus sentimentos que cada um voltou para sua casa.

“Lendas são somente lendas, mesmo que as contemplamos com nossos próprios olhos”, pensou Kakashi de mãos dadas com homem que nunca duvidou que seriam feitos um para outro ou que o sentimento que possuíam eram menores ou menos verdadeiros do que aqueles que possuíam uma marca. 

 

[…]

 

— Confesso que estou com um pouquinho de inveja daqueles dois — declarou Iruka assim que chegaram ao apartamento que dividam, e apesar de inocente, Kakashi notou uma pontada de tristeza.

— Por que, Ru?

— Desde criança, quando meus pais eram vivos, ouvia eles falarem sobre suas marcas e como foi elas surgiram. Aconteceu no dia no casamento deles, enquanto trocavam as alianças, viram um golfinho aparecer em seus pulsos e eles sempre pareciam se mover juntos quando estavam perto. Era lindo — contou o Umino;

— Por isso te deram o nome de Iruka? Meu golfinho — brincou o Hatake abraçando o mais novo, que tentou o empurras, mas sem colocar força realmente.

— Sei que não temos nenhuma marca, nem nada e que talvez nunca tenhamos — começou e percebeu os olhos castanhos ficarem úmidos. — Mas eu te amo, com todo meu coração e estou aqui para o que precisar e até quando me quiser. Vou confessar uma coisa, gosto de pensar que talvez nossas marcas não sejam externas, talvez elas estejam aqui — apontou para o peito de Iruka, bem onde ficava o coração.

— Também te amo e adoro quando fala essas coisas românticas e lindas apenas para me alegrar — confessou Iruka, beijando o maior.

— Me deixe te amar, te mostrar tudo o que sinto, cuidar de você, te levar aos céus — enquanto pedia, pegou o Umino em seu colo, que entrelaçou suas pernas na cintura do jounnin e concordando com um pedido com um breve aceno.

No quarto, Iruka foi lentamente despido, cada movimento era realizado com cuidado e extremo carinho. Kakashi queria afirmar e reafirmar o quanto amava o chunnin e não precisava de provas externas para isso, precisava apenas que o outro sentisse. As marcas do amor que tinham eram aquelas que faziam em momentos como aquele, ou em pequenas atitudes diárias.

E sob a luz da lua, Kakashi tomou Iruka, se embriagaram de paixão, aproveitando cada parte, cada detalhe, cada pedaço de pele, desfrutaram de todo o amor da melhor forma que conseguiam e sabiam.

 

[…]

 

Kakashi não era do tipo que acordava antes dos primeiros raios de sol, exceto quando estava em missão. Em seus raros dias de folga, praticamente se recusava a abrir os olhos, principalmente se estivesse nos braços do namorado. Mas naquele dia, por algum motivo desconhecido e sem a menor importância, acordou com a claridade que invadia o quarto através das cortinas. Ao invés de ficar mal-humorado por ser desperto, pela primeira vez em muito tempo, ficou maravilhado e agradeceu por ser aquilo. Acordar antes de Iruka, que ao contrário de si, parecia amar os primeiros raios de sol, naquela manhã, ganhou um novo significado.

Nas costas nuas do Umino, onde a mão do Hatake repousava, possuía algumas manchas coloridas. A princípio pensou ser serem marcas da noite passada, mas quando moveu sua mão e a tocou, sentiu como se vibrasse sobre seus dedos. Sua admiração e fascinação aumento quando as machas começaram a seguir a ponta dos seus dedos enquanto traçava caminhos nas costas do namorado. As manchas coloridas lembraram auroras boreais, as quais Kakashi nunca tinha visto, mas já ouvira falar. 

Traçava caminhos aleatórios, desenhos, corações, seus nomes, tudo o que lhe viesse a mente. Depois de todo aquele tempo de relacionamento, de tudo o que passaram, por que só agora a marca havia aparecido? Seria porque finalmente estavam em paz e as coisas entre eles estavam estabilizadas, e nada poderia abalar aquela relação? Se bem que dúvida que algo ou alguém pudesse fazer algo para separá-los.

Sentiu que Iruka estava acordando, mas não parou seus carinhos, alterando entre toques e beijos, vendo as autoras se moverem e a pele do outro arrepiar. Kakashi ficaria o dia todo fazendo aquilo. 

— Bom dia, Kashi — falou Iruka com a voz rouca e olhos fechados, sem vontade de fazer qualquer outro movimento.

— Bom dia, Ruka… — depositou outro beijo, próximo à cicatriz feita por Mizuki há anos atrás, parecia até outra vida.

Se seus olhos encheram de lágrimas ao ver as marcas, auroras, contornarem a cicatriz, ninguém saberia, a menos que Iruka se virasse. Descobriu o corpo do namorado, que se encontrava completamente nu. Viu se encolher minimamente, sentindo falta daquele calor aconchegante. O Umino ainda parecia adormecido, num estado entre sono e o despertar, mas não deixou de sentir o Hatake passar suas mãos por todo seu corpo, começando da nuca, ombros, coluna, lateral, bunda, pernas e fazer todo o caminho de volta. Sentia o corpo formigar e o toque deixar rastros de calor por onde passava o fazendo despertar de uma vez e virar o rosto para onde o namorado estaria. Encontrou Kakashi concentrado e com um sorriso tão lindo e olhos que pareciam brilhar ao contemplar a maior beleza do mundo, deixando-o curioso e intrigado.

