
Quando sentiu aqueles lábios roçando sua pele, no canto de sua boca, ficou com os pensamentos bagunçados e sem reação. Não tinha o direito de fazer aquilo, não depois de tudo, de todo aquele tempo afastados.
Por que tinha que ser tão enigmático? Aquele beijo poderia ter tantos significados e não queria se precipitar e achar que era algum sinal vindo do outro.
Haviam terminado seu relacionamento há quase dois anos, quando Yamato foi estudar em outra cidade e Gai ficou naquela pequena cidade esquecida do mundo.
Não esperava reencontrar seu antigo amor, acreditava que ele jamais voltaria. Apesar de todo o tempo longe, nunca o esqueceu. Yamato marcou sua vida de tal forma, que nem em cem anos o esqueceria.
Sentiu aquele par de olhos o encarando tão profundamente, como se lesse sua alma e seus pensamentos. O olhava como se não tivesse ido embora, como se ainda estivessem juntos.
Então, ele apareceu te chamando de amor e você o apresentou como seu novo namorado e tudo o que vi, imaginei ter visto, se quebrou. Havia apenas me iludido naqueles poucos segundos, onde acreditei que ainda estávamos juntos.
O beijo no canto da boca, foi apenas acidente, nada valeu.