Volta as aulas
Colin aproveitou o resto das férias para viajar com Harry com uma chave de portal internacional para o Havaí, e mostrar a beleza de uma praia ensolarada a ele, que pela primeira vez via o mar, e os dois adoraram jogar todos os dias que tinham livres, antes de terem que voltar a todo o drama no reino unido.
Marta também aproveitou para tirar um período de férias do jornal junto de seus dois filhos e Harry, e suspirou ao lembrar de como foi falar com Snape, e fazer o homem ir até os Goblins reclamar o senhorio Prince, e aceitar ela na família como uma Prince, assim como seu filho que era oficialmente seu herdeiro direto, pelo menos até que ele tivesse filhos, o que ela achava difícil.
No último dia de férias, os dois garotos aproveitaram a noite na praia, deitando na areia abraçados e olhando para as estrelas no céu, ignorando a escuridão do mar. Com apenas as luzes mágicas ao redor deles, apreciaram a beleza do céu, e descansaram na segurança um do outro. Que era tão raro.
Harry sorria muito ao lembrar as melhores férias da sua vida. Ele nunca tinha estado tão feliz desde que nasceu. Aproveitar seu tempo com Colin, que era sua alma gêmea, sempre o enchia de felicidade sem fim.
No dia seguinte, os quatro usaram a chave de portal, e retornaram a Inglaterra com um suspiro. Voltando no mesmo dia que teria que embarcar no trem para voltar a Hogwarts, todos suspiraram quando viram a chuva forte cair sem descanso, já sentindo falta da praia e do sol brilhante do Havaí.
Usando o flu, os quatros surgiram na plataforma 9/³4 num brilho de chamas verdes na lareira pública, e rapidamente saíram da frente. No mesmo instante, Marta lançou o feitiço not-me-not nos dois garotos, e com Dênis nos braços, se despediu deles, e observou eles embarcarem antes de entrar na lareira e partir.
Harry se despediu de Colin com um abraço, antes de ir procurar por Rony e Hermione, os encontrando no caminho enquanto puxava seu malão pelo corredor enquanto o trem começava a partir.
Colin suspirou, mas aceitou que ambos precisavam de um pouco de espaço depois de ficarem meses grudados que nem cola. Mas sentia saudade, e se culpou por ser sentimental demais.
Finalmente achando um lugar meio vago, entrou e encontrou uma amiga, Luna que lia um jornal estranho de cabeça pra baixo.
- Oi, Luna. Como foi o seu verão? – Colin perguntou ao levitar o malão e colocar na grade em cima do banco.
- Olá Colin. Não foi tão divertido quanto o seu, mas papai me levou até o Japão para caçar uma criatura não catalogada, mas ela fugiu. Como foi na praia com Harry? – Luna falou com um olhar enevoado e um sorriso sonhador, mas naqueles olhos azuis que pareciam imersos em seu próprio mundo, tinha uma sabedoria profunda numa garota de 12 anos.
- Como... Ah, vidente. Esqueci. Eu contei tudo a ele sobre meu pai, e descobrirmos sermos almas gêmeas. O que é ótimo e ruim ao mesmo tempo. – Colin explicou com um suspiro.
- Sim. É bom porque você é o único que pode dar a Harry o amor, e a família que ele merece ter. O ruim, é que você vai se tornar o primeiro alvo de qualquer um que queira manipular ou matar Harry. – Luna falou com um tom firme, enfatizando o “qualquer um”, e Colin entendeu o que ela quis dizer. Seja pela mão de Voldemort, ou de Alvo muitos nomes Dumbledore, Colin seria um coringa que todos tentariam usar para chegar até Harry.
- É por isso que estou desesperado para aprender tudo o que puder, para poder defender a mim mesmo, e a Harry. – Colin suspirou ao dizer a amiga, e comprou doces quando o carrinho passou pela porta.
Pegando um livro do bolso que tinha um feitiço de extensão e leveza, Colin começou a ler o livro de poções do sexto ano, pois ele já tinha terminado o currículo do quinto ano, incluindo os NOMS, já pronto pra fazer em três anos.
Era um exagero, Colin sabia. Mas quem sabe quando uma guerra iria começar? E se ele fosse expulso de repente da escola? Colin queria estar preparado. O bom foi que antes de viajar para o Havaí, mandou ao seu padrinho suas memórias das aulas do primeiro ano que ele estudou e aprimorou sozinho, além de criar sua própria penseira como seu trabalho de aprendizado de runas antigas, e feitiços.
Colin sabia que a matilha de Fenrir, muitos lobos bruxos careciam da educação mágica adequada, portanto, ele estudava para ajudar todos os seus amigos, tios e tias lobos, enviando suas memórias como um professor ensinando a eles.
Colin tinha enviado a penseira criada por ele, junto com vários fracos com lembranças etiquetadas de cada matéria do currículo que envolvia varinhas, e as partes de poções, lançou apenas como ele preparava.
Enquanto estava absorto no livro de poções do sexto ano lendo sobre Amortentia, a poção do amor, Félix Felicis a sorte líquida, e a poção do morto vivo, junto com o Veritasserum o soro da verdade, o trem parou de repente, e logo o ar começou a esfriar ao ponto de congelamento.
