.Mi chico

Harry Potter - J. K. Rowling
M/M
G
.Mi chico
Summary
Onde Bruce estava cansado de ouvir as pessoas falando sobre sua sexualidade, dizendo que ele não é gay, afinal Bruce Mulciber gosta de um garoto, ele ser transexual ou não, não anula esse fato.
Note
Oiiii tudo bem? Espero que simDecidi lançar algo sobre o meu casal favorito que é SnulciberEspero que goste, boa leitura :)

‘’Mulciber, você não é gay, afinal você namora com uma garota’’

Se tinha algo que Bruce Mulciber mais odiava era quando algum imbecil se achava no direito de falar sobre a sua sexualidade, dizendo o que ele é e não é ou que ele não sabia de nada e que se denominava como um homem gay por modinha.

Sério, isso era irritante pra caralho.

Ele tentava não ligar, sério, ele muitas vezes ignorava para o seu próprio bem, afinal se ele fosse dar ouvidos para todos que falam essas merda a maioria das pessoas estariam na enfermaria e Bruce na detenção ou sendo expulso.

Era melhor ignorar aquelas especulações alheias em torno da sua vida, afinal eram só fofocas de gente ignorantes e desocupadas que não sabia de nada e preferiam cuidar de sua vida, pessoas de mente fechada não saberiam nem diferenciar merda à mente deles.

às vezes o sonserino se pergunta o quão ruim estava a vida da pessoa para ela querer falar se ele é gay ou não, poxa a vida é dele, ele sabe o que ele é e o que não é.

Afinal a sexualidade é dele, isso só diz respeito a ele, só a ele.

Sabe, Bruce realmente não era gay, não. Ele não se rotulava como gay, nem bi, nem pan ou outro.

Com certeza ele se identifica com Severussexual, com certeza ele se encaixava ali, pois ele não tinha olhos para mais ninguém a não ser o seu sonserino baixinho de cabelinhos pretos e longuinho, belos olhos negros, nariz grandinho e carinha neutra.

Não importa como Severus se identifica, ele o ama do jeito que é.

Severus Snape, também conhecido por Bruce como amor de sua vida e o garoto mais perfeito de todo o planeta terra, ou melhor, de todo o universo, e com certeza o garoto mais forte que el já conheceu para aguentar tudo aquele, mas Severus não era de ferro, ele sabia o quanto aquelas frases transfóbicas o machucavam.

Era sempre visível a feição triste de Severus quando algum ser sem neurônios diz que ele é ela.

A negligência das pessoas em relação ao gênero do sonserino, que desde sempre afirmou com todas as letras que é um homem, era algo visível.

Por que as pessoas não entendem que Severus é um garoto que infelizmente nasceu em um corpo feminino por obra do destino ou qualquer entidade que seja?

Severus já sofreu demais, pessoas que já o desprezavam por ser mestiço desprezarem ainda mais por ser um homem trans, os olhares de nojo e desprezo as ofensas desde ofensa explícitas, e nem tão explícitas assim.

Mano.

Qual é a dificuldade de entender?

Será que esse povo não tem neurônios funcionais?

Severus Snape é um garoto, ele não é e nunca foi uma garota, sempre foi um garoto.

Não é algo tão difícil de entender, tem coisas difíceis que as pessoas entendem com facilidade, então por que eles não entendem que Severus é um garoto?

Não deve ser tão difícil assimilar, tampouco aceitar este fato.

Mas pelo visto eles querem se fingir de cegos e machucarem uma pessoa ao invés de entender e respeitar.

Foi visível isso quando Bruce e Severus estava em hogsmeade aproveitado e tendo um passeio normal que praticamente todos os casais têm, quando ele esbarra com alguns colegas de casa.

Esses que começaram a fazerem ‘’piadas’’ que nem deveriam ser classificados como piadas, mas sim como uma grande ofensa.

‘’–Ser trans agora é moda, né?

–Você tem peito, então você é mulher

–É por isso que ela inventou esse negócio, é uma desculpinha para pegar mulher, essa sapatão.

–Pode falar que é homem o quanto quiser, mas você nunca terá um pau.

–Você nasceu mulher e vai morrer mulher.

