
Os vingadores estavam calados. Ninguém sabia o que dizer. Depois daquele encontro, eles se sentiram impotentes.
Natasha estava comandando o jato enquanto Tony atendia à chamada de vídeo da agente Hill.
- Os noticiários amam vocês. Eles e mais ninguém. – Ela deu uma breve pausa. – Ainda não houve pedido oficial para a prisão do Banner, mas está sendo discutido.
Bruce, enquanto ouvia, se envolvia em um cobertor. Ele tinha um sério problema com o Hulk, e isso era claro para todos.
- E a fundação Stark? – Tony perguntou, mil pensamentos rondando sua mente.
- Já está no local. Como está a equipe?
- Estamos... – Tony pensou em mentir, mas ele estava cansado demais para isso. – Foi uma surra. – Suspirou. – Mas vamos superar.
- Bom. Por enquanto ficarei em modo furtivo e bem longe daqui.
- Correr e se esconder?
- Até que encontremos o Ultron. – Ela sabia que ele não a estava julgando. – Eu não tenho muito mais à oferecer.
- Bem, nem a gente. – Ele terminou a chamada e caminhou até Natasha. – Quer trocar de lugar?
- Não, eu estou bem. – Ela nem olhou para eles. – Se quiser dormir um pouco, é uma boa hora. Falta muito para chegarmos.
- Chegarmos aonde?
- A um refúgio.
Tony deixou Natasha guia-los e foi procurar um lugar para descansar. Como ele disse à Maria, eles levaram uma surra, então tudo o que ele queria agora era descansar sua mente e largar as preocupações.
Horas depois, Natasha chegou ao destino. Ela não conseguiu avisa-la, então já esperava o desespero.
O grupo observou o local e bebeu cada detalhe enquanto caminhavam atrás da liderança de Natasha. Antes que eles pudessem chegar à varanda, uma bela mulher de olhos verdes vívidos e cabelos pretos desgrenhados na altura dos ombros saiu de casa e correu até Natasha.
- Oi... Desculpe não avisá-la, mas precisávamos de um local seguro. – Sua voz era cansada.
- Claro, Nat. – As duas se abraçaram.
- Quem é? – Thor surrou a pergunta ao lado de Tony.
- Provavelmente uma nova recruta.
- Mamãe, mamãe. – Duas crianças desceram as escadas correndo e abraçaram Natasha. Logo atrás das crianças, um adolescente com um rosto cansado dizendo implicitamente que precisava de ajuda.
- Mãe, demorou dessa vez. – Era um menino. Ele parecia ser jovem, provavelmente ainda estava no colégio.
- Olá, meus amores. Que saudades que eu senti de abraçar vocês. – Natasha pegou uma das crianças e beijou a testa do adolescente que pegou a criança restante nos braços. – Teddy, como foram as aulas?
- Mélis, como tem ido? E a gravidez? – Clint abraçou a mulher ao cumprimenta-la.
- Eu vou bem, Galena faz jus ao seu nome, não tive problemas como os gêmeos. Como vão as crianças?
- Todos estão maravilhosos. Marta está querendo preparar um jantar.
- Vocês sabem que é só marcar uma data, eu sempre dou um jeitinho, e é sempre um prazer ficar com vocês. – Ela piscou um olho e depois voltou sua atenção para os visitantes. – Que má educação de minha parte. Prazer, Hamamélis Potter Romanoff. — A mulher estendeu as mãos.
Um silêncio se seguiu às suas falas.
- Bem, você os quebrou, amor. – Natasha sorriu.
- Acho que quem fez isso, foi você Nat. Quando você sorriu na frente deles? – Clint sorriu de canto.
- Bem, essa é minha esposa, Hamamélis. – Natasha se aproximou da esposa e ignorou as falas de seu melhor amigo. – Esses pestinhas são os nossos filhos. A mocinha de olhos verdes é Chloé. Esse rapazinho sujo de lama, e que precisa de um banho, é Antoine. Nosso mais velho e que está no último ano é Edward, mas ele prefere Teddy.
As crianças mais jovens sorriram com o apelido e depois correram para uma sala com a porta entreaberta - onde puderam distinguir uma brinquedoteca -, claro, com Teddy os seguindo.
- Crianças, o jantar logo ficará pronto, então sem sujeira. – Hamamélis gritou.
- Você é casada? Como não fiquei sabendo disso? – Tony indagou, pois nada escapava dele, já que sempre verificava a vida daqueles que ele conhecia.