As luzes apagaram, e logo Colin começou a tremer ao sentir uma presença nefasta entrar no trem. Ele quase gritou ao sentir a mão de Luna pegando sua mão com urgência.
- Colin, vá até Harry. Depressa. É um dementador. Vá. – Luna falou com urgência olhando pra ele que se assustou, e logo saiu correndo pelos corredores escuros, usando um feitiço de visão noturna, esquivando de todos os garotos curiosos, e quanto mais se aproximava de onde Harry estava seguindo o feitiço localizador em sua varinha, mais a frieza de arrepiar a alma ficava mais forte.
Logo ele chegou em frente a cabine onde um dementador parecia respirar fundo, e Colin chegou a tempo de ver que a coisa maldita estava querendo sugar a alma de Harry, e viu vermelho.
Com a varinha apontando pra criatura tenebrosa, sua mente veio a sua memória com Harry na praia, deixando seu corpo lembrar a felicidade por inteiro, mas seu olhar era frio pra criatura.
- Expecto Patronum!
Colin rapidamente lançou seu patrono que brilhou numa luz branca pura, e tomou a forma de uma enorme águia que parecia gritar e atacou o dementador, o capturou numa bolha, e o jogou para fora do trem pela janela atrás dele, ignorando o grito da criatura imunda, e o jogando pra longe.
- Harry, Rony, Hermione. Vocês estão bem? Harry! – Colin falou apressado com os outros garotos, e abraçou Harry que tinha desmaiado. O colocando deitado com a cabeça em seu colo, Colin sentiu o trem começar a andar, e as luzes se acenderem de novo. Pegando do bolso, Colin deu aos outros dois, barras de chocolate dizendo pra comer para afastar a presença do dementador.
- O que foi aquilo? – Rony perguntou ao garoto que afastou o monstro de forma impressionante, e que agora alisava o cabelo de Harry o deixando confuso com a relação que seu amigo tinha com o garoto.
- Um dementador. Um dos guardas de Azkaban. Deve ter vindo atrás de Sirius Black. Já que Harry está aqui. – Colin explicou enquanto uma mão repousava no coração de Harry, e a outra alisava seu cabelo rebelde.
- Hm, quem é você? – Hermione parou um momento antes de perguntar ao observar a intimidade e carinho que o garoto a sua frente tinha com Harry, e já podia adivinhar quem era.
- Oh, desculpe. Sou Colin Creevey. Harry fala muito de vocês. Rony e Hermione eu presumo. – Colin falou olhando os dois, e abrindo um pequeno sorriso, antes de pegar um papel no bolso, escrever algo, agitar a varinha e o papel virar um aviãozinho que saiu voando por alguns minutos, e voltou com Gina e Luna até a cabine.
- Gina! O que faz aqui? E quem é essa? – Rony perguntou surpreso ao ver a irmã mais nova e a garota loira que parecia estar no mundo da lua.
- Eu fui convidada a vir, Rony. E essa é Luna Lovegood. Ela e eu somos amigas de Colin, e ele pediu para virmos aqui para ficar mais seguro. – Gina revirou os olhos ao irmão estúpido e sentou ao lado de Colin, e Luna sentou ao lado de Hermione que segurava o gato emburrado bichento, com Rony segurando o rato cinza perebas.
Logo a viagem passou rápido com Harry acordando depois no colo de Colin, resolvendo continuar deitado enquanto comia o chocolate que ele lhe dava, contando dos gritos que ele tinha ouvido em sua cabeça e suspeitando que era os gritos da mãe, na noite em que foi morta.
Logo o trem chegou, e mesmo no meio de uma chuva forte, o grupo se dividiu em dois para entrar nas carruagens que andavam sozinhas, e logo debaixo de chuva, chegaram a Hogwarts, sendo separados ao irem para suas mesas.
Depois da seleção dos novos primeiros anos que tinham sido poucos, Colin ouviu o coral cantando, e depois os avisos do diretor alertando sobre a permanência dos dementadores no castelo enquanto Sirius Black não fosse capturado.
Ele revirou os olhos ao saber disso. Claro que seria uma boa ideia, colocar monstros que sugam a felicidade, perto de um bando de crianças cheias de emoções. Era como colocar um pedaço de bife na frente de lobos, e esperar que ficassem quietos.
Colin suspirou depois de comer, e seguiu seus colegas de casa até a torre da Corvinal, olhando para seus amigos, e Harry se despedindo com um olhar.
Ele estava um pouco cansado do estresse de hoje. Mas algo que lhe chamou a atenção foi seu novo professor de defesa, Remo Lupin. Colin sabia que era um dos lobos desgarrados do seu padrinho que tinha fugido de um bando, e portanto, iria escrever para Fenrir amanhã para contar a ele onde ele podia encontrar um membro da matilha.
Entrando em seu novo quarto no segundo andar do dormitório, logo tomou banho, e vestindo o pijama, deitou e adormeceu, esperando ver como seria esse ano, que ele apostava que não seria tranquilo.