𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕷𝖔𝖛𝖊 ᵀᵂᴵᴸᴵᴳᴴᵀ ˢᴬᴳᴬ

Twilight Series - All Media Types Twilight Series - Stephenie Meyer Twilight (Movies)
F/F
F/M
M/M
Multi
G
𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕷𝖔𝖛𝖊 ᵀᵂᴵᴸᴵᴳᴴᵀ ˢᴬᴳᴬ
Summary
𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕷𝖔𝖛𝖊 | Imaginem um cenário onde Jasper Hale e Edward Cullen, dois membros da família Cullen conhecidos por sua natureza vampírica, compartilham uma conexão única com a mesma companheira, Lucy Pierce. Esta ligação não apenas desafia as convenções vampíricas, mas também promete desencadear uma série de eventos inesperados.À medida que a história se desenrola, Lucy Pierce se destaca como uma personagem intrigante e complexa. Seu interesse pela jovem humana, Bella Swan, adiciona uma camada de tensão e mistério ao enredo. A presença de Bella na vida de Lucy levanta questões fascinantes sobre a natureza das relações entre humanos e seres sobrenaturais.Além disso, o fato de Lucy ser uma híbrida de lobo e vampiro acrescenta um elemento único à trama. Sua dualidade de natureza promete desafios e dilemas emocionais que moldarão o curso da narrativa.Convido você a embarcar nessa história repleta de reviravoltas, descobertas surpreendentes e personagens envolventes. Juntos, vamos explorar os desdobramentos fascinantes desse universo complexo e intrigante.

𝙵𝚘𝚛𝚔𝚜 𝚠𝚊𝚜𝚑𝚒𝚗𝚐𝚝𝚘𝚗

"As coisas mudam. Não significa que melhoram." — Dr. House

Forks era um lugar que parecia ter saído de um cartão postal, especialmente sob a luz difusa e enevoada que passava pelas nuvens densas e constantes da região. O ar fresco estava carregado do aroma úmido das árvores, da terra recém-molhada e do leve toque salgado que vinha do mar. Ao redor, as montanhas se erguiam majestosamente, suas faces cobertas por densas florestas de pinheiros que pareciam infindáveis. A vegetação brilhava com o orvalho acumulado, e o som ocasional de pássaros ecoava em meio ao silêncio quase reverente do lugar.

Havia algo nostálgico na simplicidade de Forks, um lugar que parecia ter parado no tempo. As casas, mesmo as mais modestas, eram bem cuidadas, cada uma com detalhes que pareciam contar histórias de famílias que ali viveram por décadas. As ruas eram tranquilas, o asfalto impecável, e as poucas lojas e prédios tinham uma arquitetura charmosa e acolhedora. Não era difícil entender por que as pessoas locais gostavam tanto dali — parecia um refúgio longe das complexidades do mundo moderno.

Para mim e Hannah, era o esconderijo perfeito. Uma híbrido e um súcubo vivendo juntas em um lugar pacato, onde a vida parecia fluir em câmera lenta, seria o cenário ideal para recomeços... ou para desaparecer entre as sombras.

— "Está com sede?" — Hannah perguntou pela décima vez, estendendo uma garrafa cheia de sangue. Seu tom era de leve inquietação, como se estivesse tentando adivinhar meus pensamentos.

— "Não, querida, mas obrigada pela oferta." — Respondi suavemente, lançando-lhe um olhar de canto com um sorriso tranquilizador. — "Não vai demorar muito para chegarmos ao Forks High School. Não fique nervosa."

— "Eu sei..." — murmurou ela, ajeitando-se no assento para observar melhor a paisagem que passava pela janela.

Eu a observei por um breve momento antes de voltar minha atenção para a estrada. Hannah, um súcubo de nível médio, estava comigo havia cinco anos. Ela era incrivelmente reservada, mas carregava uma doçura que não se esperaria de alguém da sua espécie. Sua presença era discreta, como uma brisa leve que você só percebe quando está muito atento.