- Eu não podia correr o risco de deixar minha família ser conhecida, então pedi um pequeno favor à Fury.
- Nós também conseguimos ajuda da MACUSA. – Sua esposa completou.
- E quem é MACUSA? – perguntou Steve. – Durante todos os meus anos eu nunca ouvi esse nome. É algum tipo organização secreta?
- Quase isso. Como sabemos pelo Thor, há vários outros planetas e universos, mas também há outros tipos de seres aqui na Terra. Escondido de todos, há o mundo mágico. Cada país tem um tipo de governo. Aqui nos EUA, é a MACUSA quem comanda. É uma sigla para Magical Congress of the United States of America.
-Parece que você tem estudado ultimamente, Clint. – A mulher de olhos esverdeados disse. – Na Inglaterra, de onde vim, era o Ministério a maior força dos bruxos, aqui na América é um congresso.
- E como vocês se conheceram? – Bruce finalmente falou depois de todo aquele tempo. – Não me leve a mal, mas vocês são completamente diferentes, e como de "mundos" diferentes, como se encontraram?
- Eu era uma auror, é como a polícia para vocês. Em uma missão, nós nos esbarramos. Como éramos as melhores em nosso campo, fomos enviadas para deter uma grande ação criminosa. A partir daí foi história. – Respondeu enquanto se dirigia à cozinha para verificar o assado. Os outros à seguindo.
- Você falou no passado. – Tony observou.
- E está certo. Como um acordo, decidimos que Natasha continuaria com suas missões e eu mudaria de cargo para ficar com nossos filhos. – Sorriu ao se lembrar de quando ambas descobriram que filhos não seria problema.
- Por que você veio para cá? – O gênio fez outra pergunta. – Todos nós sabemos que a Europa é um outro mundo, e por mais que nessa questão estejamos próximos, ainda é uma grande mudança. – Um longo silêncio surgiu. – Eu disse algo de errado? – Fez a pergunta quando percebeu que as mulheres e Clint ficaram tensos.
- É um assunto delicado. – Clint tomou a iniciativa permitindo que Natasha tirasse a esposa da cozinha e a levasse para outro cômodo, ele mesmo cuidaria da janta, não era um problema.
Clint organizou alguns pensamentos enquanto colocava a mesa e terminava com os legumes. O restante do time tomou a liberdade de se sentar nas cadeiras vazias enquanto esperavam Clint. Quando o arqueiro se sentou, já sabendo quando o assado ficaria pronto, começou a explicar.
- O mundo mudou, estamos mais avançados e temos a mente mais aberta. Infelizmente não é assim para o mundo mágico na Inglaterra. Ainda há muito preconceito com algo diferente, eles não se importam em tentar entender o avanço que estamos fazendo. Para vocês verem uma diferença, o congresso daqui usa computadores e impressoras, o ministério da Inglaterra usa tintas, penas e pergaminhos. Enquanto aqui já sabem usar o e-mail, lá eles ainda usam corujas para fazer as entregas de cartas. Lá eles usam o termo trouxa, enquanto aqui usamos não-magis. Todos eles se recusam a usar o que criamos, pois eles nos veem como inferiores.
- Você dizendo que eles ainda são preconceituosos, isso diz sobre Hamamélis estar casada com outra mulher? – Steve podia ser velho, mas eles já entendia boa parte de tudo isso. Ele entendia o preconceito sobre pessoas do mesmo sexo estarem juntas, afinal, ele sofreu na pele quando se apaixonou por outro homem.
- Há mais... no Halloween de 1981, na Inglaterra, um casal de bruxos foi morto por um bruxo das trevas. O único filho deles, herdeiro Harry James Potter, foi declarado como o Menino que sobreviveu, pois quando sua mãe morreu, invocou um sacrifício de sangue que permitiu que sou filho sobrevivesse quando o bruxo das trevas Lorde Voldemort tentou atacá-lo, acabando por morrer no processo. Ele era uma celebridade, até que o dito bruxo conseguiu voltar para terminar o seu trabalho, e quando completou 17 anos, Harry conseguiu matá-lo.
A História seria longa, então clint passou apenas por momentos chave até o atual.
- Quando Harry se descobriu, ele percebeu como o mundo o julgava, então um amigo que era auror o ajudou. Com os contatos certos, ele conseguiu manda-lo para cá, onde somos mais abertos. A MACUSA permitiu que ele pegasse os mantos de lorde Potter e Black e o ajudou com a cirurgia. Uma nova identidade nasceu e hoje vocês conheceram como Hamamélis Adhara Potter.
