
Chapter 1
Regina e Emma sorriram entre si assim que Zelena e Ruby trocaram o tão famoso "sim". Emma sentiu a mão de Regina se entrelaçar com as suas e os olhos castanhos encarando-a.
— Elas estão lindas. — Regina sussurrou.
— Estão, sim. — Emma respondeu, apertando de leve os dedos de Regina. — Mas não tanto quanto você.
Regina arqueou uma sobrancelha, aquele sorriso suave que Emma adorava aparecendo em seus lábios.
— Está tentando me conquistar, Swan?
— Talvez. — Emma inclinou a cabeça, os olhos brilhando de diversão. — Está funcionando?
Regina desviou o olhar por um momento, como se estivesse pensando na resposta, antes de voltar a encarar Emma.
— Talvez.
O calor no peito de Emma cresceu enquanto as duas continuavam de mãos dadas, ignorando o mundo ao redor. Quando os aplausos tomaram conta da cerimônia, Regina se aproximou mais, e Emma soube que o momento era perfeito.
— Regina... — Emma começou, mas foi interrompida pelo toque delicado dos lábios de Regina contra os seus.
Era um beijo breve, mas cheio de significado. Quando se separaram, Regina sussurrou:
— Agora está funcionando.
— Vamos dar uma escapada da festa?
Emma riu e olhou para a morena vestida completamente de vermelho.
— Para onde quer ir?
— Será que elas vão se incomodar se pularmos a festa?
— Sinceramente do jeito que as duas são elas mesmo vão pular a festa — Emma riu abertamente.
Regina sorriu, aquele sorriso malicioso que Emma conhecia bem, e inclinou a cabeça em direção ao portão lateral do jardim onde a cerimônia acontecia.
— Nesse caso, acho que podemos seguir o exemplo delas.
— Tem algo em mente? — Emma perguntou, mas já estava seguindo Regina, os dedos ainda entrelaçados.
— Talvez. — Regina lançou um olhar misterioso por cima do ombro enquanto caminhavam juntas para fora.
Assim que passaram pelos portões, o som abafado da festa foi substituído pelo silêncio tranquilo da noite. Regina parou ao lado de uma árvore iluminada por pequenas luzes penduradas.
— Você sabia que tinha um balanço aqui? — Regina perguntou, apontando para o balanço que balançava levemente com a brisa.
Emma riu, balançando a cabeça.
— Não fazia ideia. Vai me dizer que você quer... balançar?
Regina ergueu uma sobrancelha, divertida.
— Por que não?
— Porque você está usando um vestido de alta-costura, e eu duvido que ele seja à prova de grama ou vento.
— Às vezes, Emma, você realmente não me dá crédito. — Regina já estava sentando no balanço, os dedos segurando as cordas enquanto olhava para Emma com um sorriso desafiador.
Emma balançou a cabeça, rindo enquanto se posicionava atrás de Regina.
— Certo, Madame Prefeita, mas se você estragar esse vestido, vai ser culpa sua.
Com um empurrão suave, Emma fez o balanço se mover. Regina riu, um som raro e genuíno, ecoando pela noite.
— Isso é tão infantil. — Regina comentou, mas seu sorriso dizia o contrário.
— E ainda assim você está adorando. — Emma respondeu, aproximando-se da morena quando o balanço parou de se mover.
Regina desceu devagar, seus olhos castanhos encontrando os verdes de Emma mais uma vez.
— Às vezes, fugir da festa é mais divertido do que participar dela.
Emma sorriu, inclinando-se ligeiramente.
— Concordo plenamente.
E sem esperar mais, ela puxou Regina para um beijo. Emma ajudou-a a se sentar novamente no balanço e se ajoelhou em sua frente, com os olhos completamente escuros. Regina a olhou ofegante, segurando as cordas com firmeza para que o balanço não a afastasse da mulher a sua frente.
— Tudo bem? — A voz de Emma saiu rouca.
Regina sentiu o coração disparar no peito, o olhar intenso de Emma queimando sua pele. A pergunta parecia carregada de algo mais profundo, mais urgente. Ela respirou fundo, tentando recuperar o controle, mas o desejo que emanava entre as duas era quase palpável.