— O que está fazendo, Kakashi? — perguntou ainda sem sair do lugar, estava bom aqueles carinhos.

— Estou contemplando a maravilha do amor verdadeiro — respondeu como se tivesse sido perguntado sobre às horas.

Iruka tentou se virar, mas uma mão pressionou suas cortas com carinho e firmeza, o deixando na mesma posição, não estava disposto a interromper seu trabalho.

— Kakashi… o que está fazendo? — insistiu Iruka.

— Já falei, querido. Estou contemplando…

— A maravilha do amor verdadeiro. Ouvi da primeira vez — bufou não necessariamente bravo.

— Então…

Iruka bufou mais uma vez, não gostava de ficar sem entender as coisas, por isso, com um esforço, conseguiu se livrar das mãos quentes do namorado, sentindo falta imediatamente, e sentou-se, encarando Kakashi que continuava deitado de lado, da maneira que estava desde que despertou. Encarou aquele ser que amava, esperando uma explicação.

O maior se sentou, de frente ao outro, retirou alguns fios que cobriam o rosto do amado e deixou um breve selar nos lábios de Iruka. Em seguida, pegou a mão direito do namorado, ainda sem falar nada e a levou até seu peito, sobre o coração. Queria fazer um teste e comprovar que sua pele reagia da mesma maneira que a do companheiro. 

Iruka abriu a boca para questionar aquela ação, mas recebeu um pedido de silêncio em resposta e apontou para onde a mão estava e lentamente a retirou. Os olhos castanhos se arregalaram quando viu as manchas coloridas e prendeu sua respiração quando viu elas seguirem as pontas dos seus dedos. Era magnifico. Kakashi enxugou as lágrimas de alegria que escorriam pela face do sensei.

— É lindo, Kashi… Nós… nós finalmente a temos. Por que só agora? — não evitou a pergunta.

— Não sei e não me importo, na verdade. Sempre soube que nosso amor era verdadeiro e puro e isso, é apenas um detalhe, Iru… Amo você, golfinho.

— Também te amo, espantalho — declarou antes de fazer Kakashi se deitar novamente e sentar sobre suas coxas, começando ele a fazer os carinhos que recebia antes.

Ambos estavam emocionados, notando que quando mais tempo ficando se tocando, mais tempo as marcas ficavam visíveis e naquela posição, em todas as partes que suas peles se tocavam, as auroras apareciam e dançavam. Os toque que antes eram sutis e sem qualquer malícia, logo evoluíram para algo cheio de paixão, desejo e luxúria. 

Nenhum notou ou prestou atenção enquanto o outro era preparado, ou quando Iruka se posicionou e lentamente sentiu Kakashi o preencher e em seguida começar a se mover, sem desviar os olhos de suas mãos, que tateiam o corpo abaixo de si e sorrindo para cada cor que aparecia, cada formato, cada sensação. Chegar ao seu ápice naquele dia o fez ver uma aurora boreal e não estrelas, ou talvez tenha visto os dois, não saberia dizer.

Naquele dia, nenhum deles ousou sair daquela cama, exceto para um banho e trocar os lençóis da cama, tudo sem ficarem longe muito tempo. Tinham uma necessidade de estarem se tocando apenas para contemplar, ao vivo e em muitas cores o que já sabiam, que o que amor que sentiam, era verdadeiro.

 

[...]

 

Um tempo depois, os amigos conseguiram se reunir novamente, dessa vez na casa de Kakashi e Iruka. O clima de amor envolvia a todos, fato que deixariam qualquer espectador enjoado, não que ligassem. 

Gai e Yamato estavam bem e pareciam ainda mais felizes, significando o especialista de taijutsu com discursos motivacionais ainda maiores e mais empolgados e comentários que faziam o pobre Anbu corar até as orelhas e ouvir provocações dos demais.

O assunto principal era as marcas, que todos pareciam exibir com orgulho. Kakashi e Iruka apenas ouviam e desconversavam quando perguntados se ainda não tinha as suas. Ninguém questionava aquele relacionamento, servia até de inspiração para os outro devido a todas as provações que passaram. Não que quisessem esconder, apenas queriam manter aquilo somente para eles enquanto pudessem. Gostavam da sensação de exclusividade. 

Infelizmente em um descuido, quando antes de levantar para buscar mais bebidas, Kakashi deixou um selar na bochecha de Iruka, que logo se tornou uma bela aurora, que pela primeira vez, contornou a cicatriz que tinha em sua face.

Os amigos, que não sabiam ser discretos, gritaram empolgados e exigiram saber como e quando aquilo havia acontecido.

— Não importa, o que significa que não direi nada. Se quiserem, criem teorias e suposições — declarou Kakashi, sabendo que logo Iruka seria pressionado por Genma, Kotetsu e Izumo para contar tudo e ele por Raidou, Yamato e Gai.

Por sorte, os dois eram bons em manter a boca fechada sobre pressão ou em um interrogatório.