- Se é uma mulher trans, como ela está grávida? – Isso Tony não entendia.
- Você pode ser um gênio, mas não quando se trata do mundo mágico. Existem feitiços e poções que além de permitir que a transição seja mais rápida e menos dolorosa, um útero pode ser criado, sustentado pela nossa magia, mas para isso, entramos em um regime de poções quando decidimos carregar um feto. – Hamamélis respondeu da porta com as costas pressionadas ao peito de Natasha. A ruiva tinha seus braços firmes ao redor do corpo da esposa e as mãos sentindo os solavancos que a filha dava. Mais 3 meses e ela estaria em seus braços.
- Bem, vamos jantar? – Teddy chegou com as crianças. A conversa séria terminou ali. Não havia mais o que falar, eles não a julgariam, pois todos tinham um conceito mais avançado e sem exceções, todos eles já passaram por um tipo de preconceito, não desejando isso à ninguém.
Quando todos terminaram o jantar, Hamamélis designou seus quartos e se retirou para o que compartilhava com sua esposa. Lembrar de tudo o que passou até chegar esse momento era doloroso, mas ela não mudaria nada, pois foi assim que encontrou sua esposa e aprendeu o significado de amor.
Seus 6 meses de gravidez ainda a permitia fazer alguns exercícios, mas o medimago a aconselhou ficar de repouso a partir do próximo mês, já que sua barriga estava enorme.
Sentando na cama e massageando um pouco os pés, ela se deixou ouvir as baixas conversas que ocorriam em sua casa. Anthony e Steve estavam conversando quase que silenciosamente. Uma rápida olhada em suas auras a fez perceber que os dois estavam apaixonados pelo outro. Banner estava conversando e brincando com as crianças. Thor estava conversando com Natasha sobre a diferença da sua magia com a de seu irmão, Loki. Clint falava no celular com Marta, se ela forçasse sua audição, ouviria as vozes das crianças.
Quando Natasha entrou no quarto, ela já estava debaixo das cobertas com um livro nas mãos.
— Ei... — A ruiva disse depois de ter saído do banheiro. Ela tirou seu roupão e o jogou na poltrona que havia perto da cama. A espiã sorriu ao ver o rosto aborrecido de sua esposa com sua ação.
Ao entrar debaixo da coberta, Natasha tirou o livro de suas mãos e guardou no criado-mudo. Logo, suas mãos se encontravam na barriga grávida, massageando e sentindo os pés de sua filha. Ela amava essa sensação.
— Senti sua falta. — Seus lábios se encontraram carinhosamente. Hamamélis nunca resistiu aos beijos de sua esposa, e ela admitia.
— Você sempre joga sujo, mas eu também senti a sua falta. — Ela sorriu e fechou os olhos, deliciada com as mãos de sua esposa viajando pelo seu corpo.
— Você sentiu minha falta ou sentiu falta do sexo?
— Ambos...
— Então precisamos mudar isso... — Sem deixar tempo para a sua esposa entender as palavras, ela retirou o pesado cobertor e acomodou o corpo da mulher com alguns travesseiros e almofadas em baixo.
Uma leve peça de seda que escondia o seu corpo foi retirada com todo o cuidado. Ela sentiu arrepios quando o ar frio tocou sua pele nua. Os beijos da ruiva pelo seu pescoço e a mão acariciando sua cintura a fez se sentir no limite.
Sua vagina pulsava pedindo por um toque. Ela podia a sentir molhada e pelo sorriso predatório de sua esposa, ela também percebeu isso. Se ela estivesse de pé, com certeza suas pernas não aguentariam. Sentir Natasha sempre foi emocionante. Mesmo com anos de casadas, nada mudou. O pensamento excitante que vinha toda vez que Natasha a provocava daquela maneira sempre permaneceu.
— Nat, por favor... — O desespero era claro em sua voz.
— Como minha dama deseja.
Hamamélis não teve tempo de reclamar ao sentir a boca de sua esposa sair daquele ponto em seu pescoço, pois logo ela sentiu a respiração em sua virilha. Suas pernas se abriram ainda mais para receber de bom grado tudo o que Natasha faria com ela. Seu corpo já estava entregue no momento em que percebeu que a espiã não usava peças de roupas por baixo do roupão.
Já conhecendo o corpo de sua esposa e sabendo como ele funcionava durante a gravidez, a ruiva sabia que o orgasmo não estava longe.