— Estou. — Regina respondeu, a voz falhando levemente. — E você?
Emma sorriu de lado, aquele sorriso que era tão perigoso quanto irresistível.
— Não tenho certeza. — Ela confessou, deslizando as mãos para as laterais do balanço, sem tocá-la, mas deixando a proximidade aumentar a tensão. — Acho que você está mexendo comigo mais do que deveria.
Regina mordeu o lábio inferior, desviando os olhos por um instante antes de encará-la novamente.
— Emma... — Sua voz era um sussurro, quase um pedido, mas ela mesma não sabia ao certo do quê.
— Diga que eu posso. — Emma murmurou, os olhos fixos nos dela, esperando por um sinal, um consentimento.
Regina sentiu as mãos tremerem nas cordas, o balanço balançando levemente com a brisa. Ela inclinou-se para frente, a respiração quente misturando-se à de Emma.
— Você não precisa pedir.
Foi o suficiente. Emma segurou as laterais do balanço com mais firmeza e fechou a distância entre elas, seus lábios capturando os de Regina com uma paixão que fez tudo ao redor desaparecer.
O balanço oscilou levemente, mas nenhuma delas pareceu notar. A única coisa que importava era aquele momento, aquele beijo que prometia ser apenas o começo de algo muito maior.
Emma subiu os beijos lentamente, cada toque quente e deliberado, até alcançar o vão delicado entre os seios fartos de Regina. O vestido vermelho da morena parecia um obstáculo tentador, mas Emma não tinha pressa. Quando seus lábios finalmente chegaram ao ponto onde a respiração de Regina era mais pesada, ela ergueu a cabeça, encarando-a com um olhar que era puro desejo.
As mãos de Emma cobriram as de Regina, que ainda seguravam as cordas do balanço com força. Com delicadeza, Emma pressionou as mãos de Regina contra a corda com mais força, inclinando-se para sussurrar, mas sem dizer uma única palavra, deixando o gesto falar por si só. A mensagem era clara: Regina precisava segurar firme.
Um sorriso de canto surgiu nos lábios de Emma, uma mistura de provocação e certeza, enquanto ela observava Regina tentando manter o controle. O coração da morena batia descompassado, a respiração saindo entrecortada, mas ela não resistiu ao desafio nos olhos da loira.
— Você é impossível. — Regina murmurou, a voz carregada de frustração e desejo.
— E você adora isso. — Emma respondeu com uma voz baixa e rouca, inclinando-se para dar uma mordida leve no lado exposto do pescoço de Regina.
O toque arrancou um pequeno arquejo da morena, que imediatamente tentou disfarçar com uma risada curta, mas indignada.
— Você... — Regina começou, mas foi cortada pelo sorriso ainda mais malicioso de Emma.
— O que foi, Madame Prefeita? Está com medo de cair? — Emma provocou, os dedos descendo pelas coxas de Regina, ainda mantendo as mãos dela no lugar.
— Você sabe que eu não tenho medo de nada, Swan. — Regina rebateu, tentando soar firme, mas a quebra em sua voz denunciava o efeito que Emma tinha sobre ela.
Emma riu baixinho, o som reverberando entre as duas.
— Então prove. Segure firme. — Ela sussurrou, antes de voltar a explorar cada pedaço de pele que conseguia alcançar, enquanto Regina fazia exatamente isso, segurava firme
Emma não deu aviso algum. Com uma habilidade surpreendente, deslizou dois dedos para dentro de Regina, arrancando dela um gemido rouco e intenso, tão visceral que quase parecia um grunhido. Os olhos de Regina se fecharam automaticamente, sua cabeça inclinando para trás enquanto o balanço oscilava levemente com o movimento.
Os lábios de Emma se curvaram em um sorriso malicioso, completamente satisfeita com a reação que arrancara de Regina. A loira se inclinou para frente, os lábios roçando a pele exposta do pescoço da morena, enquanto seus dedos se moviam em um ritmo firme e intencional, explorando cada pequena reação que ela conseguia provocar.
