Sunflowers

Naruto (Anime & Manga)
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Sunflowers
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Summary
Uma volta no tempo e a chance de recomeçar é algo que Hinata jamais esperava ao fechar os olhos naquele campo de batalha durante a quarta guerra ninjaOuOnde Hinata volta ao seu nascimento e resolve mudar muitas coisas.
Note
Essa fanfic é um plot antigo meu que resolvi escrever para treinar minha escrita. Pode ser que haja mais do que um capítulo, pode ser que não. Nunca escrevi nada sério mas espero que fique bom. Isso é um delírio total da minha mente perturbada completamente apaixonada por Hinata e Itachi, alguém que acha que muitas coisas do universo de Naruto deveriam ser diferentes. Não espere eventos canônicos disso aqui
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Reflexões de um bebê

A primeira vez que Hinata abriu os olhos após sua derrota contra os zetsus, ela estava em um quarto branco. Por um momento ela pensou que talvez a guerra tivesse acabado e agora ela estava no hospital de Konoha, ou talvez que realmente estivesse morta e esse seria o pós vida.

Ela moveu os olhos no ambiente à sua volta, já que aparentemente era a única parte do seu corpo que a obedecia. Sua cabeça latejava e seus membros pareciam pesados demais pra ela.

Hinata ouviu uma conversa confusa entre duas mulheres, algo sobre chorar. Ela suspirou, era o que realmente queria fazer agora, mas não podia. Hinata Hyuuga, a herdeira do clã Hyuuga não deveria chorar por motivos tão bestas quanto não saber o que estava acontecendo ou por causa de dores de cabeça.

Um baque estrondoso quase a surpreendeu, não que ela já não tivesse se acostumado com barulhos altos, era apenas o contraste com o local silencioso.

Uma voz irritada invadiu o ambiente. Hinata com certeza conhecia aquela voz, seria esse o momento em que ela iria rever todos os momentos de sua vida? Ela suspirou com a voz irritada de seu pai.

Seus olhos ainda estavam embaçados mas ela conseguiu vê-lo, olhos claros a encararam em preocupação. Hinata franziu a testa. Alguma vez ela viu seu pai tão jovem? E o que era aquele sentimento caloroso nos olhos dele?

Ele a pegou no colo e... ELE A PEGOU NO COLO?? Ok. Ela não se lembrava desse momento da vida mas ele aconteceu certo? Ela só não sabia que ao invés de assisti-lo, ela viveria ele.

Que seja. Ela estava tão cansada. Seus olhos involuntariamente começaram se fechar, essa deveria ser a mudança de cenário.

Hiashi caminhou com ela nos braços e se sentou com ela na cama

"Não.nao.nao. minha filha. Minha filhinha"

A Hyuuga encarou a mulher que repetia isso sem parar. Seu coração bateu rápido e ela sentiu seus olhos arderem. Ela não se lembrava perfeitamente do rosto dela, mas pelas fotos. Sem dúvidas. Um choro rasgou sua garganta e as lágrimas escorreram enquanto ela se debatia. O que estava acontecendo? Por que estavam sendo tão cruéis com ela?

As duas pessoas ao seu lado suspiraram de alívio e sorriram uma para a outra. E Hinata se perguntou se alguma vez na sua vida ela realmente presenciou uma cena tão linda.

 

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A Hyuuga não sabia quanto tempo havia se passado desde que ela....saiu do útero? Mas uma coisa ela sabia. A vida de bebê não era nada fácil.

Agora fazia total sentido porque os bebês choravam e esperneavam tanto. Não era fácil mantar a calma quando você se sentia um besouro virado de barriga pra cima mexendo as patas impotente diante da grandeza do mundo.

Não precisou de muito para ela entender que tinha realmente voltado no tempo, e que agora habitava o seu próprio corpo, porém como isso aconteceu, era uma resposta que ela não tinha.

Na primeira vez que retiraram suas roupas para banhá-la, ela gritou e esperneou o máximo que pôde, e quando quiseram obrigá-la a mamar no peito. Ela também se contorceu vergonhosamente quando percebeu que não conseguia controlar suas vontades mais primitivas, fome, sono e principalmente... ignorar o chamado da natureza. A troca de fraldas era um pesadelo.

Mas essas eram coisas com as quais ela estava se acostumando, já que entendeu que apesar de sua mente de adulta estar intacta, ela agora habitava um corpo pequeno, frágil e inútil. Porém, algo IMPOSSÍVEL de se acostumar, era com a forma como seu pai era brando.

Ele não passava tanto tempo com ela e sua mãe, afinal de contas, era o líder do clã e tinha lá suas responsabilidades. Mas todas as noites ele aparecia e a pegava no colo. Ele conversaria com ela e contaria alguma história. Logo lhe daria um beijo de boa noite e a devolveria ao berço.