Uma de suas mãos largou a cintura e acariciou com leveza os lábios de sua vagina. O lubrificante não seria necessário. Passando o dedo indicador entre os lábios mas com cuidado, ela molhou bem os dedos, mais para provocar.
A respiração de Hamamélis estava tensa. Isso a deixava ainda mais excitada.
Separando os lábios com dois dedos, ela aproximou a boca e passou a língua provocativamente sob o clitóris. Um grito de prazer pôde ser ouvido, e era nesse momento em que elas relaxavam ainda mais, pois seu quarto era protegido.
Lis não sabia se fechava as pernas pela onda avassaladora de prazer ou se abria ainda mais em busca daquela sensação.
A língua da espiã era experiente naquela área e com os hormônios, tudo se tornava mais intenso.
Circulando o clitóris calmamente e com um dedo em ritmo vai e vem, Lis estava pronta para gozar.
Com uma última chupada, um líquido esbranquiçado manchou seus dedos e um pouco escorreu pelo lençol que cobria a cama.
Com o cérebro ainda nublado pela onda de prazer, Lis não percebeu Nat saindo e voltando com uma toalha úmida.
— E você? — A mulher grávida perguntou enquanto tentava se sentar na cama.
— Não se preocupe, é a minha vez de cuidar de você. — Ela beijou sua testa e limpou a bagunça que restava. O lençol foi tirado da cama e recebeu o mesmo destino que a toalha, um canto perto da porta do banheiro.
— Obrigada... — Sua voz estava sonolenta e seus olhos já estavam fechados.
— Não tem o que agradecer. Eu sou sua esposa, é meu dever cuidar de suas necessidades. Agora, que tal eu arrumar esses travesseiros para você dormir tranquilamente?
— Você é a melhor, amor...
Assim que as duas se acomodaram, o sono as reivindicou pelo resto da noite. Não precisavam se preocuparem com as crianças mais novas, Teddy era responsável e sabia lidar com a situação.
No dia seguinte, todos se reuniram para um café da manhã. Lis observava com amor sua esposa preparando as panquecas com mirtilo que os gêmeos amavam. Teddy já podia ser ouvido conversando com sua namorada, Victoire. Aquela jovem era uma força da natureza. Enquanto os Weasley não entendiam que ela é uma mulher trans, Vic foi atrás de sua mãe, Fleur neé Delacour. Fleur, por ter nascido e sido criada na França, tinha uma mentalidade mais aberta. Ela quem a ajudou a se encontrar e junto com Kingsley Shacklebolt, abriu passagem para os Estados Unidos da América. Lis ainda conversava com ambos, eles sempre estariam em seu coração.
Teddy a avisou na semana anterior que assim que terminassem os estudos, Vic viria para ficar com ele. Durante as férias ambos trabalhavam como aprendizes no ministério e no Congresso, mesmo cada um sendo o herdeiro de alguma herança. Vic, por ser a mais velha de Fleur, recebeu o título de herdeira Delacour. Já Teddy, recebeu o título de herdeiro Black, herdado de sua mãe adotiva.
Passos mais altos poderiam ser ouvidos, o restante dos vingadores já estavam despertos. Stark foi o primeiro a aparecer na cozinha e sentar em um banco da ilha, ao lado de Lis.
— Bom dia, garotas.
— Bom dia, Stark. O quarto foi de seu agrado?
— Me chame de Tony. Nada tão grande como estou acostumado, mas mais aconchegante. Obrigado.
— Tem café na cafeteira. Pegue uma xícara no armário superior da pia. — Natasha indicou.
Um silêncio confortante se instalou entre os atuais ocupantes. Assim que Teddy apareceu com as crianças, Natasha colocou as panquecas cortadas para os gêmeos e começou a fazer os ovos e bacon. Teddy tirou o pão do forno e fez o prato de sua mãe grávida com um verdadeiro café inglês que continha também tomates assados e feijões. Uma jarra de suco de abóbora foi servida aos bruxos.
Quando Natasha terminou e se sentou, o restante do grupo apareceu. Clint, esfomeado como era, encheu seu prato de feijões e bacon. Lis apenas riu de seu melhor amigo.
— Falei com Marta e disse que ficaríamos por um tempo, pelo menos até a poeira abaixar e termos um plano contra Ultron.
— Eu posso entrar em contato com a MACUSA, por mais que os poderes dessa Wanda não seja como o nosso, o congresso ainda é responsável por tudo que está ligado à magia.