Regina apertou ainda mais as cordas do balanço, as palmas de suas mãos suando com o esforço de se manter no lugar. O vestido vermelho subira um pouco mais, expondo ainda mais de suas pernas, mas ela não conseguia se importar com nada além do que Emma fazia com ela naquele momento.
— Você não tem a menor vergonha, tem? — Regina conseguiu dizer, a voz entrecortada pelos gemidos que ela tentava conter.
Emma apenas riu, aquele som baixo e rouco que fazia Regina perder completamente o controle.
— Nenhuma. — Emma respondeu, a voz repleta de provocação enquanto aumentava a pressão de seus movimentos, arrancando outro som de Regina que parecia escapar antes que ela pudesse segurá-lo.
Regina agradeceu mentalmente pela música alta da festa, que mascarava os sons de seus gemidos cada vez mais intensos. A ideia de serem ouvidas só adicionava mais uma camada de excitação ao momento, mas ela sabia que Emma fazia de propósito.
— Swan... — Regina tentou protestar, mas sua voz falhou quando os dedos de Emma encontraram um pouco que a fez quase gritar.
— Diga meu nome de novo. — Emma sussurrou no ouvido dela, a voz carregada de desejo.
Regina não conseguiu responder de imediato, o prazer diminuindo-a por completo. Ela se inclinou para frente, suas mãos largando as cordas por um momento e agarrando os ombros de Emma em busca de estabilidade.
— Emma... — Ela gemeu, o som carregado de entrega, sua voz quase um sussurro, mas cheio de necessidade.
A loira sorriu contra a pele de Regina, completamente satisfeita, sabendo que a morena estava exatamente onde ela queria: entregue, vulnerável e complementa em suas mãos.
Regina ainda tremia em seus braços, mas agora de uma risada que parecia incontrolável. Ela escondeu o rosto no pescoço de Emma, o som suave de sua risada ecoando no silêncio da noite.
Emma franziu a testa, mas não conseguiu conter um sorriso apaixonado ao ver Regina tão despreocupada e vulnerável.
— Do que você está rindo, Regina? — Emma perguntou, inclinando a cabeça para tentar ver o rosto da morena.
Regina ergueu os olhos, ainda rindo, os ombros sacudindo levemente enquanto ela tentava recuperar o fôlego.
— É só... — Regina começou, mas sua risada a interrompeu. Ela respirou fundo e finalmente conseguiu falar. — Nós duas aqui, no meio do nada, em um balanço, como se fôssemos duas adolescentes fugindo de uma festa de casamento.
Emma riu baixinho, balançando a cabeça.
— Isso te parece engraçado?
Regina mordeu o lábio, tentando conter o sorriso, mas falhou miseravelmente.
— Parece... ridiculamente perfeito. — Ela confessou, os olhos castanhos brilhando com uma mistura de felicidade e carinho. — Eu não imaginava que estaria tão feliz em algo tão simples.
Emma sentiu o peito aquecer com as palavras de Regina. Ela levantou a mão e afastou uma mecha de cabelo do rosto da morena, deixando o gesto mais íntimo do que pretendia.
— Você sabe que eu faria qualquer coisa para te ver assim, né? — Emma disse, a voz suave.
Regina parou de rir, o sorriso suavizando enquanto olhava nos olhos verdes de Emma.
— Você já faz, Emma. — Ela respondeu, sinceramente, antes de puxá-la para um beijo lento e cheio de significado, como se aquele momento fosse tudo que elas precisassem.
Regina continuou com seus rostos colados e passou o dedão pelos lábios finos.
— Eu te amo.
— Eu também.
Emma sorriu mais fraco. — Você é perfeita.
Regina sorriu largamente e a olhou nos olhos.
— E me deu o garoto mais dedicado e inteligente que eu conheço, um pedaço de nós duas.
Emma sentiu o coração acelerar com as palavras de Regina, o sorriso fraco em seus lábios se transformando em algo mais profundo, mais emocionado. Ela segurou o rosto de Regina com delicadeza, como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo — e, para Emma, realmente era.
— Ele é incrível por sua causa, você sabe disso, né? — Emma respondeu, sua voz um sussurro carregado de emoção.
Regina balançou a cabeça, o sorriso largo ainda presente enquanto seus olhos se enchiam de uma ternura indescritível.
