
Eu não estava com raiva. Não. Estava furioso. Porque ele tinha que ser tão idiota, teimoso, cabeça-dura?
Por que não aceita que amar é melhor que ter razão?
Por que tudo tem que ser do jeito dele?
Todo mundo sabe, e os que não sabem, desconfiam que temos algo, mas ele insiste em negar.
Talvez tenha agido por impulso, tenha errado, mas cansei. Cansei de me esconder, de fingir, negar.
E vê-lo com sangue nos olhos é como jogar lenha na fogueira, atiçar a brasa do ódio como os Uchihas são conhecidos.
Naquele momento é capaz de terminarmos o que começamos há tempos atrás, durante a guerra e não sei se terei forças para parar meus instintos.
Então, você me beija, diante de todos. Um beijo que está longe de ser carinhoso ou amoroso. Tobirama me beija com raiva. Sinto isso na forma como sua boca se move e suas mãos apertam meu braço. Ficaria uma bela marca.
Eu não fico para trás, retribuo da mesma forma, até o momento em que o mordo com um pouco mais de força e Tobirama se afasta bruscamente, sangue fazendo uma trilha da boca até seu queixo.
Eu o amo ou o odeio?