Ainda lembro vividamente da noite em que a encontrei. Ela apareceu na minha antiga casa, ensanguentada e à beira da morte. Escondida no sótão, seu corpo mutilado contava uma história que ela nunca precisou me detalhar. Mesmo sem palavras, os cortes profundos, a pele machucada e o olhar vazio diziam tudo. Tortura. Abandono. E o que era mais doloroso: sua gravidez perdida no processo. Os súcubos raramente geram filhos, e a perda a devastou de maneiras que eu nunca poderia compreender por completo.

Desde então, cuidar dela tornou-se quase um instinto para mim. Talvez porque, de certa forma, sua dor reverberava na minha própria existência imortal. Eu a acolhi não por pena, mas porque senti que ela precisava de alguém que a tratasse como algo mais do que uma criatura quebrada.

Meus pensamentos foram interrompidos ao avistar uma picape vermelha desbotada à minha frente — uma Chevrolet Truck 1953. O veículo estava claramente desgastado pelo tempo, com a pintura manchada e ferrugem aparente. Mesmo assim, o motor barulhento e as janelas abertas me permitiram captar o cheiro doce e intenso que emanava da motorista. Meu corpo reagiu automaticamente. Aquele aroma... quente, tentador, irresistível. Um cheiro humano tão puro que fez meus instintos gritaram por controle.

Minha mente rapidamente começou a formular cenários sombrios: como a picape poderia capotar em um acidente que pareceria completamente natural? O sangue dela... tão próximo, tão fácil de tomar.

— "Hannah, pode me passar a garrafa, por favor?" — Pedi, forçando um sorriso enquanto apertava o volante com uma força que provavelmente deixou marcas.

— "Ah, claro!" — respondeu ela, visivelmente surpresa com meu tom repentino. Me entregou a garrafa, me observando com curiosidade.

— "Obrigada." — Peguei a garrafa, mantendo meus olhos fixos na estrada e na picape à minha frente. Bebi o conteúdo de uma vez, tentando abafar o desejo selvagem que crescia dentro de mim. O sangue fresco deslizou pela minha garganta, mas não era o suficiente. Eu precisava ultrapassar aquele veículo antes que algo acontecesse.

Acelerei e passei pela picape, permitindo-me apenas um breve segundo para olhar quem estava ao volante. Era uma jovem humana, talvez com 17 ou 18 anos, pele pálida como porcelana, cabelos castanhos-avermelhados e olhos castanhos profundos. Ela parecia distraída, mergulhada em seus próprios pensamentos. Mesmo assim, seus lábios murmuraram algo que meus sentidos captaram claramente: "Idiota."

Soltei uma risada curta, mais divertida do que ofendida, enquanto acelerava ainda mais.

— "Você ficou maluca?" — Hannah perguntou, seus olhos arregalados, enquanto ela rapidamente colocava o cinto de segurança.

— "Não, só quero chegar logo nessa escola maldita." — Respondi com tédio.

Logo à frente, a placa indicativa de Forks High School apareceu.

A escola tinha um design peculiar, composta por uma série de edifícios baixos e semelhantes, construídos em tijolos marrons que brilhavam sob a fina película de chuva que escorria. Árvores altas circundavam o local, e arbustos cuidadosamente aparados alinhavam-se ao longo das calçadas, quase dando à escola um ar mais natural do que institucional.

Estacionei o Impala 67 em frente ao primeiro prédio, onde uma placa discreta anunciava Secretaria. Ninguém mais parecia ter estacionado ali, mas isso não me incomodava. Abri a porta do carro, ignorando a chuva fria que imediatamente começou a molhar minha jaqueta, e caminhei até a entrada, com Hannah me seguindo de perto.

O caminho que levava à porta era de pedras lisas, ladeado por uma cerca viva escura, com gotas de água reluzindo como diamantes sob a luz fraca do dia nublado. Assim que chegamos, Hannah abriu a porta para mim e entrou logo atrás, fechando-a suavemente.

O interior era acolhedor e contrastava com o frio úmido lá fora. A iluminação suave banhava o espaço em um tom quente, enquanto o cheiro de papel, carpetes antigos e um toque de plantas tomava o ar. A sala era pequena, equipada com cadeiras dobráveis acolchoadas e um carpete laranja que mostrava anos de uso. As paredes estavam abarrotadas de quadros de avisos, certificados e prêmios emoldurados, e um relógio grande marcava os segundos com um som ritmado que ecoava no ambiente silencioso.