— Não, Emma. Ele é incrível porque é um pedaço de nós duas. — Seus dedos deslizaram pelo rosto da loira, traçando cada linha como se quisesse guardar aquele momento para sempre. — Ele é a prova do que somos capazes quando estamos juntas.
Emma sentiu uma lágrima ameaçar escapar, mas piscou rapidamente para afastá-la. Em vez disso, ela inclinou a testa contra a de Regina, fechando os olhos por um instante e respirando profundamente o conforto daquele momento.
— Ele tem sua determinação. — Regina continuou, o tom brincalhão voltando levemente à sua voz. — E, graças a você, também tem aquele charme irresistível que conquista todo mundo.
Emma riu baixinho, o som leve e cheio de amor.
— E tem sua inteligência. — Ela rebateu, os olhos brilhando quando finalmente os abriu para encarar Regina novamente. — E aquele olhar mortal que você usa quando quer algo.
Regina riu, o som suave e cheio de vida.
— Acho que ele é a melhor combinação de nós duas. — Regina disse, a voz quase um sussurro, como se estivesse falando um segredo.
Emma concordou, inclinando-se para beijá-la mais uma vez, lenta e profundamente, enquanto a noite ao redor parecia abraçá-las.
— E tudo isso porque eu te amo. — Emma murmurou contra os lábios de Regina, sentindo-se completa naquele momento que parecia tão simples, mas era tudo que elas precisavam.
Regina se virou para a direção da festa e depois voltou seus olhos para Emma. A loira sabia o que ela diria, algo como: "Já pensou nós duas?" ou "Lembra quando combinamos de nós casarmos aos 40? Bem, estamos quase"
Mas surpreendentemente Regina não disse nada, e Emma já tinha percebido que ela tinha parado de tocar no assunto "casamento".
Ambas já tinham sido casadas, e tentaram namorar, moraram juntas e se conheciam tempo o suficiente para dizer que se conheciam melhor que qualquer outra pessoa.
Por isso se amavam tanto, mas nunca estiveram realmente juntas.
Emma e Regina tiveram Henry aos 17 anos de idade, uma decisão importante e completamente impensada que resultou em um bebê na adolescência.
Ela tentaram ficar juntas, obviamente não funcionou.
Elas tiveram outros relacionamentos, outros casamentos, ficantes, amantes, mas sempre que algo dava errado elas voltavam para a "Casa Swan-Mills" e para Henry.
— Não posso acreditar que ele já está na faculdade. — Regina disse rindo. — Me sinto uma velha!
Emma sorriu, acariciando delicadamente o rosto dela. — Não diga isso, temos a mesma idade. — Emma beijou seu queixo. — E ao meu ver... — Emma subiu as mãos pelo corpo coberto pelo vestido completamente amassado. — Você é o que os jovens chamam de milf hoje em dia.
Regina arqueou uma sobrancelha, tentando conter o sorriso, mas falhando miseravelmente.
— Milf, é? — Ela perguntou, a voz carregada de ironia enquanto os dedos deslizavam lentamente pelos ombros de Emma, traçando pequenos círculos com as unhas.
Emma deu de ombros, com aquele sorriso torto que Regina conhecia tão bem.
— É o que dizem por aí. — A loira provocou, inclinando-se para beijar o pescoço de Regina novamente, seu toque leve o suficiente para causar arrepios.
Regina riu, balançando a cabeça.
— Você é terrível, Swan.
— E você me adora assim. — Emma rebateu, os olhos brilhando enquanto ela a olhava.
A morena fingiu revirar os olhos, mas logo relaxou, sua expressão suavizando enquanto olhava na direção da festa novamente.
— Mal posso acreditar que Henry já está na faculdade. Parece que foi ontem que ele começou a andar, e agora... ele é um homem. — A voz de Regina carregava uma mistura de orgulho e melancolia.
Emma assentiu, seu sorriso se tornando mais nostálgico.
— Ele é incrível. — Emma disse, baixinho. — E é porque ele teve você. Você foi mãe e pai, amiga e professora, e... bom, eu estava ali também. Tentando ajudar do meu jeito torto.
