Meu motivo para Sorrir

Harry Potter - J. K. Rowling
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Meu motivo para Sorrir
Summary
[Pós Hogwarts] Todos tem um motivo para sorrir nesta vida. E a época de Natal sempre nos privilegia com a oportunidade de lembrar e descobrir nossos motivos para sorrir.

A neve havia caído na noite anterior e agora, o sol voltava a aparecer sob o céu de Hogsmeade. 

O lago estava congelado e a floresta possuía o gelo acumulado em suas árvores. Afinal, como esperado, o Natal estava chegando.

A cabana de madeira, com janelas quadradas e teto alto, de chaminé fumegante nesta época, revelava que seus habitantes lá estavam.

 

Deitada no sofá da cabana, com os pés elevados e a mão repousando sobre o ventre inchado, Hermione olhava para o moreno logo a sua frente.

 

Por dentro, a cabana era térrea e totalmente aberta. A sala, ampla e com a lareira acesa e cheia de tapetes, dava uma boa visão à cozinha, somente dividida por um balcão. O quarto ficava em um mezanino, onde os cobertores sempre estavam sobre a cama. 

A árvore de natal, com luzes brilhantes e bolas coloridas estava no canto da cabana, cheia de presentes sob seus galhos baixos. Havia uma guirlanda na porta e um visco ou outro espalhado pela casa.

Não era uma cabana cheia de móveis. Era simples, mas confortável. E diferente de toda Hogwarts, havia um pouco de tecnologia ali, consequência de dois bruxos que cresceram em um mundo diferente, entre os trouxas.

 

 Um sorriso brincava nos lábios de Hermione enquanto ela observava Harry na cozinha preparando o jantar. Era quase véspera de Natal e eles iriam para os Weasley. Aquela noite era a última deles refugiados daquela cabana. No dia seguinte, os amigos seriam os primeiros a saber a alegria que tomou conta do casal Potter. O ventre de Hermione já estava começando a ficar pronunciado. Não seria uma bata que esconderia dos atentos olhos maternais de Molly Weasley a gravidez.  Hermione havia ido às compras mais cedo, desde os presentes para todos até os doces favoritos na dedos de Mel. E quando chegou, Harry notou na expressão da esposa: Ela estava cansada. 

Hermione sabia que em breve, o cansaço ficaria ainda maior. O pequenino em seu ventre estava crescendo e começando a se fazer presente. O moreno havia preparado um banho para Hermione, com a água quente e a banheira cheia de espuma, sendo um pai atencioso, Harry queria o melhor para os dois. E assim que deixou o banho, Harry fez Hermione se deitar um pouco.

― Harry, o cheiro está ótimo ― Hermione elogiou, sorrindo para o rapaz de cabelos negros, vestido em um sueter verde macio, que picava alguma carne enquanto um caldo quente já ganhava o cheiro das especiarias e dos legumes que já estavam sendo cozidos.

― Espero que o gosto também fique bom ― respondeu o rapaz de cabelos negros, mantendo a faca alinhada nos movimentos que havia começado. O padrão era algo importante na cozinha e Harry gostava de agradar sua garota.

― Estará sim ― Hermione sorriu ― Como tudo que você faz, estará perfeito ― Hermione garantiu, enquanto caminhava para o balcão da cozinha, sentando-se à frente do marido e pegando o copo de suco que ele havia lhe servido.

― Já falei que adoro seu sorriso? ― Perguntou o moreno, observando o rosto da esposa com atenção. Ela tinha um brilho diferente agora. Os olhos ainda eram os mesmos de quando a conheceu. Porém, o sorriso, agora livre e feliz, era ainda mais bonito do que aquele que Hermione exibia no primeiro dia de aula dentro do Expresso de Hogwarts.

― Você sabe qual o motivo do meu sorriso? ― Indaga a morena divertida.

― Me diga, Sra Potter ― Brincou o moreno, com um tom galante, observando a esposa.

― A primeira palavra de minha frase ― declarou Hermione, bancando a sabe tudo que sempre fazia Harry rir..

― Você também é o motivo de meus sorrisos, meu amor ― declarou Harry, dando a volta no balcão para aproximar-se de sua morena e roubar-lhe um beijo apaixonado, mas ao mesmo tempo, delicado. 

E a cada beijo, como acontecia desde que Hermione havia contado que ele seria pai, Harry encerrava o beijo encostando sua testa na de Hermione.

― Eu te amo ― Hermione falou, tomando um pouco de fôlego.

― Eu também te amo, Mione ― Harry retribuiu ― E como você esta sobre contar amanhã para todos sobre meu novo amor? ― Harry brincou com a esposa, a fazendo rir.

― Bem, vou ter que dizer para todos que Harry Potter tem um novo motivo para sorrir ― Riu a morena ― E acho que a Sra Weasley vai me fazer comer um pouco de tudo e depois, cobrar Rony de lhe dar netinhos.

― Sra Weasley agora quer netos ― Harry lembrou ― Gina e Draco também vão precisar se apressar, se quisermos que Minerva tenha um novo trio de ouro para ensinar.

― Acho que Minerva não deseja outro trio como nós ― Hermione disse rindo.

― Ela vai estar lá amanhã? ― Harry perguntou, curioso.

― Ela, alguns outros dos nossos colegas professores e talvez, a mãe de Draco ― Hermione respondeu, olhando Harry.

― Hum, acho que vou preparar uma torta de cereja para levar, ou você prefere maçã?

― Pode ser de cereja com chocolate e talvez, você me dê um pouco de picles agora? ― Hermione respondeu, com a boca salivando ― E a torta de maçã eu quero agora. Como sabia que estava com desejo?

― Você comprou vinte maçãs, doze barras de chocolate e muitas cerejas, querida ― Harry riu, mostrando os ingredientes que Hermione havia trazido mais cedo, junto a massa de torta  ainda embalada ― Então, só tive um palpite.

Hermione apenas riu, beijando o marido mais uma vez.

Porém, ela não pode prolongar o quanto gostaria o beijo. Harry teve de voltar sua atenção ao forno que apitava indicando algo do jantar já estava pronto. Os dois morenos riram.

 

Fim.