Plantas de plástico em vasos grandes preenchiam os cantos da sala, tentando trazer um pouco de vida ao espaço funcional. No centro, um balcão comprido dividia a sala. Ele estava repleto de cestos de arame cheios de papéis e panfletos coloridos, que pareciam amontoados de forma quase caótica.

Atrás do balcão, três mesas estavam alinhadas, mas apenas uma estava ocupada. Uma mulher alta, de cabelos ruivos e um par de óculos grossos, digitava algo no computador. Ao nos notar, ela levantou os olhos e abriu um sorriso profissional, mas antes que pudesse dizer algo, a porta atrás de nós se abriu.

Um aroma doce e irresistível preencheu o ar, e eu soube imediatamente quem havia entrado: a garota da picape barulhenta. Meu instinto a reconheceu antes mesmo de meus olhos confirmarem sua presença.

Eu, Hannah e a secretária viramos ao mesmo tempo para encará-la. A menina parecia encolher sob o peso de nossos olhares. Sua pele pálida adquiriu um tom rosado nas bochechas, e seus olhos castanhos buscaram refúgio no chão, como se esperasse que aquilo a tornasse invisível.

Hannah, sempre sensível, soltou uma risada baixa ao notar a timidez da garota.

— "Hum... Err, oi?" — Disse a menina, claramente desconfortável, enquanto seus olhos se erguiam brevemente para mim. Havia algo intrigante em seu olhar, um misto de curiosidade e... fascínio? Talvez fosse imaginação minha, mas parecia que ela não conseguia desviar o olhar.

— "Posso ajudá-las?" — A voz da secretária trouxe minha atenção de volta para ela.

— "Meu nome é Lucy Pierce, e esta ao meu lado é minha irmã, Hannah Pierce." — Apresentei-nos com calma, observando o brilho de curiosidade nos olhos da mulher ruiva.

Como era típico de cidades pequenas, nossa chegada já devia ter se tornado um dos principais assuntos de fofoca. Duas "adolescentes" ricas e órfãs mudando-se para Forks não passariam despercebidas.

— "Oh, sim! E você, minha jovem? Posso ajudá-la?" — Perguntou a secretária, agora voltando sua atenção para a garota atrás de nós.

— "Meu nome é Isabella Swan." — Respondeu ela, sua voz baixa e hesitante, mas havia algo em seu tom que parecia ser direcionado mais a mim do que à mulher à nossa frente.

A secretária respondeu com um "É claro" animado e começou a remexer em uma pilha instável de papéis em busca do que precisava.

— "Os horários de vocês três estão aqui, assim como um mapa da escola." — Disse, enquanto empurrava algumas folhas na nossa direção. Ela explicou rapidamente onde ficavam nossas salas, destacando rotas no mapa, e entregou cadernetas que deveriam ser assinadas por cada professor e devolvidas ao final do dia.

A mulher sorriu para nós com gentileza antes de desejar boa sorte.

Saímos da secretaria, e, assim que atravessamos a porta, Hannah virou-se para Isabella com um sorriso caloroso.

— "Prazer em conhecê-la. Sou Hannah Pierce." — Apresentou-se, seu tom de voz mais leve do que o habitual.

A animação dela me fez sorrir de lado, mas decidi deixar as duas interagirem enquanto esperava no carro. O cheiro irresistível de Isabella estava começando a me deixar inquieta, minha garganta queimava de forma quase insuportável, e uma fome selvagem começava a tomar conta de mim.

Três minutos depois, Hannah voltou ao carro, com uma expressão radiante. Ela parecia ter se conectado com Isabella de alguma forma. Sem dizer nada, apenas sorri para ela e coloquei o carro em movimento, dirigindo em direção à entrada da escola.

Hannah estava animada, mas minha mente já estava distante, lutando para conter os impulsos perigosos que aquele aroma provocava em mim.

𝓒𝓸𝓷𝓽𝓲𝓷𝓾𝓪.........