Hinata não se lembrava de uma época de sua vida em que seu pai fosse tão gentil e amoroso, e lhe contasse suas preocupações como fazia agora. Ele divagava sobre problemas políticos, discordâncias com o conselho, e preocupações com o futuro dela e do clã.

Hiashi sorria dizendo coisas como "quero ver como você vai lidar com os velhotes Akira e Kiroji, pequena, esses irmãos são osso duro de roer" e "Seu tio está louco para te conhecer, mas já disse que ele terá que esperar até a cerimônia de apresentação". Ela supôs que esse fosse o seu pai de antes da morte de seu tio Hizashi, e ela amava muito essa versão.

Desde que entendeu o que estava acontecendo, Hinata traçou um novo objetivo de vida, ela mudaria as coisas que dificultaram sua outra vida e que feriram as pessoas que ela amava. Para começar, dessa vez seu tio não iria morrer por culpa dela e esse não seria o único caminho que ele encontraria para libertar sua alma. Ela mudaria seu clã. Ela com certeza mudaria.

Mas primeiro, ela precisava ter força o suficiente para pelo menos virar dentro do berço. "Por que é tão ridiculamente difícil?" Ela bufou em frustração.

"O que foi querida?" Sua mãe, que lia sentada ao lado do berço, moveu os olhos até ela "você está entediada?" O sorriso caloroso aqueceu o coração da Hyuuga que sorriu banguela para a mulher deslumbrante que ia até ela. Essa era uma de suas coisas favoritas nessa nova realidade. Sua mãe estava viva.

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* As coisas estão agitadas huh? * Hinata pensou, lutando mais uma vez para virar no berço e falhando miseravelmente. Após minutos dessa luta contra seu corpo inútil, ela apenas desistiu e levou a mão pequena à boca.

"Hinata-sama, não fique babando tanto, sua roupa precisa estar limpa para a cerimônia" uma das garotas que arrumavam ela e sua mãe lhe disse

*Eu sou um bebê, é claro que vou babar, droga!* Ela bufou e revirou os olhos com as cobranças exageradas, era assim desde que ela havia nascido então...realmente, seus parentes eram insanos.

As mulheres saíram do quarto dizendo que deixariam um tempo para Hanami terminar sua preparação.

Hoje seria o dia da cerimônia de apresentação. O que significava que ela estava completando 2 meses.

Os Hyuugas tinham essa tradição porque os dois primeiros meses eram considerados os mais perigosos, quando a mãe e a criança estariam mais vulneráveis e não deveriam ser expostos ao público ou a perigos externos, pois traria azar e maus agouros.

A porta foi aberta mais uma vez e Hinata nem se incomodou, trocando a mão por um brinquedo de morder

"Hizashi!" Sua mãe estava surpresa olhando para a entrada

"Shiiiu! Fale baixo cunhada, você não quer que as donzelas arrumadeiras escutem, quer?" Ele falou divertido

Agora sim Hinata estava interessada e olhou diretamente para a porta através das grades de sua (prisão) berço.

"Ele está há dois meses enchendo meus ouvidos com essa ladainha querida, deixei que ele veja Hinata por um momento antes da cerimônia"

Hanami suspirou sorrindo "hah, vocês dois não tem jeito mesmo"

"Ora cunhada, não é justo que eu conheça minha amada sobrinha ao mesmo tempo que o resto do clã. É inaceitável!" Hizashi protestou enquanto Hiashi pegava a filha no colo

Hinata olhou para o pai e sorriu, como ela sempre fazia. Isso parecia abrandar qualquer expressão negativa no rosto dele. Hiashi a levou até o irmão a entregando para ele com uma advertência de cuidado.

"Eu tenho um filho, caso você não se lembre, irmão" ele revirou os olhos mas logo os direcionou ao pequeno embrulho em seus braços que o encarava fixamente.

Hinata analisava as expressões faciais do homem. Ele era fisicamente idêntico ao pai, se não fosse pela marca na testa, que lhe deu um aperto no coração, e os olhos mais leves. A expressão dele era divertida e calorosa.

"Caramba! Como pode ser uma cópia perfeita sua?" Ele olhou da criança para Hanami umas duas ou três vezes e a mulher riu

"É justo, estou me vingando por Nishia que carregou Neji-kun por nove meses só para ele sair idêntico a você"

Hizashi deu um sorriso orgulhoso

"Oie sobrinha, por que você não sorri para mim? Eu não sou idêntico ao seu pai? Sorria para mim" ele cutucou a bochecha dela e Hinata o encarou com olhos entediados

Ela levou sua mão especialmente babada para segurar o dedo que cutucava sua bochecha e o agarrou como se sua vida dependesse disso.

"Aya! Então essa é a força de uma verdadeira herdeira de clã" ele riu tentando liberar o dedo do aperto babado. Hinata finalmente riu. Seu tio era divertido, ele merecia a honra de um sorriso.

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