–Snape, entenda, você nunca vai fazer o que um homem de verdade faz.

–Ele é uma grande aberração…

–Se eu fosse me mataria, assim quem sabe na próxima vida você nasça no corpo certo.

Todos riram.

Todos menos Severus e Bruce.’’

Naquele momento, a única coisa que Bruce queria era voar no pescoço de cada um daqueles garotos nojentos e estrangular um por um, mas ele não iria fazer isso, ele sabia que Severus não gostava quando ele se metia em brigas e encrencas, e ele não queria que o seu namorado presenciasse esse tipo de cena.

Severus sempre fala que não adiantava ir e agredir a pessoa, pois isso só pioraria a situação para o seu lado, o que era verdade.

Naquele dia, Severus não expossou nem uma reação, continuou com a sua face neutra de sempre, mas a noite, no dormitorio, Bruce viu aqueles belos olhos negros cheio de lagrimas que transmitia uma grande tristeza, sua face angustiada e sua voz quebrada perguntando…

‘’–E-eu sou uma aberração Bruce?’’
Porra, aquilo doeu no peito de Mulciber.

Ele odiava ver o seu namorado triste, odiava o ver chorando.

Ele tinha certeza que uma facada doeria menos que ver o seu precioso namorado naquele estado.

Bruce sempre soube que Severus tinha um grande buraco em seu peito e que tinha grandes mágoas dentro de si devido ao seu pai agressivo e alcoólatra, os marotos que o perseguiram e os colegas de casa que o desprezavam por ser um mestiço, por isso que Mulciber sempre tratou de ser o ponto seguro do seu amor antes mesmo de começarem a namorar.

E depois que começaram a namorar e que o castelo todo ficou sabendo, começaram a tiração sarro com a cara de Mulciber.

Algo que Bruce acha uma idiotice é alguém vir tirar onda com sua cara só porque ele namora um garoto trans.

Poxa, agora virou graça ele ter um namorado? É motivo de comédia agora?

Porém, se tinha algo que acabava rápido para Bruce era a paciência, principalmente em relação a aquelas pessoas transfóbicas e nojentas que pegavam no pé do seu namorado.

Ele só não matava todos eles, pois não queria passar o resto da vida em Azkaban longe do amor de sua vida.

Mas muitas vezes ele chegava no dormitório com pequenas manchas de sangue na manga de sua camisa devido aos socos que ele dava nas pessoas, no qual ele denominava de ‘’porcos transfóbicos’’, que alguns chegaram a ser racistas com ele.

Não basta a pessoa ser um transfóbico escroto, ela ainda era um racista de merda também.

Mas sabe, bater em pessoas nojentas, que nem deveriam ser classificadas como seres humanos, junto aos seus amigos, que sempre o ajudavam, é muito bom.

–E isso é por você ser um desperdício de ar, seu transfóbico de merda – Bruce socou o cara mais uma vez.

–Bom, esse aqui já está desacordado – Edmund Avery chutou o garoto desacordado mais uma vez.

–Uau, vocês pegaram pesado dessa vez – Wilhelm Wilkes, namorado de Edmund, comentou, segurando o bastão de batedor de Bruce.

–Tem que pegar pesado mesmo – Evan Rosier disse, chupando o seu pirulito sabor morango, enquanto chutava o garoto, esse que grunhiu de dor.

–Pronto, acho que já está bom – Bruce soltou o garoto no chão –Vamos gente.

Os garotos largaram os porcos transfóbicos no chão, extremamente machucados e saíram.

–Sabe, as vezes é melhor pararmos de sermos agressivos e resolvemos no diálogo para não nos ferramos – Evan sugeriu, largando o palito do pirulito no chão, abrindo e colocando outro na boca, só que dessa vez de maçã verde.

–Quando alguma dessas merdas transfóbicos tiverem algum cérebro e pelo menos um neurônio a gente resolve no diálogo – Bruce ajeitava a sua roupa, enquanto falava – Agora, com licença que eu tenho que encontrar meu poções na biblioteca.

Afinal de contas, Bruce não era hetero, ele não gostava de mulher e muito menos namorava com uma.

Ele gosta de garotos.

Especificamente, um garoto.

Severus Snape, o seu garoto.