— Isso seria de grande ajuda, Mestra da Morte.
Às palavras de Thor, Lis, Natasha e Clint ficaram tensos. Com um aceno de Clint, Teddy levou seus irmãos para fora da cozinha. Steve, Tony e Bruce não entenderam o que estava acontecendo. Quando um silêncio pesado surgiu, Thor ficou com medo de ter dito algo errado.
— Desculpe...
— Não, é verdade. Mas, por favor, não fale isso novamente.
— Você é conhecida por todos os reinos, é uma honra.
— Não é. Não com a ações para receber e manter esse título. Não quando você sabe o que virá depois. — Retrucou Hamamélis ao Deus do trovão.
Clint ajudou Lis a se levantar e a levou para o quarto dela. Natasha ficou para falar com seus parceiros de equipe.
— Minha esposa enfrentou duas vezes a maldição da morte. A primeira espelhou nela e matou temporariamente o mago que a lançou. A segunda vez a matou, mas ela retornou a vida, tudo por conta de uma profecia. Por estar em posse de três objetos pertencentes à morte, ela foi obrigada a receber esse título. Quando chegar a hora dela ir, sua alma não estará no mesmo plano que sua família.
A dor de lembrar de tudo aquilo, o empecilho que ficou em seu caminho por tanto tempo, impedindo de ter a mulher que ama foi difícil. Foram meses, quase um ano até convencê-la de se abrir para aquele sentimento que compartilhavam. Mesmo que não fiquem juntas na vida após a morte, Natasha queria mostrar o que era o amor e levá-la a ter todas as experiências possíveis.
— Por favor, não perguntem mais...
Os vingadores se sentiram oprimidos imaginando como devia passar por tudo isso. Thor, como um Deus, não entendia muito bem o sentimento de Lis, mas ficou calado.
Lis só apareceu na hora do almoço. Tony, a fim de melhorar a situação, começou a contar dos seus experimentos, o que a divertia, então ele contou como vitória. Quando Natasha viu como os dois se davam, ela percebeu que outra pessoa estava para crescer no coração de sua esposa.
A espiã convidou a família de Clint para o almoço, então logo Marta apareceria com as crianças. Quando a mesa estava posta, ela ouviu o flú e correu para recebê-la.
— Tia Nat! Cadê Tony e Chloé?
— Olá crianças. — Natasha riu do entusiasmo. — Estão na brinquedoteca com Teddy. Vá chamá-los para o almoço.
Enquanto as crianças corriam, Natasha e Marta engataram numa conversa sobre a atual gravidez de Lis. Quando chegaram à cozinha, Clint entrou pela porta dos fundos com uma bandeja de carne, legumes, verduras e bacon, que ele assou na churrasqueira.
— Amor, chegou faz tempo? — Clint deixou a bandeja no centro da ilha e foi beijar sua esposa.
— Cheguei agora mesmo. As crianças foram chamar os primos. — Pelo tempo que as famílias se conheciam, as crianças se consideravam primos.
O almoço tinha sido tranquilo. Até Lis sentir dores e ser colocada para repousar em sua cama. Minutos se passaram até Lis perceber que algo dentro de si não estava certo. Ela sentiu sua pressão cair e Nat correu para chamar pela medimaga que estava responsável pelo acompanhamento da gravidez.
— O que aconteceu? — Perguntou a mulher de cabelos loiros curtos enquanto examinava a paciente.
— Após o almoço ela se sentiu cansada e eu a trouxe para o quarto, mas ela sentiu sua pressão cair. — Natasha estava tensa, só ela podia estar no quarto.
— Mudaram a alimentação? O regime de poções?
— Não. Tudo continua o mesmo.
— Vou verificar sua filha, com sua permissão.
— Claro. Pode sim. Eu só quero saber o que aconteceu e porque ela tem se sentido tão cansada nas últimas semanas.
A medimaga usou um feitiço parecido com um ultrassom e avaliou a criança. Um sorriso surgiu em seus lábios.
— A causa foi a alimentação e as poções, como imaginei. Acredito que vocês estejam seguindo minhas recomendações.
— Sim, Lis se preocupa muito e sempre segue ao pé da letra as intruções.
— Ela é inteligente, mas o erro foi meu. Passei um regime para sua filha, sem contar com outra criança.
— Outra? Como assim?
— Senhora Romanoff, parabéns estão em dia. Vocês terão duas filhas.
Com certeza o baque de Natasha desmaiando podia ser ouvido na sala de estar.