
Enquanto o beijava como se sua vida dependesse daquilo, como se fosse seu ar para respirar, sabia que tudo acabaria assim que se afastassem.
Quando se afastaram, sentia as lágrimas se acumularem, não deveria ser emotivo, afinal desde o começo sabiam como as coisas terminariam.
Mas doía como o inferno.
— Você não devia ter feito isso, não é justo.
— E o que é justo nessa vida?
Gai revirou os olhos e se afastou, pegando seu casaco que estava em cima do sofá. Parou em frente a porta, hesitante por alguns segundos.
— Se arrepende? — Ouviu Madara perguntar, se não o conhece bem, diria que estava sendo irônico e debochado.
— Sim, não deveria ter permitido isso, esse beijo não mudaria nada, não te faria mudar de ideia. Nada faria.
— Então, por que veio? Poderia ter recusado…
Gai poderia responder, mas nada do que falasse seria útil, então, apenas abriu a porta e saiu. Sentiu a porta fechar atrás de si e por algum motivo, esperou alguns minutos para alguma coisa, qualquer coisa acontecer.
Recebeu silêncio.
Ao dar o primeiro passo para longe daquele lugar, escutou algo quebrar contra porta. Um vaso ou uma garrafa.
— Se quisesse que eu ficasse, deveria ter dito.