Regina riu de leve, virando-se para olhar Emma.
— Você fez mais do que isso, Emma. Henry é quem é porque teve a sorte de ter você como mãe.
Emma corou levemente, desviando o olhar por um momento antes de encarar Regina novamente.
— A gente fez um bom trabalho. — Emma disse, a voz mais firme agora. — Mesmo quando tudo parecia uma bagunça.
Regina sorriu, inclinando-se para encostar a testa na dela.
— É, a gente fez.
O silêncio entre elas era confortável, preenchido apenas pelo som abafado da música da festa ao longe.
— Você acha que ele percebe? — Regina perguntou, de repente.
— Percebe o quê? — Emma franziu a testa.
— Que nós duas... mesmo com tudo, sempre acabamos voltando uma para a outra.
Emma ficou em silêncio por um momento, pensando. Então, sorriu suavemente.
— Ele é inteligente, Regina. Ele sabe. E acho que, no fundo, ele sempre torceu por nós.
Regina riu baixinho, segurando o rosto de Emma com ambas as mãos.
— Então, o que estamos esperando? — Ela perguntou, a voz carregada de sinceridade, como se, pela primeira vez em anos, ela tivesse encontrado a resposta que sempre procurou.
Emma a encarou, surpresa, mas logo seu sorriso pareceu morrer, algo que parecia inevitável. Regina se sentiu culpada no mesmo instante e abaixou a cabeça, se xingando por dentro.
— Nada. — Emma sussurrou — Mas acho que não seria o certo, já tentamos tanto Gina...
— Desculpa... Eu não deveria.
— Ei... — Emma ergueu seu olhar para ela. — Não vamos complicar ok?
Regina concordou.
— Construimos tanta coisa.. estamos bem assim. Somos praticamente casadas a mais de vinte anos.
Regina sentiu o peso das palavras de Emma, o calor da verdade entrando em seus ossos. Havia algo no tom dela, uma mistura de desgaste e carinho, como se ambas soubessem, no fundo, que os anos que passaram juntas não poderiam ser apagados, mas que talvez o que as unia fosse algo diferente agora.
— Eu só... — Regina começou, mas parou. Ela sentia as palavras escapando sem controle, como se houvesse um buraco entre o que queria dizer e o que estava conseguindo transmitir. — Eu só queria que fosse diferente.
Emma a observou em silêncio por um momento, e por um instante Regina pensou que talvez houvesse mais ali, algo não dito, um desejo compartilhado. Mas logo Emma suavizou a expressão e se aproximou, colocando uma mão suavemente sobre a dela.
— Eu sei, Gina. Eu também queria muitas vezes. Mas não podemos viver no 'se'. Vamos viver no que somos agora, ok?
Regina sentiu a pressão do toque de Emma em sua mão, o calor que ainda persistia entre elas, como se a conexão fosse mais forte do que qualquer obstáculo que pudessem ter encontrado ao longo dos anos. Ela suspirou, assentindo, tentando encontrar paz naquelas palavras.
— Vamos voltar para a festa.
Regina olhou para Emma, tentando mascarar a angústia que ainda a consumia, e deu um pequeno sorriso forçado. Ela sabia que voltar para a festa significava tentar recuperar uma normalidade que, por mais que quisesse, não parecia mais existir entre elas.
— Sim, vamos. — Regina disse, sua voz carregada de resignação, mas também de um leve toque de alívio. Não precisava mais procurar respostas naquela conversa.
As duas se levantaram, e Regina seguiu Emma até a porta, sentindo o peso de seus próprios pensamentos. Mas, ao ver o brilho nos olhos de Emma, a maneira como ela caminhava com confiança, Regina não pôde deixar de sentir uma pontada de gratidão. Talvez a resposta para tudo fosse, realmente, continuar como estavam. Não perfeito, mas juntas, da maneira que conseguiam ser.
Quando chegaram de volta à festa, a música e as risadas preencheram o espaço, e Regina deu um último olhar para Emma, quase em busca de confirmação. Emma sorriu para ela, aquele sorriso que sempre a fez sentir-se segura, e Regina sorriu de volta, sabendo que, de algum modo, tudo ficaria bem.